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domingo, 12 de janeiro de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Industriais aprovam governo Bolsonaro

Os industriais brasileiros têm uma avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa divulgada em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 60% deles consideram o governo ótimo ou bom, e apenas 7% avaliam como ruim ou péssimo; 26% acham que o governo é regular.
Os dados da Sondagem Especial: Avaliação do Governo pelo Empresário Industrial foram apresentados durante cerimônia na sede da CNI, em Brasília, ocasião em que o presidente Bolsonaro recebeu o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial. Segundo a CNI, a condecoração é “um reconhecimento da indústria brasileira ao esforço do governo federal no avanço de pautas que tornam o Brasil mais moderno e competitivo”.
A pesquisa da CNI sobre o governo Bolsonaro ouviu 1.914 empresários de todo país, entre os dias 2 e 10 deste mês. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e a confiança, de 95%.
Agradecimento...
Ao agradecer a homenagem, Bolsonaro afirmou que é preciso “aproveitar essa oportunidade” em que o Brasil está mudando e recuperando a confiança dos empresários locais e dos investidores internacionais. “O brasileiro tem capacidade enorme de criar, inovar e é um excelente empreendedor. Ele precisa ter liberdade, não ter o Estado atrapalhando seu trabalho”, disse o presidente sobre o interesse do governo em desburocratizar o ambiente de negócios no Brasil.
Para a CNI, entre as medidas importantes tomadas pelo governo este ano estão a reforma da Previdência, a assinatura do acordo de livro comércio entre o Mercosul e aUnião Europeia, o avanço na agenda de concessões na área de infraestrutura e de modernização das relações de trabalho e a contribuição com medidas que promovem o aumento da segurança jurídica e reduzem a intervenção.
Bolsonaro fala do conflito EUA-IRÃ
O presidente Jair Bolsonaro também comentou rapidamente na sua página do facebook sobre o conflito entre Irã e Estados Unidos, no qual afirmou seguir o artigo 4º da Constituição Federal.  "No tocante a relações internacionais, nós nos regemos em defesa da paz e no repúdio ao terrorismo, e não preciso falar mais nada", disse Bolsonaro.
Na semana passada, a nota oficial do Itamaraty a respeito da crise entre os países citou o apoio do governo brasileiro à "luta contra o flagelo do terrorismo", o que incomodou o Irã – o país convocou a encarregada de negócios da Embaixada brasileira em Teerã para dar explicações sobre o comunicado.
Protestos pedem renúncia de líderes do Irã
Os líderes do Irã estão sendo pressionados em mais um dia de protestos . As manifestações passaram a acontecer após os militares admitirem que abateram um avião ucraniano por engano. O Teerã temia ataques aéreos dos Estados Unidos devido as recentes tensões entre os países.

"Eles estão mentindo que nosso inimigo é a América, nosso inimigo está bem aqui", entoou um grupo de manifestantes do lado de fora de uma universidade em Teerã, de acordo com imagens divulgadas em vídeos compartilhados via Twitter.Os protestos estão acontecendo do lado de fora de instituições de ensino superior na capital e em outras cidades do país. De acordo com a Reuters, a polícia estaria em grande número nas ruas no domingo (12).

Lula "garoto propaganda do Irã"

Na sequência, Bolsonaro citou uma reportagem que publicou sobre Lula com o iraniano Mahmoud Ahmadinejad, em 2009, quando ambos eram presidentes. "O Lula era o garoto-propaganda do Irã para que o país desenvolvesse sua tecnologia de enriquecimento de urânio. Segundo o Irã e segundo o Lula, para fins pacíficos. Naquele tempo, o chefe daquele Estado (Ahmadinejad) falava que queria varrer do mapa o estado vizinho (Israel)", provocou Bolsonaro.
O presidente ainda comparou como Irã e Brasil fazem uso de energia nuclear. "Nós aqui temos um acordo com a agência internacional de energia atômica, somos inspecionados, e nem sonhamos em enriquecer urânio de modo que possa ser usado em um artefato nuclear. Há uma diferença muito grande entre Brasil e outros países que buscam energia nuclear para fins de poderio bélico", declarou. "Mas ninguém vai me criticar, porque estou defendendo a paz e repudiando o terrorismo, de acordo com o artigo 4º da Constituição", concluiu.
Lula e Amorim pegam carona no conflito EUA-Irã
O jornal britânico The Guardian publicou nesta semana um artigo escrito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seu chanceler, Celso Amorim, em que eles criticam a postura do Brasil diante da tensão entre EUA e Irã.

"É profundamente lamentável que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, impulsionado por uma ideologia agressiva de extrema direita e uma vergonhosa subserviência ao atual presidente dos EUA, adote uma postura contrária à constituição brasileira e às tradições de nossa diplomacia, endossando o ato da guerra de Trump", diz o texto, em inglês.

Para Lula e Amorim, Bolsonaro "ignora os danos humanitários causados pela guerra", e deveria pensar pelo menos nas relações comerciais entre o Brasil e o Irã "Acima de tudo, ele deve se preocupar com a segurança do nosso país e do nosso povo, que estão sendo pressionados a apoiar uma guerra que não é deles", dizem.

2020: Governo e Congresso na mira do serviço público

A reforma administrativa, que Bolsonaro deixou para enviar ao Congresso este ano e que reformula a estrutura do Estado e o serviço público – um tema sensível, já que muitos parlamentares que têm no funcionalismo sua base eleitoral podem não querer se indispor com eleitores caso disputem prefeituras em outubro ou desejem apoiar outros candidatos.

Mas a reforma é necessária: já não há mais como manter o serviço público como fonte de desigualdade – fato atestado pelo Ipea – ao pagar salários muito superiores à média do setor privado para as mesmas funções, ter regras de reajuste desvinculadas da realidade fiscal e apresentar inúmeras dificuldades para se avaliar o desempenho de servidores.

Geração de empregos

Se governo e Congresso conseguirem aprovar este tripé de reformas em 2020, ou pelo menos deixarem encaminhado para 2021 um ou outro ponto que o cenário eleitoral torne mais complicado, o país dará um passo tão importante quando o que deu no ano passado com a reforma da Previdência. Neste meio tempo, que o programa de privatizações e concessões continue avançando, e que venham novas medidas microeconômicas de desregulamentação e desburocratização, para que o ambiente de negócios possa se beneficiar dos bons indicadores atuais, acelerando a geração de empregos."

Vencida a enorme batalha da Previdência, é hora de continuar avançando, e em 2020 já não será preciso escolher uma única reforma na qual apostar todas as fichas. Há espaço para que cheguemos ao fim deste ano com outras grandes mudanças devidamente aprovadas: a reforma tributária, a reforma administrativa e as PECs do plano Mais Brasil – a do Pacto Federativo, a Emergencial e a dos Fundos Públicos.

Perfil de usuários da rede social Linkedin

O LinkedIn explica que o levantamento foi baseado nas informações de usuários da rede social, com perfil público, que tenham ocupado um ou mais cargos em tempo integral no Brasil nos últimos cinco anos. A partir dos dados, foram identificados os grupos de profissões que viveram maior movimentação nesse período, e aplicada uma fórmula que inclui o número de contratações e a taxa de crescimento anual entre 2015 e 2019.

Além dos cargos, a lista feita pelo LinkedIn também fornece outras informações sobre eles, como as habilidades mais requisitadas e os setores que mais contratam cada uma dessas profissões:

Gestor de mídias sociais

Cinco conhecimentos primordiais: Marketing digital; redes sociais; Adobe Photoshop; Adobe Illustrator; e marketing. Três segmentos que mais buscam a profissão: Publicidade e marketing; mídia online; e internet.

Engenheiro de cibersegurança
Cinco conhecimentos primordiais: Docker Products; Ansible; DevOps; Amazon Web Services, AWS; e Kubernetes. Três segmentos que mais buscam a profissão: Tecnologia da Informação e serviços; software de computadores; serviços financeiros.

Crianças internadas em orfanatos tem perda de 8,6% do cérebro
Pesquisadores acompanharam crianças adotadas que passaram um tempo em orfanatos romenos de péssima qualidade. Elas cresceram com cérebros 8,6% menores que outras crianças adotadas que não vivenciaram maus tratos.
"Eu me lembro de ver imagens de TV dessas instituições e elas eram chocantes", disse à BBC News Brasil o professor Edmund Sonuga-Barke, que liderou a pesquisa. Sonuga-Barke diz que as crianças eram "acorrentadas aos seus berços, sujas e desnutridas". Elas eram fisicamente e psicologicamente privadas de contato e estímulos. Não tinham brinquedos e ficavam frequentemente doente.
Problemas psicológicos na fase adulta
As crianças observadas na pesquisa passaram entre duas semanas e quase quatro anos nessas instituições. Estudos anteriores sobre crianças que depois foram adotadas por famílias britânicas mostraram que muitas continuaram a sofrer problemas psicológicos depois de adultas. Níveis mais altos de autismo, hiperatividade e ausência de medo de estranhos foram documentados nessas pesquisas.