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domingo, 19 de julho de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro vai vetar PL das fake News

O presidente da República Jair Bolsonaro criticou neste sábado o projeto que visa a coibir a produção e a disseminação de fake news, aprovado no Senado e em discussão na Câmara. Ele afirmou que o texto coloca limite na liberdade de expressão.

"O Congresso está discutindo, já passou no Senado e está na Câmara, o que seria a lei das fake news. Eu acho que é mais uma maneira de botar limites na liberdade de expressão. Não tem que ter limites, no meu entender", disse, em transmissão ao vivo nas suas redes sociais.

Condenando o rastreamento de mensagens

O texto aprovado pelo Senado exige a rastreabilidade de mensagens enviadas por aplicativos a mais de mil usuários, identificação de conteúdos impulsionados e sanções às plataformas que descumprirem a lei. A proposta foi chamada de Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
Bolsonaro disse que já há previsão em lei para quem se sente ofendido na internet.

Deputado indicado pelo “centrão” será o líder do governo na Câmara

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) está cogitando dar a liderança do governo na Câmara dos Deputados para um representante do centrão. A medida está sendo estudada, e pode ser adotada para resolver conflitos, entre o ministro Luiz Eduardo Ramos, principal articulador político, e nomes do centrão.

Os partidos do centrão, que negociaram com Ramos para garantir votos no Congresso estão insatisfeitos com o ministro. Eles desconfiam do ministro e o acusam de não honrar acordos. Com essa mudança, Bolsonaro conseguiria amenizar as tensões entre as duas partes.

O nome cogitado é o de Ricardo Barros (PP-PR)

Caso as mudanças sejam confirmadas, Vitor Hugo (PSL-GO), que possui um relacionamento conturbado com Ramos e o centrão, seria realocado para a presidência de alguma comissão na Casa. O nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é ex-ministro da Saúde do governo de Michel Temer, é um dos cotados .

Os militares no Poder

O governo federal, desde a posse de Jair Bolsonaro (sem partido), tem aumentado, significativamente, a presença de militares em cargos públicos. Atualmente, 10 de seus 23 ministros são militares. Além disso, em 1 um ano e meio de gestão, Bolsonaro expandiu o número de integrantes de origem militar em cargos comissionados em 33%.

Hoje são 2.558, em ao menos 18 órgãos, entre eles Saúde, Economia, Família e Minas e Energia. Os números foram levantados pelo jornal Folha de SP. Quando o ex-presidente Michel Temer passou o cargo a Bolsonaro, o número de militares em cargos era de 1.925. Desde então, esse número saltou, inclusive para os mais altos cargos, como os de ministros.

Coronasvírus fecha 16,6% das empresas

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou recentemente uma pesquisa do impacto da pandemia nas empresas. De acordo com Instituto, de 1,3 milhão dos negócios que fecharam (temporária ou definitivamente) na primeira quinzena de junho, 522,7 mil (39,4%) encerraram suas atividades por causa da Covid-19 .

Caminho sem volta

Isso mostra que quatro em cada dez empresas fecharam por não suportarem o impacto das medidas adotadas para conter o novo coronavírus (Sars-coV-2). De acordo com o IBGE, o país tinha cerca de 4 milhões de empresas na primeira quinzena de junho, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo.

Do total de empresas em funcionamento, 70% informaram que a pandemia teve impacto negativo, 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente e 13,6% disseram que o impacto foi positivo.

Reino Unido perdeu 19,1% do PIB entre março e maio

A atividade da economia do Reino Unido cresceu 1,8% no mês de maio - bem abaixo dos 5,5% previstos pelos economistas consultados pela agência Reuters -, mas um pouco melhor que o tombo de 20,4% registrado em abril, que anulou 18 anos de crescimento no país.

Entretanto, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou forte queda de 19,1% entre março e maio, na comparação com os três meses precedentes, devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e as medidas de confinamento que frearam as atividades.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) britânico, o leve crescimento de maio se deu graças ao início da suspensão do confinamento, especialmente na construção civil e na atividade manufatureira. Apesar da frágil recuperação, o PIB do Reino Unido caiu quase 20% na comparação com o nível de fevereiro, de acordo com os dados do ONS.
A “nova CPMF”
Além de enfrentar resistência da opinião pública, uma "nova CPMF" é mal vista pelo Congresso. Em outubro de 2007, quando era deputado federal, Bolsonaro votou contra a proposta de prorrogação da CPMF. Na época, fez discursos enfáticos na Câmara contra o tributo. Nos últimos dias, o vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a dizer que o presidente era contra uma reedição do imposto, mas emendou que a CPMF "precisa ser discutida".
 PEC 110 e PEC 45
A expectativa é que a proposta do governo seja analisada pela comissão mista   do Congresso para discussão da reforma tributária. O grupo já avalia os textos de duas Propostas de Emenda à Constituição: a PEC 110, de autoria do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), e a PEC 45, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). As duas estão focadas em reformar impostos sobre bens e serviços.
A campanha eleitoral nas redes sociais
O Facebook não perde tempo nem dinheiro. Diante da pandemia – com restrições de aglomerações, de circulação e indicativos de que as eleições no Brasil serão focadas nas redes sociais – a plataforma já orienta usuários possíveis candidatos a pedirem autorização para veiculação de banners e anúncios político-eleitorais no portal, conforme a legislação permite. Vale lembrar que parte da vitória de Jair Bolsonaro em 2018 é atribuída às postagens em várias redes sociais – mas algumas delas, hoje, sob investigação da Justiça. (via Leandro Mazzine-Blog Esplanada).