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segunda-feira, 24 de junho de 2019


A democracia sob chuvas e trovoadas
É aguda a crise que assola a nação. O tripé, Legislativo, Judiciário e sociedade, os dois primeiros, navegam em “águas turvas”, envolvidos em uma metamorfose de denúncia, mentiras e fatos reais que antes ficavam entre as paredes do planalto e dos tribunais, agora com as redes sociais, escoam e produzem efeito devastador na política nacional.
No topo dessa nebulosa, novos fatos, surgem, e se transformam em inquietantes discussões que traz inquietação para a sociedade. Este cenário tem reflexo para a economia e desperta a desconfiança do capital internacional.
O ranking da consultoria T.Keaorney, que assessora grupo econômicos, indica que o Brasil deixou de ser um país confiável para o investimento estrangeiro.

A T.Keaorney, que lista os 25 países mais confiáveis – e do qual o Brasil saiu pela primeira vez desde que o levantamento foi desenvolvido, em 1998. Sem o Brasil, nenhum país da América do Sul aparece no ranking. "A ausência de quaisquer países sul-americanos entre os 25 é notável, entretanto, dado que o Brasil foi incluído em todas as edições anteriores do ranking", aponta o estudo. Em 2018, o país já aparecia na 25ª e última posição.
A notícia de que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,9 pontos em maio para 86,6 pontos, traduz a inquietação do brasileiro. Após a quarta queda consecutiva,
O relatório avalia o resultado de maio e mostra um aumento expressivo da insatisfação dos consumidores com a situação atual, principalmente entre famílias de menor poder aquisitivo. “Uma alteração deste quadro parece estar condicionada à redução dos elevados níveis de incerteza política e econômica observados hoje no país”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Esta saga política teve início no escândalo do mensalão, o que levou o todo poderoso do Partido dos Trabalhadores – PT, José Dirceu para trás das grades.
Figuras das mais controvertidas e de alto teor de perversidade, Eduardo Cunha trouxe sério dano a sociedade, quando a frente da presidência da Câmara durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, cujo impeachment, acabou de empurrar a nação para as trevas da política.
Neste momento os refletores deste submundo da política estão sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Há pouco ele participou de audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) para responder a perguntas sobre as mensagens que teriam sido trocadas por meio do aplicativo Telegram entre ele, então juiz federal, e procuradores da Lava Jato, divulgadas pelo site jornalístico The Intercept.

O juiz se defende com o argumento de que “conversas entre os jurisdicionados é normal”. Entendo, pela experiência judicante, de que essa relação entre os pares são válidas quando se trata de Turma, onde o magistrado faz parte da sua composição.

Ademais, o tema por ser inquietante e complexo, e sob pressão do PT e seus aliados, o ministro precisa para a segurança jurídica, manter um posicionamento discreto, com menos foco e mais concentração nos seus afazeres republicanos.

A questão agora é avaliara que é mais importante para o Brasil. Um juiz que combate o crime de grupos, e políticos que habitam o cenário nacional, ou um condenado e preso por atos lesivos a nação?

O ex-presidente Lula foi o condenado e preso de mais alto cargo da operação e cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal da capital paranaense desde abril de 2018.

Condenado por Moro em julho de 2017 a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi reduzida este ano por um tribunal superior a oito anos e dez meses.

Moro finalmente o considerou culpado de ter se beneficiado de um apartamento oferecido pela empreiteira para obter licitações na Petrobras. O fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) sempre se declarou inocente e denunciou um esquema para impedir a volta da esquerda ao poder.

Seria esse tão somente o fato que cerca a reação de Lula?

Diante deste e outros fatos, me ocorre analisar se a tática da esquerda magoada pela derrota sofrida nas urnas de 2018 seria a de desqualificar, aqueles que levaram o líder petista para a prisão?