ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Digital Analys-influencer
A aprovação do presidente Jair
Bolsonaro permanece estável e no seu melhor nível desde o início de seu
mandato, segundo pesquisa Data Folha divulgada neste domingo. Segundo a
pesquisa, 37% avaliam o governo de Bolsonaro como ótimo ou bom. Outros 32%
avaliam como ruim ou péssimo, dois pontos percentuais a menos do que na última
pesquisa, realizada no final de agosto. Por fim, 29% acreditam que o mandato de
Bolsonaro tem sido regular, uma oscilação positiva de dois pontos em relação há
quatro meses.
As duas variações foram dentro da
margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar
da maior parte dos eleitores aprovar o governo, Bolsonaro tem a pior avaliação
de um presidente neste ponto do mandato desde Fernando Collor que, em 1992,
tinha uma aprovação de apenas 15%.
Anvisa
A pesquisa indica que, até o momento,
Bolsonaro não teve sua aprovação afetada pela sua postura em relação às vacinas.
O governo federal tenta apresentar um plano nacional de vacinação para a Covid
-19, que foi contestado por pesquisadores. Até o momento, não há nenhum
imunizante aprovado pela Anvisa, tampouco com doses adquiridas pelo governo
federal.
Brasil terá 246 milhões de vacinas
para imunizar a população
O
Brasil tem acordos firmados para adquirir 246 milhões de doses contra o novo
coronavírus. Segundo levantamento feito pela agência Bloomberg, são 100 milhões
de doses da imunização de Oxford em parceria com a AstraZeneca, 100 milhões de
doses da Sputgnik V, a vacina russa, e mais 46 milhões de doses da CoronaVac,
produzida pela SinoVac com o Instituto Butantan.
As
vacinas em questão têm de ser aplicadas em duas doses e, por isso, seria
possível vacinar 63,6% da população brasileira. Com o índice, o Brasil seria o
5º país da América com maior capacidade de imunização.
Ranking da vacinação nos países
Em
primeiro lugar aparece o Canadá, com capacidade de imunizar quatro vezes mais
que a população total do país. Em seguida está o Chile, com 139%, Estados
Unidos, com 138,5% e México, em 119,2%. Em seguida, está o Brasil.
No
entanto, nenhuma das vacinas contadas no levantamento têm autorização para
serem aplicadas. A vacina de Oxford feita em parceria com a AstraZeneca mostrou
ser 70% de eficácia e ser segura, no entanto, ainda não há autorização para que
seja usada.
56% dos brasileiros não pretendem tomar
vacina contra o novo coronavírus
Pesquisa do instituto Datafolha,
divulgada no sábado (12) pelo jornal Folha de S.Paulo, apontou crescimento do
percentual de entrevistados que não pretendem tomar vacina contra o novo coronavírus.
Para 56% dos participantes, a imunização deve ser obrigatória.
O instituto perguntou a 2.016
pessoas, por celular, se pretendem se vacinar contra a Covid-19, e 73% disseram
que sim, percentual menor que no levantamento realizado em agosto (89%). Já 22%
responderam que não (em agosto, eram 9%), e 5% não sabem (eram 3%). O Datafolha
também perguntou se a vacinação deve ser obrigatória. Para 56%, sim. Outros 43%
defendem imunização opcional e 1% não soube responder.
Entre os participantes, 47%
tomaria uma vacina da China como a CoronaVac, já produzida pelo Instituto
Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. É um percentual inferior ao da
vacina russa (60%), britânica (70%) e norte-americana (74%). A pesquisa foi
realizada entre 8 e 10 de dezembro, com brasileiros de todos os estados. A
margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Reino Unido vai parara de
apoiar projetos de combustíveis fósseis
Anfitrião de
uma importante cúpula global sobre o clima, o governo do Reino Unido anunciou
no sábado (12) que vai parar de apoiar diretamente projetos de combustíveis
fósseis no exterior. Em outras palavras, a mudança significa que o
Reino Unido não financiará mais projetos de exportação ou produção de petróleo,
gás ou carvão pelo mundo, informou o correspondente Matt McGrath, da BBC News.
O anúncio aconteceu no momento em que Reino Unido, França e ONU realizaram uma reunião virtual sobre o clima no dia 12 de dezembro (sábado). Aproximadamente 75 líderes mundiais participaram do encontro, que aconteceu 5 anos depois da assinatura do acordo de Paris, que reúne compromissos globais de reduções de emissões de gases poluentes.
Brasil
Rússia, África do Sul e Arábia Saudita não participaram do encontro
O Reino Unido apresentará seu novo
compromisso sobre projetos de combustíveis fósseis no exterior, bem como uma
nova meta de corte de carbono de 68% até 2030, anunciada na semana passada pelo
primeiro-ministro. A União Européia
também apresentará uma nova meta para 2030 de um corte de 55% nas emissões,
acordada após longas negociações. A China e a Índia também participarão, embora
não ainda esteja claro o alcance de seus novos compromissos. Como o Brasil, a
Austrália também não participou do encontro, assim como Rússia, África do Sul e
Arábia Saudita.
Trump diminui a possibilidade de anular eleição
A luta do presidente Donald Trump contra os resultados das eleições que perdeu no mês passado nos Estados Unidos está se transformando em um fiasco, mal recebida por juízes, enfraquecida por testemunhas pouco sérias e agora sem seu principal advogado, Rudy Giuliani, doente com covid-19.
"Esta
questão ilustra bem a expressão: 'o trem passou'", escreveu nesta segunda-feira
(7) uma juíza federal que se recusou a invalidar a vitória do democrata Joe
Biden em Michigan, conforme solicitado pelos aliados do presidente republicano.
"O povo
escolheu", acrescentou Linda Parker, rejeitando as alegações de fraude
eleitoral com base em "especulações e conjecturas".
Um total de 40 recursos foram rejeitados
Esse revés é o mais
recente de uma longa série: mais de 40 dos quase 50 recursos judiciais
interpostos pela equipe de Trump para contestar a eleição já foram rejeitados
pelos juízes ou abandonados pelos promotores.
Os outros esforços
do presidente e seus aliados para rejeitar o veredicto nas urnas não tiveram
mais sucesso. Uma recontagem no estado de Wisconsin, paga pelos republicanos,
acabou dando 87 votos adicionais ao rival. Quanto às pressões sobre os
parlamentares locais, elogiados ou criticados pelo entorno de Trump, também não
impediram a certificação dos resultados em estados-chave.
Mulheres representam 54% das demissões por conta da pandemia
De acordo com um relatório
da empresa de consultoria em gestão McKinsey & Company e o grupo de defesa
das mulheres LeanIn.Org, os trabalhos exercidos por mulheres são 1,8 vez mais
vulneráveis a essa crise do que os exercidos por homens. Embora ocupem 39% do
mercado de trabalho global, as mulheres representam 54% das demissões gerais
por conta do coronavírus.
“As mulheres, especialmente negras e pardas,
correm mais riscos de serem demitidas ou afastadas durante a crise da COVID-19,
o que pode estagnar suas carreiras e afetar negativamente a segurança
financeira”, afirma o relatório.
As mães cuidam das crianças em média 10,3 horas por dia
A pandemia intensificou os
desafios que as mulheres já enfrentavam. Mães que trabalham fora tiveram que se
virar com trabalho, filhos e tarefas domésticas, sem o suporte que tornava essa
vida possível, como creches e escolas. Muitas tentam cumprir o horário de
trabalho integral de casa e cuidar das crianças ao mesmo tempo.
Pesquisadores do Instituto
de Estudos Fiscais e do Instituto de Educação da UCL entrevistaram 3.500
famílias de pais de gêneros opostos e concluíram que as mães cuidam das
crianças, em média, durante 10,3 horas por dia — 2,3 horas a mais que os pais.
Além disso, as mulheres cuidam da casa por 1,7 hora a mais que os homens.
Uma em cada quatro mulheres
pensa em fazer uma pausa na carreira ou abandonar completamente o mercado de
trabalho devido ao impacto da COVID-19. Com isso em mente, é mais importante do
que nunca que as empresas ofereçam o suporte adequado para garantir que a
equidade de gênero no ambiente de trabalho não seja um ideal ainda mais
distante.
A
legalização dos cassinos e bingos
Atualmente, um grupo de
deputados federais e senadores querem legalizar os jogos de azar no Brasil, com
o Projeto de Lei Suplementar 186/2014, em trâmite no Senado. O Congresso se divide: os que são contra
alegam estímulo ao vício e facilidade de corrupção; os que defendem projetam
receitas de R$ 15 bilhões por ano em tributos, geração de empregos e atração de
turistas
A comissão especial
da Câmara dos Deputados analisa projetos de lei que regulamentam atividades de
cassinos, casas de bingo, jogo do bicho, máquinas de caça-níquel e outras
modalidades, chamadas jogos de azar, que são hoje proibidas no Brasil adiou a
votação. Os defensores da legalização argumentam que as casas de apostas podem
gerar empregos e aumentar a arrecadação para o governo. Os contrários afirmam
que os jogos facilitam crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Parecer é favorável
O parecer do deputado Guilherme Mussi (PP) foi favorável à legalização. O texto
autoriza o jogo do bicho e deixa a cargo dos estados a concessão das licenças.
Libera também casas de bingo em estádios de futebol com mais de 15 mil lugares
e em jóqueis-clubes, sendo que cada casa poderá ter até 500 máquinas de
videobingo.
No Senado
Federal está prevista para quarta-feira (6) a votação de outro projeto que
libera os jogos de azar. A discussão sobre a liberação dos jogos é uma
alternativa de aumentar a arrecadação que vem à tona sempre em momentos de
crise econômica. Na semana passada, o presidente do Senado Renan Calheiros
(PMDB) anunciou que votaria a proposta em regime de urgência.
Projeto inicial é de Ciro Nogueira
(PP) investigado na Lava Jato
Segundo levantamento dos grupos defensores do retorno dos cassinos e bingos, em
2014 o país poderia ter arrecadado cerca de R$ 15 bilhões com a atividade. O
projeto original é do senador Ciro Nogueira (PP), um dos investigados na
operação Lava Jato. O senador afirmou que a atividade acontece sem uma
regulamentação e por isso representa perda de recursos para os cofres públicos.
“O país está enfrentando uma situação que vinha sendo colocada debaixo do
tapete. A gente não poderia continuar fingindo que não existe o jogo
clandestino, sem que a sociedade tenha o menor benefício quanto a isso”, disse
o parlamentar.