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domingo, 26 de julho de 2020


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Pesquisa: Bolsonaro venceria seus adversários em 2022

Pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada na sexta-feira (24), aponta o presidente Jair Bolsonaro vencendo os rivais no segundo turno. O instituto realizou seis simulações de segundo turno com Bolsonaro e o petista Fernando Haddad, onde venceria por 46,6% a 32%. Contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a vitória seria por 45,6% a 36,4%.
Contra o governador paulista João Doria que é apontado como uma potencial ameaça a Bolsonaro em 2022, Doria não teria chances. Se o segundo turno fosse hoje, perderia a eleição por 23% a 51,7% – a maior diferença apurada nas simulações.
Moro e Ciro sequer ameaçam
O presidente Jair Bolsonaro estaria a frente mesmo de candidatos que representariam novas forças e propostas políticas – inclusive, no campo da direita. O exemplo é o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, o desafeto Sergio Moro, seria derrotado por 44,7% a 35%.
Ciro Gomes (PDT-CE), também seria superado por 48,1% a 31,1%. Já o apresentador global Luciano Huck perderia por 50,8% a 27,6%. A pesquisa também apurou como seriam os resultados do 2º turno. Os dados indicam que Jair Bolsonaro venceria em todos os 6 cenários e seria reeleito à Presidência.
Os dados mostram que Bolsonaro derrotaria os 6 potenciais adversários no 2º turno da disputa ao Planalto em 2022 com percentuais em torno de 45%. Os adversários testados contra Bolsonaro foram: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); os ex-ministros Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB); e o apresentador Luciano Huck.
Bolsonaro vai se filiar ao PTB ou PRTB de Mourão
Com o projeto de criação de um partido próprio adiado para 2021, os seguidores de Bolsonaro vão tentar a sorte nas urnas este ano por siglas conservadoras de direita que aceitaram servir de abrigo provisório do bolsonarismo até que a Aliança pelo Brasil saia do papel.
PRTB , PTB, Republicanos e Patriotas foram os partidos que mais apostaram em bolsonaristas para as eleições municipais, segundo Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança. Há também aliados do presidente disputando pelo DEM em algumas cidades.
Movimentos pró Bolsonaro
A maioria dos líderes conservadores da ala mais radical dos movimentos pró-Bolsonaro decidiram ir às urnas em 2020 pela legenda, que aposta em integrantes de grupos como Avança Brasil, Movimento Conservador e Nas Ruas, além de youtubers, influenciadores digitais e políticos ligados a deputados do PSL que ficaram isolados na sigla após a saída do clã Bolsonaro.
Entre as apostas do PRTB em São Paulo está Ricardo Rocchi, manifestante do movimento "Tomataço" - que foi proibido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes de chegar a menos de 200 metros de qualquer ministro da Corte. Além dele, Bruno Zambelli, irmão da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), o blogueiro Ricardo Santis, conhecido como "Conservador de Topete" e Juliana Kohan, do grupo Mulheres com Bolsonaro.
Roubo na Saúde:  Prefeitura de Recife na mira da Federal

O dia 23 de julho começou com um mandado de busca e apreensão na Prefeitura do Recife (PE). A Polícia Federal investiga uma fraude na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que seriam utilizados por profissionais no enfrentamento ao novo coronavírus (Sars-Cov-2).

As suspeitas são decorrentes de contratos de dispensas de licitação que chegam a R$15 milhões. A PF já confirmou prejuízo de R$7 milhões aos cofres públicos, quatro desses milhões foram gastos em máscaras que, supostamente, não foram entregues, assim como o restante dos equipamentos. A prefeitura nega.

Dinheiro do SUS

Conforme investigação da PF, os recursos utilizados para pagamento são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo que a Prefeitura do Recife tenha recebido cerca de R$57 milhões para combate a Covid-19 do Fundo Nacional de Saúde (FNS). 

Uma apuração feita pela Controladoria-Geral da União suspeita da contratação de empresas de fachada para realização da fraude. Felipe Soares Bittencourt foi afastado do cargo de diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde. Outros dez mandados de busca e apreensão foram realizados no Recife e em Jabotão dos Guararapes, em locais supostamente ligados ao esquema de fraudes. A operação foi denominada Bal Masqué pela PF.

TV Globo segue demitindo...

De acordo com o site Na Telinha após a TV Globo promover novas alterações no calendário de gravações e lançamento das telenovelas da emissora, o temor nos bastidores de que novas demissões podem estar a caminho cresceu nos corredores da empresa. As informações são do site Na Telinha.
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Segundo a publicação, com as paralisações das gravações de obras como Amor de Mãe, Salve-se Quem Puder e No Tempo do Imperador, além das pré-produções de Malhação e Em Seu Lugar, a emissora manteve cerca de mil funcionários em casa. Com a decisão de estender as pausas e manter os colaboradores em casa, a incerteza entre eles aumentou.

Refém da pandemia?

A linha de shows da TV Globo também sofreu um baque e os milhares de trabalhadores seguem em casa aguardando coordenadas da empresa. Muitos deles, que são contratados por produções, já apontam desânimo com a chance de um retorno imediato.

– Ninguém fala nada, ninguém tem uma posição oficial. Todo mundo está tenso porque existem muitos funcionários de carteira assinada que estão à disposição e aí podem ser escalados. Até agora ninguém foi demitido de fato. Os contratos não foram renovados e os poucos que estão sendo chamados assinam por um mês – disse uma fonte da emissora ao portal Na Telinha.

domingo, 19 de julho de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro vai vetar PL das fake News

O presidente da República Jair Bolsonaro criticou neste sábado o projeto que visa a coibir a produção e a disseminação de fake news, aprovado no Senado e em discussão na Câmara. Ele afirmou que o texto coloca limite na liberdade de expressão.

"O Congresso está discutindo, já passou no Senado e está na Câmara, o que seria a lei das fake news. Eu acho que é mais uma maneira de botar limites na liberdade de expressão. Não tem que ter limites, no meu entender", disse, em transmissão ao vivo nas suas redes sociais.

Condenando o rastreamento de mensagens

O texto aprovado pelo Senado exige a rastreabilidade de mensagens enviadas por aplicativos a mais de mil usuários, identificação de conteúdos impulsionados e sanções às plataformas que descumprirem a lei. A proposta foi chamada de Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
Bolsonaro disse que já há previsão em lei para quem se sente ofendido na internet.

Deputado indicado pelo “centrão” será o líder do governo na Câmara

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) está cogitando dar a liderança do governo na Câmara dos Deputados para um representante do centrão. A medida está sendo estudada, e pode ser adotada para resolver conflitos, entre o ministro Luiz Eduardo Ramos, principal articulador político, e nomes do centrão.

Os partidos do centrão, que negociaram com Ramos para garantir votos no Congresso estão insatisfeitos com o ministro. Eles desconfiam do ministro e o acusam de não honrar acordos. Com essa mudança, Bolsonaro conseguiria amenizar as tensões entre as duas partes.

O nome cogitado é o de Ricardo Barros (PP-PR)

Caso as mudanças sejam confirmadas, Vitor Hugo (PSL-GO), que possui um relacionamento conturbado com Ramos e o centrão, seria realocado para a presidência de alguma comissão na Casa. O nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é ex-ministro da Saúde do governo de Michel Temer, é um dos cotados .

Os militares no Poder

O governo federal, desde a posse de Jair Bolsonaro (sem partido), tem aumentado, significativamente, a presença de militares em cargos públicos. Atualmente, 10 de seus 23 ministros são militares. Além disso, em 1 um ano e meio de gestão, Bolsonaro expandiu o número de integrantes de origem militar em cargos comissionados em 33%.

Hoje são 2.558, em ao menos 18 órgãos, entre eles Saúde, Economia, Família e Minas e Energia. Os números foram levantados pelo jornal Folha de SP. Quando o ex-presidente Michel Temer passou o cargo a Bolsonaro, o número de militares em cargos era de 1.925. Desde então, esse número saltou, inclusive para os mais altos cargos, como os de ministros.

Coronasvírus fecha 16,6% das empresas

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou recentemente uma pesquisa do impacto da pandemia nas empresas. De acordo com Instituto, de 1,3 milhão dos negócios que fecharam (temporária ou definitivamente) na primeira quinzena de junho, 522,7 mil (39,4%) encerraram suas atividades por causa da Covid-19 .

Caminho sem volta

Isso mostra que quatro em cada dez empresas fecharam por não suportarem o impacto das medidas adotadas para conter o novo coronavírus (Sars-coV-2). De acordo com o IBGE, o país tinha cerca de 4 milhões de empresas na primeira quinzena de junho, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo.

Do total de empresas em funcionamento, 70% informaram que a pandemia teve impacto negativo, 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente e 13,6% disseram que o impacto foi positivo.

Reino Unido perdeu 19,1% do PIB entre março e maio

A atividade da economia do Reino Unido cresceu 1,8% no mês de maio - bem abaixo dos 5,5% previstos pelos economistas consultados pela agência Reuters -, mas um pouco melhor que o tombo de 20,4% registrado em abril, que anulou 18 anos de crescimento no país.

Entretanto, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou forte queda de 19,1% entre março e maio, na comparação com os três meses precedentes, devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e as medidas de confinamento que frearam as atividades.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) britânico, o leve crescimento de maio se deu graças ao início da suspensão do confinamento, especialmente na construção civil e na atividade manufatureira. Apesar da frágil recuperação, o PIB do Reino Unido caiu quase 20% na comparação com o nível de fevereiro, de acordo com os dados do ONS.
A “nova CPMF”
Além de enfrentar resistência da opinião pública, uma "nova CPMF" é mal vista pelo Congresso. Em outubro de 2007, quando era deputado federal, Bolsonaro votou contra a proposta de prorrogação da CPMF. Na época, fez discursos enfáticos na Câmara contra o tributo. Nos últimos dias, o vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a dizer que o presidente era contra uma reedição do imposto, mas emendou que a CPMF "precisa ser discutida".
 PEC 110 e PEC 45
A expectativa é que a proposta do governo seja analisada pela comissão mista   do Congresso para discussão da reforma tributária. O grupo já avalia os textos de duas Propostas de Emenda à Constituição: a PEC 110, de autoria do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), e a PEC 45, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). As duas estão focadas em reformar impostos sobre bens e serviços.
A campanha eleitoral nas redes sociais
O Facebook não perde tempo nem dinheiro. Diante da pandemia – com restrições de aglomerações, de circulação e indicativos de que as eleições no Brasil serão focadas nas redes sociais – a plataforma já orienta usuários possíveis candidatos a pedirem autorização para veiculação de banners e anúncios político-eleitorais no portal, conforme a legislação permite. Vale lembrar que parte da vitória de Jair Bolsonaro em 2018 é atribuída às postagens em várias redes sociais – mas algumas delas, hoje, sob investigação da Justiça. (via Leandro Mazzine-Blog Esplanada).

domingo, 12 de julho de 2020


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro sai em defesa de jornalistas conservadores
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua conta no Twitter para sair em defesa de quatro jornalistas e comentaristas conservadores que, segundo ele, sofrem perseguições por parte da própria imprensa e do que chamou de ‘esquerda radical’ que domina a mídia no país.

Segundo Bolsonaro, Luís Ernesto LacombeLeandro NarlochCaio Coppolla e Rodrigo Constantino têm em comum o fato de serem ‘independentes’ e terem ‘opinião própria’, assim sendo ‘considerados nocivos’ na mídia brasileira, ‘dominada pelo pensamento de esquerda radical’.

Criticas ao jornalismo opinativo

O presidente também afirmou não ter relação com nenhum dos quatro e que ‘por diversas vezes’ já foi ‘alvo’ de críticas dos jornalistas. Bolsonaro ainda falou sobre o cenário opinativo brasileiro e atacou a esquerda no país.

 “Não tenho relação com nenhum desses. Inclusive, por diversas vezes, sou alvo de suas críticas. Mas no Brasil formou-se um cenário onde não ser radicalmente crítico a um governo conservador/liberal já é motivo para ilações e perseguições. A esquerda não respeita a democracia”, escreveu.

Band demite jornalistas próximos do presidente
Luiz Ernesto Lacobe pediu demissão da Band no fim de junho após ser afastado para o que o canal chamou de uma reformulação no ‘Aqui na Band’. Também foram afastados o diretor Vildomar Batista, e a apresentadora Nathália Batista. As mudanças aconteceram depois que o programa recebeu o jornalista Allan dos Santos para debater sobre conservadorismo.

Aliado do governo de Jair Bolsonaro, Allan é um dos principais investigados do inquérito das fake news, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, Lacombe teria confessado ser adepto da política conservadora, o que incomodou a direção do canal. Depois da demissão, ele abriu um canal no Youtube e viu seu números de seguidores aumentarem na casa dos 250 mil em poucos dias.

Novo ministro da Educação

O presidente Jair Bolsonaro convidou o pastor Milton Ribeiro para assumir o Ministério da Educação. A informação foi publicada nas redes sociais do presidente. Ribeiro é integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência da República desde do início de 2019. Ele é vice-presidente do conselho deliberativo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição na qual já foi vice-reitor.

Segundo a instituição, Ribeiro é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e possui em mestrado em Direito pelo Mackenzie. Ele também é graduado em teologia e direito. A escolha teve boa receptividade da ala ideológica do Planalto.
Governo americano quer expulsar estudantes estrangeiros
Ao tomar a decisão de expulsar do país estudantes estrangeiros em cursos ministrados remotamente, o governo americano coloca as universidades e escolas diante de um dilema: ou retomam as aulas apesar do risco sanitário ou mantêm as medidas contra a pandemia e perdem seus alunos estrangeiros, que chegam a representar cerca de 40% do total de estudantes em universidades de renome como MIT ou Yale.
O primeiro seria reduzir a presença chinesa em território americano. Hoje, a China é a origem de 34% dos estudantes estrangeiros nos Estados Unidos — quase 400 mil pessoas. O governo americano, que já vivia há anos uma guerra comercial com a China, tem culpado o país pela dimensão da pandemia global.
Estudantes chineses
Além de afirmar que os chineses omitiram dados sobre o coronavírus, altos funcionários da gestão Trump chegaram a acusá-los de ter produzido artificialmente a cepa, em um ataque biológico contra os americanos e o restante do mundo. Isso jamais foi provado, mas ataques contra a China têm se mostrado populares entre o eleitorado trumpista.
Trump atrás nas pesquisas
Nas últimas semanas, o republicano têm sofrido sucessivos golpes em sua campanha de reeleição. A popularidade do presidente está abaixo de 40% e seu oponente, o democrata Joe Biden, já abre mais de 10 pontos percentuais de vantagem nas pesquisas nacionais. Com uma base de eleitores preocupadas com empregos e que expressa rejeição a imigrantes, o movimento em relação às universidades pode ajudá-lo politicamente.
Ao mesmo tempo, a ação ocorre em um momento em que os Estados Unidos enfrentam novo pico do coronavírus no país, com média de mais de 50 mil novos casos diários da doença na última semana (e mais de três milhões no total).

Flamengo vendeu a final do campeonato carioca para o SBT
Depois de uma chuva de críticas por várias decisões recentes ligadas aos direitos de transmissão de TV, a diretoria do Flamengo conseguiu uma tacada de mestre. É que o Rubro-Negro vendeu para o SBT a exibição da segunda e decisiva partida final do Campeonato Carioca, na próxima quarta-feira, no Maracanã.
Além de faturar dinheiro com o negócio, o Fla ainda está convencido que o SBT baterá com facilidade a Globo na disputa pelo horário. Vale lembrar que Flamengo e Globo viraram inimigos públicos depois de não chegarem a um acordo financeiro pelos direitos do Carioca.
Silvio Santos
Entre os dirigentes rubro-negros, existe a convicção de que o acerto com o SBT, revelado pelo jornalista Flavio Ricco, causou revolta na concorrente. É que a Globo desembolsou aproximadamente R$ 90 milhões para exibir o estadual do Rio, transmitiu um monte de jogos com praticamente nenhum apelo e verá a partida mais importante justamente na emissora de Silvio Santos.
O martelo entre Fla e SBT deve ser fechado neste sábado, embora tenha ficado bem avançado no fim da noite de sexta. Os valores do acerto não foram revelados, mas certamente vão diminuir o prejuízo do clube com o estadual - o Rubro-Negro não embolsou nem R$ 2 milhões com direitos de TV, contra R$ 17,5 milhões de Botafogo, Fluminense e Vasco.
Também no YouTube
Também ficou combinado entre Flamengo e SBT que o clube poderá exibir a finalíssima na FlaTV. Assim, o presidente Rodolfo Landim espera por duas situações: alguns milhares de reais com doações de torcedores durante a transmissão no canal e o recorde de audiência em uma live no YouTube. A FluTV, com o jogo da última quarta, assumiu o primeiro lugar no mundo empurrada por alguns milhões de rubro-negros.
Durante a disputa por pênaltis, a FluTV chegou a registrar 3,59 milhões de espectadores. O recorde pertencia à live de Marília Mendonça, realizada em 8 de abril, com a presença de 3,3 milhões de pico. 

segunda-feira, 6 de julho de 2020


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro sanciona MP 936 conter demissões
O presidente Jair Bolsonaro anunciou dia 6 de julho na sua conta do twittter, que sancionou a MP 936 que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Pela MP, é possível reduzir salários e jornada de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus, desde que a empresa se comprometa a não demitir.
A medida está em vigor desde abril e o texto só foi aprovado pelos deputados e senadores em junho. Já está pronto o decreto que permite a prorrogação dos prazos máximos dos acordos por mais 60 dias no caso da suspensão e mais 30 dias, de redução salarial, mas ainda não houve.
Governo garante a diferença
As empresas devem negociar com os trabalhadores os termos da redução dos salários que pode ser de 25%, 50% ou 70%. O governo federal entra com uma contrapartida do seguro-desemprego para complementar a renda dos trabalhadores.
A estimativa do governo é que já foram firmados mais de 12 milhões de acordos de suspensão de contrato e redução salarial, com gastos federais somando R$ 51,2 bilhões, dos quais R$ 13,9 bilhões foram desembolsados.
Os números da economia no Brasil

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 6,54% para 6,50%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. 

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há seis semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

A Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,63%, neste ano. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%. A previsão para 2022 também não teve alteração: 3,50%. Para 2023, a estimativa passou de 3,50% para 3,42%.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25% também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.

Taxa Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar a R$ 5,05

A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,05, contra previsão de R$ 5 da semana passada.

Os números duvidosos da pandemia no Brasil
Três levantamentos divulgados diariamente no Brasil têm tentado dar a fotografia da pior pandemia do século 21. O primeiro deles é o portal Painel Coronavírus, do governo federal. Os outros dois são iniciativas das secretarias estaduais de Saúde e de um consórcio de órgãos de imprensa — ambas lançadas em meados de junho, quando o governo federal interrompeu a divulgação de dados por alguns dias, provocando dúvidas de diversos especialistas sobre a veracidade dos números que vinham do Ministério da Saúde.
Um mês após a polêmica, os três portais têm apresentado estatísticas razoavelmente parecidas, com apenas pequenas discrepâncias. Mas, mesmo assim, ainda existem muitas dúvidas sobre a confiabilidade desses números — devido a uma série de deficiências na forma como os casos e as mortes são contabilizados.
A contra prova
Um estudo do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligado à Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, estima que o Brasil poderia estar próximo de atingir a marca de 9 milhões de pessoas com covid-19 — sugerindo que pode haver uma margem de erro de até 500% nas estatísticas oficiais.
Dados insuficientes de contaminados
Os pesquisadores partem da noção de que não há testes suficientes feitos no Brasil para se determinar o número de infectados com o Sars-Cov-2, o vírus causador da covid-19. Assim, eles usam dados da Coreia do Sul — país com um dos melhores sistemas de exames de covid-19 do mundo — para calcular a taxa de letalidade da doença, que é a quantidade de pessoas que morrem em proporção à quantidade que fica doente.