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domingo, 11 de outubro de 2020

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Fim da Lava Jato e o discurso de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro participava do lançamento de um programa sobre aviação civil no Palácio do Planalto no dia 7 de outubro, quando disse que tinha "acabado com a Lava Jato". A fala foi em tom irônico — na verdade, o presidente estava fazendo um autoelogio e dizendo que não existia mais corrupção no governo. O discurso, no entanto, repercutiu mal entre apoiadores da Lava Jatoo e profissionais que atuam nas investigações.

 

Os procuradores passaram a apontar momentos em que Bolsonaro teria agido para enfraquecer a operação anticorrupção. Seria o caso da nomeação do atual procurador-geral da República, Augusto Aras; da fritura e posterior demissão do ex-ministro Sergio Moro; e das mudanças no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

 

Governo sem corrupção...

 

"É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação", disse Bolsonaro.

 "Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa para qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia", declarou.


Em janeiro de 2021 a força tarefa de Curitiba encerra as operações


A fala de Bolsonaro também ocorre num momento em que a Lava Jato do Paraná realmente pode estar se aproximando do fim: por decisão do PGR Augusto Aras, a força-tarefa curitibana da operação só tem mandato para funcionar até o dia 31 de janeiro de 2021.


Se nada mudar, é possível que o grupo de 14 procuradores hoje dedicados à investigação deixe de existir. Neste caso, uma das possibilidades é que os casos hoje sob controle da força-tarefa passem à responsabilidade do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPF no Paraná

Bolsonaro, Doria e Lula e a rejeição em São Paulo

Pesquisa realizada e divulgadas pelo Ibope revela que a rejeição da associação aos nomes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do governador João Doria (PSDB) e do ex-presidente Lula (PT) foi maior do que o apoio em candidatos à prefeitura de São Paulo. 

O objetivo da pesquisa foi mostrar a influência de padrinhos políticos no apoio aos candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. Bolsonaro declarou apoio a Celso Russomanno (Republicanos). João Doria (PSDB) é padrinho político de Bruno Covas (PSDB) e o ex-presidente Lula apoia o candidato petista Jilmar Tatto.

Os números da pesquisa...

Em relação a Bolsonaro, apenas 16% escolheria Russomanno com certeza. Outros 63%, porém, não votaria de jeto nenhum em um candidato apoiado por ele (Bolsonaro). Os que responderam talvez somam 16%. Já em relação a João Dória, apenas 11% escolheria Bruno Covas com certeza. Outros 60%, porém, não votaria de jeto nenhum em um candidato apoiado por ele (Dória). Os que responderam talvez somam 25%.

Em relação ao ex-presidente Lula, 21% escolheria Gilmar Tatto com certeza. Outros 54%, porém, não votaria de jeito nenhum em um candidato apoiado por ele (Lula). Os que responderam talvez somam 23%. Em média, 2% das pessoas não quiseram ou não sabiam responder sobre as influências dos padrinhos em suas decisões.

O debate dos candidatos  à vice-presidência no EUA

A infecção por coronavírus do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi suficiente para cancelar o debate entre os candidatos à vice-presidência do país, a senadora pela Califórnia Kamala Harris (Partido Democrata) e o ex-governador de Indiana Mike Pence (Partido Republicano).

Na noite da quarta-feira (7), eles ficaram frente a frente, separados por placas de acrílico, no Kingsbury Hall, teatro da Universidade de Utah, em Salt Lake City. O debate entre os vices é tradicional nas eleições dos Estados Unidos, mas nunca foi considerado um grande evento.

Este ano, porém, a situação é diferente. Além de todas as polêmicas que envolvem o pleito de 2020 – coronavírus, votação por correspondência e a indicação à Suprema Corte, para citar alguns –, há, também, o fator referente à idade dos candidatos à presidência. Trump, com 74 anos, e Biden, com 78, são os candidatos mais velhos da história dos EUA”.  

Mulher de Moro participa de “barraco digital” no instagram

Rosângela Moro, mulher do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, discutiu com seguidores na madrugada de sábado (10) e abandonou seu perfil no Instagram após chamar de "otário” um eleitor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com nota publicada nas redes, em sua rede social, Rosângela publicou uma foto de máscara e legendou com um trecho da música Mais Uma Vez, de Renato Russo. “Tem gente enganando a gente, veja a nossa vida como está”, diz a canção. “Vi amigas virarem números de Covid e sofro com isso! Cuidem-se! Usem máscara! Eu não tô nem aí para Bolsonaro e governo ou poder, só sou gente normal com vida normal! E na vida real vi pessoas morrerem de Covid!”, desabafou.

Bate boca...

Seguidores passaram a bater boca com a mulher de Moro, que em abril deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública acusando o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro. “Fica aí idolatrando político? Otário! É você que emprega, paga imposto e sustenta aquilo lá! Acorda!”, escreveu Rosângela a um apoiador de Bolsonaro. O perfil da mulher de Moro não aparece mais na busca do Instagram -  informou o post 

A extrema pobreza na pandemia convid-19

De acordo com as estimativas do Banco Mundial, esse impacto negativo deve fazer a pobreza extrema avançar no mundo pela primeira vez em mais de duas décadas. Além de crise sanitária com milhões de doentes e centenas de milhares de mortes, a pandemia de covid-19 tem provocado estragos na economia global.

Só em 2020 estima-se que 115 milhões de pessoas estejam sendo empurradas a essa situação, número que pode crescer a 150 milhões em 2021.

Pelo critério do Banco Mundial, a extrema pobreza é caracterizada por uma renda diária de até US$ 1,9 (cerca de R$ 10). Esta será a primeira alta desde 1998, quando a crise financeira asiática provocou um choque na economia global.

Brasil teve aumento da pobreza nos últimos cinco anos

Com o aumento, a pobreza extrema passará a afetar o equivalente a algo entre 9,1% e 9,4% da população do mundo neste ano, de acordo com o relatório Poverty and Shared Prosperity Report (Relatório sobre Pobreza e Prosperidade Compartilhada, em tradução livre), publicado a cada dois anos. Antes da pandemia, a estimativa era que pobreza cairia para 7,9% em 2020.

O Brasil já vinha experimentando aumento da pobreza extrema nos últimos cinco anos. Conforme os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 13,88 milhões de brasileiros viviam nessa condição, cerca de 170 mil mais do que no ano anterior.

Telefônia Oi vai demitir 2 mil funcionários

A Oi anunciou na tarde desta sexta que está lançando um "Programa de Incentivo à Saída", cujo objetivo é desligar até 2 mil funcionários. Este total representa cerca de 15% do quadro de empregados na tele carioca 

De acordo com a empresa, que aderir à demissão voluntária terá direito a "condições diferenciadas que incluem parcela de natureza indenizatória em função do tempo de empresa e extensão de benefícios como plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida, entre outras concessões" 

O programa de demissão voluntária, segundo o comunicado que a tele enviou ao mercado após o fechamento das negociações, tem como objetivo buscar a sustentabilidade do negócio, acelerar o desenvolvimento e investimentos na sua infraestrutura de fibra óptica e capturar ganhos decorrentes da automação de processos, digitalização e evolução tecnológica

Em recuperação judicial

Oi está em processo de recuperação judicial e, recentemente, suas operações de telefonia móvel foram motivos de uma batalha entre as concorrentes brasileiras e empresas do exterior. Após uma série de propostas, a tele carioca vai vender sua operação móvel de forma fatiada às concorrentes Claro, TIM e Vivo. Ao seguir este modelo, o objetivo é facilitar o processo de venda ao trio que ofereceu R$ 16,5 bilhões pela unidade, que conta com quase 40 milhões de linhas celulares.

Embora ainda tenha pendências a resolver, a Oi planeja uma mudança de estratégia em seu negócio. O objetivo é vender os mais variados serviços e produtos digitais através da criação de um grande marketplace onde consumidores e empresas poderão comprar desde eletrodomésticos até contratar empréstimos e serviços de segurança residencial.