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domingo, 25 de dezembro de 2022

 

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Porque devemos ligar o alerta por conta da fome no mundo em 2023?

O número de famintos aumentou de 811 milhões para 828 milhões entre 2021 e 2022. E a tendência é crescer ainda mais, em consequência de crises recentes e atuais, como a pandemia de coronavírus, a guerra na Ucrânia e as mudanças climáticas, além de problemas estruturais

A fome significa a situação em que uma pessoa permanece, durante um período prolongado, carente de alimentos que lhe forneçam as calorias (energia) e os elementos nutritivos necessários à vida e à saúde do seu organismo.

Além das calorias, a alimentação deve fornecer determinados elementos nutritivos – como proteínas, vitaminas e sais minerais – que cumpram a função de restaurar as células, os tecidos e os órgãos de todo o nosso organismo. A falta prolongada de qualquer dessas substâncias provoca distúrbios e lesões no organismo, com graves consequências à saúde. Como consequência estamos diante de um quadro global de milhões de crianças que não sobrevivem até a segunda idade.

O Brasil

Estamos em plena crescente demanda global por produtos do agronegócio, motivada escassez em países conflitantes, pelos avanços populacional e de renda per capita. Neste cenário o Brasil destaca-se entre os maiores exportadores mundiais, por ter capacidade de produção e produtividade. Temos que observar com severidade que o mercado mundial vem apresentando grandes transformações e a cada momento novas exigências, para as quais o agronegócio deve estar preparado para enfrentar.

O especialista em agro Kike Martins da Costa trouxe dados que mostram que a produção da agropecuária brasileira por exemplo, pode ser representativa na economia nacional, mas nos comércios globais ainda não tem o mesmo ‘peso’ de potência como China e EUA.

 

De fato, o Brasil não é o maior produtor de alimentos do planeta, ficamos atrás de China, Índia e Estados Unidos. Também não somos o maior exportador de alimentos. Ou seja: infelizmente não somos o tal “celeiro do mundo”, como discursam nossos políticos executivos “chapa branca”.

 

Em 2020, a produção de alimentos na China totalizou US$ 1,5 trilhão. O país é o líder em cereais, verduras, ovos e peixes. Ainda assim, por causa de sua enorme população, importa aproximadamente um quarto do que consome. Já a Índia, o segundo mais populoso país do mundo, produziu alimentos que somaram US$ 382 bilhões em 2020. A nação é a maior produtora mundial de leite, juta e leguminosas como lentilha e grão-de-bico. É também é a segunda maior produtora mundial de arroz, trigo, cana-de-açúcar, frutas, algodão e amendoim.

 

Um recado para os legisladores, Lula e seus escolhidos para governar o país

 

Nos Estados Unidos, a produção de alimentos gerou um total de US$ 306 bilhões em 2020. Milho, carne bovina, soja, laticínios e aves são as cinco principais commodities agrícolas da terra do Tio Sam. O país é o líder em exportações agrícolas, com US$ 147,9 bilhões – principalmente para os mercados chinês, canadense, mexicano e japonês.

 

Aí, na 4ª posição no ranking mundial, aparece o Brasil, com uma produção de alimentos que, em 2020, agregou US$ 125,3 bilhões à economia nacional. Somos os maiores exportadores mundiais de soja, açúcar, carne bovina congelada e aves. Outros importantes commodities agrícolas do agronegócio nacional são o café, o suco de laranja, o milho, o algodão e o cacau. Resumindo: para nos tornarmos o principal produtor mundial de alimentos, ainda há muito trabalho a ser feito.

 

Se querem brincar de ocupar cargos importantes, antes de tudo tenham um olhar responsável, debrucem nos problemas do país, olhem onde estão os pontos essenciais para desenvolver a economia e estabelecer equilíbrio com emprego, salários justos e o mais importante não lancem mão daquilo que pertence ao povo brasileiro que é o capital acumulado pelos contribuintes da República.

A fome no mundo

Um dos mais graves problemas do mundo contemporâneo é a má distribuição de comida, independentemente do crescimento da população mundial e de algumas regiões do planeta terem sido transformadas em áreas agrícolas destinadas ao cultivo de alimentos. Podemos dizer que grande parte do que é produzido no mundo é consumida por reduzida parcela da população mundial.

Apesar de a tecnologia e a modernização da agricultura proporcionarem aumento na produção, as promessas de acabar com a fome estão longe de serem cumpridas, porque, atualmente, áreas de terras férteis vêm sendo transformadas em áreas urbanas e, também, porque parte da produção agrícola de alimentos é usada como ração para animais e para a produção de biocombustíveis.

A geografia da fome é um dos indicadores para separar os países ricos dos países pobres. Parte da população dos países subdesenvolvidos e emergentes ainda passa fome, apesar do aumento da produção.

Os mecanismos políticos e economicos sustentados pelo modelo de desenvolvimento dos países ricos contribuíram para que a fome se tornasse mais acentuada. A modernização da agricultura, por exemplo, encareceu a produção de alimentos, por mais que o aumento da produtividade levasse à diminuição do valor de mercado do produto, já que a utilização de insumos agrega maiores custos, tornando o produto final mais caro.

O problema principal não é o número de habitantes do planeta, embora esta tenha se tornado uma questão preocupante. A questão fundamental a ser resolvida é a pobreza ou a falta de justiça social. Para que isso ocorra, são necessárias outras formas de pensar, de distribuir e de consumir.

Milhares de pessoas, na maioria crianças, espremem-se na busca por alimentos. Além das condições naturais hostis, países da região africana sofrem com conflitos étnicos e civis que intensificam a pobreza e a fome.

Agro é um negócio de pouco

O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 30 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.

Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.

A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, nas periferias das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras.

A importância da continuidade do auxílio emergencial de R$ 600

Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), indicava que nos últimos meses do ano passado 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos domicílios no país enfrentou algum grau de insegurança alimentar.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1406023&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1406023&o=node O inquérito foi feito em parceria com a Action Aid Brasil, Friedrich Ebert Stiftung Brasil (FES Brasil) e Oxfam Brasil, com apoio do Instituto Ibirapitanga

A sondagem inédita estima que 55,2% dos lares brasileiros, ou o correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, isto é, passaram fome, nos três meses anteriores ao período de coleta, feita em dezembro de 2020, em 2.180 domicílios.

Do inquérito a discussão onde o governo federal chegou a enfrentar a panaceia da CPI da Covid no Senado, quando assistimos diuturnamente os lampejos nada convincentes de alpinistas opositores, com toda saga de mentiras e narrativas, porém, sempre blindando os saqueadores, prefeitos e governadores que surrupiaram a verba da Saúde, graças a débil canetada do ministro do STF Alexandre de Moraes, que sem contestação do governo federal, tendo quedado silente, e assim criou “cobras para ser picado”.

Fonte: Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Action Aid Brasil, Friedrich Ebert Stiftung Brasil (FES Brasil) e Oxfam Brasil. https://29horas.com.br/

Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor, ambientalista, CEO em jornalismo Investigativo e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI. Escreve para Portais, sites e blog de notícias nacionais e internacionais. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit, Topbooks), em revisão os livros “Os inimigos do Podere “Manual da Emancipação”.

"Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."

domingo, 11 de dezembro de 2022

POLÍTICA: A direita brasileira mostrou sua face

ROBERTO MONTEIRO PINHO - Diante do cenário político polarizado, pela primeira vez na história, a direita brasileira mostrou sua face e carimbou seu DNA.

Por mais que os embates de narrativas conspirem na direção de uma intervenção militar, está visível para o mundo que o Brasil mostra politicamente um novo cenário, e trouxe para o campo das decisões político-democráticas, exposto no tabuleiro dos senhores poderosos e absolutos, sua primeira batalha ideológica.

É fácil identificar que milhões de brasileiros que viviam a margem da discussão política, e que emergiram no bojo das eleições de outubro deste ano, saindo de "meros espectadores" para se tornar polo de discussão ideológica, contrapondo a cômoda posição da militância de esquerda que através de coletivos liderados por professores universitários "Chapa branca" soberbos políticos, que há anos navegam ao "sabor dos ventos", e por essa razão sem oposição popular, formatada e sedimentada, agora são obrigados a sair da sua zona de conforto.

Um dogma que sendo narrativa, apresentado, pelos senhores absolutos das soluções para que brasileiros tenham como suporte as suas reivindicações sociais a bandeira do comunismo, vaticinando: "pátria, poder e fome."

O fenômeno da comunicação de massa alicerçada pela Internet, escancarou as portas dos emponderados esquerdistas, para dar lugar a ferrenhos militantes de direita, ávidos por resistência, e assim soberbamente organizados com - o símbolo das cores, verde amarelo.

Articularam de forma ágil e surpreendente, com pleno êxito a massa em sua maioria era tida como “silenciosos” trazendo para oposição popular, estimulados com o combustível da adormecida ideologia de direita, que surpreende a todos.

O fato é que os articuladores da revolta, chegaram ao ponto de poder apresentar suas razões, subsidiadas a partir do cenário político de nações comunistas, onde o povo é de fato oprimido e submetido a ditadura marxista, que ao longo da história exterminou impiedosamente milhões de camaradas e não camaradas. Foi uma carnificina constituída num autêntico genocídio, solução estalinista, para garantir a permanência dos ditadores sanguinários no topo do Poder.

Se a Venezuela é pouco para entender o cenário brasileiro do momento, que se apresenta no país dividido ao meio, sugiro que investiguem a trajetória do comunismo, seus resultados e o preço para sua manutenção no cenário político estadista.

Merece aqui um capítulo a parte o papel beligerante deflagrado pelo STF que não sabemos a que preço ou ideal de fato, faz com que a Suprema Corte tangencie direitos pátrios, pratique atrocidades jurídicas, rasgue a Constituição sob o argumento nada convincente que estariam defendendo o Estado Democrático e de Direito, quando seus pares sequer respeitam os poderes republicano. Nesse “Rio de águas turvas”, inclui-se aqui, o TSE que emola o direito à autenticidade das eleições, conforme assistimos atônitos.

Não podemos caminhar a extremos de que: direita e esquerda, sejam facciosas a ponto de derramar sangue pelo sangue, como solução, eis que estaríamos erroneamente repetindo as revoluções sangrentas que outrora dizimaram etnias inteiras, como são os casos inóspitos na África, Oriente, na Rússia e até mesmo na Guerra Civil de Angola em 1979 onde testemunhei como corresponde de Guerra, atrocidades da ordem com o mesmo ranço que a exemplo se repete e reflete na crucial guerra Rússia - Ucrânia.

Lembrando aqui.

O texto original está publicado e pode ser visto por todos, no blog...

www.analiseepolitica.blogspot.com


Roberto Monteiro Pinho - Jornalista, escritor e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI

"Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."

 

*A matéria em tela pode ser reproduzida, desde que se mantenha inalterada.


sábado, 10 de dezembro de 2022

 

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, é o primeiro documento a fixar internacionalmente uma relação de direitos pertencentes tanto a homens quanto a mulheres, independente de classe social, raça ou faixa etária. E comemorada no dia 10 de dezembro.

Os direitos humanos podem ser resumidos de uma forma bem simples – direitos à vida, à integridade física e moral, à igualdade, à liberdade de pensamento, de expressão, de reunião, de associação, de manifestação, de culto, de orientação sexual, à felicidade, ao devido processo legal, à objeção de consciência, à saúde, educação, habitação, lazer, cultura e esporte, trabalhistas, ao meio ambiente e do consumidor.

Entre os anos de (2016 a 2018) foram registrados 400 assassinatos de jornalistas ao redor do mundo. Enquanto entre (2011 a 2015), quando 491 jornalistas foram mortos. As violências não letais contra profissionais da imprensa, no entanto, cresceram. Os dados sobre violência contra jornalistas são do relatório “Ameaças que silenciam: tendência na segurança de jornalistas”, publicado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Jornalistas e trabalhadores das mais variadas classes profissionais são vitimas

“Nós jornalistas, e toda classe laboral, nas mais diversas atividades, sofrem toda sorte de ameaça aos sus direitos. Nós quanto entidade representativa, proclamamos que o ser humano que não conhece os próprios direitos está fadado a se resignar à tirania de quem trata, garantias básicas como privilégios, banaliza a matança e sentencia que as minorias se curvem à maioria” – assinala Roberto Monteiro Pinho presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI.

“Entendemos que a minoria vai até seu grau mínimo de vulnerabilidade, principalmente crianças mulheres e os milhões de esquecidos no universo da diversidade, onde os seres humanos está relegado ao descaso. O trabalho escravo permanece no radar social, mas ainda está longe de ser abolido. A base da pirâmide social é o foco desses direitos” – sublinhou Monteiro.

Os Direitos Humanos indubitavelmente têm de estar ao alcance de todos, principalmente, dos humanos sem direitos, diante de um poder público míope, uma casta arrogante e tirana, com políticos populistas, judiciário e justiça, que só existe para os ricos, gananciosos e usurpadores.

A Declaração é um documento vivo que foi aceito como um contrato entre um governo e o seu povo em todo o mundo. De acordo com o Guiness, o Livro dos Recordes, este é o documento mais traduzido no mundo.

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2022

Roberto Monteiro Pinho

Presidente

REALIZAÇÃO: NÚCLEO DE CONTEÚDO ANIBRPRESS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE IMPRENSA - ANI