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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018


O PAÍS É UM AMONTOADO DE DIREITOS. E NO STF UM MONTE DE INSUPORTÁVEIS SENHORES DA TOGA. DESAFIADORES DA BOA FÉ SOCIAL. OS POLÍTICOS SÃO NEGOCISTAS, RELAPSOS E CORROMPEM ATÉ A PRÓPRIA SOMBRA. UMA NAÇÃO FRACASSADA NO SEU TOPO. FORA DO CONTEXTO PÁTRIO, TOMADA POR PILHADORES. RESISTE DE FORMA INACREDITÁVEL, MESMO APÓS SANGRADA. O FIM DA ERA DO SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL, ESCRIBA DE CARTÓRIO. ESSE PERSONAGEM VAI SUMIR NO ESGOTO DA SUA PRÓPRIA E IRÔNICA EXISTÊNCIA.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

O Brasil é a única nação no planeta que tem a máquina pública toda garantida pela estabilidade dos seus agentes. Isso vem se tornando a cada ano, um tormento para a administração pública, que se depara com o crescimento assustador da despesa com a folha salarial sem poder demitir por falta de capacidade de manter a folha.

Em 2019, segundo o orçamento enviado ao Congresso, o gasto com o servidor público é estimado em R$ 326,87 bilhões, cifra 8,2% acima da prevista para 2018. É o segundo maior gasto primário do Governo Federal, perdendo apenas para a Previdência Social. Saúde, educação e segurança. Ficam com verba escassa em detrimento dessa anomalia administrativa.

O secretário geral-adjunto do Ministério do Planejamento, Esteves Colnago alertou há pouco que a, "Estabilidade não é uma clausula pétrea. Permite caminhar para algum tipo de flexibilização e regulamentar em lei", defendeu. "Poderia regulamentar isso (processo de demissão de um servidor público) de forma mais clara em uma lei. Temos a ideia que sempre existiu, mas a gente precisa sair do plano de ideias e ir para o plano de ação".

A flexibilização da estabilidade do servidor público, na verdade, seria apenas uma das medidas que compõe uma grande reforma administrativa proposta pelo Planejamento. Em conjunto com as reformas da Previdência e tributária, segundo Colnago, a reforma administrativa seria importante para alavancar o crescimento da economia nos próximos anos.

Outra proposta do ministro para o governo Bolsonaro é a redução do número de carreiras no serviço público, que passariam das atuais 309 para cerca de 20 (ou até menos que isso). "A ideia é que você crie nessas novas carreiras um salário de entrada mais próximo do que a iniciativa privada paga, de R$ 5 mil a R$ 7 mil. O salário final seria parecido com o que temos hoje, de R$ 24 mil a R$ 25 mil", explicou.

Em que pese às observações enumeradas acima, sem dúvida o serviço público no Brasil além de ser altamente oneroso é considerado um dos piores entre 180 nações.

As constantes situações em que o resultado de compromissos estatísticos, (e a agilidade da máquina), vem se demonstrando negativo. O desgaste é sinuoso, e remete país, para um quadro débil administrativo, sem qualquer esperança de reverter seus resultados negativos. Isso fica claro quando os blocos que tratam dos investimentos em países fora do eixo da riqueza, encontram obstáculo, justamente no gasto com a máquina pública.

Alem disso, são os nossos servidores públicos, em sua maioria os menos capacitados para suas funções. Eis que são improvisados, e também alocados para atender a política do QI (quem indica), que é a máxima do serviço público.

No panorama geral, é visível que operam de forma cartorial e ainda no modelo ultrapassado do padrão do Brasil colônia.

O Brasil é um dos países que possui o maior número de prédios públicos. Muitos suntuosos, a exemplo dos tribunais do trabalho e acumula vantagens para ministros, políticos e juízes, inaceitáveis na comunidade internacional. Isso acrescido da falta de urbanidade, a postura arrogante e ausência de ânimo para servir.


domingo, 16 de dezembro de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA 
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Governo vai extinguir a Justiça do Trabalho

Está a caminho, os instrumentos legais necessários para extinguir a enfadonha justiça trabalhista. Neste sentido a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro, já tem as linhas do documento que promoverá sua extinção já no seu primeiro ano de governo.

A justiça federal é dividida em justiça do trabalho e federal propriamente dita. Logo, milhares de municípios de Brasil convivem com mais de um foro federal e outro trabalhista, cada um deles com seu quadros e custos. Os orçamentos da justiça federal e do trabalho são distintos e muitos trabalhos são duplicados. Contudo, os sindicatos de servidores é o mesmo.

Ilha da fantasia...

O direito destes já é unificado como servidores públicos federais. Tanto a justiça do trabalho quanto a federal julgam casos de acidente de trabalho, executam dívidas fiscais e previdenciárias. O paralelismo destas estruturas, seja de manutenção, seja de administração de pessoal e administrativa de primeiro e segundo graus, E muito onerosa ao estado.

No mundo civilizado essa divisão dentro de um mesmo poder é rara. Em geral, só existem duas justiças. A justiça comum, estadual (para tratar das questões civis e penais etc) e a justiça especilizada, federal, dívidida em varas de acordo com suas especializacão. O problema remonta às origens da justiça do trabalho e a participação de juizes classistas, que já foi extinta. Hoje, nada justifica a separação da justiça do trabalho e da justiça federal.

Prefeituras na falência...

Em crise financeira, as cidades brasileiras estão com dificuldade para pagar fornecedores e até mesmo para quitar em dia as folhas de pagamento de dezembro e o décimo terceiro salário dos servidores, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) de acordo com informações do ‘Estadão/Broadcast’.
Os seis milhões de funcionários municipais teriam R$ 22,8 bilhões para receber neste fim de ano com o décimo terceiro salário.
Sem dinheiro
No entanto, entre as prefeituras que optaram por pagar a gratificação em uma só parcela, 186 (7,9%) admitem que vão atrasar o repasse. E outras 190 (8,9%), das que parcelaram o pagamento, reconhecem que não terão recursos para depositar a segunda parcela no dia 20 de dezembro, como manda a lei. A CNM ouviu 4.559 dos 5,6 mil municípios.
O atraso no 13.º é apenas uma das consequências da grave situação financeira das cidades. Metade dos municípios tem dívidas com fornecedores, e 15,5% dos prefeitos sabem desde já que não poderão pagar em dia os salários de dezembro. Ao todo, 1.444 cidades (31,7% dos municípios ouvidos na pesquisa) reconhecem que terão dificuldades para equilibrar as finanças neste ano. A situação dos municípios é semelhante à dos Estados. 
Governo vai acabar com a estabilidade do servidor público
Para o futuro secretário geral-adjunto do Ministério do Planejamento, Esteves Colnago a, "Estabilidade não é uma clausula pétrea. Permite caminhar para algum tipo de flexibilização e regulamentar em lei", defendeu. "Poderia regulamentar isso (processo de demissão de um servidor público) de forma mais clara em uma lei. Temos a ideia que sempre existiu, mas a gente precisa sair do plano de ideias e ir para o plano de ação".

A flexibilização da estabilidade do servidor público, na verdade, seria apenas uma das medidas que compõe uma grande reforma administrativa proposta pelo Planejamento. Em conjunto com as reformas da Previdência e tributária, segundo Colnago, a reforma administrativa seria importante para alavancar o crescimento da economia nos próximos anos.

Equipe de transição aprova

No documento encaminhado à equipe de transição do governo eleito, o Ministério do Planejamento diz que estuda uma forma de aprimorar os instrumentos de gestão e avaliação de desempenho desses servidores instituídos pela lei nº 7.133 de 19 de março de 2010. Colnago explicou,

Durante a conversa com os jornalistas, o ministro também enumerou alguns dos problemas do atual sistema de avaliação de desempenho dos servidores. Para Colnago, como são atribuídas notas máximas a todos os funcionários, sua realização apenas cumpre uma formalidade legal. O futuro secretário-adjunto também criticou a falta de meritocracia nas promoções e nas progressões funcionais. 

Carreiras diminuem...

Outra proposta do ministro para o governo Bolsonaro é a redução do número de carreiras no serviço público, que passariam das atuais 309 para cerca de 20 (ou até menos que isso). "A ideia é que você crie nessas novas carreiras um salário de entrada mais próximo do que a iniciativa privada paga, de R$ 5 mil a R$ 7 mil. O salário final seria parecido com o que temos hoje, de R$ 24 mil a R$ 25 mil", explicou.

Colnago também sugere alterar a metodologia do chamado "estágio probatório" para entrar no serviço público. A medida, de acordo com o ministro, serviria para saber se quem passou na prova está capacitado a trabalhar em equipe. "O estágio probatório perdeu a capacidade de ver quem se destaca. Usos e costumes levam a que a grande maioria entre no serviço publico", completou.

A máfia do SUS

Um suposto esquema envolvendo médicos e servidores públicos que cobravam de pacientes para furar a fila Sistema Único de Saúde (SUS) entrou na mira do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná no dia 10 de dezembro.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o grupo cobrava entre R$ 2 mil e R$ 8 mil de cada paciente. Um dos alvos da Operação Mustela, deflagrada contra o esquema, foi o gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSD), que não foi reeleito para a próxima legislatura.
Assessor parlamentar intermediava
Segundo as investigações, pacientes que necessitavam de procedimentos cirúrgicos urgentes faziam contato com um assessor do parlamentar, Paulo de Morais. Conhecido como Paulinho, ele era o responsável por intermediar as conversas com os médicos.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná expediu 12 mandados de prisão temporária e 44 ordens de busca e apreensão. As ordens de prisão temporária incluem, entre os alvos, dois médicos, assessores, secretárias e intermediadores.
63,1 de brasileiros estão com CPF negativados

Mais de 63 milhões de brasileiros estão com o nome sujo atualmente, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e divulgado no dia 10 de dezembro.

No final de novembro de 2018, foram contabilizados 63,1 milhões de inadimplentes no País.  Segundo a pesquisa, esse número representa uma alta de 6,03% em relação ao mesmo período do ano passado e também o maior volume de pessoas com nome sujo para um mês de novembro desde 2011, quando o crescimento dos endividados foi de 8,10%. 

De acordo com a CNDL e o SPC, mesmo com o alto número de 63,1 milhões de brasileiros com o CPF negativado em virtude de atrasos no pagamento de contas, o valor ainda é inferior ao número recorde de inadimplência, atingido em junho deste ano, quando 63,6 milhões de pessoas estavam endividadas.

 Faixa etária

Quando estudada por idade, a inadimplência só apresentou queda entre a população mais jovem: caiu 22,3% entre os devedores de 18 a 24 anos e 4% entre os de 25 a 29 anos.  Entre as pessoas mais velhas, no entanto, o número de negativados aumentou. Foram 11,8% de pessoas com idade entre 65 e 84 anos a mais entre os endividados. Outras faixas etárias também sofreram altas: 8,5% para os 50 aos 64 anos, 7,7% entre os acima de 85 anos e aumento de 7,1% para a população dos 40 aos 49 anos.

O levantamento também divulgou o número de endividados por região. Considerando as cinco regiões do Brasil, apenas o Centro-Oeste apresentou recuo de 2,7%. A maior alta na inadimplência ficou com o Sudeste, que ficou com liderança isolada em 12,5%. No Sul, a alta foi de 2,1%, seguido do Nordeste (1,6%) e do Norte (1,4%).

Espanha lidera o ranking dos maiores salários mínimo

O salário mínimo espanhol será de 1.050 euros em 2019, o equivalente a R$ 4.650. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (12) pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Congresso em Madrid. Atualmente, o salário mínimo em vigor no país é de 858 euros. Na comparação de 2018 com 2019, o aumento será de 22%, "o maior (aumento já efetuado) desde 1977", de acordo com Sánchez.

Segundo o primeiro-ministro,  a justificativa para a alta no valor é uma só: "um país rico não pode ter trabalhadores pobres", afirmou. Com o aumento, Pedro Sanchez visa dar início às medidas prometidas em seu projeto de orçamento para o ano que vem, ainda não aprovado no Parlamento.

De acordo com o projeto de orçamento para 2019, que foi divulgado pela equipe do primeiro-ministro em outubro, a alta no salário mínimo deve custar cerca de 340 milhões de euros à Espanha.

Salário mínimo brasileiro

Atualmente, o salário mínimo brasileiro é de R$ 954. Para 2019, a previsão é de que o valor, ultrapasse a previsão de R$ 1.006,  segundo informações do atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

Válida até o fim de 2019, a regra atual de reajuste do salário mínimo, feita com base na inflação dos 12 meses anteriores pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais a variação do PIB de dois anos antes, é assunto controverso na política. 
Bolsonaro...
Durante sua campanha, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que poderia mantê-la caso não haja outra melhor para substiuí-la. "Tem uma (regra) que está em vigor e pode ser renovada. Quando não se tem uma nova proposta, não tem que inventar nada", disse o presidente eleito quando ainda era candidato.
Impacto nas contas
O Ministério da Fazenda, porém, discorda. Em relatório publicado na última quarta-feira (5), a pasta sugere que a política atual seja revista, uma vez que cada real de alta no salário mínimo aumenta os gastos da União em R$ 304 milhões. Para a pasta, é necessário tornar a remuneração compatível com os salários do setor privado e o aperto nas contas públicas.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O “SUPREMO É UMA VERGONHA?” TERIA O MINISTRO LEWANDOWSKI VERGONHA DE ADMITIR? AFINAL QUAL SERIA A OPINIÃO DO MINISTRO QUE PUDESSE MUDAR A OPINIÃO DO ADVOGADO QUE LHE DIRIGIU A FRASE? E PARA SEUS COLEGAS DO STF, 
O CORPORATIVISMO ESTÁ ACIMA DA VERDADE?

ROBERTO MONTEIRO PINHO

E quem duvida disso? No dia 4 de dezembro a bordo da aeronave da Gol indo de São Paulo a Brasília o advogado Cristiano Caiado de Acioli se dirigindo ao ilustre passageiro ministro do STF Ricardo Lewandowski, falou o que todos os brasileiros gostariam. A gravação em poucos minutos pulverizou as redes sociais, blogs e sites de notícias. A reação do atônito Ricardo Lewandowski foi pedir a prisão do advogado.

O incidente não pouco virou mote de uma campanha endossada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) contra o autoritarismo, e usaram projeções de luzes para ampliar o protesto de Acioli em plena fachada do Supremo Tribunal Federal.

Diversas entidades representativas de juízes, dentre elas a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), assinaram carta pública em repúdio ao protesto em frente ao prédio do Supremo. Como sempre corporativa as Associações de juízes publicaram nota conjunta nesta 4ª feira (5 de dezembro de 2018) em defesa do ministro Ricardo Lewandowsk, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Embora sem maiores conseqüências, o incidente veio revelar a indignação da sociedade diante de inúmeras posturas dos senhores ministros, quando em suas decisões, oferecem as mais inusitadas e desajustadas situações que de forma latente, colocam em risco a segurança jurídica.

Existe no arcabouço jurídico do país, os ditames que servem de esteio as decisões da Suprema Corte. Mas no conjunto essa formalidade parece ser levada ao esquecimento dos julgadores que optam pela via das decisões óticas, o constitui esse tribunal máximo em um apêndice do legislativo e não o aliado da sociedade civil.

Assim tem sido nas constantes decisões do ministro Gilmar Mendes ao conceder habeas corpus de natureza duvidosa e insegura. Do ministro Dias Tofolli que preside o STF ao discursar de forma explicita e política nos temas que envolvem sua relação de passado com políticos nada alvissareira ao bastião da democracia e da ilibada conduta inerente aos ocupantes de cargos públicos. Podemos citar entre eles o chefe do quadrilhão, ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que envergonhou o país, diante de tamanha insensatez ao se corromper aos olhos da nação.

Senão vejamos: Com base no princípio pátrio a sociedade exige dos magistrados uma conduta exemplarmente ética. Atitudes que podem ser compreendidas, perdoadas ou minimizadas, quando são assumidas pelo cidadão comum, são absolutamente inaceitáveis quando partem de um magistrado (HERKENHOFF, 2010).
Os juízes, na qualidade de integrantes do Poder Judiciário, são agentes políticos condutores da atividade jurisdicional e membros da sociedade, que assumem deveres éticos e morais de extensão maior que o cidadão comum (CALURI, 2006).
É visível que diante do conteúdo ético da CRFB/1988, da LOMAN/1979 e do Código de Processo Civil – CPC/1973 houve a necessidade, por parte do CNJ, dentro de sua competência regulamentar (Art. 103-B, § 4º, I e II, CRFB/1988) e determinação de seu Regimento Interno, de elaborar um Código de Ética que orientasse toda a Magistratura Nacional. Código esse que é letra morta no jurisdicionado.
Na questão do aumento de 16,3% os juízes se valeram da máxima que segue. Para que o juiz possa exercer bem o seu mister, vê-se impossibilitado, por força de lei, em realizar certos atos. Isto decorre da sua indispensável independência funcional (CHIARINI JÚNIOR, 2010) – e implica, para tanto a independência ética, bem como a  financeira, fator extremamente necessário, pois: “O magistrado precisa de independência econômica [financeira], para que os problemas mesquinhos de subsistência não lhe tire a serenidade do espírito” (SEREJO, 2010, p. 42). A independência financeira do magistrado está, agora, garantida no inciso V, do art. 93, e no inciso III, do art. 95, ambos da CRFB/1988.
Na definição de Ives Gandra: “é irresponsável aquele que macula, tisna, fere, atinge, agride a moralidade pública, sendo ímprobo administrador, favorecendo terceiros, praticando a concussão ou sendo instrumento de corrupção” (GANDRA apud DI PIETRO, 2007, p. 123).

Teria o ministro Levandowski encarnado a sua consciência de dever “não cumprido”? A sua reação, como o uso de um perímetro audaz de autoritarismo jurídico, que lhe reveste para situações onde não esteja confortável? Enfim que Corte Suprema esse ministro e seus pares querem impor a sociedade?

Se um ministro ou juiz não pode receber criticas, que modelo republicano e jurisdicionado temos de fato?

domingo, 9 de dezembro de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA 
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro atinge o limite de 22 ministérios

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou no domingo (9/12) o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles para o Ministério do Meio Ambiente. Salles foi o último nome apontado por Bolsonaro e vai ocupar a 22ª pasta do futuro governo. O futuro ministro trabalhou como secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, de 2016 a 2017, e foi secretário particular do ex-governador e presidenciável derrotado nessas eleições, Geraldo Alckmin (PSDB). 

Atualmente, Salles preside o movimento Endireita Brasil e é filiado ao partido Novo, pelo qual concorreu a deputado federal, sem conseguir se eleger. Durante a campanha, Salles chegou a ser repreendido pela legenda, que afirmou não concordar com o teor de algumas de suas postagens nas redes sociais. Em um dos posts, Salles sugeria o uso de armas contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). 

Bolsonaro, que estudava fundir o Ministério da Agricultura com o Ministério do Meio Ambiente, decidiu manter independentes as duas pastas, após repercussão negativa em relação à ideia. Durante a campanha, o presidente eleito afirmou que enxugaria a máquina pública para apenas 15 — hoje são 29 —, mas acabou elevando o total para 22.

O Parlamento brasileiro é caro?
Cada um dos 513 deputados brasileiros e dos 81 senadores custa mais de US$ 7 milhões por ano - seis vezes mais que um parlamentar francês, por exemplo. Como forma de cortar gastos públicos, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, propôs durante a campanha reduzir o número de deputados federais de 513 para 400. Ele argumentou que os deputados "custam caro" e têm "muitas mordomias".
O Brasil tem uma população de 209,3 milhões de habitantes e um Congresso Nacional com 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores). Da América Latina, é a nação mais populosa e o terceiro país com mais deputados federais, atrás apenas do México (628) e de Cuba (605).
Mas, quando comparado a alguns dos principais países da Europa, nosso país não assusta em número de parlamentares. Na França, existem atualmente 924 deputados e senadores para representar apenas 67 milhões de habitantes.

Alemanha, Reino Unido, Ásia e EUA
A Alemanha tem mais de 778 parlamentares (709 da assembleia legislativa e 69 do Conselho Legislativo Federal), a Itália conta com 950 (630 deputados e 320 senadores), e o Reino Unido tem mais de 1,4 mil (650 integrantes da Câmara dos Representantes e 791 da Câmara dos Lordes). Esses três países possuem populações muito menores que a brasileira - entre 60 e 80 milhões de habitantes.
Na Ásia, os países com legislativos maiores que o brasileiro incluem Japão (704), Índia (779), Mianmar (654) e China (2.980). Já os Estados Unidos possuem uma população maior que a brasileira, de 325 milhões, mas um Congresso menor, com 535 integrantes. "Os Estados Unidos são o único exemplo que você vai encontrar de tamanho populacional maior que o Brasil e menos deputados", destaca o professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais Carlos Ranulfo, coordenador do Centro de Estudos Legislativos.

Ricos concentram 42,9% da riqueza no Brasil


De acordo com os dados sobre a desigualdade no Brasil, o rendimento médio mensal (que inclui a renda proveniente do trabalho, os rendimentos de aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais) per capita em 2017 foi de R$ 6.629 para a parcela que representa os brasileiros mais ricos, enquanto entre os 40% mais pobres, o rendimento médio cai para R$ 376.

Enquanto os mais ricos concentram quase metade da renda nacional, o grupo dos 40% mais pobres retém apenas 12,3% do capital, segundo os dados do ano passado. Em 2016, o grupo mais rico concentrava 42,9% do rendimento total, já o mais pobre detinha 12,4%.

Concentração danosa

Segundo o pesquisador do IBGE Leonardo Athias, a variação não é considerada "muito expressiva", mas o índice em si indica a existência de um "problema grave". "Isso mostra que você tem uma estrutura de renda muito concentrada numa parcela pequena da população, o que é um problema grave. Pelos estudos globais, isso atrapalha outros aspectos da vida: gera altos níveis de violência, o foco das decisões é em curto prazo, promove insegurança alimentar, falta de investimento em capital humano, problemas na saúde, em saneamento..."

O índice de palma, que apresenta a razão do rendimento dos 10% mais ricos em comparação com os 40% mais pobres do país, apresenta que a concentração de renda aumentou entre 2016, passando de 3,47 para 3,51.

Isso significa que o rendimento do grupo dos ricos é 3,5 vezes maior que o grupo dos pobres, ou seja, um décimo da população ganha 3,5 vezes mais do que os 40% mais pobres. No ano passado, o rendimento per capita no Brasil foi de R$ 1.511 mensais. 
A pesquisa destaca que 73,8% do rendimento médio era proveniente do trabalho, 19,4% de aposentadorias ou pensões.

Por regiões

No Distrito Federal, o grupo dos 10% mais ricos ganha 5,57 vezes mais do que os 40% mais pobres, na maior concentração de renda em um estado brasileiro. O menor valor é registrado em Santa Catarina, onde cai para 2,14 vezes mais. São Paulo e Rio de Janeiro são, respectivamente, 11º e 21º com maior concentração.
O rendimento per capita da capital federal é de R$ 13.905 entre os 10% mais ricos, o maior valor em território nacional. Os 40% mais pobres de Brasília, por sua vez, recebem R$ 583, menos do que os de Goiânia, a capital mais próxima (que tem renda per capita entre os 40% mais pobres de R$ 657).  O pico da desigualdade na renda per capita entre capitais se dá entre o Maranhão, em que os 40% mais pobres ganham R$ 167, e Brasília, onde a renda per capita dos 10% mais abastados é de R$ 13.905.

Internet atinge 3,9 bilhões de pessoas
Pela primeira vez desde o surgimento da internet, o número de pessoas conectadas à rede superou o daquelas que ainda não têm acesso, de acordo com dados divulgados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). A agência da ONU calcula que 3,9 bilhões de pessoas, o equivalente a 51,2% da população mundial, têm à internet atualmente. Nos países desenvolvidos, o índice chega a 80,9%, contra 51,3% em 2005.

Nos países em desenvolvimento, no entanto, o número de pessoas conectadas à internet se aproxima de metade da população, com 45,3%, o que liga um alerta para a desigualdade do acesso à tecnologia e informação entre os mais ricos e os mais pobres pelo mundo.

Desenvolvidos possuem 83,2% de computadores em casa

Houlin Zhao,  secretário-geral da UIT, diz que o dado da pesquisa é um importante passo para uma sociedade mais inclusiva, mas lembra que "a revolução digital não pode deixar ninguém desligado", cobrando que os setores públicos e privados atuem de modo a expandir a rede.

Quase metade das famílias no mundo tem um computador em casa (em 2005, eram 25%), mas ainda há uma grande distância entre a porcentagem nos países desenvolvidos (83,2%) e em desenvolvimento (36,3%).

A agência ressalta que a chegada da internet aos smartphones a partir da última década foi um dos grandes fatores para o crescimento exponencial no número de pessoas conectadas à rede mundo afora. Enquanto as linhas de telefones fixos continuam em queda, o número de celulares já ultrapassa o total da população mundial.

Conexão móvel em Cuba

No dia 6 de novembro Cuba passou a permitir a conexão  à internet nos celulares, algo até então reservado a turistas, estrangeiros e diplomatas da Ilha. O acesso à rede móvel era uma promessa do novo presidente, Miguel Díaz-Canel. Na prática,  entretanto, poucos cidadãos poderão utilizar a rede 3G em seus celulares, devido ao preço elevado da conexão. A tarifa proposta à população cubana será de cerca de R$ 0,39 por megabyte (mb), com pacotes que vão de R$ 27,30 por 600 mb a R$ 117 por 4 gigabytes (gb). O salário mínimo para funcionários do setor público (que representam 87% da população ativa) é justamente de R$ 117.

Omar Everleny Perez, integrante do Centro de Estudos de Economia Cubana da Universidade de Havana, destaca que, para comprar um plano mensal com 4 gigabytes, será preciso desembolsar praticamente o valor do salário de um cubano. Ou seja, na prática, o acesso segue sendo muito restrito em Cuba. Segundo a UIT, a cobertura da conexão móvel já chega a 96% das áreas povoadas do planeta. A internet (inclusive por meio de conexões móveis), por sua vez, chega a 90% das regiões habitadas.

Grêmio pode perder Renato Gaúcho
Tido como a revelação do Brasileirão, Renato Gaúcho, deverá ser reprovado no curso de treinadores da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e deixará o Grêmio em situação delicada no próximo ano. De férias, ele decidiu curtir o mar de Ipanema e já anunciou que vai matar aulas do curso de treinadores da entidade. Na quinta (6), ele deixou Teresópolis afirmando que assistirá a no máximo três dos doze dias de aula do curso, que será cobrado no próximo ano para todos os técnicos que vão trabalhar na Série A.
De acordo com o regulamento do curso da CBF, o aluno tem que ter 100% de frequência na classe para ser aprovado, o que não acontecerá com Renato. "Estou aqui, foi o trato que eu fiz com as pessoas da CBF, vou ficar umas duas horas hoje (6) e volto na próxima quinta-feira da semana que vem (13) para mais duas horas, talvez eu venha um ou outro dia. Talvez. Para vocês não falarem que 'o Renato está faltando de novo'. Vocês não sabiam o trato que eu fiz com a CBF", disse o treinador, que conquistou a Libertadores de 2017 pelo clube gaúcho.
"Então eu não tenho nada contra o curso, nada contra as pessoas que estão aqui. Agora o meu jeito é esse. [Das] Minhas férias eu não vou abrir mão", acrescentou. Além de cobrar presença, a CBF exige que o aluno consiga pelo menos nota sete para ser aprovado.
CBF desmente
A entidade nega acordo com o técnico. Em nota, a confederação informou que "todos os alunos têm que cumprir as mesmas exigências". Mesmo assim, não quis adiantar se o treinador está reprovado. Mas citou que as exigências feitas pelo termo de compromisso têm que ser cumpridas. Na terça (4), a CBF reuniu cerca de 70 treinadores na Granja Comary para iniciar o módulo da Licença Pro, a principal da entidade. O curso é dividido em quatro módulos e o treinador não tem nenhum.
A inscrição de Renato foi feita para atender aos pré-requisitos do programa de licenciamento da confederação -  um conjunto de regras mínimas que dá aos clubes o direito de participar das competições. Questionada se o treinador poderia ficar sem trabalhar no próximo ano, a entidade respondeu que os clubes e os profissionais "são conhecedores das exigências previstas nas normas do projeto de licenciamento".
Segundo o FBI, ele foi um dos beneficiados com o esquema de recebimento de propina na venda de direitos de transmissão de competições no país e no exterior. Para fazer o curso da licença Pro, a CBF cobra R$ 19.130,00 por cada inscrição no último módulo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018


PEZÃO GANHA FESTA POPULAR POR SUA PRISÃO. PALOCCI CONTEMPLADO COM A PRISÃO DOMICILIAR. DESDE O MENSALÃO ONDE O ENGANADOR JOSÉ DIRCEU, EMINÊNCIA PARDA DE LULA E DO PT, AS PRISÕES POR CRIME DE CORRUPÇÃO NÃO PARAM. PELAS CONDENAÇÕES, TEMOS O PRÊMIO DE 16,3% DE AUMENTO DOS JUÍZES. A NAÇÃO ESTARRECIDA, INDIGNADA PROTESTA. A TOGA BLINDADA NÃO SE INFLUÊNCIA. O PAÍS GASTA MAIS DE R$ 100 BILHÕES POR ANO COM O JUDICIÁRIO. DESTES 89% COM A FOLHA DE PAGAMENTO.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Circula nas redes sociais um post que diz: “Não se limpa o chiqueiro com os porcos dentro”. Da mesma forma outro post pedindo o impeachment dos ministros do STF, que cometem dissabores para a sociedade brasileira, aliviando facínoras que assaltaram os cofres da nação, bate recorde de assinaturas.

Em declaração a imprensa o juiz Francisco Codevila, titular da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, alerta para a proposta de Reforma Processual Penal em discussão na Câmara.

O projeto de lei, já aprovado no Senado, substitui penas de prisão por serviços comunitários e pagamento de cestas básicas, por exemplo, para mais de 30 crimes, entre eles roubo, estelionato, assédio sexual, corrupção e tráfico de armas. Se passar, “o crime compensa”, daí teremos o caos definitivo.

No dia 29 de novembro (quinta-feira), manifestantes comemoraram a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, com festa, fogos de artifício e buzinaço na capital carioca. Motoristas fizeram a manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede oficial do Governo do Estado do RJ e onde o político foi detido
Nas redes sociais uma avalanche de comemorações. Muitos brincaram com as prisões anteriores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Sérgio Cabral, amigos de Pezão.
Antônio Palocci Filho ex-ministro da Casa Civil, ex-deputado e ex-todo poderoso do PT e das campanhas do partido, Palocci teve audiência com o titular da 12.ª Vara Federal de Curitiba, antes de deixar a capital da Lava Jato na noite de 29 de novembro (quinta-feira).

Condenado em julho de 2017 pelo ex-juiz federal Sérgio Moro a 12 anos e dois meses de prisão, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso que envolve propinas do grupo Keppel Fels para o PT e para o marqueteiro João Santana, relacionado a contratos de navios-sondas para a Petrobras - negócios fechados entre 2011 e 2012.

A defesa do condenado recorreu e em julgamento da apelação nesta quarta-feira, 28, a sentença foi revista para 9 anos e 10 dias e o regime fechado foi substituído pelo semiaberto integral domiciliar, sob monitoramento.

A mudança de regime de pena e redução dos anos foram benefícios obtidos com a delação premiada fechada em março com a Polícia Federal, no âmbito de cinco frentes de investigações, e homologada em junho pelo relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) - a segunda instância de Curitiba.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou no dia 28 de novembro (quarta-feira) apelações de diversos réus em ações vinculadas à Operação Lava Jato. Os desembargadores decidiram manter a pena do ex-ministro José Dirceu e de outros dois réus envolvidos no caso, condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No caso de Dirceu, os magistrados mantiveram a pena de oito anos, 10 meses e 28 dias de reclusão em razão da condenação por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os desembargadores deram provimento parcial às apelações para esclarecimentos à defesa.
José Dirceu foi condenado por um esquema de corrupção que teria movimentado o repasse de propinas para garantir contratos de fornecimento de peças para a Petrobras.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, uma empresa que comercializava tubos para a estatal repassou entre 2009 e 2012 propina ao ex-diretor da Petrobrás Renato Duque no valor de mais de R$ 7 milhões, montante do qual parte teria sido encaminhada a Dirceu. 
Ele foi solto por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal para aguardar em liberdade o julgamento de recursos.
Este é o cenário protagonizado pela mais alta Corte do país, o STF. Senhores absolutos dos passos da nação.
E apesar da indignação da sociedade, esses senhores vetustos, conseguiram que Michel Temer sancionasse o aumento de 16,3% dos juízes, após o senado do presidente que responde por crime na Lava Jato,
Os salários do STF servem de parâmetro para os demais cargos do Judiciário. Por isto, o aumento custará ao menos R$ 1,7 bilhão para a União no ano que vem.
Segundo a última edição do relatório Justiça em Números, produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil tem hoje cerca de 18 mil magistrados (juízes, desembargadores, ministros). Eles custam cada um, em média, R$ 47,7 mil por mês - incluindo salários, benefícios e auxílios.
De acordo com um levantamento de 2017 da entidade, em nenhum país europeu o gasto com o judiciário ultrapassou 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015.
No Brasil, o relatório Justiça em Números informa que, em 2016, o Judiciário consumiu o equivalente a 1,4% do PIB do país - ou R$ 84,8 bilhões, em valores da época.
Desses R$ 84 bilhões, quase tudo (89%) foi de gastos com pessoal, inclusive pensões e aposentadorias. Em termos de custo por pessoa, os magistrados mais caros são os da Justiça Federal, com um custo de R$ 50,8 mil por mês.


domingo, 2 de dezembro de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA 
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Terça “D”no STF para livrar Lula da cadeia

Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar na próxima terça-feira (4) um pedido de habeas corpus (ele já opôs 57 recursos) feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto a defesa alega que o ex-juiz Sergio Moro, que o condenou, foi parcial, como demonstra sua indicação para o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL). A defesa de Lula também requer que o processo do tríplex de Guarujá (SP), no qual ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, seja anulado devido à suspeição do juiz.
Argumentos da defesa
A defesa de Lula, por seu turno, afirmou ao Supremo que "um olhar sobre os detalhes do processo eleitoral e seus desdobramentos permite confirmar, acima de qualquer dúvida razoável, que a atuação do juiz Sergio Moro em relação a Lula sempre foi parcial e teve por objetivo interditar o ex-presidente na política viabilizando ou potencializando as chances de um terceiro sagrar-se vencedor nas eleições presidenciais". "E agora [Moro] irá participar, em relevante ministério, do governo do candidato eleito após contato com seus aliados no curso do processo eleitoral", escreveram os advogados.
Edson Fachin
O relator do habeas corpus, ministro Edson Fachin, responsável pelos casos da Lava Jato no STF, liberou o processo para julgamento na terça (27). Nesta quinta-feira (29), a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou nos autos, e o presidente da Segunda Turma, Ricardo Lewandowski, marcou o julgamento no colegiado.
Raquel Dodge
A procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu a rejeição do habeas corpus e rebateu os pontos apresentados pela defesa como indicativos da falta de imparcialidade de Moro como o episódio em que ele divulgou uma conversa telefônica entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT) e a condução coercitiva do petista.
"O levantamento do sigilo de parte da interceptação de conversas telefônicas mantidas por Luiz Inácio Lula da Silva foi motivado pelo entendimento do Juízo de primeiro grau [Moro], de que deve ser dado publicidade a diálogos relevantes para a investigação, após o encerramento da diligência", escreveu Dodge. A procuradora-geral afirmou que a tese da defesa de que Moro agiu para tirar Lula das eleições deste ano, de modo a beneficiar Bolsonaro na disputa, se baseia em "ilações infundadas".
"Quando proferiu a sentença acima mencionada [que condenou Lula], por óbvio, Sergio Moro não poderia imaginar que, mais de um ano depois, seria chamado para ser ministro da Justiça do Presidente eleito. Frise-se que a decisão de ter aceitado o convite para ser ministro da Justiça do presidente eleito pertence à esfera estritamente pessoal de Sergio Moro. A motivação do ex-magistrado em aceitar tal convite não interessa aos autos", disse Dodge.
Privatização

A privatização de todas as empresas estatais do País poderia render pelo menos R$ 802 bilhões para a economia brasileira, afirmou o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, na quinta-feira (29). A informação foi levantada pela Secretaria Tesouro Nacional. 

De acordo com os dados, caso a privatização das 144 companhias estatais do Brasil acontecesse, o País poderia faturar entre R$ 802 bilhões e R$ 1 trilhão, já que algumas dessas empresas poderiam ter aumento de valor durante o processo de vendas, que tende a ser gradual.  Essa conta, no entanto, inclui empresas como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, citadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como estatais que não serão postas a venda. 

Banco do Brasil e Caixa Econômica

No dia 29 (sábado), o futuro presidente afirmou que a privatização de empresas consideradas estratégicas para o País não vão acontecer. "Algumas privatizações ocorrerão. Outras, estratégicas, não. O Banco do Brasil e caixa Econômica não está no nosso radar

Bolsonaro

Bolsonaro também já sinalizou resistência a venda da Petrobras e da Eletrobras, e declarou que apenas braços dessa companhia podem ser negociados. Para Paulo Guedes, entretanto, a desestatização é um dos caminhos para o alívio da dívida pública.

O futuro "superministério" da Economia (que vai incorporar Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços), que será comandado por ele, terá SESI secretarias especiais, entre elas a Secretaria de Desestatização e Desmobilização, que será comandada por Salim Mattar. De acordo com Guedes, o objetivo da secretaria é levar adiante uma série de privatizações para reduzir a dívida pública, o volume de juros pagos pelo governo e aumentar a confiança do mercado financeiro na economia brasileira. 

Palocci fora da cadeia

Antes de deixar pela primeira vez o prédio da Justiça Federal em Curitiba como um réu condenado em regime de prisão semiaberto domiciliar sob monitoramento, Antônio Palocci Filho teve uma audiência com o juiz federal Danilo Pereira Júnior para receber instruções sobre o novo período de cumprimento de sua pena de 9 anos e 10 dias de reclusão - agora, fora das grades. O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff estava encarcerado na sede da Polícia Federal, o berço da Operação Lava Jato, desde setembro de 2016.

O ex-ministro da Fazenda, ex-ministro da Casa Civil, ex-deputado e ex-todo poderoso do PT e das campanhas do partido, Palocci teve audiência com o titular da 12.ª Vara Federal de Curitiba, antes de deixar a capital da Lava Jato na noite de ontem. Em um carro preto, saiu por volta das 20h rumo a São Paulo - onde dormiu sua primeira noite no apartamento em que mora e foi preso no dia 26 de setembro de 2016. Palocci recebeu orientações sobre o uso da tornozeleira eletrônica, como o carregamento diário do equipamento. "Infelizmente (a bateria) ela dura 24 horas.

Condenação - Recurso

Palocci foi condenado em julho de 2017 pelo ex-juiz federal Sérgio Moro a 12 anos e dois meses de prisão, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O caso envolve propinas do grupo Keppel Fels para o PT e para o marqueteiro João Santana, relacionado a contratos de navios-sondas para a Petrobras - negócios fechados entre 2011 e 2012. A defesa do condenado recorreu e em julgamento da apelação nesta quarta-feira, 28, a sentença foi revista para 9 anos e 10 dias e o regime fechado foi substituído pelo semiaberto integral domiciliar, sob monitoramento.

A mudança de regime de pena e redução dos anos foram benefícios obtidos com a delação premiada fechada em março com a Polícia Federal, no âmbito de cinco frentes de investigações, e homologada em junho pela relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) - a segunda instância de Curitiba.

Indignação de um juiz sueco

Para o juiz sueco Göran Lambertz os prinvilégos destoam os do seu país. No Brasil os juízes da instância máxima do Poder Judiciário têm direito a carro oficial com motorista e benefícios extra-salariais como auxílio-saúde, auxílio-moradia, gratificação natalina, verbas de representação, auxílio-funeral, auxílio pré-escolar para cada filho, abonos de permanência e auxílio-alimentação.
"Não consigo entender por que um ser humano gostaria de ter tais privilégios. Só vivemos uma vez e, portanto, penso que a vida deve ser vivida com bons padrões éticos. Não posso compreender um ser humano que tenta obter privilégios com o dinheiro público", acrescentou Lambertz. "Luxo pago com o dinheiro do contribuinte é imoral e antiético", completou o juiz sueco em entrevista concedida a rede BBC News.
Salários e privilégios assustadores
Na Suécia, o salário dos magistrados da Suprema Corte - que não têm status de ministro - é de 109,5 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 46 mil. Uma vez descontados os altos impostos vigentes no país, os vencimentos de cada juiz totalizam um valor líquido de 59 mil coroas suecas, segundo dados do Poder Judiciário sueco - o equivalente a cerca de R$ 25 mil.
Corte da Suécia, defende padrões éticos rígidos para o Judiciário
"Isso é o que se ganha, e é um bom salário. Pode-se viver bem com vencimentos desse porte, e é suficiente", diz Lambertz. Ex-professor de Direito da Universidade de Uppsala e ex-Provedor de Justiça (Ombudsman) do Governo, Göran Lambertz chefiou ainda uma das divisões do Ministério da Justiça antes de se tornar juiz da Suprema Corte, cargo vitalício que ocupou até recentemente.
Nas demais instâncias do Judiciário, o salário médio bruto de um juiz na Suécia é de 66 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 28 mil. Em valores líquidos, o salário médio dos juízes é de cerca de 41 mil coroas suecas - aproximadamente R$ 17,4 mil. O salário médio no país é de 32,2 mil coroas suecas (cerca de R$ 13 mil), de acordo com as estatísticas da confederação sindical sueca LO (Landsorganisationen).
Vida modesta
Para ir ao trabalho na Suprema Corte, o agora aposentado Göran Lambertz pedalava 15 minutos todos os dias desde a sua casa até a estação central da bucólica cidade de Uppsala, que fica a cerca de 70km de Estocolmo. De lá, tomava um trem e viajava 40 minutos até o centro de Estocolmo, de onde caminhava a pé para a Corte.
A casa do juiz é surpreendentemente modesta. No pequeno jardim, ficam as bicicletas. A porta de entrada dá acesso a uma estreita sala de estar, decorada com mobiliário simples que remete aos anos 70. Ao fundo, uma escada em madeira liga os dois andares da residência, cada um com 60 metros quadrados de área. Junto à escada, um corredor conduz a uma minúscula cozinha, onde o juiz prepara seu café e sua comida: não há empregados.

Pezão na cadeia

Nesta quinta-feira (29), manifestantes comemoraram a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, com festa, fogos de artifício e buzinaço na capital carioca. Motoristas fizeram a manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede oficial do Governo do Estado do RJ e onde o político foi detido.
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) chegou a organizar uma festa do lado de fora da Assembleia Legislativa (Alerj) com bolo e discursos de comemoração. Outro grupo de manifestantes soltou fogos de artifício em frente ao prédio.
Nas redes sociais também houve comemoração e, claro, muitos memes. Muitos brincaram com as prisões anteriores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Sérgio Cabral, amigos de Pezão. Confira na galeria.

Mudança na fatura em dólar do cartão de crédito

O Banco Central (BC) vai mudar as regras de cobrança da taxa de câmbio em compras feitas no exterior. O anúncio foi feito na quarta-feira (28) pelo presidente da instituição financeira,  Ilan Goldfajn. A mudança está na forma de cobrar a taxa de câmbio. Atualmente, os brasileiros pagam as faturas internacionais do cartão de crédito com o valor em que a moeda está sendo cotada no dia do vencimento. Com a nova regra do BC, os consumidores vão ser cobrados com a cotação em vigor no próprio dia da compra. 

Para o presidente, a nova regra é importante para que os consumidores paguem exatamente pelo valor do produto que compraram, o que não acontece atualmente, já que o valor do dólar pode variar para menos ou para mais. "Normalmente, (o consumidor) compra e paga a taxa de câmbio do dia de vencimento da fatura. Às vezes, o que ocorre é que o que ele compra não é o que ele paga, pois o câmbio se deprecia . O que estamos instituindo agora é que a taxa terá de ser do dia em que o cliente comprou", explicou.

Os cursos superiores mais concorridos no Brasil

Impulsionado pelo aumento do debate de temas como corrupção e Lava Jato na mídia, o Curso Superior em Direito é o curso mais procurado do país. Para ter
sucesso na Administração Pública, Administração Privada ou Administração do Terceiro Setor é preciso gostar de lidar com gestão de pessoas, gestão de processos e de grandes negociações nacionais e internacionais, já que fazem parte desta profissão.

Engenharia e Contador

O curso Superior de Engenharia Civil oferece altíssimo índice de empregabilidade e é considerado prioritário para o crescimento do país pelo Ministério da Educação. O mercado de construção civil passa por um dos momentos de maior aquecimento da história e ainda há espaço para milhares de profissionais desenvolverem sólidas carreiras nesta área. O contador é o profissional essencial para o funcionamento de uma empresa e seus diversos processos e negócios. Além disso, pode trabalhar em auditoria (verificando os registros contábeis), em perícia ou ainda, como controller, relacionando os resultados almejados aos controles adequados.

Enfermagem e Psicologia

No top da lista dos cursos superiores mais procurados é a enfermagem, um dos favoritos daqueles que optam pela área da saúde. O enfermeiro tem como função principal executar os mais variados tratamentos. É ele quem está em contato direto com o paciente e tem como missão promover o bem-estar no cuidado médico. Em sua profissão pode trabalhar de forma solidária, atuando em comunidades na prevenção de doenças ou fazendo trabalhos educativos e ainda assumir cargos de gestão de esquipe como enfermeiro-chefe. Já com um currículo voltado ao estudo do comportamento humano, o curso de Psicologia prepara profissionais que contribuem com a saúde mental das pessoas e isso envolve, suas emoções, suas ideias e seus valores.

Educação Física, Engenharia e Arquitetura

Um profissional de educação física pode trabalhar em academias, clubes, empresas privadas, condomínios e resorts, com a função de promover atividades de recreação, além de empreender criando uma série de atividades para grupos e nichos. Um candidato ao curso superior de Arquitetura possui interesse em desenho, artes e história, e também vai conhecer tudo o que precisa para utilizar os conhecimentos em Design com a construção, além dos conceitos do urbanismo.

O curso superior de Engenharia de Produção faz uma ponte entre a área tecnológica e administrativa das empresas. O engenheiro de produção é capaz de gerenciar os recursos financeiros, materiais e humanos de uma organização com o objetivo de aumentar a produção e rentabilidade.