ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Ministro Oliveira é nome de consenso no Planalto
O presidente Jair Bolsonaro deve
anunciar Jorge Oliveira, ainda hoje (27) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
como o substituto de Sergio Moro no Ministério da Justiça, após o ex-juiz da
Lava Jato ter deixado o cargo na última sexta-feira (24).
Ministério será desmembrado
Há a expectativa de
que Justiça e Segurança Pública, antes sob comando de Moro, possam ser
desmembrados. Próximo ao presidente há
mais de 10 anos e com histórico de ter trabalhado no gabinete de Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) na Câmara e possuir boa relação com a família Bolsonaro, Jorge Oliveira é
advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal.
Foi
cotado para o STF
O hoje ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, também subchefe para Assuntos Jurídicos
da Presidência da República, conta com curta experiência como advogado e já foi
nome cotado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), bem como o ex-ministro Sergio Moro.
Oliveira só obteve a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) há pouco
mais de seis anos, em 2013.
Após resistir a assumir o cargo por conta da demissão de Moro, ele teria
aceitado o cargo na Justiça, segundo fontes do Planalto. A indicação da família Bolsonaro para
substituir Moro se reuniu com o presidente neste sábado (25), na residência
oficial do Palácio da Alvorada.
Valeixo
Além do substituto de Moro,
Bolsonaro já teria definido também o novo diretor da Polícia Federal, órgão que
perdeu Maurício Valeixo,
exonerado pelo presidente e foi pivô da demissão do ex-juiz da Lava Jato.
O novo chefe da PF deverá ser Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência
Nacional de Inteligência (Abin), que também tem boa relação com Bolsonaro e
seus filhos.
Nomeação
sai hoje
Jorge Antônio de Oliveira Francisco
deve ser nomeado como novo ministro da Justiça, após escolha do presidente Jair
Bolsonaro. A informação é da jornalista Basília Rodrigues, da CNN. Segundo a
emissora, o advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal
não queria aceitar o cargo, mas foi convencido pelo presidente, de quem é
próximo há 15 anos.
Apoio
e solidário a Bolsonaro...
Jorge
Oliveira assume o lugar deixado por Sergio Moro, que se demitiu na última
sexta-feira (24) após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal
Maurício Valeixo. Na manhã de domingo (26), o novo ministro da Justiça publicou
nas redes sociais uma mensagem de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
O todo poderoso Guedes está na
contagem regressiva
O ministro da Economia, Paulo Guedes, se
solidarizou com o ex-ministro Sergio Moro após seu pedido de demissão da pasta
da Justiça e Segurança Pública, publicou o site da revista Época no sábado (25).
Segundo o colunista da revista, Guilherme
Amado, “Guedes afirmou que entende a decisão do agora ex-colega, de quem era
muito próximo. O jornalista ainda publicou que os dois desabafavam entre si
sobre os arroubos do presidente Jair Bolsonaro”.
Sinais latentes...
Durante o
pronunciamento do presidente, horas após Moro anunciar sua demissão e acusar o
presidente de tentar interferir politicamente no comando da Policia Federal, era
visível o desconforto de Guedes ao lado de outros ministros. Com um sapato azul
no mesmo tom do tapete e único a usar máscara como prevenção ao coronavírus,
ele deu dois aplausos tímidos ao final do discurso, em contraste com os gritos
de apoiadores.
Outro sinal de
desgaste foi à ausência do ministro no lançamento do Pró- Brasil, programa de
estímulo à economia após a pandemia, na última quarta. O ministro-chefe da Casa
Civil, Braga Netto, negou qualquer animosidade entre Guedes e Bolsonaro.
Mulheres Chefes de Estado lideram o combate a
epidemia em seus países
Um
artigo recente da colunista Avivah Wittenberg-Cox na revista Forbes as
considerou "exemplos de verdadeira liderança".
Elas representam 70% 70% dos
profissionais da saúde no mundo
"As
mulheres estão se colocando à frente para mostrar ao mundo como gerenciar um
caminho confuso para a nossa família humana", escreveu. As mulheres
representam 70% dos profissionais de saúde em todo o mundo. Já no mundo
político, em 2018, elas eram apenas dez dos 153 chefes de Estado eleitos, de
acordo com a União Interparlamentar.
Desemprego em massa assola o Rio de Janeiro
Pesquisa
realizada pelo Instituto
Fecomércio RJ (IFec-RJ )
nos últimos dias 14 e 15 deste mês, junto a 554 empresas de todos os portes do
setor formal de comércio e serviços do estado do Rio de Janeiro,
revelou impactos do isolamento social no mercado de trabalho. No levantamento,
16,1% dos entrevistados disseram que o isolamento - provocado pela pandemia do novo coronavírus
(Sars-Cov-2) - resultou em demissão de funcionários.
Outros 19% disseram que ainda pretendem demitir.
Taxas tendem a crescer...
Segundo
o IFec-RJ e considerando dados de
dezembro, a taxa de desemprego no estado, igual a 13,7%, subiria para 19%, em
decorrência das demissões registradas no mercado de trabalho formal do setor de
comércio e serviços no período de crise. A força de trabalho totaliza 9 milhões
de pessoas no território fluminense, sendo 1,5 milhão de desocupados, informais
ou não, e 7,5 milhões de empregados formais.
Como
os dados deverão ser atualizados a cada três meses, João Gomes adiantou
que a taxa de desemprego pode
exceder 20%, sem incluir o contingente de informais que ficou desempregado
quase que imediatamente após a decretação do isolamento social.
Cias aéreas se adaptam para os pós pandemia
Entre as
empresas que estão preocupadas com a vida após a Covid-19 , está a Aviointeriores que divulgou recentemente
seus projetos para poltronas de avião. Os novos designers incluem telas de
higiene e assentos mais reclinados para trás.
Caso
alguma companhia aérea se interesse pelo projeto, terá modelos diferentes para
cada classe.
Tela protetora
Na classe
econômica, por exemplo, cada assento teria uma tela de plástico em volta da
cabeça e dos lados do passageiro, impedindo o contato com a pessoa ao lado. A
tela, chamada Glassafe, pode ser instalada em assentos econômicos já existentes
e deixa a parte inferior do assento livre para que os passageiros continuem
usando o entretenimento a bordo ou para comer.
Assentos do meio da fileira vazio
"Glassafe
[cria] um volume isolado ao redor do passageiro, a fim de evitar ou minimizar
contatos e interações via ar entre os passageiros, de modo a reduzir a
probabilidade de contaminação por vírus ou outros", explicou a
Aviointeriores. Veja imagens do projeto abaixo:
Como
esses projetos estão longe da realidade, para retomar suas atividades, as
companhias aéreas estão considerando manter o assento do meio da
fileira vazio enquanto a capacidade é baixa para garantir o distanciamento
social durante a pandemia da Covid-19.