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domingo, 5 de janeiro de 2020


ANÁLISE & POLÍTICA 
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Moro lidera o ranking dos mais confiáveis

Pesquisa Datafolha publicada neste domingo (5) pelo Jornal "Folha de S. Paulo" mostra que o ministro da Justiça, Sergio Moro , é a personalidade pública em que os brasileiros mais confiam entre 12 figuras políticas avaliadas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Os entrevistados disseram, em uma escala de 0 a 10, o nível de confiança que tinham em cada um dos 12 integrantes da lista. As notas até 5 são consideradas baixo índice de confiança, de 6 a 8, médio, e 9 e 10, alto. O Datafolha levou em conta as notas atribuídas pelos entrevistados que dizem conhecer a personalidade em questão.

Alta confiança em Moro

Os entrevistados disseram, em uma escala de 0 a 10, o nível de confiança que tinham em cada um dos 12 integrantes da lista. As notas até 5 são consideradas baixo índice de confiança, de 6 a 8, médio, e 9 e 10, alto. O Datafolha levou em conta as notas atribuídas pelos entrevistados que dizem conhecer a personalidade em questão.

Segundo o Datafolha, um terço (33%) dos entrevistados disse ter alta confiança em Moro , 23%, média confiança, e 42%, baixa confiança. O ex-presidente Lula vem em seguida, com 30% de confiança alta, 16% média e 53% baixa. Na sequência, estão empatados na margem de erro Bolsonaro , com 22% de alta confiança, 22% média e 55% baixa, e Luciano Huck, com 21% de alta, 22% média e 55% baixa confiança.

O Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.

A crise EUA - IRÃ

O assassinato do general Qassem Soleimani, da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, na quinta-feira (2) em Bagdá (Iraque), após ataque aéreo dos Estados Unidos, aumentará a tensão em uma região marcada há décadas por instabilidade.

De acordo com o professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Mattar Nasser, livre docente com tese sobre a geopolítica norte-americana no Oriente-Médio, o Irã não vai revidar .

“Eles não vão entrar em guerra. Não fazem também porque a assimetria militar é muito grande. O Irã não tem condição de entrar em guerra nem com Israel, muto menos com os Estados Unidos”.

“Eles não agem de forma intempestiva como se constrói aqui no ocidente. Agem de forma muito prudente, muito pensada, em médio e longo prazo. É improvável que ajam em um ataque aéreo ou em bateria militar. Nunca fizeram e não é agora que vão fazer. O Irã vai ser ainda mais precavido e não vai haver contra-ataque”, assinala.
Falta de combustível

Em curto prazo, o novo episódio de conflito no Oriente Médio vai provocar aumento do preço do petróleo, como previu o presidente Jair Bolsonaro e volatilidade no mercado financeiro, mas esse quadro não deverá se estender, conforme especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Em sua opinião, a iniciativa dos EUA vai gerar coesão interna entre os grupos políticos do Irã, e vai aumentar a influência do país na região como ocorreu em outros momentos beligerantes na região.

Prenúncio de turbulência no abastecimento

De acordo com o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, “os mercados ainda estão avaliando pontuais desdobramentos [da nova crise no Oriente Médio}. Há muita incerteza sobre isso”, explica.

O seu palpite é que “pode se pensar em uma certa acomodação , mesmo que em um grau de nervosismo mais alto ou com agravamento dessas tensões", declara.
“Nos próximos dias, o mercado vai conseguir precificar melhor o grau de risco desse fato novo. Por ora, está estacando o otimismo recente, gerando correção no preço dos ativos”, considera o economista.

Ele pondera que antes do ataque, “havia um clima positivo de mercado, somando fatores externos [por causa da trégua comercial entre os EUA e China} e perspectivas melhores para economia brasileira”, conclui.

Sem consequências...

Reginaldo Nasser afirma que o aumento de tensão na região não afeta a segurança do território norte-americano , a única exceção na história dos EUA foi o atentado de 11 de setembro de 2001. Se em termos militares os Estados Unidos mantêm segurança, por causa da distância do território e da superioridade bélica em relação a outros países, em termos econômicos o episódio contra o Irã também terá poucas consequências.

Avaliação...

Quem acrescenta essa avaliação é Jorge Camargo, ex-presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e hoje vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

“Os Estados Unidos tornaram-se autossuficientes e exportadores de petróleo e gás. Em dez anos, os norte-americanos aumentaram a produção de petróleo em 10 milhões de barris [por dia], o que é equivalente a uma Arábia Saudita”, contabiliza Camargo. Segundo ele, essa capacidade de produção de petróleo, especialmente a partir do xisto, “serve como colchão.”

O mercado mundial de petróleo “está abastecido ”, descreve Camargo, a ponto de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) recentemente ter decido retirar 2 milhões de barris de petróleo por dia de circulação.

E também pelos preços do petróleo oscilaram por pouco após o ataque de drones na principal refinaria da Arábia Saudita em setembro passado. “Aquilo praticamente não mexeu no preço do petróleo”, pondera Camargo.

Aumento no preço do combustível

Conforme o especialista, o Brasil também “não corre risco de desabastecimento ”. O país, no entanto, sofrerá impacto com o aumento já previsto do preço do combustível.
Ele não sabe afirmar quando ocorrerão os ajustes nas refinarias e, consequentemente, nas bombas de diesel e de gasolina.

Jorge Camargo não recomenda que haja subsídio e que eventuais aumentos do preço de petróleo deixem de ser repassados. “O país está em transição para mercado mais aberto de petróleo. A Petrobras está desinvestindo em refinaria para acabar com o monopólio do refino. É fundamental para quem quer investir tenha convicção de que não vai haver intervenção”, recomenda.

Inadimplência no país atinge 63,2 milhões de pessoas
endividamento faz parte da vida do brasileiro. Mais de 40% da população adulta tem pelo menos uma dívida que não consegue pagar e a inadimplência vive seu maior índice da história, atingindo 63,2 milhões de pessoas, de acordo com a Serasa Experian.

Manter as contas em dia, especialmente em período de alto desemprego, não é tarefa simples. As pendências, contudo, podem criar uma “bola de neve” até que se tornem impagáveis e passem a afetar mais diretamente a vida do endividado, com a restrição ao nome , por exemplo. Para começar a organizar as finanças em um momento de aperto, vale até mesmo saber quais contas e dívidas são mais “atrasáveis” .

Supérfluos...

Para isso, é importante levar em conta os juros , os serviços que podem ser cortados e ainda estar atento ao confisco de bens em caso de atraso de determinadas contas, além, claro, de buscar a educação financeira para regularizar a situação caso haja restrição ao nome e a partir disso construir uma situação estável dentro de cada realidade.

Fabrizio Gueratto, financista do canal 1Bilhão Educação Financeira, orienta que o primeiro passo para ter uma condição financeira estável é procurar se enxergar, entender o que acontece e quais as razões para o descontrole de gastos, recorrendo até mesmo a questões familiares e culturais que levam ao hábito de gastar mais do que se deve. Cortar gastos supérfluos e se adequar a própria realidade são pontos de mudança.