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domingo, 28 de maio de 2017

ANÁLISE & POLÍTICA 
    “Informação com Liberdade de Expressão”

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Lula, FHC e Sarney já possuem o nome para substituir Temer

Desde a divulgação dos detalhes da delação premiada dos donos da empresa JBS, que envolveu o nome do presidente Michel Temer (PMDB), e próximo de uma cassação, os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Sarney (PMDB) após uma série de conversas suprapartidárias chegaram a um consenso para a formação de um novo governo.

Os três ex-presidentes, já não escondem que tomaram a frente e costuram com a base aliada as hipóteses de substituição de Temer. “O ACORDÃO, vai contemplar a todos, sem exceção”, foi o que minha fonte de Brasília garantiu. Contatos nos diálogos que acontecem reservadamente em Brasília e em São Paulo, cuidam para que tais debates não ganhem caráter partidário. Segunda-feira continua.

Na mais alta corte do país, rumores tenebrosos

Um amplo acordo é tratado entre partidos da base, o PSDB em especial, com consultas sigilosas a alguns ministros das altas Cortes do Judiciário. Trata da eventual sucessão de Michel Temer caso o presidente perca o controle do Governo e sua base no Congresso. O cotado para o Palácio do Planalto, se a situação desandar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o nome mais cotado numa lista de três figuras do Planalto (curiosamente nenhum nome fora deste ambiente), estaria com chance de furar o bloqueio do Planalto. Para os articuladores, ele que reúne as condições que consideram necessárias. Não é o melhor nome, mas o menos ruim, na avaliação dos congressistas.

De acordo com a publicação, as conversas seguem pulverizadas, pois cada sigla traça caminhos diferentes caso Michel Temer seja deposto do cargo.

Movimentos de cada uma das siglas

 

Do lado do PSDB, fiel da balança do governo, FHC se tornou referência e, segundo relatos de tucanos, já abriu contato com parlamentares do PT. Além disso, o tucano é o mais importante interlocutor do presidente do TSE, Gilmar Mendes, considerado peça-chave para viabilizar a saída institucional de Temer. "O Brasil exige o que temos de melhor e não o que temos de pior", disse o senador Jorge Viana (PT-AC), um dos emissários petistas nas conversas com integrantes do PSDB e do PMDB.

Lula quer as “Diretas”.

Na última terça, o senador petista se encontrou com Lula, que afirmou que o partido deve insistir na defesa das eleições diretas. Ainda de acordo com o jornal, o ex-mandatário petista deve se encontrar com FHC para buscar um entendimento a respeito da questão. O encontro e a articulação envolvendo o trio são vistos, pelos aliados de Temer, como o caminho adequado para aliviar a crise.

Jobim e Meireles cogitados e debochados

A indicação indireta para a Presidência da República de Nelson Jobim, que vegeta nos bastidores de Brasília mais de 30 anos em Brasília. Há quem entenda que seu nome pode frear a Lava Jato. Já Henrique Meirelles, conhecido operador dos bancos e empregado do sistema financeiro e dos grandes grupos econômicos. Todos são figuras já ocuparam relevantes cargos, mas não possuem a menor proximidade com as camadas menos favorecidas. Esses representam o uso do governo para atender interesses de doentes morais. Para muitos as indicações fere a moralidade.
Dilma e mero coadjuvante. Isolada, rechaçada e aniquilada

No dia em que Lula foi ouvido em Curitiba no processo da Lava Jato, Dilma foi sem ser convidada. O tempo em que ali esteve, permaneceu isolada, afastada e sem abertura de Lula. Foi à sombra da sua incompetência. “Nunca um impeachment fez tamanho favor para a nação”, balbuciou um militante petista.

Renan perderá a presidência do Senado

A conceituada Reuters divulgou a informação de que o presidente do Senado Renan Calheiros será destituído do cargo pela bancada do PMDB. O sinal foi aceso porque a bancada do PMDB no Senado decidiu convocar uma reunião no dia 24 para destituir o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) da liderança da bancada do partido na Casa.

O periódico informou que de acordo com uma das fontes, depois de uma reunião com a maioria da bancada com o presidente Michel Temer, no mesmo dia pela manhã, a qual Renan não foi chamado--, alguns senadores pediram a Renan que chamasse uma reunião. O senador se recusou e disse que então fizessem uma lista e o destituíssem. "Renan deve ter apoio de quatro senadores", disse uma das fontes. No total, o PMDB soma 22 nomes no Senado. Roberto Requião (PR), Eduardo Braga (AM) e Kátia Abreu (TO) seriam os nomes ainda leais ao senador.
Nos últimos dias, no entanto, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal de abrir inquérito contra Temer por corrupção passiva, obstrução da Justiça e participação em organização criminosa, o senador voltou às estocadas e vem defendendo abertamente a saída do presidente e uma eleição indireta para substituí-lo. Em meio à maior crise que o governo enfrenta, a posição do líder da bancada do partido do presidente passou de um incômodo para um problema. O Planalto, no entanto, deixou a solução para os senadores.
Pancadaria de Brasília e os “barnabés”. A bomba que não existia
No dia 25 de maio, em que o prédio do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE) foi evacuado, logo após a identificação de uma suposta bomba no nono andar do edifício, em Brasília. Sussurros e falas suscitavam duvidas quanto à existência do artefato. No relatório da Polícia Militar, nenhum artefato explosivo foi encontrado no prédio do Ministério do Planalto.
No dia anterior aconteceu a violenta manifestação contra o governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB), que deixou ao menos 49 feridos e outras sete pessoas presas. No cenário serventuários folgavam a meio militantes da CUT para fazer o barulho que já conhecemos.

O ato da quarta-feira foi organizado por uma série de movimentos sociais, como a Frente Brasil Popular, o movimento Povo sem Medo e a União Nacional de Estudantes (UNE). Também são responsáveis pelos protestos diversas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
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No final da manifestação, o Ministério do Trabalho, assim como os da Cultura, Tecnologia, Integração Social, Saúde, Fazenda, Planejamento, Minas e Energia e um dos cartões postais da cidade, a Catedral, tiveram seus prédios depredados.

O que teriam conversado as ex-esposas: Marcela e Ticiana?

Gravação de conversa entre Temer e Joesley teve corte em trecho no qual Marcela e Ticiana Villas Boas, foram citadas. Um dos trechos teria sofridos cortes porque segundo Temer, tinha como assunto as esposas do presidente e do dono do grupo JBS. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pela coluna 'Radar On-Line', da revista Veja. 

De acordo com a publicação, a decisão de retirar da gravação esse trecho do diálogo partiu do próprio Joesley Batista, que pretendia "se proteger". O empresário é casado com a jornalista Ticiana Villas Boas. O teor dos comentários tecidos por ele e pelo presidente, que é casado com Marcela Temer é desconhecido até o momento.

Pezão mais forte do que nunca
Segundo fontes do Palácio Tiradentes, a Assembleia Legislativa arquivará os oito pedidos (protocolados entre os anos de 2015 e 2017) de impeachment protocolados contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O sinal latente é que a procuradoria da Alerj emitiu parecer técnico contrário à abertura dos processos, e o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e por isso assinou o documento que envia a papelada para os arquivos do Palácio Tiradentes. Trata-se de mais uma boa notícia para Pezão.
Tasso no páreo para substituir Temer
O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lidera as preferências na Câmara em uma eventual eleição indireta. Na cassa aos votos indecisos, o PSDB de São Paulo já colocou o senador tucano Tasso Jereissati (CE) lista.
Guarda Municipal não pode fazer greve
O STF negou provimento a recurso com repercussão geral que defendia a competência da JT para julgar a abusividade de greve de guardas municipais que trabalham em regime celetista. A maioria dos ministros entendeu que não cabe, no caso, discutir direito a greve, uma vez que se trata de serviço de segurança pública. (RE 846.854)

Pena de morte... 

Condenado à morte por assassinato, o americano Thomas Arthur foi executado nesta quinta-feira à noite em uma penitenciária do estado do Alabama depois de ter evitado a aplicação da pena em sete oportunidades. “Os esforços prolongados de Thomas Arthur para escapar da justiça finalmente chegaram ao fim”, afirmou em um comunicado o procurador-geral Steve Marshall.
O detento recebeu uma injeção letal antes da meia-noite neste estado do sul conservador, um final que conseguira adiar sete vezes com suspensões inesperadas. Arthur, 75 anos, era conhecido como o "Houdini da morte", uma referência ao mágico que conseguia escapar de todas as jaulas e celas ao se livrar das algemas. A odisséia judicial de mais de três décadas de Thomas Arthur, mais conhecido como Tommy Arthur, terminou na quinta-feira à noite após a batalha final na Suprema Corte.

O prisioneiro precisava de pelo menos cinco votos entre os oito juízes da corte e recebeu exatamente cinco. O presidente do tribunal, John Roberts, reticente em concordar com a suspensão, confessou na época que por "por cortesia" votou ao lado de outros quatro colegas que desejavam uma nova análise do caso.