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domingo, 20 de dezembro de 2020

ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                   Digital Analys-influencer

Bolsonaro cumprimenta o presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden

O presidente Jair Bolsonaro, enfim, cumprimentou o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, na terça-feira (15) pela vitória no Colégio Eleitoral. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", diz a mensagem divulgada por Itamaraty.

"Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos". Com a mensagem, Bolsonaro se tornou praticamente o último governante de um país grande a felicitar Joe Biden. Apenas o ditador da Coreia do Norte, Kim Jongún, ainda não mandou os parabéns para o democrata.

Aliança Brasil caminha com dificuldade e Bolsonaro escolhe partido em março

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta terça-feira que acredita que o Aliança pelo Brasil não será formado e que irá escolher uma partido para se filiar até março do ano que vem. Ele disse que está negociando com uma legenda, mas não informou qual. Mais de um ano depois, o partido que o presidente tenta criar não conseguiu reunir nem 10% das 492 mil assinaturas necessárias para o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

"Eu tenho falado que mais ou menos em março eu defino. Eu acho que o partido que nós começamos a formar vai ser difícil a formação, é muito burocratizado, é complicado fazer um partido. Se fosse cinco ou seis anos atrás, se tivesse pensado isso lá atrás, eu teria um partido para mim", afirmou em entrevista à Band. 

Tudo indica que voltará para os Progressistas

Questionado se estaria negociando com alguma sigla, Bolsonaro afirmou que sim, mas não mencionou qual "porque tudo pode acontecer". Em seguida, citou o PP, partido que foi filiado até 2016, o PTB, de Roberto Jefferson, e "partidos pequenos".

"Não posso falar o nome do partido porque tudo pode acontecer. Então em março eu devo definir o partido para mim. Tenho vários partidos que estão me convidando. Tem meu ex-partido o Progressistas me convidando, fiquei muito honrado, o PTB também me convidou, estou muito honrado também, e tem outros partidos pequenos". 

A eleição para a presidência da Câmara

Na sexta-feira (18), partidos de esquerda anunciaram que irão apoiar o bloco formado pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a sucessão no comando da Casa. Com a medida, o bloco de Maia ganhou o apoio do PT, do PCdoB, do PSB e do PDT.

Os quatro partidos já haviam anunciado, nesta quinta-feira (17), que iriam vetar qualquer candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Um deles é o deputado Arthur Lira (PP-AL), principal adversário de Maia.

No total, o bloco formado por Rodrigo Maia tem o apoio de 11 siglas: PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. A eleição para o comando da Casa irá ocorrer em fevereiro do ano que vem.

Crianças e adolescentes mortos por policiais no Brasil

Entre 2017 e 2019, pelo menos  2.215 crianças e adolescentes foram mortos por policiais no Brasil. E o índice vem crescendo. Em 2017, as mortes na faixa etária entre 0 e 19 anos correspondiam a apenas 5% das execuções por policiais. No ano passado, subiu para 16%.

O levantamento foi feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública a pedido da Folha de S. Paulo.  Apenas unidades da federação que disponibilizam informações sobre a idade das vítimas foram levadas em consideração: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Rio de Janeiro encabeça a lista

Rio de Janeiro é o campeão em casos de letalidade policial nessa faixa etária, mesmo com metade dos registros sem informação de idade. Foram 700 mortos entre 2017 e o primeiro semestre de 2020.

Nem a pandemia foi capaz de amenizar os casos de violência policial a crianças e adolescentes no Rio. De janeiro a junho, 99 crianças e adolescentes foram mortos por policiais —27% na capital e 73% em outros municípios. O estado responde por quase 40% das mortes de crianças e adolescentes decorrentes de intervenção policial no país e esse percentual mais que dobrou nos últimos dois anos.

São Paulo, Pará e Paraná lideram a lista

São Paulo vem logo atrás. Em 2019, 120 crianças e adolescentes foram mortos pela polícia —53 na capital e 67 em outros municípios. Esse número, ao contrário do Rio, vem caindo, mas em 28% dos registros não há a idade da vítima. Em seguida estão Pará e Paraná. O primeiro, com 102 mortes - o estado não registra idade em 26% dos casos. Já no Paraná, foram mortas 58 crianças e adolescentes por policiais em 2019. Atrás, Ceará, com 39 e Minas Gerais, 19.

Apesar das imprecisões nos dados disponibilizados pelos estados, o levantamento diz que pelo menos 69% das vítimas da letalidade policial entre crianças e adolescentes no país são negras (pretas ou pardas) e que os casos se concentram na faixa etária que vai dos 15 aos 19 anos.


Receita Federal denuncia Globo por “associação criminosa”

A Receita Federal começou a autuar atores e atrizes contratados pela Globo, acusando a empresa de “associação criminosa” nos acordos feitos com os artistas. As informações são do portal Notícias da TV. Até agora, 12 pessoas teriam sido autuadas pela Receita Federal. Segundo a instituição, ao todo serão notificados 43 artistas contratados pela empresa. De acordo com o Notícias da TV, a cobrança pode ser feita para os artistas ou para a própria Globo.

A investigação diz respeito a vínculos da empresa com artistas como pessoas jurídicas, em vez de ser pelo regime CLT. O advogado Leonardo Antonelli, que representa os contratados pela Globo, afirmou ao portal que a acusação “não faz o menor sentido”. A Receita Federal é um órgão ligado à presidência da República.

Conforme a lei do Brasil, serviços intelectuais, de natureza artística ou cultural podem entrar no regime de tributação de pessoas jurídicas. Nestes casos, em vez de contratar a pessoa, é contratada uma empresa, o que evita o pagamento de determinados impostos e outros benefícios trabalhistas. A defesa entrou com um recurso na Receita Federal. Ao longo desse processo, as multas aplicadas não precisam ser pagas. Segundo o Notícias da TV, em alguns casos os valores passam dos R$ 10 milhões.

Covid: United Airlines expulsa criança de dois anos de vôo no EUA

Um casal foi expulso de um vôo nos Estados Unidos depois que a filha recusou-se a utilizar uma máscara de prevenção à Covid-19. Eliz Orban e seu marido ainda foram banidos pelo resto da vida de vôos da United Airlines.

Eliz filmou a situação e a expôs no Instagram e no Twitter. No vídeo, a criança de dois anos aparece cobrindo o rosto com as mãos e chorando enquanto o pai tenta colocar a máscara nela. Pouco depois, um comissário de bordo aparece pedindo que a criança vista a peça.

Pais ficam proibidos de viajar com a companhia

Uma argumentação tem início, enquanto o pai tenta convencer o funcionário de que pode cobrir o rosto da filha de outras formas. O comissário, então, pede que o casal e a criança deixem o avião. Momentos depois, ainda os informa de que nunca mais poderão viajar com a companhia.

Eliz e o marido expõem diversas vezes a incredulidade em relação à decisão da empresa diante da atitude de uma criança de dois anos, mas em vão. “Fomos expulsos do vôo porque nossa filha de dois anos não queria usar a máscara. E nós tentamos!”, resume a mulher no vídeo.

Aos nossos seguidores e familiares,

os mais efusivos votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo

 

*Comunicamos que voltaremos a circular a partir do dia 16 de Janeiro de 2021

domingo, 13 de dezembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                   Digital Analys-influencer

 Pesquisa aponta 37% de aprovação do governo de Bolsonaro

A aprovação do presidente  Jair Bolsonaro permanece estável e no seu melhor nível desde o início de seu mandato, segundo pesquisa Data Folha divulgada neste domingo. Segundo a pesquisa, 37% avaliam o governo de Bolsonaro como ótimo ou bom. Outros 32% avaliam como ruim ou péssimo, dois pontos percentuais a menos do que na última pesquisa, realizada no final de agosto. Por fim, 29% acreditam que o mandato de Bolsonaro tem sido regular, uma oscilação positiva de dois pontos em relação há quatro meses.

As duas variações foram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar da maior parte dos eleitores aprovar o governo, Bolsonaro tem a pior avaliação de um presidente neste ponto do mandato desde Fernando Collor que, em 1992, tinha uma aprovação de apenas 15%.

Anvisa

A pesquisa indica que, até o momento, Bolsonaro não teve sua aprovação afetada pela sua postura em relação às vacinas. O governo federal tenta apresentar um plano nacional de vacinação para a Covid -19, que foi contestado por pesquisadores. Até o momento, não há nenhum imunizante aprovado pela Anvisa, tampouco com doses adquiridas pelo governo federal.

Brasil terá 246 milhões de vacinas para imunizar a população

O Brasil tem acordos firmados para adquirir 246 milhões de doses contra o novo coronavírus. Segundo levantamento feito pela agência Bloomberg, são 100 milhões de doses da imunização de Oxford em parceria com a AstraZeneca, 100 milhões de doses da Sputgnik V, a vacina russa, e mais 46 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela SinoVac com o Instituto Butantan.

As vacinas em questão têm de ser aplicadas em duas doses e, por isso, seria possível vacinar 63,6% da população brasileira. Com o índice, o Brasil seria o 5º país da América com maior capacidade de imunização.

Ranking da vacinação nos países

Em primeiro lugar aparece o Canadá, com capacidade de imunizar quatro vezes mais que a população total do país. Em seguida está o Chile, com 139%, Estados Unidos, com 138,5% e México, em 119,2%. Em seguida, está o Brasil.

No entanto, nenhuma das vacinas contadas no levantamento têm autorização para serem aplicadas. A vacina de Oxford feita em parceria com a AstraZeneca mostrou ser 70% de eficácia e ser segura, no entanto, ainda não há autorização para que seja usada.

56% dos brasileiros não pretendem tomar vacina contra o novo coronavírus

Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no sábado (12) pelo jornal Folha de S.Paulo, apontou crescimento do percentual de entrevistados que não pretendem tomar vacina contra o novo coronavírus. Para 56% dos participantes, a imunização deve ser obrigatória.

O instituto perguntou a 2.016 pessoas, por celular, se pretendem se vacinar contra a Covid-19, e 73% disseram que sim, percentual menor que no levantamento realizado em agosto (89%). Já 22% responderam que não (em agosto, eram 9%), e 5% não sabem (eram 3%). O Datafolha também perguntou se a vacinação deve ser obrigatória. Para 56%, sim. Outros 43% defendem imunização opcional e 1% não soube responder.

Entre os participantes, 47% tomaria uma vacina da China como a CoronaVac, já produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. É um percentual inferior ao da vacina russa (60%), britânica (70%) e norte-americana (74%). A pesquisa foi realizada entre 8 e 10 de dezembro, com brasileiros de todos os estados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Reino Unido vai parara de apoiar projetos de combustíveis fósseis

 

Anfitrião de uma importante cúpula global sobre o clima, o governo do Reino Unido anunciou no sábado (12) que vai parar de apoiar diretamente projetos de combustíveis fósseis no exterior. Em outras palavras, a mudança significa que o Reino Unido não financiará mais projetos de exportação ou produção de petróleo, gás ou carvão pelo mundo, informou o correspondente Matt McGrath, da BBC News.

 

O anúncio aconteceu no momento em que Reino Unido, França e ONU realizaram uma reunião virtual sobre o clima no dia 12 de dezembro (sábado). Aproximadamente 75 líderes mundiais participaram do encontro, que aconteceu 5 anos depois da assinatura do acordo de Paris, que reúne compromissos globais de reduções de emissões de gases poluentes.

Brasil Rússia, África do Sul e Arábia Saudita não participaram do encontro

 

O Reino Unido apresentará seu novo compromisso sobre projetos de combustíveis fósseis no exterior, bem como uma nova meta de corte de carbono de 68% até 2030, anunciada na semana passada pelo primeiro-ministro. A União Européia também apresentará uma nova meta para 2030 de um corte de 55% nas emissões, acordada após longas negociações. A China e a Índia também participarão, embora não ainda esteja claro o alcance de seus novos compromissos. Como o Brasil, a Austrália também não participou do encontro, assim como Rússia, África do Sul e Arábia Saudita.


Trump diminui a possibilidade de anular eleição

A luta do presidente Donald Trump contra os resultados das eleições que perdeu no mês passado nos Estados Unidos está se transformando em um fiasco, mal recebida por juízes, enfraquecida por testemunhas pouco sérias e agora sem seu principal advogado, Rudy Giuliani, doente com covid-19.

"Esta questão ilustra bem a expressão: 'o trem passou'", escreveu nesta segunda-feira (7) uma juíza federal que se recusou a invalidar a vitória do democrata Joe Biden em Michigan, conforme solicitado pelos aliados do presidente republicano.

"O povo escolheu", acrescentou Linda Parker, rejeitando as alegações de fraude eleitoral com base em "especulações e conjecturas".

Um total de 40 recursos foram rejeitados

Esse revés é o mais recente de uma longa série: mais de 40 dos quase 50 recursos judiciais interpostos pela equipe de Trump para contestar a eleição já foram rejeitados pelos juízes ou abandonados pelos promotores.

Os outros esforços do presidente e seus aliados para rejeitar o veredicto nas urnas não tiveram mais sucesso. Uma recontagem no estado de Wisconsin, paga pelos republicanos, acabou dando 87 votos adicionais ao rival. Quanto às pressões sobre os parlamentares locais, elogiados ou criticados pelo entorno de Trump, também não impediram a certificação dos resultados em estados-chave.           

Mulheres representam 54% das demissões por conta da pandemia

De acordo com um relatório da empresa de consultoria em gestão McKinsey & Company e o grupo de defesa das mulheres LeanIn.Org, os trabalhos exercidos por mulheres são 1,8 vez mais vulneráveis a essa crise do que os exercidos por homens. Embora ocupem 39% do mercado de trabalho global, as mulheres representam 54% das demissões gerais por conta do coronavírus.

 “As mulheres, especialmente negras e pardas, correm mais riscos de serem demitidas ou afastadas durante a crise da COVID-19, o que pode estagnar suas carreiras e afetar negativamente a segurança financeira”, afirma o relatório.

As mães cuidam das crianças em média 10,3 horas por dia

A pandemia intensificou os desafios que as mulheres já enfrentavam. Mães que trabalham fora tiveram que se virar com trabalho, filhos e tarefas domésticas, sem o suporte que tornava essa vida possível, como creches e escolas. Muitas tentam cumprir o horário de trabalho integral de casa e cuidar das crianças ao mesmo tempo.

Pesquisadores do Instituto de Estudos Fiscais e do Instituto de Educação da UCL entrevistaram 3.500 famílias de pais de gêneros opostos e concluíram que as mães cuidam das crianças, em média, durante 10,3 horas por dia — 2,3 horas a mais que os pais. Além disso, as mulheres cuidam da casa por 1,7 hora a mais que os homens.

Uma em cada quatro mulheres pensa em fazer uma pausa na carreira ou abandonar completamente o mercado de trabalho devido ao impacto da COVID-19. Com isso em mente, é mais importante do que nunca que as empresas ofereçam o suporte adequado para garantir que a equidade de gênero no ambiente de trabalho não seja um ideal ainda mais distante.

A legalização dos cassinos e bingos

Atualmente, um grupo de deputados federais e senadores querem legalizar os jogos de azar no Brasil, com o Projeto de Lei Suplementar 186/2014, em trâmite no Senado. O Congresso se divide: os que são contra alegam estímulo ao vício e facilidade de corrupção; os que defendem projetam receitas de R$ 15 bilhões por ano em tributos, geração de empregos e atração de turistas

A comissão especial da Câmara dos Deputados analisa projetos de lei que regulamentam atividades de cassinos, casas de bingo, jogo do bicho, máquinas de caça-níquel e outras modalidades, chamadas jogos de azar, que são hoje proibidas no Brasil adiou a votação. Os defensores da legalização argumentam que as casas de apostas podem gerar empregos e aumentar a arrecadação para o governo. Os contrários afirmam que os jogos facilitam crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Parecer é favorável

O parecer do deputado Guilherme Mussi (PP) foi favorável à legalização. O texto autoriza o jogo do bicho e deixa a cargo dos estados a concessão das licenças. Libera também casas de bingo em estádios de futebol com mais de 15 mil lugares e em jóqueis-clubes, sendo que cada casa poderá ter até 500 máquinas de videobingo.

No Senado Federal está prevista para quarta-feira (6) a votação de outro projeto que libera os jogos de azar. A discussão sobre a liberação dos jogos é uma alternativa de aumentar a arrecadação que vem à tona sempre em momentos de crise econômica. Na semana passada, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) anunciou que votaria a proposta em regime de urgência.

Projeto inicial é de Ciro Nogueira (PP) investigado na Lava Jato

Segundo levantamento dos grupos defensores do retorno dos cassinos e bingos, em 2014 o país poderia ter arrecadado cerca de R$ 15 bilhões com a atividade. O projeto original é do senador Ciro Nogueira (PP), um dos investigados na operação Lava Jato. O senador afirmou que a atividade acontece sem uma regulamentação e por isso representa perda de recursos para os cofres públicos. “O país está enfrentando uma situação que vinha sendo colocada debaixo do tapete. A gente não poderia continuar fingindo que não existe o jogo clandestino, sem que a sociedade tenha o menor benefício quanto a isso”, disse o parlamentar.

domingo, 6 de dezembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA 

ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                   Digital Analys-influencer

 

STF veta reeleição de Maia e Alcolumbre

Por maioria dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste domingo (6/12), no plenário virtual, vetar a reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), nos respectivos cargos. No julgamento, iniciado na sexta-feira (4/12), os últimos a votar foram os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, presidente da Corte. O placar final do julgamento ficou em 6 votos a 5, contra a recondução dos presidentes das Casas do Congresso.

O STF julgou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 6524, movida pelo PTB, que pedia a proibição da reeleição dos dois chefes do Legislativo. O partido se baseou no artigo 57 da Constituição, que diz: "Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente".

Fachin, Barroso, Fux,  Rosa Weber, Gilmar e Cármen Lúcia

Maia e Alcolumbre tomaram posse nos cargos no início da atual legislatura, em 2019. O deputado já havia sido reeleito uma vez. Com base no entendimento do Supremo, agora só poderão voltar a se candidatar aos respectivos cargos em 2023.

O voto final do julgamento foi do presidente do STF, Luiz Fux, contrário à reeleição de Maia e Alcolumbre. Ele divergiu do relator da matéria, ministro Gilmar Mendes. No mesmo sentido de Fux votaram Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Marco Aurélio. Acompanharam o relator os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes. Nunes Marques, por sua vez, apresentou um voto parcialmente divergente em relação ao de Gilmar Mendes. Pelo seu entendimento, é possível haver apenas uma reeleição.

Luiz Fux destacou, em seu voto, que "a regra constitucional é direta e objetiva" ao proibir a reeleição dos presidentes das Casas do Congresso na mesma legislatura. "Nesse ponto, a norma constitucional é plana: não há como se concluir pela possibilidade de recondução em eleições que ocorram no âmbito da mesma legislatura sem que se negue vigência ao texto constitucional", escreveu o ministro presidente.

Portais e redes sociais influenciaram a decisão

O julgamento da ADI 6.524 mobilizou o mundo jurídico e político e as redes sociais. O jurista Ives Gandra Martins publicou artigo na Conjur defendendo a literalidade do dispositivo constitucional. No texto, ele explicou que o artigo 57 da Constituição da República é de uma clareza solar e que "dois anos não são quatro, vedação não é permissão e mesmo cargo não é outro cargo". Com ênfase a questão o colunista em sua rede social, divulgou um forte conteúdo, alertando para a lesão a Carta Magna. “O Excelentíssimo Senhor presidente da República Jair Bolsonaro, precisa salvar o país dessa gente nefasta” – publicou.

Os portais mais lidos do país deram ênfase a decisão. Conjur: STF confirma que reeleição na Câmara e no Senado é inconstitucional. Poder 360: STF veta possibilidade de reeleição de Maia e Alcolumbre na Câmara e Senado. Congresso em Foco : “Duplo twist carpado inconstitucional”: veja reações ao julgamento do STF sobre reeleição no Congresso

Pesquisa sinaliza a reeleição de Bolsonaro

Pesquisa de opinião do projeto Exame/Ideia, divulgada na sexta-feira (4) pela revista Exame, mostra que Jair Bolsonaro (sem partido) seria reeleito presidente em 2022 em todos os cenários.

O presidente lidera a corrida presidencial com 28% das intenções de voto na pesquisa estimulada, quando uma lista de possíveis candidatos é apresentada ao entrevistado. Lula (PT) aparece com 16%; Sergio Moro, com 10%; Ciro Gomes (PDT), 7%; Luciano Huck e João Doria (PSDB), 4%.

Os números

Na pesquisa realizada entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, foram ouvidas 1.200 pessoas. A margem de erro é de três ponto percentuais para mais ou para menos. Em uma simulação de segundo turno, quem teria mais chances de rivalizar com Bolsonaro seria Ciro Gomes, que aparece com 36% e Bolsonaro com 37% das intenções de voto, o que, pela margem de erro, representa um empate técnico. Ciro vence Bolsonaro entre os mais jovens (43% a 34%) e na região Nordeste (46% a 30%).

Bolsonaro x Lula

Luciano Huck também é outro candidato que se mostra competitivo em um segundo turno. O apresentador aparece com 32% das intenções de voto e o presidente com 36%, também tecnicamente empatados pela margem de erro.

Na simulação entre Bolsonaro e Lula, o atual presidente é preferido por 37% enquanto que o petista é citado por 32% dos entrevistados. Já em um eventual segundo turno contra Moro, Bolsonaro teria, segundo a pesquisa, 44% dos votos, contra 29% do ex-ministro.

A rejeição dos presidenciáveis

A maior rejeição é do ex-presidente Lula. Questionados em qual candidato não votariam de jeito nenhum, 43% responderam que não votariam no presidente Jair Bolsonaro, e 44% não votariam em Lula. João Doria é rejeitado por 25% dos entrevistados, Luciano Huck, 23%, Marina Silva, 20%, Ciro Gomes, 17%, e Sergio Moro, 16%.

Ciro banaliza o PT e ironiza Lula

O ex-ministro e candidato à Presidência em 2018 Ciro Gomes (PDT) fez criticas ao Partido dos Trabalhadores, indicando que o ex-presidente Lula não conversa e a falta de renovação dentro do partido. A entrevista foi concedida à revista Época. Ciro citou como exemplo a eleição presidencial de 2018, quando questionou a escolha de Fernando Haddad para disputar o pleito no lugar de Lula, considerado inelegível pela Justiça.

O político lembrou que, em 2016, Haddad perdeu na eleição à Prefeitura de São Paulo, recebendo apenas 16% dos votos, e que o partido tinha nomes mais competitivos, como: o ex-governador da Bahia Jaques Wagner e Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul. “A grande questão é que o Lula não quer que surja nenhuma grande liderança dentro do PT. E eu não obedeço a isso. Acabou”.

Frente Ampla

O ex-ministro também defendeu a formação de uma frente ampla no campo nacional, em oposição ao presidente Jair Bolsonaro em 2022, mas acha difícil que tenha a participação do PT. Segundo ele, é mais viável uma aliança com o PSDB que com o PT.

No entanto, Ciro avalia que o PSDB vai passar por um processo de reestruturação interna, que deve diminuir a força do governador de São Paulo, João Doria. 

“Nas últimas declarações do Fernando Henrique, você percebe que ele está nesse projeto do Luciano Huck. O Tasso Jereissati não tem nenhum entusiasmo pelo Doria, o governador do Rio Grande do Sul (Eduardo Leite) também não, o (senador Antonio) Anastasia saiu do PSDB por causa disso e está no PSD”, afirmou a revista Época.

Moro agora é Analyst jurídico

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro se tornou o mais novo sócio-diretor da consultoria norte-americana de gestão de empresas Alvarez & Marsal. O ex-juiz da Lava Jato vai atuar na sede da empresa em São Paulo, na área de “Disputas e Investigações”. As informações estão publicadas nos principais portais do país.

Mas segundo especulações, ele atuará como Business Analys no ramo do direito. A consultoria atua como administradora judicial do Grupo Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas pela força-tarefa da Lava Jato.

A empresa informou que "Moro é especialista em liderar investigações anticorrupção complexas e de alto perfil, crimes de colarinho branco, lavagem de dinheiro e crime organizado, bem como aconselhar clientes sobre estratégia e conformidade regulatória proativa”. Informou o portal do Yahoo.

Twitter barra discurso de ódio

(Reuters) - O Twitter expandiu sua política de proibição de discurso de ódio para incluir "linguagem que desumaniza as pessoas com base em raça, etnia e nacionalidade", disse a empresa em comunicado na quarta-feira (2).

A rede social proibiu o discurso que desumaniza outras pessoas com base na religião ou casta no ano passado e atualizou a regra em março para adicionar idade, deficiência e doença à lista de categorias.

O grupo de direitos civis Color of Change, parte de uma coalizão de organizações de defesa que têm pressionado as empresas de tecnologia a reduzir o discurso de ódio online, chamou as mudanças de "concessões essenciais" após anos de pressão externa.