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domingo, 13 de dezembro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

                                   Digital Analys-influencer

 Pesquisa aponta 37% de aprovação do governo de Bolsonaro

A aprovação do presidente  Jair Bolsonaro permanece estável e no seu melhor nível desde o início de seu mandato, segundo pesquisa Data Folha divulgada neste domingo. Segundo a pesquisa, 37% avaliam o governo de Bolsonaro como ótimo ou bom. Outros 32% avaliam como ruim ou péssimo, dois pontos percentuais a menos do que na última pesquisa, realizada no final de agosto. Por fim, 29% acreditam que o mandato de Bolsonaro tem sido regular, uma oscilação positiva de dois pontos em relação há quatro meses.

As duas variações foram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar da maior parte dos eleitores aprovar o governo, Bolsonaro tem a pior avaliação de um presidente neste ponto do mandato desde Fernando Collor que, em 1992, tinha uma aprovação de apenas 15%.

Anvisa

A pesquisa indica que, até o momento, Bolsonaro não teve sua aprovação afetada pela sua postura em relação às vacinas. O governo federal tenta apresentar um plano nacional de vacinação para a Covid -19, que foi contestado por pesquisadores. Até o momento, não há nenhum imunizante aprovado pela Anvisa, tampouco com doses adquiridas pelo governo federal.

Brasil terá 246 milhões de vacinas para imunizar a população

O Brasil tem acordos firmados para adquirir 246 milhões de doses contra o novo coronavírus. Segundo levantamento feito pela agência Bloomberg, são 100 milhões de doses da imunização de Oxford em parceria com a AstraZeneca, 100 milhões de doses da Sputgnik V, a vacina russa, e mais 46 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela SinoVac com o Instituto Butantan.

As vacinas em questão têm de ser aplicadas em duas doses e, por isso, seria possível vacinar 63,6% da população brasileira. Com o índice, o Brasil seria o 5º país da América com maior capacidade de imunização.

Ranking da vacinação nos países

Em primeiro lugar aparece o Canadá, com capacidade de imunizar quatro vezes mais que a população total do país. Em seguida está o Chile, com 139%, Estados Unidos, com 138,5% e México, em 119,2%. Em seguida, está o Brasil.

No entanto, nenhuma das vacinas contadas no levantamento têm autorização para serem aplicadas. A vacina de Oxford feita em parceria com a AstraZeneca mostrou ser 70% de eficácia e ser segura, no entanto, ainda não há autorização para que seja usada.

56% dos brasileiros não pretendem tomar vacina contra o novo coronavírus

Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no sábado (12) pelo jornal Folha de S.Paulo, apontou crescimento do percentual de entrevistados que não pretendem tomar vacina contra o novo coronavírus. Para 56% dos participantes, a imunização deve ser obrigatória.

O instituto perguntou a 2.016 pessoas, por celular, se pretendem se vacinar contra a Covid-19, e 73% disseram que sim, percentual menor que no levantamento realizado em agosto (89%). Já 22% responderam que não (em agosto, eram 9%), e 5% não sabem (eram 3%). O Datafolha também perguntou se a vacinação deve ser obrigatória. Para 56%, sim. Outros 43% defendem imunização opcional e 1% não soube responder.

Entre os participantes, 47% tomaria uma vacina da China como a CoronaVac, já produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. É um percentual inferior ao da vacina russa (60%), britânica (70%) e norte-americana (74%). A pesquisa foi realizada entre 8 e 10 de dezembro, com brasileiros de todos os estados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Reino Unido vai parara de apoiar projetos de combustíveis fósseis

 

Anfitrião de uma importante cúpula global sobre o clima, o governo do Reino Unido anunciou no sábado (12) que vai parar de apoiar diretamente projetos de combustíveis fósseis no exterior. Em outras palavras, a mudança significa que o Reino Unido não financiará mais projetos de exportação ou produção de petróleo, gás ou carvão pelo mundo, informou o correspondente Matt McGrath, da BBC News.

 

O anúncio aconteceu no momento em que Reino Unido, França e ONU realizaram uma reunião virtual sobre o clima no dia 12 de dezembro (sábado). Aproximadamente 75 líderes mundiais participaram do encontro, que aconteceu 5 anos depois da assinatura do acordo de Paris, que reúne compromissos globais de reduções de emissões de gases poluentes.

Brasil Rússia, África do Sul e Arábia Saudita não participaram do encontro

 

O Reino Unido apresentará seu novo compromisso sobre projetos de combustíveis fósseis no exterior, bem como uma nova meta de corte de carbono de 68% até 2030, anunciada na semana passada pelo primeiro-ministro. A União Européia também apresentará uma nova meta para 2030 de um corte de 55% nas emissões, acordada após longas negociações. A China e a Índia também participarão, embora não ainda esteja claro o alcance de seus novos compromissos. Como o Brasil, a Austrália também não participou do encontro, assim como Rússia, África do Sul e Arábia Saudita.


Trump diminui a possibilidade de anular eleição

A luta do presidente Donald Trump contra os resultados das eleições que perdeu no mês passado nos Estados Unidos está se transformando em um fiasco, mal recebida por juízes, enfraquecida por testemunhas pouco sérias e agora sem seu principal advogado, Rudy Giuliani, doente com covid-19.

"Esta questão ilustra bem a expressão: 'o trem passou'", escreveu nesta segunda-feira (7) uma juíza federal que se recusou a invalidar a vitória do democrata Joe Biden em Michigan, conforme solicitado pelos aliados do presidente republicano.

"O povo escolheu", acrescentou Linda Parker, rejeitando as alegações de fraude eleitoral com base em "especulações e conjecturas".

Um total de 40 recursos foram rejeitados

Esse revés é o mais recente de uma longa série: mais de 40 dos quase 50 recursos judiciais interpostos pela equipe de Trump para contestar a eleição já foram rejeitados pelos juízes ou abandonados pelos promotores.

Os outros esforços do presidente e seus aliados para rejeitar o veredicto nas urnas não tiveram mais sucesso. Uma recontagem no estado de Wisconsin, paga pelos republicanos, acabou dando 87 votos adicionais ao rival. Quanto às pressões sobre os parlamentares locais, elogiados ou criticados pelo entorno de Trump, também não impediram a certificação dos resultados em estados-chave.           

Mulheres representam 54% das demissões por conta da pandemia

De acordo com um relatório da empresa de consultoria em gestão McKinsey & Company e o grupo de defesa das mulheres LeanIn.Org, os trabalhos exercidos por mulheres são 1,8 vez mais vulneráveis a essa crise do que os exercidos por homens. Embora ocupem 39% do mercado de trabalho global, as mulheres representam 54% das demissões gerais por conta do coronavírus.

 “As mulheres, especialmente negras e pardas, correm mais riscos de serem demitidas ou afastadas durante a crise da COVID-19, o que pode estagnar suas carreiras e afetar negativamente a segurança financeira”, afirma o relatório.

As mães cuidam das crianças em média 10,3 horas por dia

A pandemia intensificou os desafios que as mulheres já enfrentavam. Mães que trabalham fora tiveram que se virar com trabalho, filhos e tarefas domésticas, sem o suporte que tornava essa vida possível, como creches e escolas. Muitas tentam cumprir o horário de trabalho integral de casa e cuidar das crianças ao mesmo tempo.

Pesquisadores do Instituto de Estudos Fiscais e do Instituto de Educação da UCL entrevistaram 3.500 famílias de pais de gêneros opostos e concluíram que as mães cuidam das crianças, em média, durante 10,3 horas por dia — 2,3 horas a mais que os pais. Além disso, as mulheres cuidam da casa por 1,7 hora a mais que os homens.

Uma em cada quatro mulheres pensa em fazer uma pausa na carreira ou abandonar completamente o mercado de trabalho devido ao impacto da COVID-19. Com isso em mente, é mais importante do que nunca que as empresas ofereçam o suporte adequado para garantir que a equidade de gênero no ambiente de trabalho não seja um ideal ainda mais distante.

A legalização dos cassinos e bingos

Atualmente, um grupo de deputados federais e senadores querem legalizar os jogos de azar no Brasil, com o Projeto de Lei Suplementar 186/2014, em trâmite no Senado. O Congresso se divide: os que são contra alegam estímulo ao vício e facilidade de corrupção; os que defendem projetam receitas de R$ 15 bilhões por ano em tributos, geração de empregos e atração de turistas

A comissão especial da Câmara dos Deputados analisa projetos de lei que regulamentam atividades de cassinos, casas de bingo, jogo do bicho, máquinas de caça-níquel e outras modalidades, chamadas jogos de azar, que são hoje proibidas no Brasil adiou a votação. Os defensores da legalização argumentam que as casas de apostas podem gerar empregos e aumentar a arrecadação para o governo. Os contrários afirmam que os jogos facilitam crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Parecer é favorável

O parecer do deputado Guilherme Mussi (PP) foi favorável à legalização. O texto autoriza o jogo do bicho e deixa a cargo dos estados a concessão das licenças. Libera também casas de bingo em estádios de futebol com mais de 15 mil lugares e em jóqueis-clubes, sendo que cada casa poderá ter até 500 máquinas de videobingo.

No Senado Federal está prevista para quarta-feira (6) a votação de outro projeto que libera os jogos de azar. A discussão sobre a liberação dos jogos é uma alternativa de aumentar a arrecadação que vem à tona sempre em momentos de crise econômica. Na semana passada, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) anunciou que votaria a proposta em regime de urgência.

Projeto inicial é de Ciro Nogueira (PP) investigado na Lava Jato

Segundo levantamento dos grupos defensores do retorno dos cassinos e bingos, em 2014 o país poderia ter arrecadado cerca de R$ 15 bilhões com a atividade. O projeto original é do senador Ciro Nogueira (PP), um dos investigados na operação Lava Jato. O senador afirmou que a atividade acontece sem uma regulamentação e por isso representa perda de recursos para os cofres públicos. “O país está enfrentando uma situação que vinha sendo colocada debaixo do tapete. A gente não poderia continuar fingindo que não existe o jogo clandestino, sem que a sociedade tenha o menor benefício quanto a isso”, disse o parlamentar.