Busca:

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro assina acordos bilaterais com a índia
 
O presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, assinaram, em Nova Délhi, quinze memorandos de entendimento para parceria entre os dois países nas áreas de biocombustíveis e cibersegurança. Bolsonaro e Modi se reuniram para analisar como ampliar a aliança estratégica e incrementar os US$ 6 bilhões que atualmente a Índia investe no Brasil, e o US$ 1 bilhão que o Brasil investe na Índia.

Previsão de US$ 50 bilhões até 2022

“Fico feliz que conseguimos firmar importantes acordos hoje sobre bioenergia, cibersegurança, segurança social, ciência e tecnologia, petróleo e gás natural”, afirmou o primeiro-ministro indiano, logo após a assinatura dos memorandos. No Twitter, Bolsonaro afirmou que, com os acordos, “as expectativas são as melhores”. “O comércio, por exemplo, que hoje movimenta US$ 6 bilhões por ano, poderá passar a US$ 50 bilhões até 2022.”
Senador do PT é campeão de gastos
Locomoção, hospedagem, alimentação, contratação de serviços, verba para aluguel de imóveis, passagens aéreas. Os gastos de um senador no Brasil com esse tipo de serviço variam, atualmente, de R$ 0 a mais de R$ 600 mil por ano. Em 2019 não foi diferente. Humberto Costa (PE), líder do PT na Casa, foi o parlamentar que mais gastou no ano passado: R$ 607.404,64. Estes 'privilégios' estão inclusos na chamada Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAPS), um recurso que varia entre R$ 25 mil e R$ 41 mil mensais disponibilizados para cada um dos 81 senadores do Congresso Nacional. 

O valor também é somado a uma outra verba,  utilizada para os gastos com viagens oficiais, correio e combustível. Além disso, os senadores ainda recebem o salário e auxílio-moradia ou imóvel funcional. O maior número de gastos de Humberto Costa foi com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis: R$ 151.263,65, seguido de passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais. Procurado pela reportagem, o senador afirmou que gasta porque trabalha, além de viajar ou mandar funcionários para cobrir a demanda da população em outros estados e no interior.
Correio lidera gastos no Senado
Dos milhões de reais gastos por ano no Senado, um se destaca: o valor gasto com correspondências. Em 2019, os 81 parlamentares gastaram R$ 1,89 milhão em verba pública nos Correios. Cada senador tem uma cota mensal destinada ao fim. Quanto maior a população do Estado pelo qual foi eleito e menor o indicador oficial de utilização da internet, maior a verba.

No ano passado, o campeão em gastos no Senado foi também o que mais utilizou o serviço: dos mais de R$ 600 mil gastos por Humberto Costa em 12 meses, R$ 134.874,12 foram para enviar cartas e pacotes. São R$ 528 reais por dia útil. Apenas no mês de junho, o senador gastou mais de R$ 44 mil com o envio de impressos e PACs. Ciro Nogueira (PI), vice-líder do PP, ficou em segundo lugar em gastos com correio: R$ 110.918,62; seguido de Irajá (PSD-TO), que gastou 90.886,83.

O coronavírus...
Casos do novo tipo de coronavírus identificado em dezembro na cidade de Wuhan, na China, já foram confirmados em outros 12 países. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu não declarar este surto uma situação de emergência global, após uma reunião que se estendeu por dois dias.
Ainda que o vírus tenha chegado a outros países, é cedo para tomar tal medida, disse a OMS, porque o número de casos notificados fora da China é pequeno e o vírus aparentemente não está se espalhando dentro destes países.
Vírus se propaga...
"A transmissão parece estar limitada a familiares e profissionais que cuidaram dos pacientes. Não há evidências de transmissão entre pessoas fora da China, mas isso não significa que não vá acontecer", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Não se enganem. Isso é uma situação de emergência na China. Ainda não se tornou uma emergência global de saúde. Mas pode vir a se tornar."
Os coronavírus são uma ampla família de vírus, mas sabe-se que apenas sete deles infectam humanos. Eles podem causar desde um resfriado comum até a morte. O novo vírus aparentemente está em algum lugar no meio do caminho entre esses dois extremos.
No Brasil...
No momento, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no Brasil — e, segundo o governo federal e epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que isso ocorra, o risco é baixo de que haja um surto por aqui. O Ministério da Saúde anunciou na quinta-feira que as cinco possíveis suspeitas notificadas desde 18 de janeiro por quatro Estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e pelo Distrito Federal foram descartadas.
Números incertos...
De acordo com a pasta, estes casos não atenderam aos critérios clínicos (febre e mais algum sintoma respiratório) e epidemiológicos (ter viajado para Wuhan ou ter entrado em contato com um paciente suspeito ou confirmado) estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a identificação de suspeitas. Até o momento, disse o secretário-substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, foram detectadas transmissões entre pessoas apenas em Wuhan, por isso, ter passado pela cidade é considerado um aspecto crítico para identificar uma suspeita.

Brasileiros no exterior
A Embaixada do Brasil nas Filipinas já iniciou as movimentações para localizar uma família brasileira que tem suspeita de estar infectada com o coronavírus. De acordo com o jornal filipino ABS-CBN, os pais estiveram com o filho de dez anos em Wuhan, a cidade onde o vírus se alastrou na China.

As autoridades filipinas afirmam que o garoto estaria com febre e dificuldades para respirar, enquanto o pai teria sido diagnosticado com uma forte inflamação na garganta. Estes sintomas podem indicar a infecção pelo coronavírus , que já matou 56 pessoas na China e contaminou mais de 2 mil.

Brasil poderá endurecer a lei de imigração

O presidente Jair Bolsonaro comentou no sábado (25) a autorização dada pelo Brasil para que os EUA executem a deportação de brasileiros que tentaram entrar sem documentos no país. É a primeira vez que o governo brasileiro dá luz verde para a deportação em massa de brasileiros, segundo diplomatas, indicando a mudança de diretriz implementada por Bolsonaro, que se orgulha de manter relações próximas com o presidente americano, Donald Trump.

Em Nova Délhi, onde faz uma visita de Estado de três dias à Índia, Bolsonaro indicou que entende a política americana e que não irá se esforçar para evitar as deportações de brasileiros que tentam entrar de forma irregular nos EUA.

"O que eu falar aqui vai dar polêmica: eu acho que qualquer país, as suas leis têm que ser respeitadas. Qualquer país do mundo onde pessoas estão lá de forma clandestina é um direito daquele chefe de Estado, usando da lei, devolver esses nacionais", afirmou.

Bolsonaro disse que não conversou com o presidente Trump sobre o tema, que está sendo tratado pelo Itamaraty.

Brasil é generoso...

"Se você for ler a nossa lei de imigração, nenhum país do mundo tem isso que nós temos lá. É uma vergonha a nossa lei de imigração. Eu fui o único a votar contra, foi simbólico, e o único a discursar contra quando ela foi elaborada e votada. Fui muito criticado pela mídia. O pessoal chega no Brasil com mais direitos do que nós. Então isso não pode acontecer. Afinal de contas, nós devemos preservar o nosso país. E se abrir as portas, como está previsto na lei de imigração, o país pode receber um fluxo de gente muito grande e com muitos direitos".