ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro
assina acordos bilaterais com a índia
O
presidente Jair Bolsonaro e
o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, assinaram, em Nova Délhi, quinze
memorandos de entendimento para parceria entre os dois países nas áreas de
biocombustíveis e cibersegurança. Bolsonaro e Modi se reuniram para analisar
como ampliar a aliança estratégica e incrementar os US$ 6 bilhões que
atualmente a Índia investe no Brasil, e o US$ 1 bilhão que o Brasil investe na
Índia.
Previsão de US$ 50 bilhões até 2022
“Fico feliz que conseguimos
firmar importantes acordos hoje sobre bioenergia, cibersegurança, segurança
social, ciência e tecnologia, petróleo e gás natural”, afirmou o
primeiro-ministro indiano, logo após a assinatura dos memorandos. No Twitter,
Bolsonaro afirmou que, com os acordos, “as expectativas são as melhores”. “O
comércio, por exemplo, que hoje movimenta US$ 6 bilhões por ano, poderá passar
a US$ 50 bilhões até 2022.”
Senador
do PT é campeão de gastos
Locomoção,
hospedagem, alimentação, contratação de serviços, verba para aluguel de
imóveis, passagens aéreas. Os gastos de um senador no Brasil com esse tipo de
serviço variam, atualmente, de R$ 0 a mais de R$ 600 mil por ano. Em 2019
não foi diferente. Humberto Costa (PE), líder do PT na Casa, foi o parlamentar
que mais gastou no ano passado: R$ 607.404,64. Estes 'privilégios' estão
inclusos na chamada Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAPS), um
recurso que varia entre R$ 25 mil e R$ 41 mil mensais disponibilizados para
cada um dos 81 senadores do Congresso Nacional.
O valor
também é somado a uma outra verba, utilizada para os gastos com viagens
oficiais, correio e combustível. Além disso, os senadores ainda recebem o
salário e auxílio-moradia ou imóvel funcional. O maior número de gastos de
Humberto Costa foi com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis: R$
151.263,65, seguido de passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais.
Procurado pela reportagem, o senador afirmou que gasta porque trabalha, além de
viajar ou mandar funcionários para cobrir a demanda da população em outros
estados e no interior.
Correio lidera gastos no Senado
Dos
milhões de reais gastos por ano no Senado, um se destaca: o valor gasto com
correspondências. Em 2019, os 81 parlamentares gastaram R$ 1,89 milhão em verba
pública nos Correios. Cada senador tem uma cota mensal destinada ao fim.
Quanto maior a população do Estado pelo qual foi eleito e menor o indicador
oficial de utilização da internet, maior a verba.
No ano
passado, o campeão em gastos no Senado foi também o que mais utilizou o
serviço: dos mais de R$ 600 mil gastos por Humberto Costa em 12 meses, R$
134.874,12 foram para enviar cartas e pacotes. São R$ 528 reais por dia útil.
Apenas no mês de junho, o senador gastou mais de R$ 44 mil com o envio de
impressos e PACs. Ciro Nogueira (PI), vice-líder do PP, ficou em segundo lugar
em gastos com correio: R$ 110.918,62; seguido de Irajá (PSD-TO), que gastou
90.886,83.
O coronavírus...
Casos do novo tipo de coronavírus identificado em dezembro
na cidade de Wuhan, na China,
já foram confirmados em outros 12 países. Apesar
disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu não declarar este surto uma
situação de emergência global, após uma reunião que se estendeu por dois dias.
Ainda que o vírus tenha chegado a outros países, é
cedo para tomar tal medida, disse a OMS, porque o número de casos notificados
fora da China é pequeno e o vírus aparentemente não está se espalhando dentro
destes países.
Vírus se
propaga...
"A transmissão parece estar limitada a
familiares e profissionais que cuidaram dos pacientes. Não há evidências de
transmissão entre pessoas fora da China, mas isso não significa que não vá
acontecer", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Não se enganem. Isso é uma
situação de emergência na China. Ainda não se tornou uma emergência global de
saúde. Mas pode vir a se tornar."
Os
coronavírus são uma ampla família de vírus, mas sabe-se que apenas sete deles
infectam humanos. Eles podem causar desde um resfriado comum até a morte. O
novo vírus aparentemente está em algum lugar no meio do caminho entre esses
dois extremos.
No Brasil...
No
momento, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no Brasil — e, segundo o
governo federal e epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que isso
ocorra, o risco é baixo de que haja um surto por aqui. O Ministério da Saúde
anunciou na quinta-feira que as cinco possíveis suspeitas notificadas desde 18
de janeiro por quatro Estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e São Paulo) e pelo Distrito Federal foram descartadas.
Números
incertos...
De
acordo com a pasta, estes casos não atenderam aos critérios clínicos (febre e
mais algum sintoma respiratório) e epidemiológicos (ter viajado para Wuhan ou
ter entrado em contato com um paciente suspeito ou confirmado) estabelecidos
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a identificação de suspeitas. Até
o momento, disse o secretário-substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda,
foram detectadas transmissões entre pessoas apenas em Wuhan, por isso, ter
passado pela cidade é considerado um aspecto crítico para identificar uma
suspeita.
Brasileiros
no exterior
A
Embaixada do Brasil nas Filipinas já iniciou as movimentações para localizar
uma família brasileira que tem suspeita de estar infectada com o coronavírus.
De acordo com o jornal filipino ABS-CBN, os pais estiveram com o filho de dez
anos em Wuhan, a cidade onde o vírus se alastrou na China.
As
autoridades filipinas afirmam que o garoto estaria com febre e dificuldades
para respirar, enquanto o pai teria sido diagnosticado com uma forte inflamação
na garganta. Estes sintomas podem indicar a infecção pelo coronavírus , que já matou 56
pessoas na China e
contaminou mais de 2 mil.
Brasil poderá endurecer a lei de imigração
O presidente
Jair Bolsonaro comentou no sábado (25) a autorização dada pelo Brasil para que
os EUA executem a deportação de
brasileiros que tentaram entrar sem documentos no país. É a
primeira vez que o governo brasileiro dá luz verde para a deportação em massa
de brasileiros, segundo diplomatas, indicando a mudança de diretriz
implementada por Bolsonaro, que se orgulha de manter relações próximas com o
presidente americano, Donald Trump.
Em Nova
Délhi, onde faz uma visita de Estado de três dias à Índia, Bolsonaro indicou que entende a
política americana e que não irá se esforçar para evitar as deportações de
brasileiros que tentam entrar de forma irregular nos EUA.
"O
que eu falar aqui vai dar polêmica: eu acho que qualquer país, as suas leis têm
que ser respeitadas. Qualquer país do mundo onde pessoas estão lá de forma
clandestina é um direito daquele chefe de Estado, usando da
lei, devolver esses nacionais", afirmou.
Bolsonaro
disse que não conversou com o presidente Trump sobre o tema, que está sendo
tratado pelo Itamaraty.
Brasil é generoso...
"Se
você for ler a nossa lei de imigração, nenhum país do mundo tem isso que nós
temos lá. É uma vergonha a nossa lei de imigração. Eu fui o único a votar
contra, foi simbólico, e o único a discursar contra quando ela foi elaborada e
votada. Fui muito criticado pela mídia. O pessoal chega no Brasil com mais
direitos do que nós. Então isso não pode acontecer. Afinal de contas, nós
devemos preservar o nosso país. E se abrir as portas, como está previsto na lei
de imigração, o país pode receber um fluxo de gente muito grande e com muitos
direitos".