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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO


Pesquisa indica que Bolsonaro 

tem 37% de conceitos “ótimo e bom”


A popularidade do presidente Jair Bolsonaro atingiu 37% nos conceitos "ótimo/bom" segundo um levantamento realizado pela Exame Research, divulgada nesta sexta-feira (23). A pesquisa é realizada a cada quinzena e diagnosticou que a maior aprovação de Bolsonaro está concentrada na região Norte do país, com um total de 57%. O levantamento entrevistou 1.200 pessoas maiores de 16 anos, e conta com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Eleitores sem candidato...

Os dados também revelam que 50% dos brasileiros ainda não escolheram um candidato para as eleições municipais este ano. A expectativa é que os eleitores da classe D/E definam o candidato na última semana e 16% somente no dia da votação. O grupo representa 63% do total de pessoas que ainda não sabe em quem votar. Do total de entrevistados de todas as classes, cerca de 21% dos talvez não votem por conta da pandemia do novo coronavírus.

Preocupações...

A opinião pública sobre a corrupção no Brasil durante a gestão de Bolsonaro está dividida. Para 37% a corrupção não aumentou nem diminuiu, enquanto outros 34% acreditam que houve um aumento. Já 25% consideram que houve uma diminuição na corrupção no país.

A região Norte concentra 40% dos que acreditam na redução de corrupção. A tendência sobre a corrupção também foi avaliada pela pesquisa. Ao todo, 29% dos entrevistados acreditam que ela vai aumentar, enquanto 35% acreditam que ela  permanecerá igual e 27% dizem que vai diminuir.

Pesquisa aponta Biden 7 pontos a frente de Trump

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, tem 7 pontos percentuais de vantagem para o candidato à reeleição, o republicano Donald Trump.

Pesquisa IBD/TIPP divulgada na 2ª feira (26.out.2020) mostra o ex-vice-presidente com 52% das intenções de votos, contra 45% de Trump. Os que não sabem ou não responderam somam 5%.Parte inferior do formulário

O levantamento ouviu 1.135 eleitores e registrados e 982 prováveis eleitores, de 21 a 25 de outubro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a pesquisa, Biden lidera em intenções de votos entre os mais pobres. Trump tem perdido força entre o eleitorado masculino, que foi peça-chave para sua vitória em 2016.

Disputa pelo voto dos eleitores americanos entre Trump e Biden é acirrada

A oito dias (data do fechamento da coluna) da eleição presidencial nos Estados Unidos, a corrida eleitoral já sinaliza tendências em sete estados que serão decisivos na disputa: Flórida, Carolina do Norte, Arizona, Michigan, Wisconsin, Pensilvânia e Geórgia. São 117 votos do colégio eleitoral em disputa nesses estados.

O resultado, que até agora indica uma vitória do candidato democrata Joe Biden sobre o presidente Donald Trump, tem como base levantamentos conduzidos antes do debate presidencial do dia 22 de Outubro. 

Defesa de Lula volta recorrer no caso do Triplex

O empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra suas condenações na Justiça. A defesa do petista decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) mais uma vez para suspender a análise do processo referente ao tríplex do Guarujá pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O caso foi pautado para o dia 27 de Outubro (terça-feira), no entanto, os advogados de Lula foram ao STF e pediram ao ministro Edson Fachin que suspenda o julgamento no STJ até que o Supremo decida sobre um pedido feito pelo petista para obter acesso a acordos assinados entre a Petrobras e autoridades dos Estados Unidos (EUA). De acordo com o veículo, a defesa do ex-presidente afirma que a Petrobras adotou posicionamentos diferentes sobre Lula nos acordos feitos com a Justiça dos EUA e com a Justiça do Brasil.

Plebiscito/ Nova Constituinte   

No dia 26 de Outubro (segunda-feira), Ricardo Barros (PP-PR) defendeu a realização de um plebiscito para que os brasileiros, assim como fizeram os chilenos no dia 25 de Outubro (domingo) e assim decidam sobre a elaboração de uma nova Constituição. As informações foram veiculadas no jornal O Estado de S. Paulo.

Em um evento chamado “Um dia pela democracia”, o líder do governo na Câmara afirmou que defende uma nova Assembleia Nacional Constituinte. “Acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres”.

“A nossa Carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a Nação”, declarou o deputado. Ricardo Barros também disse que “o poder fiscalizador ficou muito maior que os demais” e que seria necessário “equilibrar os Poderes” no Brasil.

Arrecadação é menos do que se gasta

O parlamentar afirmou, ainda, que a Constituição tornou o país ingovernável. “A nossa Constituição, a Constituição cidadã, o presidente Sarney já dizia quando a sancionou, que tornaria o país ingovernável , e o dia chegou, temos um sistema ingovernável”, afirmou ao abordar a questão orçamentária do Brasil.

“Estamos há seis anos com déficit fiscal primário, ou seja, arrecadamos menos do que gastamos, não temos capacidade mais de aumentar a carga tributária, porque o contribuinte não suporta mais do que 35% da carga tributária, e não demos conta de entregar todos os direitos que a Constituição decidiu em favor de nossos cidadãos”, concluiu Barros.

Mais revisão das normas trabalhistas/Alvos são os servidores

O governo vai revisar 2 mil normas trabalhistas para reduzir a burocracia e revogar medidas adotadas no passado e que se tornaram obsoletas. Segundo técnicos da equipe econômica, o trabalho está sendo feito pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e abrange um conjunto de decretos e portarias.

No serviço público, a orientação é acelerar o processo de digitalização, para aumentar a produtividade e reduzir necessidade de concursos públicos. Um dos exemplos é o INSS, que passou a dispensar o comparecimento dos segurados em alguns casos, como prova de vida. A reforma administrativa enviada ao Congresso é mais um passo nessa direção, embora ela atinja somente os novos servidores.

Governo lançou o “Descomplica Trabalhista

O governo lançou na quinta-feira (22) um formulário simplificado para o  eSocial, a plataforma de registro de informações para o cumprimento de obrigações trabalhistas, tributárias e previdenciárias.

O Ministério da Economia informou que as mudanças no formulário simplificam o preenchimento de informações e eliminam campos desnecessários. A pasta diz que o novo formato atende reivindicações do setor produtivo sem prejudicar a manutenção das informações.

Número do CPF passará a ser a única identificação do trabalhador no eSocial.

Com isso, o empregador ficará dispensado de fazer referência a outros números cadastrais como PIS e Pasep Também foram excluídos os pedidos de informações que já constam nas bases de dados do governo federal, como os números RG e da CNH. O Ministério da Economia disse que uma parceria do eSocial com as juntas comerciais permitirá registrar os empregados no momento de inscrição da empresa.

De acordo com a pasta, os módulos de Empregador Doméstico e do Microemprendedor Individual (MEI) passaram por transformações de facilitação que incluem o lançamento automático do 13º salário e a inclusão de um assistente virtual.

Simplificação de normas

Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também revogou 48 portarias e lançou uma nova norma regulamentadora de saúde e segurança do agronegócio.

O programa de revisão de regras foi nomeado de “Descomplica Trabalhista”. Segundo o Ministério da Economia, o programa de eliminação da burocracia revisará 2 mil documentos do antigo Ministério do Trabalho, que serão

 

domingo, 18 de outubro de 2020

 

ANÁLISE & POLÍTICA

 ROBERTO MONTEIRO PINHO

Eleição no EUA: Trump poderá diminui vantagem de Biden?

No momento, pesquisas nos Estados decisivos são animadores para Joe Biden, mas ainda há muito para acontecer e tudo pode mudar rapidamente, especialmente quando Donald Trump está na disputa. As pesquisas sugerem que Biden tem vantagens em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin — três Estados industriais vencidos por seu rival por margens menores que 1% na campanha vitoriosa de 2016.

 

Mas são nos Estados decisivos vencidos com boa vantagem por Trump em 2016 que sua campanha deve se focar. Sua margem vencedora em Iowa, Ohio e Texas foi de 8% a 10% naquela época, mas agora ele está bem próximo de Biden nas pesquisas nos três Estados.

 

Esses números podem ajudar a explicar a sua decisão de mudar seu diretor de campanha em julho e suas constantes referências a "pesquisas falsas".

Mercados de aposta, no entanto, não descartam Trump. Algumas casas colocam as chances de uma vitória de Trump em um para três.

 

Presidente aposta na reeleição com medida impactante

"Donald Trump disse na quinta (15) que está disposto a aumentar o valor da proposta da Casa Branca por um pacote fiscal de US$ 1,8 trilhão. Em entrevista à Fox Bussiness, o republicano disse que vê chances de que o governo chegue a um acordo com a oposição antes da eleição de 3 de novembro. "Queremos mais estímulos", pontuou. Trump também prometeu que, se reeleito, poderá reduzir o imposto de renda para a classe média - e voltou a acusar Joe Biden de querer elevar a carga tributária no país.

Apesar do persistente impasse com a oposição, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, garantiu que o governo não vai desistir das negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais, e, ao contrário de Trump, crê que o "acordo será difícil antes da eleição, mas continuaremos tentando", afirmou em entrevista à CNBC."

O Brasil sofrerá menos impacto negativo no pós pandemia

Os analistas ouvidos pela reportagem não se mostraram muito otimistas quanto às perspectivas do Brasil, mas posicionam o país em um nível menor de risco entre seus pares na região.

Contam contra o Brasil o fato de ter proporcionalmente a segunda maior dívida pública da América Latina, que corresponde a 91,5% do PIB, de acordo com o FMI, e também ao grande déficit fiscal, que deve ser de R$ 861 bilhões, correspondente a 12% do PIB, de acordo com a previsão mais recente do Ministério da Economia, divulgada no final de setembro.

PIB terá menor queda...

Ao mesmo tempo, o Brasil tem uma das menores previsões de queda do PIB em 2020 na América Latina. Em seu ultimo relatório, o Banco Mundial previu uma contração de 5,4%, abaixo dos 8% previstos em junho. "O Brasil vai ser uma das economias (latinas) com melhor desempenho neste ano", diz Surya, do Grupo Economist.

Na opinião de Surya, o Brasil não ter adotado no país um lockdown nacional, como em outros países, além de ter sido liberado linhas de crédito para empresas e um auxílio emergencial para pessoas físicas, suavizou o impacto econômico da pandemia.

Surya destaca ainda que o Brasil "tem um dos melhores sistemas de saúde da América Latina". Porém, ele diz que o prognóstico para o país não é claro. "A questão é a sustentabilidade fiscal. Bolsonaro prometeu um ajuste nas contas públicas, mas o que aconteceu durante a pandemia é que foi preciso aplicar políticas de gastos massivos. A questão é se isso vai ser controlado."

Previsão de melhora só para 2023

Ramos, do Goldman Sachs, afirma que o país não vai conseguir manter as políticas de estímulo da economia por muito mais tempo.

"O Brasil avançou muito pouco nas reformas fiscais necessárias. O déficit tem aumentado devido aos estímulos à economia, o que fará com que feche o ano com um índice próximo de 17% do PIB e com uma dívida próxima de 100% do PIB. Isso não permite que haja grandes perspectivas de melhora em 2021 nem em 2022", diz Ramos.

Convid vai arrasar a Economia na América Latina

Analistas do Banco Mundial apontam que a economia equatoriana precisa de "reformas estruturais", mas quando o presidente Lenín Moreno tentou aumentar os impostos sobre os combustíveis em outubro de 2019 para aumentar as receitas do Estado, ele enfrentou protestos massivos que o obrigaram a recuar. Ramos alerta que "o clima de tensão política continua no país e pode afetar o crescimento". O Equador é outro candidato a não recuperar seu PIB de 2019 pelo menos até 2023.

México é o país que mais sente o impacto

A recuperação provavelmente também será mais lenta no México. Mas, ao contrário da Argentina ou do Equador, seu fardo não será dívida. O presidente Andrés Manuel López Obrador chegou ao poder prometendo sanear as contas públicas e reduzir o déficit público, e a pandemia não parece tê-lo desviado de seu objetivo."Em circunstâncias normais, tudo bem, mas agora você precisa de mais gastos públicos", diz Surya.

O governo mexicano tem sido um dos mais relutantes em aplicar medidas de apoio à economia, o que provavelmente explica em parte porque o PIB do México vai cair cerca de 10% em 2020. A queda do turismo, fundamental para o país, também atingiu a economia, e especialistas concordam que este será um dos últimos setores a se recuperar.

Nem o petróleo ajuda...

A queda do preço do petróleo também não ajuda o México, que, paradoxalmente, também pode estar enfrentando sua grande oportunidade. Os problemas de transporte e o perigo potencial de restrições alfandegárias levaram a "uma tendência global de aproximar as cadeias de suprimentos dos mercados, e o México está muito perto do grande mercado que são os Estados Unidos", diz Surya.

Crise Venezuelana

Sem cifras oficiais há anos, o Banco Mundial não inclui a Venezuela em sua análise, mas segundo Jackson, da Capital Economics, em um contexto de preços baixos do petróleo, "as coisas só vão piorar em um país que já era uma tragédia antes da pandemia".

A unidade de inteligência econômica do Grupo Economist "acredita que o país perderá cerca de 30% do seu PIB este ano em 2020, o que com o que foi perdido desde que Nicolás Maduro chegou ao poder acumulará uma queda de perto de 70%". Em seu último relatório, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a queda será de 25%.

O governo venezuelano culpa as sanções dos Estados Unidos por seus problemas econômicos, enquanto a maioria dos observadores culpa a má política econômica do governo e sérios problemas estruturais na economia venezuelana.

Nenhum relatório prevê quando o PIB da Venezuela deixará de cair e quando recuperará seu nível de 2019. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um terço dos venezuelanos não recebem alimentos suficientes e milhões deixaram o país nos últimos anos.

Além disso, "há muito ruído político e institucional em torno disso, o que também não ajuda", porque o país precisa conter a expansão da dívida pública. "Isso requer cortes de gastos e capital político para implementar as medidas necessárias."

Recorde dos endividados no Brasil

Em agosto o endividamento das famílias bateu novo recorde, a inadimplência é a maior registrada em 10 anos, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o relatório, 26,7% das famílias brasileiras tinham contas em atraso em agosto e 67,5% estavam endividadas.

Essa situação de endividamento dos brasileiros é uma das consequências da pandemia do novo coronavírus. Já que grande parte da população teve suas receitas reduzidas ou totalmente perdidas. A dor de cabeça de ficar no vermelho pode se arrastar por meses e se transformar em problemas mais graves se medidas efetivas, como um bom planejamento financeiro, por exemplo, não forem aplicadas.

Síndrome de Burnout afetará o profissional do pós pandemia

Nos últimos meses, a síndrome de Burnout vem ganhando força principalmente entre os trabalhadores de serviços essenciais, funcionários em home office e profissionais da saúde. Com horas sem fim nos hospitais e uma rotina em casa que não delimita o horário profissional, fica ainda mais difícil controlar o psicológico, principalmente com o agravante da pandemia. 

Segundo Rosely Cordon, pós-graduada em bases da medicina integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino, e cirurgiã dentista, nestes casos, as práticas integrativas e complementares podem ser uma ótima saída para quem desenvolveu a síndrome. "Para o tratamento são indicados relaxamento mental e físico com respiração adequada, ioga, meditação, tai chi, dança, musicoterapia, acupuntura, eletropuntura, laserterapia sistêmica, aromaterapia, ozonioterapia, homeopatia ou até mesmo massagem", explica. 

Doença invisível...

Segundo a especialista, é necessário entender que esta não é uma doença qualquer, assim como a depressão e a ansiedade, que também podem ser desencadeadas com frequência nos tempos que vivemos. "Todas elas devem ser tratadas com um profissional qualificado e, nestes casos, as terapias integrativas são praticadas com o objetivo de amenizar os sintomas e principalmente tratar as causas", comenta Cordon. 

 

domingo, 11 de outubro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Fim da Lava Jato e o discurso de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro participava do lançamento de um programa sobre aviação civil no Palácio do Planalto no dia 7 de outubro, quando disse que tinha "acabado com a Lava Jato". A fala foi em tom irônico — na verdade, o presidente estava fazendo um autoelogio e dizendo que não existia mais corrupção no governo. O discurso, no entanto, repercutiu mal entre apoiadores da Lava Jatoo e profissionais que atuam nas investigações.

 

Os procuradores passaram a apontar momentos em que Bolsonaro teria agido para enfraquecer a operação anticorrupção. Seria o caso da nomeação do atual procurador-geral da República, Augusto Aras; da fritura e posterior demissão do ex-ministro Sergio Moro; e das mudanças no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

 

Governo sem corrupção...

 

"É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação", disse Bolsonaro.

 "Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa para qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia", declarou.


Em janeiro de 2021 a força tarefa de Curitiba encerra as operações


A fala de Bolsonaro também ocorre num momento em que a Lava Jato do Paraná realmente pode estar se aproximando do fim: por decisão do PGR Augusto Aras, a força-tarefa curitibana da operação só tem mandato para funcionar até o dia 31 de janeiro de 2021.


Se nada mudar, é possível que o grupo de 14 procuradores hoje dedicados à investigação deixe de existir. Neste caso, uma das possibilidades é que os casos hoje sob controle da força-tarefa passem à responsabilidade do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPF no Paraná

Bolsonaro, Doria e Lula e a rejeição em São Paulo

Pesquisa realizada e divulgadas pelo Ibope revela que a rejeição da associação aos nomes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do governador João Doria (PSDB) e do ex-presidente Lula (PT) foi maior do que o apoio em candidatos à prefeitura de São Paulo. 

O objetivo da pesquisa foi mostrar a influência de padrinhos políticos no apoio aos candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. Bolsonaro declarou apoio a Celso Russomanno (Republicanos). João Doria (PSDB) é padrinho político de Bruno Covas (PSDB) e o ex-presidente Lula apoia o candidato petista Jilmar Tatto.

Os números da pesquisa...

Em relação a Bolsonaro, apenas 16% escolheria Russomanno com certeza. Outros 63%, porém, não votaria de jeto nenhum em um candidato apoiado por ele (Bolsonaro). Os que responderam talvez somam 16%. Já em relação a João Dória, apenas 11% escolheria Bruno Covas com certeza. Outros 60%, porém, não votaria de jeto nenhum em um candidato apoiado por ele (Dória). Os que responderam talvez somam 25%.

Em relação ao ex-presidente Lula, 21% escolheria Gilmar Tatto com certeza. Outros 54%, porém, não votaria de jeito nenhum em um candidato apoiado por ele (Lula). Os que responderam talvez somam 23%. Em média, 2% das pessoas não quiseram ou não sabiam responder sobre as influências dos padrinhos em suas decisões.

O debate dos candidatos  à vice-presidência no EUA

A infecção por coronavírus do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi suficiente para cancelar o debate entre os candidatos à vice-presidência do país, a senadora pela Califórnia Kamala Harris (Partido Democrata) e o ex-governador de Indiana Mike Pence (Partido Republicano).

Na noite da quarta-feira (7), eles ficaram frente a frente, separados por placas de acrílico, no Kingsbury Hall, teatro da Universidade de Utah, em Salt Lake City. O debate entre os vices é tradicional nas eleições dos Estados Unidos, mas nunca foi considerado um grande evento.

Este ano, porém, a situação é diferente. Além de todas as polêmicas que envolvem o pleito de 2020 – coronavírus, votação por correspondência e a indicação à Suprema Corte, para citar alguns –, há, também, o fator referente à idade dos candidatos à presidência. Trump, com 74 anos, e Biden, com 78, são os candidatos mais velhos da história dos EUA”.  

Mulher de Moro participa de “barraco digital” no instagram

Rosângela Moro, mulher do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, discutiu com seguidores na madrugada de sábado (10) e abandonou seu perfil no Instagram após chamar de "otário” um eleitor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com nota publicada nas redes, em sua rede social, Rosângela publicou uma foto de máscara e legendou com um trecho da música Mais Uma Vez, de Renato Russo. “Tem gente enganando a gente, veja a nossa vida como está”, diz a canção. “Vi amigas virarem números de Covid e sofro com isso! Cuidem-se! Usem máscara! Eu não tô nem aí para Bolsonaro e governo ou poder, só sou gente normal com vida normal! E na vida real vi pessoas morrerem de Covid!”, desabafou.

Bate boca...

Seguidores passaram a bater boca com a mulher de Moro, que em abril deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública acusando o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro. “Fica aí idolatrando político? Otário! É você que emprega, paga imposto e sustenta aquilo lá! Acorda!”, escreveu Rosângela a um apoiador de Bolsonaro. O perfil da mulher de Moro não aparece mais na busca do Instagram -  informou o post 

A extrema pobreza na pandemia convid-19

De acordo com as estimativas do Banco Mundial, esse impacto negativo deve fazer a pobreza extrema avançar no mundo pela primeira vez em mais de duas décadas. Além de crise sanitária com milhões de doentes e centenas de milhares de mortes, a pandemia de covid-19 tem provocado estragos na economia global.

Só em 2020 estima-se que 115 milhões de pessoas estejam sendo empurradas a essa situação, número que pode crescer a 150 milhões em 2021.

Pelo critério do Banco Mundial, a extrema pobreza é caracterizada por uma renda diária de até US$ 1,9 (cerca de R$ 10). Esta será a primeira alta desde 1998, quando a crise financeira asiática provocou um choque na economia global.

Brasil teve aumento da pobreza nos últimos cinco anos

Com o aumento, a pobreza extrema passará a afetar o equivalente a algo entre 9,1% e 9,4% da população do mundo neste ano, de acordo com o relatório Poverty and Shared Prosperity Report (Relatório sobre Pobreza e Prosperidade Compartilhada, em tradução livre), publicado a cada dois anos. Antes da pandemia, a estimativa era que pobreza cairia para 7,9% em 2020.

O Brasil já vinha experimentando aumento da pobreza extrema nos últimos cinco anos. Conforme os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 13,88 milhões de brasileiros viviam nessa condição, cerca de 170 mil mais do que no ano anterior.

Telefônia Oi vai demitir 2 mil funcionários

A Oi anunciou na tarde desta sexta que está lançando um "Programa de Incentivo à Saída", cujo objetivo é desligar até 2 mil funcionários. Este total representa cerca de 15% do quadro de empregados na tele carioca 

De acordo com a empresa, que aderir à demissão voluntária terá direito a "condições diferenciadas que incluem parcela de natureza indenizatória em função do tempo de empresa e extensão de benefícios como plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida, entre outras concessões" 

O programa de demissão voluntária, segundo o comunicado que a tele enviou ao mercado após o fechamento das negociações, tem como objetivo buscar a sustentabilidade do negócio, acelerar o desenvolvimento e investimentos na sua infraestrutura de fibra óptica e capturar ganhos decorrentes da automação de processos, digitalização e evolução tecnológica

Em recuperação judicial

Oi está em processo de recuperação judicial e, recentemente, suas operações de telefonia móvel foram motivos de uma batalha entre as concorrentes brasileiras e empresas do exterior. Após uma série de propostas, a tele carioca vai vender sua operação móvel de forma fatiada às concorrentes Claro, TIM e Vivo. Ao seguir este modelo, o objetivo é facilitar o processo de venda ao trio que ofereceu R$ 16,5 bilhões pela unidade, que conta com quase 40 milhões de linhas celulares.

Embora ainda tenha pendências a resolver, a Oi planeja uma mudança de estratégia em seu negócio. O objetivo é vender os mais variados serviços e produtos digitais através da criação de um grande marketplace onde consumidores e empresas poderão comprar desde eletrodomésticos até contratar empréstimos e serviços de segurança residencial.

 

domingo, 4 de outubro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Trump e o novo cenário da eleição americana

Segundo a equipe de campanha de Trump, os comícios do republicano estão temporariamente suspensos. A um mês das eleições, os americanos se perguntam o que pode acontecer caso o estado de saúde do presidente se degrade e ele não possa mais concorrer.

 

De acordo com o protocolo, a comissão nacional dos republicanos deve propor um substituto, um processo lento, já que o grupo é composto por 168 membros, três por cada estado e territórios americanos. Levando em consideração de que a votação já foi iniciada por correio e presencialmente em alguns estados, não há certeza de que os novos boletins de voto ficariam prontos a tempo até o dia da eleição, 3 de novembro.

 

Neste caso, os governadores de cada estado terão que decidir o que fazer. No entanto, até o momento, não há nenhum dispositivo previsto para gerenciar essa situação.

 

Facebook remove publicações polêmicas em sua rede social

Desde o dia 1º de outubro o Facebook passa a operar sob uma nova política de termos e condições de uso da plataforma. A atualização dos termos permite que a companhia remova de forma mais ampla qualquer conteúdo que possa acarretar problemas jurídicos para a empresa comandada por Mark Zuckerberg.

Este é um contra-ataque às ameaças de Donald Trump e de Joe Biden, candidatos à presidência dos Estados Unidos, de revogar uma lei americana que, de certa forma, protege empresas que atuam com redes sociais. Em resumo, o texto da Seção 230 exime as companhias da responsabilidade sob o conteúdo publicado nas plataformas.

“Também poderemos remover ou restringir o acesso ao seu conteúdo, serviços ou informações se determinarmos que isso é razoavelmente necessário para evitar ou reduzir impactos jurídicos ou regulatórios adversos para o Facebook”, informa o novo texto disponibilizado nos termos de uso da rede social. 

Pressão por conta das postagens políticas

O Facebook não se manifestou publicamente sobre os motivos que levaram a companhia a realizar a alteração. É notório, no entanto, que a rede social vem sendo alvo de polêmicas recentes em relação ao que os usuários publicam na plataforma. A mais recente envolveu até mesmo uma publicação feita por Trump.

Em maio deste ano, o presidente americano usou sua conta no Twitter para publicar um texto que ameaçava manifestantes do movimento Black Lives Matter, que ressurgiu após a morte de George Floyd, asfixiado durante uma ação policial nos Estados Unidos. O post foi replicado automaticamente no Facebook.

A postagem chegou a ser removida temporariamente do microblog, mas a companhia de Zuckerberg não realizou qualquer movimento neste sentido – algo que gerou desconforto dos funcionários da própria empresa de Menlo Park e foi o pivô do maior dilema que o Facebook vem enfrentando nos últimos meses.

Trump acusa facebook de tendencioso

No dia 28 de maio, Trump assinou uma ordem executiva que pede que as empresas percam a proteção legislativa da Seção 230 se for provado que elas podem discriminar seus usuários. Ou seja, se uma empresa censurar determinado conteúdo de um usuário e não de outro, ela estaria atuando com discriminação 

Trump acusa o Facebook e outras empresas que atuam com redes sociais da aplicação de rigor excessivo no controle do conteúdo publicado por usuários mais conservadores – que formam sua base eleitoral. A principal reclamação desses usuários da plataforma se dá em torno das postagens deletadas pela companhia.

A pressão de legisladores americanos não é o único motivo apontado para que o Facebook realize uma alteração em seus termos de uso da rede social. A empresa está envolvida em uma grande batalha jurídica contra órgãos australianos após o governo local quer passar uma medida que impacta diretamente nos negócios da companhia. 

Bolsonaro e a indicação de Kassio Nunes Marques

A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques à uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) desagradou bolsonaristas, que passaram a atacar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais chamando-o de petista. A hastag #bolsonaropetista virou um dos assuntos mais comentados do Twitter na tarde desta sexta-feira, (2).

O movimento Vem Pra Rua, que apoiou Bolsonaro nas eleições em 2018, impulsionou um vídeo que lamenta a escolha de Bolsonaro e o acusa de tomar decisões que lembram os governos do PT. “Agora é oficial: o mito virou mico. #BolsonaroPetista”.

Petista de ‘carteirinha’

O motivo dos ataques é porque Kassio Nunes foi indicado ao TRF1 pela ex-presidente Dilma Rousseff e é próximo do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Kassio Nunes foi indicado para ocupar vaga do ministro Celso de Mello, que deixará o STF no dia 13 de outubro.

Manifestou a exemplo de outros, o bolsonarista no instagram: “É apenas um petista de sinal invertido”.

A pandemia desestruturou a educação no planeta

 

"O abismo digital, que já era preocupante, na pandemia vai piorar. (...) A falta de conectividade implica em deixar as crianças mais vulneráveis para trás", diz à BBC News Brasil Ítalo Dutra, chefe de educação do Unicef (braço da ONU para a infância) no Brasil. Isso porque o grupo de alunos mais desconectados coincide com o grupo que tem renda per capita menor, mais incidência de pobreza e mais chance de abandonar a escola antes de concluir os estudos.

 

Dutra destaca, porém, que a maioria das redes públicas de educação do país têm conseguido combinar atividades digitais com materiais físicos, para minimizar a dependência da conexão com a internet. O Unicef também promove, desde 2017, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um projeto de busca ativa dos alunos, que consiste em ir atrás de estudantes que não têm frequentado as aulas. 

Perda do vínculo com a escola

 

Na pandemia, diz ele, o parâmetro estabelecido pela Undime é de que alunos que estão há no máximo três semanas sem manter contato com a escola ou realizar tarefas devem ser ativamente buscados. "A gente ainda vai precisar conviver com o vírus por um tempo. A grande preocupação nesse contexto é a perda de vínculo desses alunos com a escola, e de eles perderem seu direito à educação", afirma.

Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe) da FGV, também destaca o esforço da grande maioria das redes públicas do país em manter o ensino vivo, a despeito dos desafios de conectividade.

 

Brasileiros não estão preparados para enfrentar a pandemia

 

A população brasileira não está preparada para lidar com a pandemia, segundo a avaliação de 64% de médicos brasileiros que participaram de levantamento da empresa de pesquisa Ipsos.

 

A Ipsos apontou que "a percepção dos especialistas com relação à conscientização e engajamento populacional no atual cenário está mais negativa, à medida que os casos confirmados de pacientes potencialmente infectados aumentam no país".

 

Entrevistas...

 

O levantamento foi feito de 31 de março a 3 de abril, com 1.580 profissionais da medicina de quatro países: Brasil, Argentina, Colômbia e México. Foram entrevistados médicos de diversas especialidades, segundo a empresa: infectologistas, pneumologistas, cardiologistas, ginecologistas, oncologistas, neurologistas, entre outros.

Houve um aumento na proporção de profissionais brasileiros que avaliam que a população não está preparada para o surto de coronavírus. Em levantamento realizado de 21 a 23 de março, o índice era de 56%. A Ipsos classificou o aumento como "significativo".

Em outros dois países pesquisados houve aumento da percepção dos médicos de que a população não está preparada: no México, subiu de 81% para 86%. Na Colômbia, foi de 87% para 89%.