CONGRESSO, JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO
DOMINADOS PELO CENTRÃO.
A PRÁTICA DO “DANDO É QUE SE RECEBE” É IMPERATIVO NESTE MODELO REPUBLICANO. COM O DESEMPREGO EM MASSA. JOVENS ATÉ 28 ANOS
SEM ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO. E O PIB ABAIXO DA CRITICA,
O PAÍS NAVEGA NO REVOLTO MAR DA INCERTEZA. O FUTURO A DEUS PERTENCE.
A PRÁTICA DO “DANDO É QUE SE RECEBE” É IMPERATIVO NESTE MODELO REPUBLICANO. COM O DESEMPREGO EM MASSA. JOVENS ATÉ 28 ANOS
SEM ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO. E O PIB ABAIXO DA CRITICA,
O PAÍS NAVEGA NO REVOLTO MAR DA INCERTEZA. O FUTURO A DEUS PERTENCE.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
O
Centrão, (movimento no Congresso que reúne os partidos que formam a base do
governo), é o principal protagonista dos acontecimentos nas duas casas
legislativas.
Neste
momento está em “quebra de braço” com o governo, onde a velha pratica
republicana do “toma lá, dá cá”, é imperativo.
Quando
retornou dos Estados Unidos no dia 19 de maio, o presidente da Câmara Rodrigo
Maia (DEM-RJ) sentiu a temperatura política de Brasília. A essa altura
o
grupo que estava articulado para aprovar a reforma da Previdência, se
dissolvia.
Para
reagrupar ele recebeu na residência oficial outros deputados do mesmo grupo,
que não só reclamaram da falta de interlocução com a equipe do presidente Jair
Bolsonaro. O assunto caiu nas redes sociais e gerou insegurança para a
comunidade. O fato é que com a desarticulação do governo, o Centrão passou a ditar
a pauta do Congresso.
Se
por um lado o legislativo dá sinais de forte convulsão, e o executivo com
desencontros no enlace com o Congresso, na área da justiça ainda é pior.
Começamos pela Atvos,
empresa de açúcar e álcool do conglomerado Odebrecht, que pediu recuperação
judicial no inicio do mês de junho. O processo tramita na 1ª Vara de Falências
e Recuperações Judiciais de São Paulo e já teve decisão inicial favorável,
assinada pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho.
Ocorre que essa empresa gera
aproximadamente 10 mil empregos. Foram arroladas dívidas de R$ 11,9 bilhões –
e, dessa montanha, R$ 7,4 bilhões são com o BNDES e o Banco do Brasil. Com a
Caixa Federal, outros R$ 570 milhões. Bem lembrado que esses três bancos
estatais sempre foram “mães” para
a Odebrecht.
R$ 2,87 bilhões devolvidos
para a União são da Brasken, braço petroquímico do grupo Odebrecht, ela fechou
acordo de leniência com o governo federal após descobertas feitas pela Operação
Lava-Jato. O pagamento de propina abasteceu o marqueteiro João Santana, que fez
as campanhas eleitorais de do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006)
e Dilma Rouseff (2010 e 2014).
Já em recente decisão, no
curso de uma ação de reclamação promovida por Arpen Indústria e Comércio, por
conta de decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes desrespeitando
julgamento já proferido em sede de recurso extraordinário (RE nº. 559.882/RS) e
do verbete vinculante nº 8º [1], o ministro Marco Aurélio - para quem fora
distribuída a nova ação - optou por dar-se por suspeito.
Nos autos, declarou-se
inimigo do ministro Gilmar Mendes, que figura na ação como “reclamado” ou,
dizendo de outra forma, como réu do processo, daí resultando a redistribuição
do processo para outro relator.
Está na Pauta do STF para o
dia 27 de junho, a ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) contra o
Ministério da Fazenda que vegeta na corte, desde 1995. O objeto da ação é para
que o tribunal considere inconstitucional a medida da Receita Federal que
determinou o teto de 30% para a dedução de Imposto de Renda de prejuízos
acumulados por empresas.
Outro processo Tribuna da
Imprensa contra a União navega no STF desde 1982. A Ação Indenizatória por
conta do dano causado a oficina do diário, está travada, e ninguém explica o
real motivo.
Diante dos fatos aqui
descritos, imagina-se o povo humilde refém do Congresso e da justiça? Sinais de
que algo muito nefasto, e diabólico, impera na fortaleza desses senhores
poderosos, absolutos, desumanos e indignos de respeito.