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domingo, 29 de novembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                Digital Influencer 

Bolsonaro evitou envolvimento direto nas eleições

Embora tenha pedido votos a alguns candidatos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitou envolvimento direto com a maior parte das disputas municipais na eleição deste ano. Candidatos apoiados diretamente por ele nas principais capitais brasileiras, contudo, fracassaram nas urnas.

No Rio de Janeiro, Marcelo Crivela (Republicanos) perdeu para Eduardo Paes (Democratas) no domingo (29/11) e não conseguiu a reeleição. Em Fortaleza, Capitão Wagner (Pros) sucumbiu ante José Sarto do PDT. 

Na capital fluminense, o presidente sofreu sua mais acachapante derrota. Com 99,28% das urnas apuradas, Crivella somava apenas 35,92% das manifestações válidas, ante 64,08% de Paes. Em São Paulo, o revés era conhecido desde o primeiro turno. Apoiado por Bolsonaro, Celso Russomano (Republicanos) terminou em quarto lugar, com 10,5%. Bruno Covas (PSDB) apoiado peór FHC e Rodrigo Maia foi reeleito.

Direita predominou 

Em Vitória (ES) e Manaus (AM), os eleitores optaram por candidatos de direita, que se alinham a parte das ideias de Bolsonaro, mas que não tiveram o apoio direto do presidente. Na capital capixaba, o delegado Lorenzo Pazolini (Republicanos) ganhou do ex-prefeito João Coser (PT). O vencedor recebeu 58,5% dos votos válidos.

Em solo manauara, David Almeida (Avante) obteve 51,27%, contra 48,73% de Amazonino Mendes (Podemos), figura histórica da política amazonense.
 

São Gonçalo – Rio de Janeiro

Na cidade goiana, Roberto Naves (PP) conquistou 61,28% e derrotou o petista Antônio Gomide. São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral fluminense, elegeu Capitão Nelson, do Avante. Seu oponente foi Dimas Gadelha, que deixou o Democratas para se filiar ao PT. O novo prefeito teve a preferência de 50,79% dos gonçalenses que escolheram um candidato. Em Rio Branco, no Acre, o presidente deu incentivos explícitos a Tião Bocalom (PP). Ele venceu a atual prefeita, Socorro Neri (PSB), por ampla margem de votos.

Centro, direita, liberais e conservadores

As eleições para prefeitos ganhou novos contornos e os partidos  (MDB, PSDB, PP, PSD e DEM), venceram na maioria das cidade, com isso detém o maior número de votos do eleitorado nas capitais mais populosas como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Em 2018, tivemos uma disputa entre partidos extremados representados por PSL e o PT.

Enquanto a extrema direita não pontuou, partidos de esquerda aparecem na parte baixa da lista dos 33 partidos, registrando perdas que vão refletir no pleito de 2022, que já esboça, uma tendência de centro e liberal. Nessa linha PT e Cia não terão lugar marcado.

Na superfície da linha ideológica o resultado foi desalentador

Estamos na superfície da política nacional vivendo uma espécie de “salada ideológica”. Não está difícil para analisar o quanto o discurso radicalizado, perdeu referência com o eleitor. A esquerda falando de Argentina, Venezuela e Cuba, não se sustentou e fez o seu papel junto ao eleitor jovem, sem avançar a faixa acima.

Nas eleições 2020 a prefeito em diversas cidades do interior paulista, por exemplo, encontramos o discurso administrativo, projetos e planos, enquanto nas capitais os candidatos se preocuparam em se defender de acusações, fake news e contra atacar no mesmo tom, com exceção onde a exemplo de Bruno Covas (PSDB) na cidade de São Paulo que adotou um tom moderado, e isso certamente conquistou milhares de votos.

PT saiu esfacelado na eleição municipal

O segundo turno das eleições 2020 se encerrou com um gosto amargo para o Partido dos Trabalhadores (PT). O partido foi o que mais levou candidatos à segunda rodada da disputa, com nomes em 15 das 57 cidades onde houve segundo turno. Mas terminará as eleições de 2020 sem comandar nenhuma capital de Estado.

Resultado foi o pior de sua história

Ao fim da apuração, os petistas se saíram vitoriosos em apenas quatro cidades: Contagem (MG), Diadema (SP), Juiz de Fora (MG) e Mauá (SP). Em 2020, a legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) diminuiu em número de cidades governadas pela segunda vez seguida.

De 630 prefeitos eleitos em 2012, a sigla passou a 256 em 2016, e 183 este ano. A legenda também não comandará nenhuma capital de Estado: postulantes petistas chegaram ao segundo turno no Recife (PE) e em Vitória (ES), mas foram derrotados em ambas as disputas. Na capital pernambucana, o partido foi ao segundo turno com Marília Arraes. Ela disputou com o próprio primo, João Campos (PSB), mas acabou derrotada por 43 a 56% dos votos válidos. O socialista teve 445 mil votos, ante 347 mil de Marília.

As 15 cidades em que disputaram neste domingo, petistas chegaram ao segundo turno liderando a corrida em sete locais: Caxias do Sul (RS), Contagem (MG), Diadema (SP), Feira de Santana (BA), Juiz de Fora (MG), São Gonçalo (RJ) e Vitória da Conquista (BA). Nas outras oito cidades, os candidatos do PT precisavam de uma virada para vencer — inclusive em Recife e Vitória, o que acabou não acontecendo.

Uma frente de esquerda

O secretário-geral do PT, o deputado federal Paulo Teixeira, avaliou que o partido "melhorou um pouco" o desempenho em relação a 2016. "Agora, gostaríamos de ter ido mais longe", admitiu ele.

"E a eleição indica também que a gente precisa de uma política de frente (com partidos aliados). Ganhamos (enquanto esquerda) em qual capital? Em Belém (do Pará, com Edmilson Rodrigues do Psol), numa política de frente ampla. Participamos de segundos turnos importantes, em Fortaleza (Ceará, onde venceu Sarto, do PDT), em Sergipe (Em Aracaju, venceu Edvaldo do PDT)", disse ele. "Na minha opinião, esses resultados mostram a necessidade de construir uma frente de esquerda no Brasil", disse Teixeira à BBC News Brasil pouco depois das 19h de domingo (29).


Petistas fazem autocrítica - “derrota amarga”

Para o cientista político Cláudio Couto, o resultado negativo do PT nestas eleições foi fruto de um "erro de avaliação" por parte da legenda. "Sempre que alguém apontava para o PT a necessidade de uma autocrítica, esse alguém era rechaçado. 'Quem precisa fazer autocrítica são os tucanos, é a imprensa', diziam os petistas. Sem perceber que a autocrítica é justamente sinalizar para a sociedade que você consegue corrigir seus erros e melhorar", diz ele à BBC News Brasil.

Trump continua denunciado a fraude eleitoral

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira (26) que deixará a Casa Branca se o Colégio Eleitoral votar a favor do presidente eleito Joe Biden, na declaração mais próxima de uma admissão de sua derrota nas eleições do dia 3 de novembro, apesar de o republicano continuar repetindo suas acusações infundadas de que houve fraude eleitoral generalizada. A informação é da rede de notícias Reuters.

Ao falar com jornalistas no feriado de Ação de Graças, Trump disse que se Biden - que deve tomar posse no dia 20 de janeiro - for confirmado como vencedor das eleições pelo Colégio Eleitoral, ele deixará a Casa Branca. Mas Trump disse que seria difícil para ele admitir a derrota nas atuais circunstâncias, e se recusou a dizer se compareceria à posse de Biden.

Presidente insiste que houve fraude

"Essa eleição foi uma fraude", insistiu Trump em um discurso por vezes incoerente na Casa Branca, no qual continuou sem oferecer evidências concretas da existência de irregularidades eleitorais generalizadas.

Biden venceu a eleição com 306 dos votos do Colégio Eleitoral --muitos mais que os 270 necessários para garantir a vitória--, contra 232 de Trump, e a reunião do Colégio Eleitoral está marcada para o dia 14 de dezembro para formalizar o resultado. Biden também lidera Trump por mais de 6 milhões de votos na contagem de votos populares.

Expectativa de vida do brasileiro aumenta para 76,6 anos

A expectativa de vida do brasileiro aumentou em três meses em relação a 2018, e o estado onde mais se vive é Santa Catarina, no sul do país. O estado onde se morre mais cedo é o Maranhão. As informações são de um levantamento divulgado na quinta-feira (26) pelo IBGE.

Segundo o levantamento, uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Em comparação a 2018, isso significa um aumento de três meses, quando a expectativa média nacional era de 76,3 anos.

 

Esta idade é diferente entre homens e mulheres. Entre eles passou de 72,8 para 73,1 anos, enquanto que, para elas, foi de 79,9 para 80,1 anos. 

A  maior expectativa de vida em 2019 foi verificada em Santa Catarina, com 79,9 anos, o que representa 3,3 anos acima da média nacional. O Maranhão teve o pior índice, com 71,4 anos.

A taxa da mortalidade infantil

O levantamento abordou também a mortalidade infantil e mostrou que houve um avanço nesse sentido. A mortalidade em crianças menores de 5 anos declinou, de 14,4 por mil em 2018 para 14,0 por mil em 2019. 

Segundo o IBGE, a probabilidade de um recém-nascido em 2019 não completar o primeiro ano de vida era de 11,9 para cada mil nascimentos, ficando abaixo da taxa de 2018, que era de 12,4. Entre os estados do país, a menor taxa de mortalidade infantil foi a do Espírito Santo, com 7,8 por mil habitantes, e a maior, no Amapá, com 22,6 por mil. O Rio de Janeiro aparece em oitavo lugar.

Hackers do diabo

Um grupo de hackers que invadiu e coletou dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRF-1) na sexta-feira (27) deixou a imagem do "diabo" formado por caracteres de computador no sistema do órgão colegiado. Segundo os invasores, eles obtiveram acesso a arquivos em mais de 40 bases de dados do tribunal.

O ataque foi comemorado nas redes pelo grupo, que afirma ter capturado os dados e que, dessa forma, conseguiu mostrar a "vulnerabilidade" do sistema do TRF-1. O tribunal, que abrange casos de 13 estados e do Distrito Federal, é o que abriga mais processos no Brasil. Em um site usado por hackers para expor as informações coletadas de forma de criminosa, foram publicados nomes de arquivos que estariam em quatro das 47 bases de dados do TRF-1 acessadas pelos invasores.

Os arquivos, no entanto, não foram publicados no vazamento. A assessoria do TRF-1 confirmou que foi alvo do ataque e diz que o banco de dados do tribunal "está em manutenção para analisar uma possível falha na segurança". "A equipe do tribunal está avaliando agora, mas a princípio houve somente uma divulgação de material que já era de domínio público", disse a assessoria.

Após o ataque, o site do tribunal foi retirado do ar como medida preventiva. Segundo informou o órgão, a Secretaria de Tecnologia da Informação colocou todos os serviços em "modo restrito" para investigação e tomada de providências.

Outros ataques

Este é o quarto ataque contra órgãos federais em menos de 30 dias, com investidas que vêm prejudicando serviços e minando a credibilidade de órgãos públicos. Foram alvos desses ataques o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério da Saúde e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No caso do TSE, as invasões ocorreram durante o 1º turno das eleições municipais. Os ataques não afetaram o pleito, mas gerou uma série de dúvidas em relação à contabilização dos votos, principal objetivo desses criminosos.

81% dos brasileiros querem tomar a vacina contra o coronavírus

 

Estudo da empresa Ipsos em 15 países mostra que o percentual de pessoas afirmando que com certeza tomarão a vacina caiu na maior parte dos lugares desde a última sondagem em agosto. No Brasil, 81% dos entrevistados pela pesquisa responderam que planejam tomar a vacina contra o coronavírus, enquanto que a média mundial é de 73%.

O percentual de pessoas que diz que certamente tomariam o imunizante caiu 13 pontos percentuais desde o último levantamento.

O Brasil foi o segundo país onde a faixa de pessoas desejando tomar a vacina mais caiu, atrás somente da Austrália (queda de 16 pontos).

Quando perguntado o motivo pelo qual não tomariam a vacina, quase metade (48%) dos brasileiros entrevistados respondeu que estava preocupado com o avanço muito rápido dos testes. Outros 27% disseram ter preocupação com efeitos colaterais.

França cobrará sobretaxa dos Gigantes da internet

A França aplicará um imposto sobre as grandes empresas do setor digital em 2020 - confirmou seu Ministério da Economia no dia 25 de novembro, apesar das ameaças dos Estados Unidos de sobretaxar produtos franceses no valor de US$ 1,3 bilhão.

"As empresas sujeitas a este imposto receberam uma notificação fiscal para os pagamentos de 2020", disse a mesma fonte, referindo-se a esta tributação relativa aos gigantes de Internet, também conhecidos como GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple).

EUA reage e vai sobretaxar vinhos, queijo e produtos de beleza

Segundo o jornal britânico "Financial Times", Facebook e Amazon estão entre as empresas que receberam uma notificação nos últimos dias. Com esta decisão, a França se expõe a sanções dos Estados Unidos, em meio à transição entre o presidente eleito Joe Biden e o presidente em final de mandato, Donald Trump. Este último já havia decidido sobretaxar em 25% os vinhos franceses, em retaliação aos subsídios recebidos pelo fabricante europeu de aviões Airbus.

Em julho de 2019, o Parlamento francês aprovou um imposto de 3% sobre o volume de negócios dos gigantes digitais, cuja receita mundial passa de 750 bilhões de euros. Com isso, a França se torna a pioneira na tributação de grandes grupos digitais. Washington, que considera esse imposto discriminatório contra as empresas americanas, ameaçou a França com a aplicação de taxas alfandegárias de 100% sobre certos produtos franceses, como queijo, ou produtos de beleza.

 

domingo, 22 de novembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

 ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                Digital influencer

 

Bolsonaro, Lula, Doria, Ciro e periféricos protagonizam o show eleitoral do dia 29 de novembro

 

Em 57 dos 5.567 municípios em que ocorreram as eleições municipais no dia 15 de novembro (primeiro turno) haverá o segundo turno das eleições 2020 no próximo dia 29 de novembro para votar no próximo prefeito das cidades.

 

Os mandatários já foram eleitos em primeiro turno em sete capitais brasileiras, são elas: Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Natal (RN) e Palmas (TO), sendo a última a única capital do país com menos de 200 mil eleitores, ou seja, sem possibilidade de um segundo turno.

 

O 2º turno também pode acontecer em Macapá, no Amapá, no entanto, os eleitores não foram às urnas no dia 15 (domingo) após o adiamento do pleito em razão do apagão que atingiu o estado nos últimos dias. A eleição deve acontecer ainda este ano.

 

Trump gastou 7,9 milhões de dólares para recontagem de votos

 

A Comissão Eleitoral de Wisconsin disse que supervisionará a recontagem em dois condados fortemente democratas - Milwaukee e Dane, que inclui Madison-- depois que a equipe de Trump pagou o valor de 3 milhões de dólares, menos do que o custo estimado de 7,9 milhões de dólares para uma recontagem estadual.

 

O secretário do condado de Dane, Scott McDonell, afirmou que a recontagem vai começar na sexta-feira e terminar em alguns dias. Apenas algumas centenas de votos mudaram na recontagem do condado após a eleição presidencial de 2016, segundo ele.

 

No Colégio Eleitoral dos Estados, que determina o vencedor da eleição, Biden obteve 306 votos contra 232 de Trump. O democrata ganhou na votação popular por mais de 5,8 milhões de votos. Biden venceu em Wisconsin por mais de 20.000 votos, com uma vantagem sobre Trump de 49,5% a 48,8%.

Para permanecer no cargo, Trump precisaria reverter os resultados em pelo menos três Estados cruciais para atingir a marca de 270 votos, o que seria sem precedentes.

A PALAVRA DA OAB NOS SEUS 90 ANOS

O advogado Ricardo Breier, preside a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Rio Grande do Sul. Focado nos movimentos políticos em constante ebulição no Conselho Federal, onde seu presidente Felipe Santa Cruz protagoniza criticas diretas ao planalto, chegando a pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Turbulência a parte, o presidente da OAB gaúcha, aproveitou para mandar seu recado em manifesto alusivo aos 90 anos da entidade. Conforme compilamos a seguir:

(...) Em 90 anos, até pela longevidade da instituição, temos exceções de quem buscou se desfrutar da Ordem para algum aproveitamento partidário político. Para estes, a história foi e continua sendo implacável em mostrar o erro que cometeram ao tentarem fazer uso indevido de uma instituição democrática e transparente. Não é a Ordem quem cai em descrédito, e sim os aproveitadores. A instituição permanece, as pessoas, não.

Falou e disse. “Para quem sabe ler um pingo é letra”.

Aliança pelo Brasil só conseguiu 9% de adesões

Um ano após ser lançado pelo presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e aliados, o Aliança pelo Brasil, que seria o novo partido do presidente e de dissidentes do PSL, só conseguiu validar 9% das assinaturas necessárias para ser criado. Até o momento, a Justiça Eleitoral validou 43 mil assinaturas, e são necessários 492 mil apoios para a criação de uma legenda no Brasil.

O Paraná lidera a lista de estados com mais assinaturas em favor da criação do Aliança pelo Brasil neste primeiro ano desde a criação: 5519. Cinco estados ainda não validaram nenhuma assinatura no país: Pernambuco, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Acre. Goiás teve apenas um apoio reconhecido pela Justiça Eleitoral. Lançado com a expectativa de correr contra o tempo para disputar as eleições municipais de 2020, o projeto de partido agora foca nas eleições de 2022.

Bolsonaro carimba o nome de senador do PL para ser o vice-líder do governo

O presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para que o senador Jorginho Mello (PL-SC) seja o novo vice-líder do governo no Congresso.  O nome de Jorginho Mello foi escolhido pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que é o líder do governo no Congresso. “É um nome excelente e foi responsável pelo Pronampe (programa de apoio às microempresas e pequenas empresas)”, declarou Gomes. Com a indicação o presidente estreita ainda mais sua ligação com o Centrão. Jorginho de Mello pertence ao Partido Liberal (antigo PR), sigla que integra o “Centrão”.

O voto impresso elimina o risco das fraudes?

Especialistas em informática afirmam que é possível reduzir significativamente os riscos de fraudes adotando medidas como a impressão dos votos dados na urna eletrônica para conferência dos resultados. "No Brasil, o voto eletrônico não é auditável, ou seja, não há um comprovante físico de cada voto que possa ser checado em caso de suspeita de fraudes", afirma o professor Routo Terada, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. "Na votação em papel, é possível fazer a conferência por meio da recontagem manual, mas a urna eletrônica sempre fornecerá o mesmo resultado."

De acordo com Walter del Picchia, professor aposentado da Escola Politécnica (Poli) da USP, a programação das urnas pode ser alterada para desviar votos. "Entre a confirmação do voto pelo eleitor e a gravação na memória, há um processamento de dados", explica. "Um programador desonesto poderia alterar o programa de processamento e os votos dados para um candidato seriam computados para um concorrente".

Desde 2.000, Del Picchia participa do Fórum do Voto Eletrônico (www.votoseguro.org), que discute o sistema de votação e apresenta sugestões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir fraudes. "O terminal onde o mesário digita o número do título de eleitor está ligado à urna por um cabo e a identificação pode ficar gravada na urna", alerta. "Quem tivesse acesso aos programas usados na urna poderia programá-la para saber em quem cada pessoa votou, podendo transformar o direito constitucional ao voto secreto numa mera concessão".

Não era à hora...

O fato surpreendente ocorreu na Rússia, na região siberiana do país,mais precisamente em Tomsk . Incrivelmente uma garota de apenas seis anos  caiu da janela de sua casa, na altura de um quarto andar. Entretanto, o que deveria ser mortal, a menor sobreviveu ao impacto ao ser protegida por uma camada volumosa de neve, de onde segundos depois se levantou sozinha e voltou para sua casa, conforme imagens de uma câmera que registrou o acidente.

 

Como reportou a mídia local, “seus pais prontamente levaram para um hospital após o acidente, onde foi diagnosticada uma lesão na cabeça e uma contusão abdominal. A criança pernoitou em uma unidade de reanimação e novamente foi transferida para uma sala na área geral”. A polícia está investigando como o incidente aconteceu.

domingo, 15 de novembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO 

*Digital Influencer

União de nomes para enfrentar Bolsonaro em 2022

Uma Frente com: João Doria, Luciano Huck e Sergio Moro está sendo costurada nos bastidores. De acordo com a matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, na primeira quinzena de setembro, o governador tucano de São Paulo recebeu em sua casa o ex-ministro da Justiça e sua mulher, Rosângela. Os principais assuntos do encontro foram a conjuntura política e a necessidade da união de nomes para fazer frente principalmente ao presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação dos dois, o Brasil vive uma entropia política e 2022 pode viver uma repetição do embate entre a direita populista representada pelo presidente e algum nome do campo à esquerda. Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda está inelegível, o nome mais provável da esquerda é Ciro Gomes (PDT), na visão deles.

Articulação

Doria havia falado sobre o tema com o apresentador da TV Globo em um jantar em Davos, na Suíça, durante a edição de janeiro passado do Fórum Econômico Mundial, conforme afirmou a reportagem.

Doria é visto com desconfiança

O governador de São Paulo conversou, na ocasião, com Huck e com o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Aliados de Doria acreditam que a frente é inevitável, já que Bolsonaro lidera as pesquisas de opinião atualmente. Além disso, eles consideram risco de organização na esquerda.

O nome de Doria é visto com desconfiança pelos aliados da centro-direita. Em entrevista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que seu partido prefere Huck como candidatado. A ala histórica do PSDB, capitaneada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já elogiou o apresentador e conta com a possibilidade da candidatura.

Conexão com empresários

Para o ex-juiz da Lava Jato, a dificuldade é que ele é odiado pelos partidos do chamado Centrão (Republicanos, PP, PTB e afins), pela agenda anticorrupção. A possibilidade é que Moro não integre nenhuma chapa, mas seria um nome forte de um eventual governo.

No caso de Huck, apesar de não confirmar uma candidatura presidencial, aliados afirmam que já existe uma articulação empresarial, envolvendo nomes como Abílio Diniz e Pedro Parente, que são aliados no comando da gigante de proteína animal BRF. Parente é ex-chefe da Casa Civil de FHC e tem uma parceria com Andrea Calabi, padrasto de Huck.

Trump desmente imprensa de que Biden “ganhou”

O presidente Donald Trump voltou atrás após ter reconhecido pela primeira vez no domingo (15) a vitória de Joe Biden na eleição que teve início no dia 3 de novembro. Trump afirmou que não admitiu “nada” e repetiu suas alegações infundadas de fraude eleitoral generalizada nos Estados Unidos.

Biden derrotou Trump ao vencer uma série de Estados cruciais que o republicano havia conquistado em 2016. O ex-vice-presidente democrata também conquistou o voto popular nacional por uma margem de mais de 5,5 milhões de votos, ou 3,6 pontos percentuais.

Postagens no Twitter

Trump fez suas declarações contraditórias em uma série de postagens no Twitter. “Ele venceu porque a eleição foi fraudada”, escreveu Trump na manhã deste domingo, sem se referir a Biden pelo nome.

“Não forma permitidos observadores, o voto foi tabulado por uma empresa privada da esquerda radical, Dominion, que tem má reputação e equipamento ruim e que não poderia nem mesmo se qualificar para apurar o Texas (onde ganhei por muito!), a Fake & Silenciosa Imprensa, & muito mais!”, disse.

Mídia Fake News

Cerca de uma hora depois, Trump voltou à rede social, que, novamente, colocou um aviso dizendo que a publicação é questionável: “Ele só venceu aos olhos da MÍDIA FAKE NEWS. Não admito NADA! Temos um longo caminho a percorrer. Esta foi uma ELEIÇÃO FRAUDADA!”

A recusa de Trump de aceitar o resultado da eleição de 3 de novembro travou o processo de transição para um novo governo. A agência federal que normalmente liberaria fundos para um presidente eleito, a Administração de Serviços Gerais, ainda não reconheceu Biden como o vencedor.

Vacinação em Janeiro

Seu escolhido como chefe de gabinete, Ron Klain, disse ao canal MSNBC na quinta-feira (12) que receber os fundos de transição é importante, dado que o governo dos EUA lançará uma campanha de vacinação contra o coronavírus no início do ano que vem.

A maioria dos republicanos apoiou publicamente o direito de Trump de recorrer aos tribunais e se recusou a reconhecer Biden como vencedor, mas figuras do partido disseram que o democrata deveria ser tratado como presidente eleito e vários senadores disseram que Biden deveria receber informes de inteligência.

Bolsonaro ironiza vitória de Biden

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), disse na última sexta-feira (13) que a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas está “cada vez mais sendo irreversível”.

A declaração de Mourão vai na contramão da posição adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, que mesmo após seis dias, ainda não reconheceu a vitória do democrata nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. “Como indivíduo, eu julgo que a vitória do Joe Biden está cada vez mais sendo irreversível”, afirmou Mourão nesta sexta.

Declaração deturpada

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no dia 13 de novembro (sexta-feira) que "o tempo dirá" se ele vai permanecer presidente, em um lapso momentâneo de sua recusa sem precedentes em admitir sua derrota nas eleições e ajudar o democrata Joe Biden a se preparar para assumir o poder.

Trump quebrou o silêncio depois de uma semana sem declarações em frente às câmeras, ao falar durante um evento na Casa Branca para anunciar a iminente autorização de uma vacina contra o coronavírus. Durante um breve discurso sobre o trabalho pela vacina, Trump insistiu em que nunca mais ordenaria um confinamento para conter a disseminação da covid-19.

Trans é líder de votos para a Câmara de BH

Neste domingo (15), mais de 30 mil pessoas escolheram Duda Salabert (PDT) para ocupar uma das 41 cadeiras da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) a partir de 2021. Duda é a primeira vereadora trans da história da capital mineira e ainda quebrou o recorde de votos.

Até as 23h30, com 99,76% das urnas apuradas em Belo Horizonte, Duda Salabert havia recebido 37.500 votos. O número supera com sobra os 17.420 votos recebidos por Áurea Carolina (Psol), em 2016, até então, considerada a candidata mais bem votada da história da capital mineira.

Discurso ideológico

Em entrevista ao Estado de Minas, Duda disse que sua eleição é uma vitória dos direitos humanos, uma vez que o Brasil é o país que mais mata transsexuais. Além disso, de acordo com a futura parlamentar, a capital mineira "deu um recado" à bancada anterior da Câmara.

Queda de braço entre EUA e Tik Tok

 

Em mais um desdobramento da situação entre TikTok, de propriedade chinesa, e Estados Unidos, o Departamento de Comércio norte-americano disse que não obrigará a plataforma a encerrar seus serviços no país, após uma decisão judicial ter proibido o banimento do serviço chinês.

 

A decisão foi divulgada na data estipulada para o fim das operações do TikTok nos Estados Unidos, após o serviço não transferir suas operações no país para outra empresa. Os chineses tinham até ontem, 12, para deixar de operar nos EUA, mas a decisão de uma corte definiu que o Departamento de Comércio não tinha competência para bloquear o aplicativo.

 

Em meio a preocupações maiores envolvendo as eleições presidenciais, e a provável troca de poder em janeiro de 2021, o governo parece ter desistido de dificultar a vida de adolescentes que gostam de dançar na frente do celular.

 

domingo, 8 de novembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Apoiadores de Trump rechaçam boatos sobre desistência da apelação sobre fraude nas eleições

Matéria divulgada na rede de notícias CNN, indica que a primeira-dama Melania Trump se juntou a outras pessoas próximas de Trump e o aconselhou a admitir a derrota para o candidato democrata. Fonte ligada à família de Trump confidenciou à reportagem que, para o círculo íntimo do presidente, “chegou a hora de aceitar a perda”. 

Embora a primeira-dama não tenha se manifestado publicamente sobre o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos a CNN veiculou o temerário boato, rechaçado pelos mídias e youtubers, de que "se trata de uma desconstrução das medidas legais dos advogados eleitorais da campanha do presidente".

Diferença de votos

Com 290 delegados, Joe Biden foi o candidato mais votado à presidência em toda a história dos EUA. Ele obteve 75.240.773 (50,7%) de votos contra 70.818.163 (47,7%) em um pleito histórico. Por conta da pandemia o sistema de votos por correios, demorou e ainda refletiu as mudanças nas apurações.

Postura de Biden/Reação de Trump

Ao longo da semana, Biden discursou para apoiadores e mostrou um tom pacifico. Teve comportamento bem diferente de seu adversário derrotado, Donald Trump que insiste na judicialização dos resultados, podendo anular a eleição. Enquanto o republicano, usou as mídias, falando sobre uma fraude na contagem dos votos, o democrata fez discursos pedindo calma à população.

Correios foi decisivo

Quase 70% dos votos antecipados foram dados pelo correio. A pandemia de Covid-19 explica porque tantos eleitores optaram por esse meio para fazer sua escolha. Os EUA vivem sua terceira onda de infecções.

Nos últimos meses, o sistema eleitoral por carta se tornou alvo de duras críticas de seu adversário derrotado que, em desvantagem de cerca de nove pontos percentuais nas pesquisas nacionais, disse que a votação via correio abre brechas para fraudes.

Resultado oficial da eleição só no dia 14 de dezembro

Somente a partir de 14 de dezembro o candidato Joe Biden será, de fato, presidente eleito, segundo o calendário eleitoral de 2020 dos EUA. É neste dia que o Colégio Eleitoral vai se reunir e os representantes dos Estados votarão nos candidatos mais votados em seus territórios. O motivo está, novamente, nas particularidades do processo eleitoral americano. 

Até o dia 14, os Estados devem finalizar oficialmente suas apurações. Os governadores têm de preparar, "assim que praticável", documentos conhecidos como Certificados de Averiguação dos votos, com os nomes dos candidatos eleitos e o número de votos populares que receberam, bem como o nome dos candidatos derrotados.

Obama

 

Em um comunicado divulgado logo após o anúncio neste sábado (7/11) de que o candidato democrata havia conseguido alcançar 279 dos 538 votos do Colégio Eleitoral, conforme as últimas projeções, Obama afirma que Biden, que foi seu vice entre 2009 e 2017, tem "todos os atributos necessários para ser presidente", necessários em um momento desafiador:

 

"Porque, quando ele entrar na Casa Branca em janeiro, vai enfrentar uma série de desafios extraordinários que nenhum outro presidente teve de encarar - uma pandemia violenta, uma economia e um sistema judiciário desiguais, uma democracia em perigo e o clima em risco

O sistema eleitoral americano

Em 2016, Donald Trump teve quase três milhões de votos a menos do que Hillary Clinton, mas obteve mais votos no Colégio Eleitoral.Em 2000, George W. Bush venceu com 271 votos eleitorais, embora o candidato democrata Al Gore tenha vencido o voto popular com mais de meio milhão de votos de vantagem.

 

Apenas três outros presidentes foram eleitos sem ganhar o voto popular, todos eles no século 19: John Quincy Adams, Rutherford B. Hayes e Benjamin Harrison. Nesta eleição de 2020, até sábado Biden contava com vitórias o suficiente em Estados para obter 279 votos no colégio eleitoral, mas também vencia no voto popular, por uma margem de cerca de 4 milhões de votos.

 

Bolsonaro não confirma candidatura a reeleição em 2022

 

Durante a transmissão surpresa realizada pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais no sábado (7), o chefe do Executivo comentou a expectativa para as eleições presidenciais brasileiras em 2022. Ao falar do tema, Bolsonaro disse ainda não ter certeza se será candidato no próximo pleito.

– Não sei se vou ser candidato à reeleição, está muito longe ainda, 22 (2022, ano da eleição). E resolvi não participar ativamente das eleições municipais porque eu tenho o Brasil para administrar – declarou. 

Na live que durou cerca de 30 minutos, o presidente ainda pediu a apoiadores para que não desperdicem o voto nas eleições para prefeito e vereador no País, marcadas para 15 de novembro, e lamentou que a América do Sul esteja sendo “pintada de vermelho”

Balança comercial tem nova previsão de superávit

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,15 bilhões para US$ 55,30 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,40 bilhões para US$ 52,75 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,31 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 7,50 bilhões para US$ 6,81 bilhões, ante US$ 6,96 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,10 bilhões para US$ 15,21 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,30 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 55,00 bilhões para US$ 53,76 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 66,48 bilhões para US$ 67,00 bilhões, ante US$ 65,48 bilhões de um mês antes.

Dólar projetado para fechar a US$ 5,25 em 2020

O Relatório de Mercado Focus, divulgado em outubro pelo Banco Central (BC), mostrou manutenção no cenário para o dólar em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 5,25, ante R$ 5,20 de um mês atrás. Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio permaneceu em R$ 5,00, valor igual ao anotado quatro pesquisas atrás.

Smartphones vão liderar vendas na Black Friday

A Black Friday está chegando. Novamente, os produtos mais procurados serão os smartphones. As grandes marcas internacionais, como Apple, Xiaomi e Samsung certamente vão continuar disputando os postos de celulares mais vendidos. Por consequência, o consumidor terá uma ampla variedade de modelos para escolher. 

Especialistas consideram que a Black Friday 2020 será a maior dos últimos tempos e deve superar as vendas da edição de 2019, quando o comércio faturou R$ 3,2 bilhões. Em decorrência da pandemia da COVID-19 e do isolamento social, as vendas on-line cresceram. Desse modo, os consumidores perderam o medo de comprar pela internet. 

67% dos brasileiros vão impactar as vendas

E mesmo com as perdas salariais em 2020, 67% dos brasileiros entrevistados na pesquisa da TracyLocke Brasil e Behup afirmaram que desejam aproveitar as promoções da Black Friday. Além disso, 43% já começaram a se preparar para as compras, pesquisando produtos. 

domingo, 1 de novembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Seguidores de Bolsonaro protestam contra Doria

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reuniram no dia 1 de novembro (domingo) na avenida Paulista, na cidade de São Paulo, para protestar contra o governador João Doria (PSDB) e uma eventual obrigatoriedade de tomar a vacina contra a covid-19 produzida no Estado.

A multidão se reuniu em frente o Masp na Paulista. A hashtag #ForaDoria alçou os assuntos mais comentados do Twitter, com mais de 94 mil citações até a publicação desta reportagem.

Os manifestantes criticavam a “vachina”, em referência à CoronoVac, vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Estado de São Paulo tem parceria com a empresa por meio do Instituto Butantan para produção do imunizante. Na sexta-feira (30), o instituto fretou 6 aviões para transportar a matéria-prima da CoronaVac da China para o Brasil.

Trump cola em Biden e quer mudar a dinâmica das eleições

Atrás nas pesquisas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou-se de e-mails divulgados recentemente, supostamente do filho de seu adversário na corrida à Casa Branca, o candidato democrata Joe Biden, para tentar mudar a dinâmica das eleições presidenciais em sua reta final, no que a imprensa americana descreveu como "surpresa de outubro".

As alegações contra o democrata foram o pano de fundo do pedido de demissão do jornalista Glenn Greenwald, cofundador do site The Intercept. Ele se demitiu do site na quinta-feira (29/10). Greenwald alegou que foi censurado por causa de um artigo que escreveu sobre o assunto. O Intercept, por sua vez, criticou o jornalista e diz que ele estaria fazendo um papel de "vítima".

Greenwald ficou mundialmente famoso ao publicar, em junho de 2013 no jornal britânico The Guardian, uma reportagem mostrando a existência de programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, efetuados pela Agência de Segurança Nacional (NSA). Para isso, contou com a ajuda de Edward Snowden, que havia sido funcionário da CIA, a agência de inteligência americana, e da NSA. Snowden coassina a reportagem, que ganhou o Prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo.

As eleições estão marcadas para a próxima terça-feira, 3 de novembro.

As denúncias...

Não se trata de uma estratégia nova. O esforço da campanha do candidato republicano para arquitetar uma revelação surpresa nas semanas finais da campanha para "virar" a eleição é uma tática política frequentemente usada. O termo "surpresa de outubro" foi cunhado em 1980 e referia-se a esforços secretos do então presidente Jimmy Carter (1977-1981) para negociar a libertação de reféns americanos no Irã antes da eleição. Por fim, as negociações fracassaram e Ronald Reagan venceu.

Trump vem acusando repetidamente Biden de irregularidades em relação à Ucrânia e à China enquanto era vice-presidente, o que ele nega.

A questão ressurgiu após um artigo do New York Post sobre um suposto e-mail no qual um consultor de uma empresa de energia ucraniana, a Burisma, aparentemente agradeceu ao filho de Biden, Hunter, por convidá-lo para conhecer seu pai.

Questionado sobre as acusações, Biden disse a um repórter se tratar de uma "campanha de difamação". Nenhuma atividade criminosa foi comprovada e nenhuma evidência surgiu de que Biden fez algo para beneficiar seu filho intencionalmente.

O artigo do New York Post

Um artigo publicado pelo jornal New York Post tem como foco um e-mail de abril de 2015, no qual um conselheiro da empresa Burisma, Vadym Pozharskyi, aparentemente agradeceu a Hunter Biden por convidá-lo para encontrar seu pai em Washington.

Hunter, o segundo filho de Joe Biden, era diretor do conselho de administração da Burisma - uma empresa privada de energia de propriedade da Ucrânia, enquanto seu pai era o encarregado do governo Obama nas relações entre os EUA e a Ucrânia. Hunter era um dos vários estrangeiros no conselho da empresa.

Biden rebate acusações

O artigo do New York Post não forneceu evidências de que a reunião tenha ocorrido. A campanha eleitoral de Biden disse que não havia registro de tal reunião na "programação oficial" do ex-vice-presidente da época.

Mas em um comunicado ao site americano Politico, a campanha também reconheceu que Biden poderia ter tido uma "interação informal" com o conselheiro do Burisma que não apareceu em sua programação oficial, embora afirmasse que qualquer encontro teria sido "superficial".

"As investigações da imprensa, durante o impeachment e até mesmo de dois comitês do Senado liderados por republicanos, cujo trabalho foi considerado 'não legítimo' e político por um colega republicano, chegaram à mesma conclusão: que Joe Biden executou a política oficial dos EUA em relação Ucrânia e não se envolveu em nenhuma transgressão", disse Andrew Bates, porta-voz de Biden.

Maia constrange líder do PL

Em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o deputado Wellington Roberto, líder do PL na Câmara, defendeu o governo do presidente Jair Bolsonaro e criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

– Estou dizendo que Rodrigo Maia foi infeliz, com todo respeito eu tenho ao presidente da Casa. Nós não concordamos com essas colocações que ele fez de uma forma em que ele atribui e joga no colo da base o engessamento do país.

Roberto rebateu declarações de Maia, que na última terça-feira (27) culpou a base do governo por atraso em votações. 

– Não sou eu que estou obstruindo, é a base do governo. Se o governo não tem interesse nas medidas provisórias, eu não tenho o que fazer – disse Maia, na terça.O deputado afirmou ainda que Maia tem o hábito de fazer ataques a pessoas e depois “assoprar”.

Chinesa Xiaomi já é a terceira na venda de smartphones no mundo

A fabricante chinesa de eletrônicos Xiaomi ultrapassou a Apple pela primeira vez em vendas globais de celulares e ocupa agora a terceira posição de vendas entre as fabricantes, aponta uma pesquisa da consultoria IDC divulgada na quinta-feira (29).

O levantamento também mostra que a Samsung voltou a liderar a global de vendas de smartphones, após perder a liderança do mercado para a também chinesa Huawei, que ficou no topo por um único trimestre.

Segundo os dados, coletados depois da temporada de resultados financeiros das empresas, a Samsung vendeu 80,4 milhões de celulares no trimestre que se encerrou em setembro. Hoje, a sul-coreana é responsável por quase um em cada quatro smartphones vendidos em todo o mundo.

Huawei barrada no EUA

Já a Huawei vendeu 51,4 milhões de aparelhos e viu seus negócios serem impactados nos últimos meses pelas sanções impostas nos Estados Unidos em 2019 - a companhia é acusada pelo governo Trump de praticar espionagem a favor do governo chinês. A Xiaomi vendeu 46,5 milhões de dispositivos no terceiro trimestre - quase 5 milhões a mais do que a Apple.

Há motivos, porém, para explicar a queda da fabricante do iPhone. Tradicionalmente, a empresa de Tim Cook lança novos modelos de smartphones em setembro.

Por conta da pandemia do coronavírus, porém, o lançamento do aparelho aconteceu apenas no início de outubro. O ciclo de produção do aparelho foi afetado por dois fatores. Um foi a paralisação das fábricas na China, no início do ano, onde a maior parte dos iPhones são globalmente produzidos. Outro foi a interrupção de viagens internacionais - antes do lançamento de um novo iPhone, engenheiros da Apple viajam até o país asiático para acertar detalhes da produção.

A queda de desempenho da Apple, porém, acabou sendo mais grave do que se previa: no período, as vendas de iPhones tiveram queda de quase 21% em receita, chegando a US$ 26,4 bilhões, sendo que analistas esperavam uma diminuição de 16% nas vendas.