ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Reforma
da Previdência retoma a pauta da Câmara
Com a volta do recesso parlamentar na
próxima semana, a reforma da Previdência volta ao centro das discussões. O
texto aprovado na Câmara dos Deputados às vésperas do recesso parlamentar
de julho ainda precisa passar por mais um turno de votação na Casa.
Em busca do êxito da
primeira votação da reforma da Previdência, quando recebeu 71 votos a mais que
o mínimo de 308 votos necessários, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem
intensificando seus contatos e se dedicou neste fim de semana a agenda a
reuniões.
Articulações
Maia esteve com o secretário
da Previdência, Rogério Marinho (PSDB-RN), com o deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), que presidiu a Comissão Especial sobre o assunto, com o ministro
da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM) e com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Esta semana ele deve reunir líderes governistas em um jantar para mapear os
votos. O objetivo é ver se há condições para encerrar a matéria na Casa até
quarta-feira (7).
No
Senado
Se aprovada na Câmara, a proposta irá
para o Senado. A votação da reforma da Previdência deve ser mais tranquila no
Senado. “Podemos ter até 60 dos 81 votos pela aprovação nos dois turnos”,
estimou o líder do PSL no senado Major Olímpio.
Na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), com terá inicio o tramitação com a relatoria do senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE). Na lista de polêmicas a serem defendidas em torno do texto estão a
situação de categorias profissionais específicas, como professores e policiais,
que foram beneficiadas na reta final da tramitação na Câmara, além da inclusão
ou não de estados e municípios na reforma.
“Pessoalmente sou favorável
à inclusão de estados e municípios. Acho até que é essencial. Estamos estudando
com a nossa assessoria técnica qual é a saída que temos a aplicar e, a
princípio, a ideia é uma PEC paralela. Aqui somos a Casa da Federação e é nossa
obrigação cuidar disso. Uma das funções do Senado é manter o equilíbrio
federativo”, defendeu Jereissati.
Estado
e municípios
Mesmo ao admitir que uma PEC
paralela pode avançar somente após as eleições municipais do ano que vem, o
líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), reforçou a importância da medida.
“Há de todos os vieses e partidos preocupação dos senadores com essa inclusão.
Não aconteceu na Câmara porque a visão dos deputados foi ‘se nós promovermos a
inclusão dos estados e municípios, nós vamos nos desgastar’. Uma visão
extremamente preocupante sob o aspecto do equilíbrio previdenciário.”, avaliou.
Governadores
Enquanto a questão dos estados e municípios
não se define, na avaliação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), a
partir de um entendimento do Fórum dos Governadores do Brasil, a saída será
destinar novas receitas de projetos em discussão no Congresso para cobrir o
déficit da Previdência e/ ou investir.
Nesse sentido, os
governadores contam com a aprovação de propostas como a que garante repasses
federais dos recursos provenientes de cessão onerosa/bônus de assinatura, além
da que trata da regulamentação da securitização da dívida, uma forma moderna de
combate à sonegação.
“Na minha visão, é essa
pauta federativa que faz uma profunda mudança favorável ao país. Porque teremos
recursos para cobertura do déficit da Previdência, para enfrentar essa
transição até que os efeitos da reforma ocorram. Acredito que, com essas
receitas indo para cobertura do déficit,
Juíza nega pedido de entrevista
de Lula
O ex-presidente do Brasil, Luís Inácio
Lula da Silva. Não poderá conceder entrevista, a decisão é da juíza Carolina
Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba que negou o pedido feito pelo site O
Antagonista. No mesmo despacho do veto da entrevista, a juíza autorizou mais de
vinte veículos a entrevistarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A
informação é da coluna da “Folha de São Paulo”, Monica Bergano. Em abril desse
ano, ele deu uma entrevista na sede da Policia Federal em Curitiba.
Gleisi
teve pedido para advogar negado
O motivo para a negativa da entrevista de
Lula seria que o “direito à concessão de entrevista é do próprio apenado e
não do veículo de comunicação, não cabendo a este ultimo pleitear em nome
próprio direito alheiro”, afirma o Ministério Público Federal.
A juíza Carolina Lebbos voltou a recusar o
pedido da deputada e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi
Hoffmann, para que ela voltasse a atuar como advogada de Lula e ainda
determinou que a Polícia Federal entregue uma lista de todas as pessoas que já
visitaram o ex-presidente nos um ano e meio em que ele está preso.
Os
hábitos dos bilionários
De acordo com o
site Business Insider, bilionários são, para muita gente, exemplos a
seguir. Copiar seus modos e hábitos pode ser a chave para alcançar ao menos
parte do sucesso que eles tiveram em suas respectivas carreiras. Se você
faz parte do grupo que acredita que emular bilionários pode te colocar no
caminho certo na sua carreira, confira agora seis hábitos de pessoas
bilionárias que você pode copiar mesmo não sendo um dos mais ricos do mundo.
O hábito da leitura é alimentado por muitos
bilionários. Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, divulga anualmente
uma lista com os cinco livros que ele mais gostou e recomenda. Em 2015, Mark
Zuckerberg se comprometeu a ler um livro a cada duas semanas.
Fazer exercícios
Cuidar da mente não é tudo, e muitos milionários se
aplicam para cuidar do corpo também. O investidor e apresentador Mark Cuban faz
ao menos uma hora de exercícios físicos de seis a sete dias por semana. Já
Richard Branson argumenta que sua rotina de exercícios lhe garante quatro horas
a mais de produtividade no trabalho.
Acordar cedo
Você certamente já ouviu que "Deus ajuda quem
cedo madruga". Bilionários levam este ditado ao pé da letra. Jack Dorsey,
fundador e CEO do Twitter, por exemplo, acorda às 5h da manhã todos os dias
para meditar e caminhar. Tim Cook, CEO da Apple, é ainda mais drástico: acorda
às 3h45 da madrugada, principalmente para se comunicar com filiais da empresa
em fusos horários diferentes ao redor do mundo.
Seguir rotinas
Pode parecer contraditório, mas bilionários seguem
rotinas. A apresentadora e magnata da mídia norte-americana Oprah Winfrey, por
exemplo, começa o dia escovando os dentes e depois levando os cães para
passear. Mark Zuckerberg abre o Facebook em seu celular, rola pela tela inicial
e responde mensagens privadas toda manhã. Segundo ele, o objetivo de manter
rotinas rígidas é perder o menor tempo possível com pequenas escolhas e
reservar energia para tomar grandes decisões ao longo do dia.
Fazer caridade
Embora sejam muito ricos, bilionários evitam
guardar sua fortuna toda para si mesmos. Muitos se dedicam à filantropia, como
o fundador do grupo de mídia Bloomberg, Michael Bloomberg, que, ao longo da
vida, doou US$ 3 bilhões a instituições de caridade. Bill e Melinda Gates
criaram uma fundação para estimular milionários a doarem suas fortunas, e um
dos participantes, Warren Buffett, prometeu doar 99% de toda a sua riqueza
antes de morrer.
Viver com frugalidade
Do mesmo modo que bilionários distribuem riqueza,
eles também evitam gastar à toa. Muitos seguem estilos de vida relativamente
simples se comparado às cifras que eles têm no banco. Mark Zuckerberg tem um
carro avaliado em US$ 30 mil, mesmo podendo comprar um modelo de luxo que custe
milhões. Warren Buffett não usa smartphone, mas um celular simples de formato
"flip". Bill Gates viaja em vôos comerciais, mesmo podendo usar jato
particular.
Cai mais
um no governo Bolsonaro
Ricardo Osório Galvão,
diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), disse na
sexta-feira (2) a jornalistas que será exonerado da função após ter declarado
que o presidente Jair Bolsonaro se comporta como um “garoto de 14 anos” ao
criticar o órgão. “Minha fala sobre o presidente gerou constrangimento, então
eu serei exonerado”, disse Galvão, segundo informações do G1. A exoneração
ainda não foi confirmada pelo governo federal, a quem o Inpe é subordinado.
O diretor do Inpe também
disse que se encontrou com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
“Frente ao ministro Pontes eu não tive que defender nada”, afirmou. “Ele
concorda inteiramente com os dados do Inpe e sabe como são os dados do Inpe.”
Histórico
Galvão e o governo entraram
em rota de colisão em 19 de julho, quando Bolsonaro disse, em conversa com
jornalistas no Palácio do Planalto, que o Inpe mentia sobre dados do
desmatamento da Amazônia, “a serviço de uma ONG”. “Ele tem um comportamento
como se estivesse falando em botequim, uma conversa de botequim”, declarou
Galvão, à época, em uma entrevista. “Ele diz que nenhum dos ministros de
Ciência e Tecnologia anteriores ao seu governo faziam uma diferenciação entre
gravidez e lei da gravidade. Isso é uma piada de um garoto de 14 anos que não
cabe a um presidente da República fazer”, completou.
Amazônia
“Eu acho, honestamente, que
isso faz parte de um esquema que já estava sendo formado para me queimar”,
disse Galvão na mesma entrevista, acrescentando: “eu não vou me demitir”.
Nesta semana, Bolsonaro
voltou a fazer críticas ao método utilizado pelo Inpe para medir o avanço do
desmatamento na Amazônia. Segundo imagens de satélite obtidas pelo órgão, o
número de áreas desmatadas da Amazônia cresceu 212% até 26 de julho, em relação
ao mesmo mês do ano passado.
“Não quero afirmar, mas uma
notícia como essa [crescimento do desmatamento na Amazônia], que não condiz com
a verdade, tem um estrago muito grande na imagem do Brasil. Parece que tem
gente interessada nisso, que não é a imprensa, porque o dado saiu lá de dentro
(do Inpe), dos órgãos nossos", declarou Bolsonaro.