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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Uma “Quarta Via” política surge no cenário das eleições de 2022

Diante de um cenário inconsistente sem alternativas e projeto de governo, surge de forma programática o movimento denominado de Quarta Via, que segundo seus idealizadores visa encontrar um nome presidenciável que ofereça de fato a garantia política para resgatar o país da crise econômica e social.

O ano de 1964 foi um ano marcado por um forte trauma no cenário político brasileiro. A deflagração do golpe militar, em 31 de março, estabelecia a crise do populismo, a mobilização das frentes conservadoras e a derrota dos vários partidos e movimentos considerados de esquerda na época. Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart eram vistos como personagens políticas que representavam cada uma dessas situações.

Usando de sua maior arma, a imprensa, Lacerda lançou em 1966, um manifesto criticando as ações da ditadura militar. Logo em seguida, foi até Portugal encontrar o ex-presidente JK, com quem firmou um pacto de aliança com a chamada “Declaração de Lisboa”. Por fim, executando o último passo de sua trajetória, Lacerda, antigo apoiador do Golpe de 1964, se dirigiu até o Uruguai para lavrar o “Pacto de Montevidéu” junto ao ex-presidente deposto João Goulart.

O que foi a “Frente Ampla”

Essas três figuras políticas distintas superaram suas diferenças de opinião política para lançar um movimento em favor da democracia e do desenvolvimento econômico nacionalista. Nascia, assim, a chamada “Frente Ampla” um movimento de ordem civil que pretendia combater as ações enrijecedoras que centralizavam a situação política nacional nas mãos do Poder Executivo, assumido pelos militares, e por sua vez,  no comando da vida política através do sistema bipartidário.

A Frente Ampla não tinha intenções de estabelecer um movimento de combate incisivo e direto contra as autoridades militares.

Da mesma forma o Movimento pela Quarta Via, não confronta pactos entre partidos e lideranças, porem almeja, encontrar um novo viés, avançado progressista e nacionalista, para incorporara idéias e proposta de alinhamento as suas convicções. É o que estabelece seu Manifesto que será lançado no inicio do próximo ano.

Para o militante político e um dos idealizadores da proposta Rodrigo Rocha “ao estabelecer uma linha neo-política de cunho nacionalista e independente, a Quarta Via ocupa um espaço para discussão sob um novo patamar que deve ser edificado, para suportar milhões de brasileiros ávidos por um programa, onde os setores republicanos possam discutir, conhecer novas idéias e propostas para reedificar o país.”

Núcleo: ANIBRPress/Brasil Escola/Imagem: Internet