ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Câmara vai adiar eleições para novembro e dezembro?
Parlamentares
e dirigentes partidários vêm discutindo a possibilidade de adiar as eleições municipais deste ano em
função da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Segundo informações
divulgadas pela Folha de S. Paulo, a proposta seria realizar o primeiro
turno no dia 15 de novembro e o segundo no dia 6 de dezembro.
Convenções partidárias
De acordo
com a publicação, parlamentares têm discutido a possibilidade de adiamento em
uma série de reuniões virtuais. Com o isolamento social, as convenções partidárias e a campanha eleitoral
ficam prejudicadas. Mesmo que as eleições sejam adiadas, a duração dos
atuais mandatos deve se manter.
Apesar
das especulações, o tema só deverá voltar a ser discutido em junho. Até lá,
estão mantidas as datas oficiais das eleições municipais, com primeiro turno acontecendo no dia 4 de
outubro e o segundo no dia 25 do mesmo mês – informou a Folha.
Redes sociais e os robôs de Bolsonaro
A maior parte das publicações a favor de
Bolsonaro no Twitter durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2)
e da manifestação pró-governo e contra o Congresso Nacional e Judiciário, no
dia 15, foram disparadas por robôs, de acordo com estudo da UFRJ e da Fundação
Escola de Sociologia Política de São Paulo.
Os pesquisadores colotaram dados entre 1 de
janeiro e 15 de março, identificando 22 mil hashtags rankeadas em uma lista.
Segundo os estudos, foram identificados 66 mil contas responsáveis por cerca de
1,2 milhão de tuítes.
Os twitters...
No domingo, quando ocorreu os atos a favor de Bolsonaro, foram
postados 700 tuítes com #bolsonaroday. Os perfis mais ativos publicaram uma
média de 1,2 twitters por dia. Os usuários reais contam com uma média de três a
dez tuítes por dia, chegando a 50 para os mais ativos.
O Brasil de 2020
Considerado a potência econômica mais importante da
América Latina, o Brasil tem uma população total de 210.867.954 habitantes,
sendo a nação mais populosa da América Latina. Com relação aos indicadores
macroeconômicos, pode-se estabelecer que o Brasil tem um PIB nominal de
US$1.909.386 milhões e uma renda per capita de US$9.126.
Segundo o economista, a variação média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil entre os anos de 2010 e 2019 foi de 1,39%.
É a menor taxa das
últimas 12 décadas, puxada para baixo por dois anos de recessão (2015 e 2016) e uma recuperação tímida desde
então.
Previsões pessimistas
O
Instituto Internacional de Finanças (IIF) revisou para baixo sua projeção para
o Produto Interno Bruto (PIB) global e passou a prever contração de 2,8% em
2020, o que significa que o “choque causado pela covid-19 será mais acentuado
durante a crise financeira de 2008″. Em relatório divulgado no dia 9 de abril,
a instituição também estimou que a economia brasileira, “não tendo se
recuperado totalmente da recessão de 2015”, encolherá 4,1% neste ano.
As contas prorrogadas
Terminar
o mês escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de
brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa
da pandemia do novo coronavírus. Para reduzir o prejuízo, o governo
adiou e suspendeu diversos pagamentos nesse período. Tributos e obrigações,
como o recolhimento das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ficarão para depois.
A orientação é para negociar
Em
alguns casos, também é possível renegociar. Graças a resoluções do Conselho
Monetário Nacional (CMN), os principais bancos estão negociando a prorrogação
de dívidas. Os agricultores e pecuaristas também poderão pedir o adiamento de
parcelas do crédito rural. A Agência Nacional de Saúde (ANS) fechou um acordo
para que os planos não interrompam o atendimento a pacientes inadimplentes até
o fim.
China (parceiro brasileiro) também
desacelera
Segundo o documento o IIF, o
crescimento da China deve desacelerar a 2,1% em 2020. O Instituto calcula ainda
fortes retrações na atividade econômica de Estados Unidos (-3,8%), Japão
(-4,2%) e zona do euro (-5,7%) neste ano. “Nossa previsão assume que haverá
estabilização e recuperação parcial no segundo semestre do ano, uma premissa
que está sujeita a riscos”, destaca.
PIB - Analistas
do Ipea (Revista Carta de Conjuntura)
Dado o ineditismo do choque sobre a economia mundial, fazer projeções
macroeconômicas com um nível razoável de confiança tornou-se tarefa muito
difícil. O grau de incerteza ainda é muito grande mesmo em relação aos aspectos
epidemiológicos associados à Covid-19.
Nesta visão geral da Carta de
Conjuntura, não se pretende avaliar modelos epidemiológicos nem fazer juízo de
valor sobre os tipos de medidas de isolamento social implantadas.
O objetivo é fazer um diagnóstico da conjuntura econômica,
analisar as medidas de política econômica apresentadas para mitigar os efeitos
da crise aguda e apresentar previsões para a economia brasileira condicionais a
cenários.
No cenário em que o isolamento duraria mais um mês (até o
final de abril), a previsão é que o PIB feche o ano com uma queda de 0,4%. Nos
cenários com isolamento por dois e três meses, as quedas do PIB em 2020 seriam
ainda maiores, de 0,9% e 1,8%, respectivamente.