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domingo, 12 de abril de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA   
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Câmara vai adiar eleições para novembro e dezembro?

Parlamentares e dirigentes partidários vêm discutindo a possibilidade de adiar as eleições municipais deste ano em função da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).  Segundo informações divulgadas pela  Folha de S. Paulo, a proposta seria realizar o primeiro turno no dia 15 de novembro e o segundo no dia 6 de dezembro.

Convenções partidárias

De acordo com a publicação, parlamentares têm discutido a possibilidade de adiamento em uma série de reuniões virtuais. Com o isolamento social, as convenções partidárias e a campanha eleitoral ficam prejudicadas.  Mesmo que as eleições sejam adiadas, a duração dos atuais mandatos deve se manter.

Apesar das especulações, o tema só deverá voltar a ser discutido em junho. Até lá, estão mantidas as datas oficiais das eleições municipais, com primeiro turno acontecendo no dia 4 de outubro e o segundo no dia 25 do mesmo mês – informou a Folha.

Redes sociais e os robôs de Bolsonaro

A maior parte das publicações a favor de Bolsonaro no Twitter durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e da manifestação pró-governo e contra o Congresso Nacional e Judiciário, no dia 15, foram disparadas por robôs, de acordo com estudo da UFRJ e da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo.

Os pesquisadores colotaram dados entre 1 de janeiro e 15 de março, identificando 22 mil hashtags rankeadas em uma lista. Segundo os estudos, foram identificados 66 mil contas responsáveis por cerca de 1,2 milhão de tuítes.

Os twitters...

No domingo, quando ocorreu os atos a favor de Bolsonaro, foram postados 700 tuítes com #bolsonaroday. Os perfis mais ativos publicaram uma média de 1,2 twitters por dia. Os usuários reais contam com uma média de três a dez tuítes por dia, chegando a 50 para os mais ativos.
O Brasil de 2020
Considerado a potência econômica mais importante da América Latina, o Brasil tem uma população total de 210.867.954 habitantes, sendo a nação mais populosa da América Latina. Com relação aos indicadores macroeconômicos, pode-se estabelecer que o Brasil tem um PIB nominal de US$1.909.386 milhões e uma renda per capita de US$9.126.
Segundo o economista, a variação média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil entre os anos de 2010 e 2019 foi de 1,39%. É a menor taxa das últimas 12 décadas, puxada para baixo por dois anos de recessão (2015 e 2016) e uma recuperação tímida desde então.

Previsões pessimistas 

O Instituto Internacional de Finanças (IIF) revisou para baixo sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) global e passou a prever contração de 2,8% em 2020, o que significa que o “choque causado pela covid-19 será mais acentuado durante a crise financeira de 2008″. Em relatório divulgado no dia 9 de abril, a instituição também estimou que a economia brasileira, “não tendo se recuperado totalmente da recessão de 2015”, encolherá 4,1% neste ano.

As contas prorrogadas

Terminar o mês escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa da pandemia do novo coronavírus. Para reduzir o prejuízo, o governo adiou e suspendeu diversos pagamentos nesse período. Tributos e obrigações, como o recolhimento das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ficarão para depois.

A orientação é para negociar

Em alguns casos, também é possível renegociar. Graças a resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), os principais bancos estão negociando a prorrogação de dívidas. Os agricultores e pecuaristas também poderão pedir o adiamento de parcelas do crédito rural. A Agência Nacional de Saúde (ANS) fechou um acordo para que os planos não interrompam o atendimento a pacientes inadimplentes até o fim.

China (parceiro brasileiro) também desacelera

Segundo o documento o IIF, o crescimento da China deve desacelerar a 2,1% em 2020. O Instituto calcula ainda fortes retrações na atividade econômica de Estados Unidos (-3,8%), Japão (-4,2%) e zona do euro (-5,7%) neste ano. “Nossa previsão assume que haverá estabilização e recuperação parcial no segundo semestre do ano, uma premissa que está sujeita a riscos”, destaca.
PIB - Analistas do Ipea (Revista Carta de Conjuntura)

Dado o ineditismo do choque sobre a economia mundial, fazer projeções macroeconômicas com um nível razoável de confiança tornou-se tarefa muito difícil. O grau de incerteza ainda é muito grande mesmo em relação aos aspectos epidemiológicos associados à Covid-19.

Nesta visão geral da Carta de Conjuntura, não se pretende avaliar modelos epidemiológicos nem fazer juízo de valor sobre os tipos de medidas de isolamento social implantadas.

O objetivo é fazer um diagnóstico da conjuntura econômica, analisar as medidas de política econômica apresentadas para mitigar os efeitos da crise aguda e apresentar previsões para a economia brasileira condicionais a cenários.

No cenário em que o isolamento duraria mais um mês (até o final de abril), a previsão é que o PIB feche o ano com uma queda de 0,4%. Nos cenários com isolamento por dois e três meses, as quedas do PIB em 2020 seriam ainda maiores, de 0,9% e 1,8%, respectivamente.