ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Brasileiros
não querem a renúncia de Bolsonaro
Pesquisa
divulgada pelo instituto Datafolha quevela que mais da metade dos brasileiros (59%) não
querem a renúncia de Jair Bolsonaro da presidência da república, como tem sido
pedido por políticos da oposição. Já 37% consideram a medida correta e 4% não
souberam responder.
O levantamento foi realizado com 1.511 entrevistados, por telefone, entre 1º e 3 de abril, com margem de erro de três pontos. A motivação tem sido a atuação do presidente durante a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Para 52%,
Bolsonaro tem condições de seguir
liderando o país, apesar de apenas 33% considerarem a sua gestão da
crise na saúde boa ou ótima. Já aqueles que consideram que o presidente
perdeu tais condições, estão 44% dos entrevistados e 4% não souberam responder.
Oposição aproveita o momento e lança manifesto
Na semana passada políticos de oposição ao governo Bolsonaro, entre eles, lançaram um manifesto pedindo a renúncia de Bolsonaro. "Da minha parte, a palavra renúncia não existe. Eu fico feliz até por estar na frente (no combate) a um problema grande como esse. Fico pensando como estaria o outro que ficou em segundo lugar (Haddad) no meu lugar aqui", afirmou o presidente em resposta ao manifesto.
65% dos empresários querem Bolsonaro liderando o
Brasil
O
levantamento aponta que a renúncia do presidente tem maior apoio entre jovens (44%), mulheres (42%), aqueles
que têm até o ensino fundamental (40%),
e quem tem renda mensal acima de 10 salários mínimos (39%). Entre os empresários, 65% consideram que o
presidente tem condições de liderar o Brasil. Concordam 62% dos moradores do Sul do País e 49%
daqueles que ganham mais de dez salários mínimos.
Governo vai monitorar aglomerações de pessoas via
celular
Violação do direito à privacidade/220
milhões de aparelhos monitorados
O
modelo chinês de uso de dados de telefones celulares no combate à pandemia é
considerado até agora um dos mais eficientes do ponto de vista sanitário, e um
dos mais controversos acerca do direito à privacidade.
O
coronavírus no EUA
O chefe da Saúde Pública dos
EUA, o vice-almirante Jerome Adams, afirmou no domingo (05/04) que os próximos
dias serão "a semana mais difícil e mais triste da vida da maioria dos
americanos" devido à pandemia do novo coronavírus, tecendo um paralelo com
alguns dos momentos mais traumáticos da história do país.
"Será nosso momento
Pearl Harbor, nosso 11 de setembro", disse Adams, comparando a crise de
covid-19 ao ataque japonês contra a base naval de Pearl Harbor durante a
Segunda Guerra Mundial e ao atentado contra o World Trade Center, em 11 de
setembro de 2001. "Vai acontecer isso tudo sobre o país. E quero que os
Estados Unidos entendam isso", acrescentou o oficial, que exerce na administração
americana um cargo similar ao do ministro da Saúde no Brasil.
Apelo
aos estado
Adams ressaltou ser
importante o isolamento social para evitar que o sistema de saúde americano
entre em colapso. Ele também enviou uma mensagem aos governadores americanos
que ainda não impuseram medidas de isolamento social em seus estados. "Se
vocês não puderem nos dar um mês, nos deem o que puderem. Nos deem uma semana.
Qualquer coisa que puderem, nesse momento particularmente difícil, quando
estaremos alcançando nosso pico nos próximos sete a 10 dias", pediu.
Alerta
a população para os próximos dias
As mortes por covid-19 nos
Estados Unidos já superaram ambos os números, com mais de 9 mil até este
domingo. O número de pessoas infectadas no país passou de 321 mil.
Mas a aceleração de
contágios e óbitos nos últimos dias geraram previsões pessimistas para os
próximos dias. "Esta vai ser uma semana ruim", afirmou o principal
epidemiólogo do país, Anthony Fauci, durante outra entrevista neste domingo na
cadeia de televisão CBS News. "Vamos seguir vendo uma escalada. Mas
esperamos que no prazo de uma semana, quem sabe um pouco mais, comecemos a ver
um achatamento da curva e um declínio", acrescentou.
China
volta ligar o alerta
Segundo noticiou a agência
de notícias Reuters, a China continental registrou 30 novos casos de
coronavírus no sábado, contra 19 no dia anterior. O aumento do número de casos
envolvendo viajantes do exterior e também transmissões locais, o que destaca a
dificuldade de combater o vírus.A Comissão Nacional de Saúde disse em comunicado no domingo que 25 dos casos
mais recentes envolveram pessoas que vieram do exterior, em comparação com 18
casos no dia anterior. Cinco novas infecções transmitidas localmente também
foram relatadas no sábado, todas na província costeira do sul de Guangdong.
No
Brasil favelas ignoram o risco...
Convencer os moradores a reduzir
o contato com outras pessoas para frear os contágios não foi fácil, porque em
Paraisópolis “alguns não acreditam que o vírus vá chegar, e outros não
acreditam que vá ser tão violento”, diz Rodrigues. Cosme Filipsen, que vive na
favela do Morro da Providência, no Rio, conta por telefone que, até poucos dias
atrás, uma boa parte de seus moradores ainda se reunia para um churrasco e uma
cerveja.
PT
pode perder o registro
O vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés deu parecer pela
admissibilidade de uma ação de cancelamento de registro de partido político do
Partido dos Trabalhadores. A manifestação foi apresentada no dia 27 de março,
no âmbito de requerimento que alegava que "no curso da operação Lava Jato
restou demonstrado que o PT recebeu recursos de origem estrangeira".
Ao se manifestar a favor do início da fase de instrução do processo,
Goés se baseou em dispositivo da Lei dos Partidos Políticos que indica que o
"Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão,
determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o
qual fique provado ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de
procedência estrangeira".
Doações vieram das internacionais
Toshiba e Keppel FELS
"Diante de tal contexto, forçoso reconhecer a existência de
indícios suficientes do recebimento, por parte do Partido dos Trabalhadores -
PT, ora requerido, via interpostas pessoas, de recursos oriundos de pessoas
jurídicas estrangeiras (Keppel FELS e Toshiba), inclusive para pagamento de
despesas contraídas pelo próprio Partido, a evidenciar, em tese, interesse
direto da instituição partidária e não apenas de dirigente seu, circunstância
que autoriza o prosseguimento do feito quanto à hipótese do inciso I do art. 28
da Lei dos Partidos Políticos, com a inauguração de sua fase de
instrução", escreveu Goés.