ROBERTO MONTEIRO PINHO
CPMI: Oposição
possui estratégia para levar Lula ao impeachment
No
Palácio do Planalto, o assunto é unânime é certo que a investigação reforçará
os laços de Bolsonaro com a direita e extrema direita, com os radicais que
invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Há a convicção de que a
versão oficial de tentativa de golpe, prevalecerá. Pode até ser que isso
ocorra, mas esse raciocínio desconsidera um dado importante da realidade: nem
sempre é possível controlar uma CPI.
A
linha nevrálgica da CPMI remete para o episódio do ex-presidente Jair Bolsonaro
que enfrentou dificuldades com a CPI da Pandemia. Mesmo que o relatório final
da comissão não rendeu implicações na Justiça, essa foi determinante para
desgastar a sua imagem.
Na
mesma linha da esquerda os oposicionistas estão afiando espadas e querem desgastar
Lula — com denúncias e todo arcabouço de tendo como suporte à gravação dos atos
de 8 de janeiro e nos depoimentos durante a CPMI, que de qualquer forma, terão
efeito desastroso para Lula e seus aliados.
Vídeo dos circuitos de
segurança do Palácio tem 4.1410 horas de filmagens
A Polícia Federal enviou um comunicado ao Supremo Tribunal
Federal (STF) neste domingo (23/4) em que informa ter coletado 4.410 horas de
filmagens dos circuitos internos de segurança do Palácio do Planalto, Congresso
Nacional e do próprio Supremo no dia dos ataques às sedes dos Poderes. Os
arquivos somam 1,47 terabytes. Outros 129 gigas de imagens foram capturadas na
internet pelos investigadores
"Os vídeos foram encaminhados para os Institutos de
Criminalística e Identificação Nacional e estão sendo realizadas as perícias e
análises para as deliberações pertinentes", disse à PF.
Bia Kicis (PL): “Lula é um mentiroso”
"Em 18 de janeiro Lula afirmou que já tinham as
filmagens e que não precisavam de CPMI para saber quem invadiu o Palácio e os
demais prédios dos Três Poderes. Depois agiram com desespero para impedir a
qualquer custo a CPMI. Agora a narrativa é que não teve acesso às filmagens.
Mentiroso!", escreveu Kicis em sua página na rede social.
A deputada federal pelo Distrito Federal Bia Kicis (PL)
chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de mentiroso no domingo
(23/4), em uma publicação no Twitter. A
declaração de Lula mencionada pela deputada ocorreu em uma entrevista
exclusiva à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, no dia 18 de janeiro, dez
dias depois das invasões golpistas à Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Moraes solicitou o vídeo com imagens de 8
de janeiro?
Logo após
a divulgação do vídeo com parte das imagens do ato de 8 de janeiro pela CNN, o
ministro do STF Alexandre de Moraes determinou ao Gabinete de Segurança
Institucional (GSI) a entrega à Corte as imagens das câmeras de segurança do
Palácio do Planalto captadas durante o ataque de 8 de janeiro deste ano. No seu
despacho ele sublinho que "Inexiste sigilo das imagens, com base na Lei de
Acesso à Informação".
As
imagens do circuito de câmeras do Palácio do Planalto se tornaram um assunto politicamente
sensível nos últimos dias. A CNN Brasil divulgou registro, e diante do fato, o ex-ministro
do GSI Gonçalves Dias ser flagrado interagindo com invasores no Planalto no dia
do ataque. Dias deixou o cargo.
Janja
especulada para sucessão de Lula em 2026?
Rosângela
da Silva, (Janja), esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Lula, para quem
ainda não sabe, especula-se, seja possível sucessora do petista em 2026. A
primeira-dama não faz cerimônia para aparecer nas fotos do presidente. Já existe
conversa especialmente dentro do próprio partido. Por enquanto, para não se
envolver em polêmicas dentro do próprio PT, falou em alto e bom tom que deseja
uma atuação efetiva e marcante no governo, sem conotação eleitoral.
A
primeira-dama tem uma sala ao lado da do presidente, onde cumpre intensa agenda
própria, recebe amigos, auxiliares do próprio presidente e discute políticas
públicas. Aos olhos do Palácio está sendo vista como uma “ministra sem pasta”.
Precedente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acena como possibilidade o episódio de
2002, quando a Corte autorizou Rosinha Garotinho, então primeira-dama do Rio de
Janeiro, a concorrer à sucessão do marido. Bastaria que Lula deixar o Planalto
seis meses antes do fim do mandato.
A
volta dos Bingos e Cassinos
A decisão do governo de regulamentar a taxação de apostas
esportivas estimulou o retorno da discussão sobre a legalização e
regulamentação de jogos de azar em geral, como jogo do bicho, bingos e cassinos.
Tido como agregadores para gerar empregos, esses setores ganham força e podem
ser aprovados ainda este ano.
No dia 20 de abril, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, disse em Londres, que legalizar e regulamentar jogos de azar e apostas
esportivas pode ser um "caminho para uma arrecadação sustentável" no
Brasil.
O impulsionador da proposta é uma lei do final de 2018 que passou a permitir sites de apostas esportivas, que passaram a viver um boom e patrocinar quase todos os principais times de futebol masculino e feminino e alimentar as redes sociais. Enquanto a regulamentação do mercado não sai do papel as empresas têm operado esses sites de fora do Brasil, livres de impostos locais. Bingos e cassinos estão sendo acessados na internet.
A longevidade
do brasileiro
Enquanto a expectativa de vida do Brasil subiu 5,3% na
década de 1990, essa taxa se elevou em 2,7% na Argentina e 2,2% no Uruguai. Mesmo
assim, esses países ainda têm índices superiores: hoje em dia, espera-se que um
argentino viva por 75,8 anos, enquanto um brasileiro chegue aos 74.
Ao longo das seis últimas décadas, Chile, Uruguai e
Argentina mantiveram a dianteira da América do Sul quando o assunto é
expectativa de vida. Apesar de ser a maior economia da região, o Brasil sempre
esteve nas últimas posições desse ranking, ao lado de Bolívia e Peru.
Um argentino vivia uma média de 63,9 anos em 1960, enquanto
o brasileiro só chegava até os 52,6 — uma diferença de 11 anos. A situação
começou a mudar de figura a partir dos anos 1990, quando essa disparidade em
relação a alguns vizinhos sul-americanos começou a ficar cada vez menor.
Roberto
Monteiro Pinho - jornalista, escritor, ambientalista, CEO em jornalismo
Investigativo e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa -
ANI. Presidente da Associação de Emancipação da Região da Barra da Tijuca
AP4.2. Escreve para Portais, sites e blog de notícias nacionais e
internacionais. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit, Topbooks),
em revisão os livros “Os inimigos do Poder” e “Manual da
Emancipação”.
"Esta publicação opinativa encontra-se em
conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."