ROBERTO MONTEIRO PINHO
Uma “Quarta Via” política surge no cenário das eleições de 2022
Diante de um cenário
inconsistente sem alternativas e projeto de governo, surge de forma programática
o movimento denominado de Quarta Via, que segundo seus idealizadores visa
encontrar um nome presidenciável que ofereça de fato a garantia política para
resgatar o país da crise econômica e social.
O ano de 1964 foi um ano marcado por um
forte trauma no cenário político brasileiro. A deflagração do golpe militar, em
31 de março, estabelecia a crise do populismo, a mobilização das frentes
conservadoras e a derrota dos vários partidos e movimentos considerados de
esquerda na época. Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart eram
vistos como personagens políticas que representavam cada uma dessas situações.
Usando
de sua maior arma, a imprensa, Lacerda lançou em 1966, um manifesto criticando
as ações da ditadura militar. Logo em seguida, foi até Portugal encontrar o
ex-presidente JK, com quem firmou um pacto de aliança com a chamada “Declaração
de Lisboa”. Por fim, executando o último passo de sua trajetória, Lacerda,
antigo apoiador do Golpe de 1964, se dirigiu até o Uruguai para lavrar o “Pacto
de Montevidéu” junto ao ex-presidente deposto João Goulart.
O
que foi a “Frente Ampla”
Essas
três figuras políticas distintas superaram suas diferenças de opinião política para
lançar um movimento em favor da democracia e do desenvolvimento econômico
nacionalista. Nascia, assim, a chamada “Frente Ampla” um movimento de ordem
civil que pretendia combater as ações enrijecedoras que centralizavam a
situação política nacional nas mãos do Poder Executivo, assumido pelos
militares, e por sua vez, no comando da
vida política através do sistema bipartidário.
A
Frente Ampla não tinha intenções de estabelecer um movimento de combate
incisivo e direto contra as autoridades militares.
Da mesma forma o Movimento pela Quarta
Via, não confronta pactos entre partidos e lideranças, porem almeja, encontrar
um novo viés, avançado progressista e nacionalista, para incorporara idéias e
proposta de alinhamento as suas convicções. É o que estabelece seu Manifesto
que será lançado no inicio do próximo ano.
Para o militante político e um dos
idealizadores da proposta Rodrigo Rocha “ao estabelecer uma linha neo-política
de cunho nacionalista e independente, a Quarta Via ocupa um espaço para
discussão sob um novo patamar que deve ser edificado, para suportar milhões de
brasileiros ávidos por um programa, onde os setores republicanos possam discutir,
conhecer novas idéias e propostas para reedificar o país.”
Núcleo: ANIBRPress/Brasil Escola/Imagem:
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