GREVE
CHAPA BRANCA DO SERVIDOR PÚBLICO E DA ESFACELADA CUT. GREVE NA VÉPERA DO FERIADÃO? ESSA GENTE AINDA
ACHA QUE O BRASILEIRO É CEGO! O SINDICALISMO SEPULTOU O ÚLTIMO RESQUÍCIO DE
CREDIBILIDADE QUE O CIDADÃO AINDA NUTRIA PELO SEGMENTO
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
O
conceito de GREVE não é genérico. Esta na Carta Magna. Karl Marx defendeu a
paralisação de atividades para provocar a negociação entre empregados e
empregadores. Ele ia mais a frente defendendo a tomada do poder, se necessário
pela força, assim muitos operários tomaram fábricas e paralisaram serviços
públicos e conquistaram direitos.
Para
ele, a remuneração dos trabalhadores sempre foi questionada por Marx, que
afirmou que o sistema capitalista representa a exploração do trabalhador por
parte do detentor dos meios de produção.
Para
ele, o valor do trabalho realizado pelo proletário não era pago integralmente.
O que é recebido é apenas um percentual do resultado final do trabalho, que
seria a mercadoria, e essa parte não paga se transforma no lucro do capitalista.
Essa teoria recebeu o nome de “mais-valia”.
A primeira paralisação registrada na
história foi no Egito. Operários que trabalhavam nas construções de templos e
tumbas pararam seus serviços reivindicando remunerações atrasadas.
Nessa época (cerca de 1180 a. C.) não
havia moeda; os trabalhadores eram pagos com ferramentas, alimento e outro
utensílios. Os operários acabaram com sua manifestação após a promessa de
receber sua remuneração; o que não ocorrera tão cedo. Somente após mais
manifestações como esta, o Soberano pagou o que era devido a cada um.
No regime socialista na Espanha tivemos
várias paralisações, a principal os ferroviários foram sublimes e competentes,
a Espanha de Felipe Gonzalez parou e a solução aconteceu. Na linha da
restauração do estado democrático, Gonzalez foi terceiro presidente do Governo.
Ficou no poder de 1982 a 1996.
Estive na Internacional Socialista em
Lisboa e Madrid em 1979, na época ele era secretário-geral do Partido
Socialista Operário Espanhol (PSOE). No poder, criticou a greve espanhola, com
isso perdeu prestigio e afundo o PSOE.
O mecânico de carros Lech Walesa nos
anos 70 colocou o sindicalismo polonês no ápice do poder. Ele foi voz operária
para o mundo. Walesa organizava reuniões defendendo o livre comércio, os
direitos dos trabalhadores e a democracia.
Em 6 de dezembro de 1990, ele passou de
presidente do Solidariedade a presidente da Polônia. Era por excelência um
sindicalista, mas não um administrador. Na presidência da Polônia, não repetiu
o brilho de sua jornada. A greve precisa ser forte, convicta e tem que ter
objetivo.
Não podemos misturar uma greve que é a
parte mais sublime da relação capital e mais valia, para discutir e manifestar
questões de popularidade deste ou aquele político seja ele o posto que ocupe.
Essa greve é contra a violação das garantias constitucionais do trabalho. A
aposentadoria, o salário e direitos trabalhistas.
Salvo engano, não aceito misturar essas
greve que têm sabor nacionalista e de revolta popular, com movimentos de
servidores públicos que reivindicam questões bem acima dos níveis do
trabalhador comum.
O assalariado comum não tem estabilidade
do emprego e sequer 10% das vantagens desses servidores. Infiltrados neste
movimento, eles atrapalham, desvirtuam, quem duvidar disse vá aos comícios e
ouça o discurso deles.
O salário mínimo hoje é de 937,00, um
servidor federal não ganha menos de R$ 6 mil mês. O que faz esse cidadão
infiltrado no meio da classe operária?
Estaremos juntos nas greves. Não creio
que isso baste, mas ficam aqui minhas breves e singelas considerações. Convoco
desde já as mulheres do Brasil para que venham as ruas, e também gritem pelos
seus direitos, os mais aviltados no mercado de trabalho.
Essa greve “chapa branca” de servidores
e a esfacelada CUT, em véspera de feriadão, sinalizou, e comprometeu não apenas o movimento, mas o último
resquício de credibilidade que os brasileiros ainda depositava nos sindicalismo.
Discriminação salarial, assédio, total e
despudorada rejeição ao fato de que uma mãe tenha o direito de amamentar seu
filho, e não perca seu emprego por isso. A LUTA IRMÃO. O BRASIL NÃO É DA
REPÚBLICA DE BRASÍLIA. ELE PERTENCE AO TRABALHADOR BRASILEIRO.