ANÁLISE & POLÍTICA
“Informação com Liberdade de
Expressão”
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Lula, FHC
e Sarney já possuem o nome para substituir Temer
Desde a divulgação dos detalhes da delação
premiada dos donos da empresa JBS, que envolveu o nome do presidente Michel
Temer (PMDB), e próximo de uma cassação, os ex-presidentes da República
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Sarney
(PMDB) após uma série de conversas suprapartidárias chegaram a um consenso para
a formação de um novo governo.
Os três ex-presidentes, já não escondem que tomaram a frente e
costuram com a base aliada as hipóteses de substituição de Temer. “O ACORDÃO,
vai contemplar a todos, sem exceção”, foi o que minha fonte de Brasília
garantiu. Contatos nos diálogos que acontecem reservadamente em Brasília e em
São Paulo, cuidam para que tais debates não ganhem caráter partidário. Segunda-feira
continua.
Na mais alta
corte do país, rumores tenebrosos
Um amplo acordo é tratado entre partidos da
base, o PSDB em especial, com consultas sigilosas a alguns ministros das altas
Cortes do Judiciário. Trata da eventual sucessão de Michel Temer caso o
presidente perca o controle do Governo e sua base no Congresso. O cotado para o
Palácio do Planalto, se a situação desandar.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o nome mais
cotado numa lista de três figuras do Planalto (curiosamente nenhum nome fora
deste ambiente), estaria com chance de furar o bloqueio do Planalto. Para os
articuladores, ele que reúne as condições que consideram necessárias. Não é o
melhor nome, mas o menos ruim, na avaliação dos congressistas.
De acordo
com a publicação, as conversas seguem pulverizadas, pois cada sigla traça
caminhos diferentes caso Michel Temer seja deposto do cargo.
Movimentos
de cada uma das siglas
Do
lado do PSDB, fiel da balança do governo, FHC se tornou referência e, segundo
relatos de tucanos, já abriu contato com parlamentares do PT. Além disso, o
tucano é o mais importante interlocutor do presidente do TSE, Gilmar Mendes,
considerado peça-chave para viabilizar a saída institucional de Temer. "O
Brasil exige o que temos de melhor e não o que temos de pior", disse o
senador Jorge Viana (PT-AC), um dos emissários petistas nas conversas com
integrantes do PSDB e do PMDB.
Lula
quer as “Diretas”.
Na
última terça, o senador petista se encontrou com Lula, que afirmou que o
partido deve insistir na defesa das eleições diretas. Ainda de acordo com o
jornal, o ex-mandatário petista deve se encontrar com FHC para buscar um
entendimento a respeito da questão. O encontro e a articulação envolvendo o
trio são vistos, pelos aliados de Temer, como o caminho adequado para aliviar a
crise.
Jobim e Meireles cogitados e
debochados
A indicação indireta para a
Presidência da República de Nelson Jobim, que vegeta nos bastidores de Brasília
mais de 30 anos em Brasília. Há quem entenda que seu nome pode frear a Lava
Jato. Já Henrique Meirelles, conhecido operador dos bancos e empregado do
sistema financeiro e dos grandes grupos econômicos. Todos são figuras já
ocuparam relevantes cargos, mas não possuem a menor
proximidade com as camadas menos favorecidas. Esses representam o uso do
governo para atender interesses de doentes morais. Para muitos as indicações
fere a moralidade.
Dilma e mero coadjuvante.
Isolada, rechaçada e aniquilada
No
dia em que Lula foi ouvido em Curitiba no processo da Lava Jato, Dilma foi sem
ser convidada. O tempo em que ali esteve, permaneceu isolada, afastada e sem
abertura de Lula. Foi à sombra da sua incompetência. “Nunca um impeachment fez
tamanho favor para a nação”, balbuciou um militante petista.
Renan perderá a presidência do
Senado
A
conceituada Reuters divulgou a informação de que o presidente do Senado Renan
Calheiros será destituído do cargo pela bancada do PMDB. O sinal foi aceso
porque a bancada do PMDB no Senado decidiu convocar uma reunião no
dia 24 para destituir o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) da liderança da
bancada do partido na Casa.
O periódico
informou que de acordo com uma das fontes, depois de uma reunião com a maioria
da bancada com o presidente Michel Temer, no mesmo dia pela manhã, a qual Renan
não foi chamado--, alguns senadores pediram a Renan que chamasse uma reunião. O
senador se recusou e disse que então fizessem uma lista e o destituíssem. "Renan
deve ter apoio de quatro senadores", disse uma das fontes. No total, o
PMDB soma 22 nomes no Senado. Roberto Requião (PR), Eduardo Braga (AM) e Kátia
Abreu (TO) seriam os nomes ainda leais ao senador.
Nos
últimos dias, no entanto, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal de
abrir inquérito contra Temer por corrupção passiva, obstrução da Justiça e
participação em organização criminosa, o senador voltou às estocadas e vem
defendendo abertamente a saída do presidente e uma eleição indireta para
substituí-lo. Em meio à maior crise que o governo enfrenta, a posição do líder
da bancada do partido do presidente passou de um incômodo para um problema. O
Planalto, no entanto, deixou a solução para os senadores.
Pancadaria de Brasília e os “barnabés”. A bomba que não
existia
No dia 25 de maio, em que o prédio do Ministério de
Trabalho e Emprego (MTE) foi evacuado, logo após a identificação de uma suposta
bomba no nono andar do edifício, em Brasília. Sussurros e falas suscitavam duvidas
quanto à existência do artefato. No relatório da Polícia Militar, nenhum
artefato explosivo foi encontrado no prédio do Ministério do Planalto.
No
dia anterior aconteceu a violenta manifestação contra o governo do presidente
da República, Michel Temer (PMDB), que deixou ao menos 49 feridos e outras
sete pessoas presas. No cenário serventuários folgavam a meio militantes da CUT
para fazer o barulho que já conhecemos.
O
ato da quarta-feira foi organizado por uma série de movimentos sociais, como a
Frente Brasil Popular, o movimento Povo sem Medo e a União Nacional de
Estudantes (UNE). Também são responsáveis pelos protestos diversas centrais
sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
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No
final da manifestação, o Ministério do Trabalho, assim como os da Cultura,
Tecnologia, Integração Social, Saúde, Fazenda, Planejamento, Minas e Energia e
um dos cartões postais da cidade, a Catedral, tiveram seus prédios depredados.
O que teriam conversado as ex-esposas:
Marcela e Ticiana?
Gravação de conversa entre Temer e Joesley teve corte em
trecho no qual Marcela e Ticiana Villas Boas, foram citadas. Um dos trechos teria sofridos cortes porque segundo Temer, tinha
como assunto as esposas do presidente e do dono do grupo JBS. A informação foi
divulgada nesta segunda-feira (22) pela coluna 'Radar On-Line', da revista Veja.
De acordo com a publicação, a decisão de retirar da gravação esse trecho do diálogo partiu
do próprio Joesley Batista, que pretendia "se proteger". O
empresário é casado com a jornalista Ticiana Villas Boas. O teor dos
comentários tecidos por ele e pelo presidente, que é casado com Marcela Temer
é desconhecido até o momento.
Pezão mais forte
do que nunca
Segundo
fontes do Palácio Tiradentes, a Assembleia Legislativa arquivará os oito pedidos
(protocolados entre os anos de 2015 e 2017) de impeachment protocolados contra
o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O sinal latente é que a procuradoria
da Alerj emitiu parecer técnico contrário à abertura dos processos, e o
presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e por isso assinou o documento que
envia a papelada para os arquivos do Palácio Tiradentes. Trata-se de mais uma
boa notícia para Pezão.
Tasso no páreo para substituir Temer
O
atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lidera as preferências na
Câmara em uma eventual eleição indireta. Na cassa aos votos indecisos, o PSDB de
São Paulo já colocou o senador tucano Tasso Jereissati (CE) lista.
Guarda Municipal não pode fazer
greve
O STF negou provimento a recurso com repercussão geral que defendia a
competência da JT para julgar a abusividade de greve de guardas municipais que
trabalham em regime celetista. A maioria dos ministros entendeu que não cabe,
no caso, discutir direito a greve, uma vez que se trata de serviço de segurança
pública. (RE 846.854)
Pena de morte...
Condenado à morte por assassinato, o americano Thomas Arthur foi
executado nesta quinta-feira à noite em uma penitenciária do estado do Alabama
depois de ter evitado a aplicação da pena em sete oportunidades. “Os esforços
prolongados de Thomas Arthur para escapar da justiça finalmente chegaram ao
fim”, afirmou em um comunicado o procurador-geral Steve Marshall.
O detento recebeu uma injeção letal antes da meia-noite neste estado do
sul conservador, um final que conseguira adiar sete vezes com suspensões
inesperadas. Arthur, 75 anos, era conhecido como o "Houdini da
morte", uma referência ao mágico que conseguia escapar de todas as jaulas
e celas ao se livrar das algemas. A odisséia judicial de mais de três décadas
de Thomas Arthur, mais conhecido como Tommy Arthur, terminou na quinta-feira à
noite após a batalha final na Suprema Corte.
O prisioneiro precisava de pelo menos cinco votos entre os oito juízes da
corte e recebeu exatamente cinco. O presidente do tribunal, John Roberts,
reticente em concordar com a suspensão, confessou na época que por "por
cortesia" votou ao lado de outros quatro colegas que desejavam uma nova
análise do caso.