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domingo, 8 de dezembro de 2019



ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Eleições: Bolsonaro ou Moro derrotariam Lula 

Se as próximas eleições presidenciais brasileiras fossem no início deste mês, o ex-presidente Lula (caso pudesse concorrer) e o atual presidente Bolsonaro empatariam no primeiro turno. Já no segundo, o petista perderia com 40% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro atingiria 45% deles. É o que mostra uma pesquisa eleitoral da revista Veja e do Instituto FSB Pesquisa divulgada na sexta-feira (6). 

O levantamento, que possui dois pontos percentuais de margem de erro, foi feito entre 29 de novembro e dois de dezembro. Duas mil pessoas foram entrevistadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Esse foi a primeira sondagem feita desde que o ex-presidente deixou a prisão.

Moro ganharia com 48% contra 39% de Lula

A pesquisa também mostra que, se a disputa do segundo turno fosse entre Lula e ministro da Justiça Sergio Moro, o ex-juiz ganharia com 48% dos votos válidos contra 39% do petista. Já se a disputa fosse entre Moro e Bolsonaro, ambos empatariam com 36%.

No primeiro turno, tanto Bolsonaro quanto Moro (ambos sem partido) aparecem em primeiro lugar, com 32% dos votos, seguido de Lula (PT) com 29%. Ciro Gomes (PDT) e Luciano Huck (sem partido) empatam com 9%. João Amoedo (Novo) aparece com 5% e João Doria (PSDB) com 4%. Das pessoas entrevistadas, 10% afirmaram que não votariam em nenhum candidato 10% dos entrevistados.

Haddad tem forte rejeição/Moro a menor

O ex-prefeito Fernand Haddad aparece na pesquisa com a maior taxa de rejeição, com 60% dos entrevistado dizendo que não votariam nele de jeito nenhum nas eleições de 2022. Ele é seguido por Lula, com 56% de rejeição, e Bolsonaro, com 48%. Moro é o que tem menor rejeição, com 38%.

PSB e PDT rejeitam Lula no palanque para 2020

Sem Lula e o PT o PSB e o PDT, que apoiaram os governos petistas, cansaram de ser coadjuvantes de Lula. Reunidos no Rio, dirigentes do PSB deixaram claro que desejam se descolar do PT. Acham que o ex-presidente saiu mais radical da cadeia e que o discurso dele não se coaduna com o papel de líder de toda a oposição. Por isso, querem consolidar o partido como alternativa ao petismo.

Via própria...

Acham que o partido nega-se a fazer uma autocrítica por governos que levaram o País para o buraco, apesar de eles terem ajudado, participando dos governos petistas. “Os governos de esquerda não foram capazes de taxar os lucros e dividendos dos banqueiros”, disse Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, durante o encontro realizado na semana passada. O PSB quer encontrar seu próprio caminho.

No encontro, outros dirigentes do PSB desancaram os petistas, como o vice-presidente nacional, Beto Albuquerque. “Não somos nem Lula livre, nem Lula preso. Nossa luta é pela democracia e contra a brutal desigualdade.” Lula já cansou até o moderado governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. “Não dá para o PT querer sempre ter a hegemonia.”

“Lula não aprendeu...”

Mas isso é ameno perto do que o ex-ministro de Lula , Ciro Gomes, do PDT, disse do ex-presidente: “Lula não aprendeu rigorosamente nada nos 580 dias de prisão”. E continuou: “Ele insiste na farsa de candidatura e tenta enganar o povo”. E mais: “Lula não saiu da cadeia inocente e nem foi inocentado pelos tribunais”. Acabou de vez a aliança da esquerda.

Datafolha: Bolsonaro não perdeu popularidade

Metade dos brasileiros avalia o combate à corrupção  do governo do presidente Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo, diz pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (8). Em agosto deste ano, 44% da população tinha a mesma opinião. 

Os que dizem que o combate é bom ou ótimo caíram de 34%, em agosto, para 29% agora, em dezembro. A avaliação regular oscilou negativamente de 20% para 19% no mesmo período e 2% não souberam responder. A recuperação lenta da economia, no entanto, tem ajudado o presidente a não perder tanto de sua popularidade.

Economia/Desemprego

Os que aprovam a economia do governo do presidente passaram de 20% para 25%, enquanto ruim ou péssimo oscilou de 43% para 44%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. A parcela que avalia a economia como regular caiu de 35% para 29% e 2% também não souberam responder.

Quando o assunto é o combate ao desemprego, a notícia também é favorável para o Planalto. Os que avaliam a atuação do governo na área como ruim ou péssima diminuíram de 65% para 59%. A avaliação de bom e regular oscilou positivamente de 13% para 16%, enquanto regular foi de 21% para 24%. Parcela de 1% dos entrevistados não soube responder.

Dilma é chamada de “bandida”

Circula nas redes sociais um vídeo em que passageiros de um vôo que ia de São Paulo até Porto Alegre hostilizam a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).  As agressões foram filmadas no momento do desembarque da petista.Alguns ocupantes cantavam "A sua hora vai chegar", em tom de provocação.

Na troca de farpas os ocupantes ofendem Dilma, chamando-a de “bandida” e afirmam que ela “quebrou o país”. Após rebater os passageiros, Dilma ainda afirmou que eles defendiam as milícias. Antes de sair, a petista ainda responde com ironia: "Ah é, fui eu? Tá ótimo, então". Na internet, usuários saíram em defesa da petista.  As agressões foram filmadas no momento do desembarque da petista. O episódio aconteceu na última quinta-feira (5). (Porta G1).

Vasco conquista 179 milhões de novos associados/Black Friday

O Vasco tem o maior número de sócios-torcedores do Brasil. Na terça-feira, pouco mais de uma semana depois do início da promoção feira pelo clube, o cruzmaltino ultrapassou o Flamengo é agora é o líder no ranking, com 179.800 associados. O rival, campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, tem 139.718.

A “Black Friday” do Vasco começou na segunda-feira da última semana e dava 50% de desconto em todos os planos. Com isso, o clube saiu de pouco mais de 33 mil sócios para 100 mil em apenas cinco dias.

Novas contratações

Com o sucesso da promoção, o presidente Alexandre Campello decidiu prorrogar a promoção até a última rodada do Brasileirão, contra a Chapecoense, no dia 7 de dezembro. O diretor dos planos de sócio-torcedor afirmou que a meta inicial traçada em junho era fechar 2019 com 30 mil sócios. Com o novo número, o Vasco começa a pensar no aumento da receita e mudar o planejamento do futebol para a próxima temporada

Vantagens e planos

Atualmente, o Vasco conta com quatro planos. No preço norma, sem a promoção, o "Camisas Negras" tem custo de R$ 7,98 mensais e dá direito apenas ao torcedor concorrer a um ingresso por jogo.

Depois, vem o plano "De Norte a Sul", exclusivo para vascaínos de fora do Rio de Janeiro. Ele custa R$ 14,98 e dá desconto de 50% na compra de ingressos de arquibancada, prioridade na aquisição nos jogos fora em que o Vasco é o mandante, e experiências exclusivas nas partidas que acontecem na cidade do sócio. 

Já no "Caldeirão", com valor de R$ 24,98, o sócio-torcedor tem um desconto de 70% no ingresso de arquibancada. Acima dele há outros três planos: Colina (R$ 39,98), Caldeirão Mais (R$ 69,98) e Colina Mais (R$ 109,98).

O primeiro dá desconto de 70% em todos os setores e até dois convidados com 50% de desconto (por mais R$ 20 mês cada). O seguinte tem desconto de 100% na arquibancada e até dois convidados com 50% de desconto no mesmo setor. O mais caro dá 100% em todos os setores e até quatro convidados com 50% de desconto em todos os setores.

domingo, 1 de dezembro de 2019



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

PT em colapso e Lula destrambelhado

Posto em liberdade após 580 dias de reclusão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, armou seu discurso de forma equivocada, conforme comentam os cardeais do PT. “Ele falou com baixo clero, e deixou de assinalar que o partido precisa discutir um plano, um projeto que possa alicerçar a retomada e não fazer discursos de palanque”, comentou um prócer militante para o colunista.
O Portal - O Tempo publicou análise do jornalista Vittorio Medioli em sua página que a: “humilhação que qualquer ser humano pode experimentar ao ser preso marca sua personalidade. Lula saiu, assim, diferente, não é a figura que adotou a fórmula “paz e amor” e ganhou a Presidência. Regrediu ao Lula ferro e fogo sem maioria. Quem esperava que conseguiria arrastar multidões, especialmente por ser o personagem que marcou mais decididamente os primeiros 19 anos deste milênio, está perplexo.
Criticas são contundentes e fazem sentido
Os poucos ônibus de “simpatizantes” que foram a Curitiba para acolhê-lo no portão da carcerária voltaram a São Paulo sem pagar a conta da churrascaria, sinalizando que aquele aparato que esbanjava organização e coordenação deteriorou-se.
Os tempos mudaram as tendências, os jovens não se empolgam facilmente com ideias políticas, querem o bem-estar que compartilham nas redes sociais, em que passam metade do seu tempo. Lula perde nas redes, é importante para um número cada vez menor. A Lava Jato desbotou seu discurso, o brilho do metalúrgico cobrador de justiça.
Enfraqueceu no Nordeste, onde ditava as tendências e arrebanhava votos que faziam a diferença. As tecnologias disruptivas deixaram para trás aqueles que não se adequaram. Os adversários de Lula estão muito à frente, não apenas na ocupação de novo campo virtual de confrontação, mas no conhecimento e capacidade de se aproveitar dele.
Perda de espaço é visível
A presença de Lula depois dos primeiros dias de liberdade, paradoxalmente, preencheu o quadrante político com um vento constante e previsível. Para quem tem noção de aeronáutica, esse vento, mais que atrapalhar Bolsonaro, pode retirar o efeito do vento de cauda que deixa inconfiáveis as manobras e diminui a sustentabilidade das asas.
Bolsonaro terá um contraponto diferente das proezas dos “filhos”, que ficam relegados a um terceiro plano. Enfim, é prudente imaginar que Lula pode ajudar Bolsonaro a encontrar um rumo mais firme e ter a bola levantada por quem não é mais o colosso que já foi antes da Lava Jato. Hoje a maior parte da população, até nos rincões, anseia por paz, emprego e melhorias.
A alta do dólar
Para Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital, o dólar deve se manter acima dos R$ 4,00 pelo menos até o primeiro semestre de 2020. Na análise de Bergallo, o aumento na velocidade dos cortes na taxa de juros acabou afastando investidores estrangeiros, afinal, a taxa fica cada vez mais próxima dos juros americanos que, apesar de darem retorno menor, são mais seguros.
"A queda da diferença entre as taxas de juros internas e externas é um dos motivos. Reduziram-se em muito os atrativos para que haja um fluxo de dólares para o mercado brasileiro. O Banco Central acelerou o ciclo de cortes dos juros básicos, trazendo-os a inéditos 5% ao ano e com perspectiva de chegarmos em 4,5% nos próximos meses."
Boletin Focus e Consultoria LCA
Nas projeções do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central com a projeção de economistas para os principais indicadores, a moeda americana fechará o ano de 2019 cotada a R$ 4,10 — a projeção era de R$ 4 na semana passada. Para o fechamento de 2020, a previsão é de R$ 4 por dólar.
Em relatório divulgado nesta semana, a consultoria LCA afirmou que "cresceu a chance de que, em breve, passemos a projetar, nesse nosso cenário base, dólar e Selic um pouco mais altos do que ora projetamos. E cabe alertar que aumentaram os riscos de um quadro frustrante no ano que vem, com elevação de incertezas políticas e sociais ameaçando o andamento da agenda econômica".
Ministro Paulo Guedes
Em sua fala nos Estados Unidos na segunda-feira, o ministro Paulo Guedes disse não haver motivo para preocupação, porque a inflação está controlada e porque o câmbio desvalorizado facilita a exportação. Para ele, a valorização do dólar sobre o real reflete uma mudança de políticas no Brasil, que tem baixado os juros. Atualmente, a taxa Selic está em 5% ao ano.
Viriato, do Insper, diz que as turbulências políticas na América Latina criaram certo receio por parte dos investidores em relação aos ativos da região. "Recentemente, todas as moedas da região estão se desvalorizando (em relação ao dólar)."
Para a LCA Consultores, a alta do dólar também reflete a frustração dos mercados com os leilões dos blocos exploratórios de petróleo e gás do pré-sal, que resultaram na entrada de menos dólares do que se esperava. Além disso, reflete "a percepção de que os fundamentos das contas externas podem estar piorando. A revisão das contas externas divulgadas pelo Banco Central esta semana revelou que o déficit em conta corrente tem sido maior do que apontavam as estatísticas preliminares".
A alta do preço da carne bovina
Depois de encarecer o fim de ano dos brasileiros, o aumento do preço da carne observado nos últimos meses promete se estender também por 2020 — pelo menos nos primeiros meses do ano, na visão de especialistas em comércio exterior e inflação ouvidos pela BBC News Brasil.
Isso porque os graves problemas que atingiram a monumental produção de porcos na China, que tem comprado mais carne do Brasil e desabastecido o mercado brasileiro, ainda estão longe do fim. E, em tempos de dólar alto, vender para o exterior é bem mais atrativo que as vendas nacionais.
Em outubro, as vendas de carne bovina para os asiáticos subiram 62% sobre setembro, em um total de mais de 65 mil toneladas. Nesse embalo, o preço do boi gordo no Brasil bateu recordes em novembro, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
China importando
A razão para o aumento envolve, além do fator China, um momento de oferta restrita de bois no Brasil, um tradicional aumento da procura doméstica por carnes no fim do ano e o dólar cotado acima dos R$ 4, que aumenta ainda mais o ganho dos exportadores na hora de converter o dinheiro das vendas para real.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em menos de três meses o custo do contrafilé subiu 50% para os supermercados; o do coxão mole, 46%. Por isso, o aumento foi repassado aos consumidores.
Brasil está entre os três maiores produtores
Embora seja a proteína mais consumida na China, nenhum produtor mundial teria capacidade para alimentar os mais de 1 bilhão de habitantes do país com carne suína, e por isso a saída foi migrar as compras para carne de boi. Nesse ramo, os maiores produtores são Estados Unidos, Brasil e Austrália.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o volume de carne exportado pelo Brasil se mantém acima das 100 mil toneladas desde julho de 2018, influenciado especialmente pela demanda chinesa. Em novembro, a China até autorizou 13 novos frigoríficos brasileiros a exportar para o país para reforçar a produção.
Black Friday x fraudes...
As maiores lojas de departamentos do Brasil anunciaram a chegada da data mais esperada por quem espera fazer compras com grandes descontos: a Black Friday (na sexta, dia 29). Mas a data tão atrativa também se tornou a preferida dos golpistas digitais. Dados de empresas brasileiras de segurança cibernética apontam que a data é a campeã em fraudes. Nenhum outro dia do ano tem tantas ocorrências de consumidores enganados.
"A Black Friday é o 'Natal' dos golpistas. É quando eles ganham mais dinheiro", diz Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, organização sem fins lucrativos voltada para garantir segurança em questões de privacidade e crimes na internet.
Ele explica que a data é campeã de golpes porque une dois ingredientes "explosivos": "O desejo do consumidor de comprar algo com um preço muito mais baixo do mercado e, do outro lado, a vontade do golpista de ganhar dinheiro".
A importância dos detalhes na hora da compra
"As pessoas ficam ainda mais suscetíveis a assumir riscos e tomar decisões imediatas porque elas têm um dia só para aproveitar. Muitas vezes, no intervalo do almoço, do café, para não perder a promoção. Como ela vai pesquisar algo em tão pouco tempo?", diz.
Para Bruno Almeida, especialista em segurança de dados e diretor de inovação da Mandic Cloud, empresa de tecnologia especializada em computação em nuvem, "essas são datas em que as pessoas ficam angustiadas porque elas esperam esse momento o ano inteiro para comprar. Se ela não ficar atenta aos detalhes, acaba comprando por impulso por conta das mensagens de emergência."
Brasil está entre os cinco países com os maiores números de ataques em ambiente digitais.
O coordenador do MBA de marketing digital na FGV, Andre Miceli, disse que as pessoas caem mais em golpes na Black Friday porque têm a expectativa de encontrar preços abaixo do normal — e não desconfiam deles.
Miceli afirmou que o Brasil está entre os cinco países com os maiores números de ataques em ambiente digitais. São 60 milhões invasões de hackers ou transações comerciais fraudadas por ano.
ado especialmente pela demanda chinesa