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domingo, 30 de junho de 2019


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Manifestações pró Lava Jato, Moro e Bolsonaro

Grupos de apoio ao governo a Lava Jato, Moro e Bolsonaro organizaram no dia 30 de junho manifestações em mais de 180 cidades de todas as regiões do país. Os protestos, organizados pelos grupos Nas Ruas, Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), defenderam a reforma da Previdência, a aprovação do pacote anticrime do ministro Sergio Moro e a manutenção da Operação Lava Jato.

Segundo um dos organizadores os atos foram organziados após sucessivas reportagens do site The Intercept Brasil divulgar trocas de mensagens atribuídas a Moro e aos procuradores da Lava Jato. Os grupos querem mostrar que seguem apoiando o ex-juiz. As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo tiveram os maiores públicos.Nas capitais, onde costumam acontecer as maiores manifestações, não forma registrados incidentes.

Aprovação do governo Bolsonaro cai para 32%

A aprovação do governo de Jair Bolsonaro caiu desde a última pesquisa Ibope, há dois meses. No dia 27 (quinta-feira), o instituto divulgou uma nova pesquisa,
encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que aponta que a administração  do presidente é vista como ótima ou boa por 32% dos entrevistados. O índice é o mesmo dos que acham o governo regular, e se repete também para os que acham ruim ou péssimo.

Queda foi de 3%

Em abril, a pesquisa do Ibope indicava aprovação de 35% do governo Bolsonaro . Ou seja, houve uma queda de três pontos percentuais. Outro índice da pesquisa que afeta Jair Bolsonaro está na confiança. 51% dos entrevistados disseram não confiar no presidente, contra 46% que confiam. Outros 3% não quiseram opinar.

Ainda assim, Bolsonaro pode ter tranquilidade para governar, já que 39% acreditam que as perspectivas são ótimas ou boas, contra 29% que acham que serão ruins ou péssimas e 27% esperam o regular.

Senadores aprovam a PL do Abuso de Poder

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou no dia 26) de junho (quarta-feira) o projeto conhecido como dez medidas da corrupção, que inclui a punição ao abuso de autoridade de magistrados e integrantes do Ministério Público. O plano  é votá-lo no plenário ainda nesta quarta-feira. Caso aprovada, a proposta terá que retornar à Câmara dos Deputados, porque foi modificada pelo Senado. 

Alvo são os juízes e procuradores

As dez medidas contra a corrupção foram propostas inicialmente pela força-tarefa da
Operação Lava Jato, mas foram alteradas pela Câmara em votação no fim de 2016.
Naquela ocasião, os deputados inseriram a definição de abuso de autoridade justamente para restrigir o poder dos investigadores.

Desde então, esse passou a ser o trecho mais polêmico do pacote de alterações no Código Penal e no Código de Processo Penal. Entretanto, diversas alterações de última hora foram feitas atendendo a pedidos de associações de classe.

Juízes e membros do Ministério Públicos ficam proibidos, por exemplo, de atuar com "evidente motivação político-partidária" e de participar em casos em que sejam impedidos por lei. Há uma restrição para a realização de comentários públicos de casos em andamento, mas ela é mais rígida para juízes (de quem é proibida qualquer "opinião") do que para promotores e procuradores (que não podem expressar "juízo de valor indefinido").

Os decretos das armas

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão que integra o Ministério Público Federal (MPF),afirmou em nota técnica divulgada nesta quinta-feira que os três decretos das armas, que abordam posse e porte, editados nessa semana pelo presidente Jair Bolsonaro, não solucionam todas as ilegalidades previstas nas outras medidas, do mesmo tema, que foram revogadas. A nota técnica diz que há tantas ilegalidades que não é possível separar os trechos regulares dos irregulares. 

 "As ilegalidades se acumulam em praticamente todos os espaços regulados pelos decreto das armas (posse, compra, registro, tiro esportivo, munições etc), de tal modo que resultaria impossível do ponto de vista da sistematicidade jurídica afastar apenas dispositivos específicos do ato regulamentar", diz o texto, assinado pela procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat; pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão adjunto, Marlon Alberto Weichert; e pelo coordenador da 7ª Câmara de Coordenação e Revisão, Domingos Sávio Dresch da Silveira.

Insegurança jurídica

Os procuradores dizem que trata-se de "mais um capítulo da tentativa do Poder Executivo de subverter o sentido" do Estatuto do Desarmamento e sugerem o "afastamento do ordenamento jurídico", por ação do Legislativo ou do Judiciário, tanto dos novos decretos quanto dos antigos. 

Eles afirmam que "a situação aproxima-se de um caos normativo e de uma grande insegurança jurídica", ressaltando que o governo chegou a editar e revogar um decreto no mesmo dia. A nota técnica aponta dois pontos positivos nos novos decretos das armas: a redução na flexibilização do porte e na quantidade de munições que podem ser compradas.

Imposto Sindical está de volta
O presidente Jair Bolsonaro lamentou o fim da validade da Medida Provisória (MP) 873 que vedava o desconto sindical em folha. A MP foi editada no dia 1º de março e extinguiu a possibilidade da mensalidade de contribuição sindical ser debitada diretamente da folha de pagamento dos salários dos trabalhadores. A norma definiu que o recolhimento da contribuição deveria ser feito via boleto bancário e com anuência prévia do trabalhador.
Com forte resistência nos sindicatos e idas e vindas na Justiça, o Congresso Nacional nem sequer instalou a comissão especial para analisar a MP, por falta de indicação de seus membros por parte dos líderes partidários. Por causa disso, após vigorar por 120 dias, a medida caducou.
Rejeição dos parlamentares
"A Medida Provisória não recebeu por parte dos partidos a relação de integrantes e ela, então, como não vai ser votada, a partir de amanhã os sindicatos voltam a receber recursos em suas contas, desconto automático dos trabalhadores", disse Bolsonaro em live semanal transmitida pelo Facebook diretamente de Osaka, no Japão, onde o presidente participa da reunião do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo.
O autódromo poderá voltar para o Rio?

O Autódromo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio, onde o governo carioca deseja realizar o Grande Prêmio de Formula 1 do Brasil a partir de 2020, nem começou a ser construído e já levanta suspeitas quanto à lisura da obra.

A Golden Goal pagava as propinas por meio de ingressos para camarotes em jogos realizados no Mané Garrincha, como na partida entre o Santos e o Flamengo no dia 25 de maio de 2013. Agora, a empresa está habilitada a construir o Autódromo de Deodoro, que custará US$ 200 milhões, e os primeiros rumores de suspeição começam a surgir. O GP de F1 é realizado em Interlagos desde 1990. O contrato assegura o direito da cidade organizar o GP até 2020, mas o governador João Doria quer renová-lo por 20 anos.

Gestão é política

Bolsonaro, Witzel e Crivella tentam levar a corrida para o Rio, apesar de Deodoro não passar de um matagal.  Aqui aos ‘quatro ventos’ falam que a empresa Golden Goal Sports Ventures, que faz parte do consórcio Rio Motorsports, única participante e vencedora da licitação para a edificação das pistas cariocas, não é idônea. Ela foi alvo da Polícia Federal na Operação Panatenaico, que investigou o superfaturamento de R$ 900 milhões nas obras do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, uma das arenas usadas na Copa do Mundo de 2014.

WhatsApp só para celulares modernos

O WhatsApp deu um ultimato nesta semana aos que não compraram um celular novo ou não atualizaram seu sistema operacional em mais de seis anos: o aplicativo de mensagens deixará de funcionar em breve em modelos de smartphone que a empresa não considera mais interessantes para hospedar sua plataforma.
A lista é ampla e afeta os telefones da Apple e de outras marcas. Caso você tenha um celular Android, todos aqueles com o sistema operacional 2.3.7 ou anterior serão afetados. Se tiver um iPhone, aqueles com o iOS 7 ou versão anterior sofrerão com a decisão do WhatsApp.
Prazo vai até fevereiro de 2020
"Nas seguintes plataformas, não é possível criar novas contas ou reverificar contas existentes", disse a empresa em um artigo atualizado de seu site de perguntas e respostas. "No entanto, se você já usa o WhatsApp, pode continuar usando-o até fevereiro de 2020."
A medida inclui, entre outros, modelos que usam sistemas Android desatualizados, como o Samsung Galaxy S3, o Galaxy Nexus do Google ou o Sony Xperia S. No caso do iPhone, serão afetados o iPhone 3G, 3GS ou iPhone 4.