ROBERTO MONTEIRO PINHO:
A QUARTA VIA - UMA PROPOSTA PARA AJUDAR O BRASIL
Os mais altos escalões da vida pública, do judiciário ao legislativo e
executivo, traz o panorama geral de que estamos reféns de uma grandiosa e bem
aparelhada milícia política, onde até mesmo os segundo e terceiro escalões da
República atuam como soldados do crime.
Lembrando Tolstoi, para ele os Estados, as igrejas, os tribunais e os
dogmas eram apenas ferramentas de dominação de uns poucos homens sobre outros,
porém repudiava a classificação de seus ideais como sendo anarquistas.
O escritor não acreditava em guerras e revoluções violentas como solução
para quaisquer problemas, mas sim em revoluções morais individuais que levariam
às verdadeiras mudanças. Afirmava que suas teses se baseavam na vida simples e
próxima à natureza dos camponeses e no evangelho e não nas teorias sociais de
seu tempo.
Entendo por isso, que a solução, embora defendida por pessoas que não
passaram por um regime de exceção. Daí que desconhecem de fato, o que é a
opressão e o fim da liberdade.
Os pilares do Poder e seus tentáculos enfraqueceram, por sua perniciosa
complacência com os que praticaram e praticam atos contra o Estado. E se os
fazem, praticam contra o civil, e por isso ferem princípios humanísticos de
toda ordem.
Os que dirigem a nação não podem e sequer deveriam tratar a comunidade
como subalternos. O fato de pertencerem a uma estrutura estatizada, não os
credencia a praticas, reacionárias, discriminatórias e de flagrante violação
aos direitos.
Não lhes dá o direito para que saqueiem os cofres da nação, golpeie o
sistema econômico, e pratiquem atos de corrupção ativa e passiva.
Os grupos autodenominados de coletivos, apoiadores, militantes, sejam eles
remunerados, ou voluntários, também não pertencem e não compõe o sentimento de
muitos que estão fora deste contexto, engessado, movido por ambição, e até
revolta contra personagens políticos, seja ele “a ou b”. São abutres
financiados, militantes profissionais, que se atrelam ao sistema público, tal qual
vampiros suga sua presa.
A enxurrada de publicações nas redes especiais, mescladas a pareceres
amadores, a maioria desprovido de conteúdo jurídico sobre a candidatura produzida pela mídia desgarrada do sentimento pátrio, se apega a decisão do
juiz federal Sergio Moro em condenar o ex-presidente Lula da Silva a nove anos
e meio de prisão por crime praticado quando ocupante de cargo publico eletivo,
no caso do “triplex do Guarujá”.
O quadro das manifestações que era “fora Temer, volta Dilma”, com a
decisão de Curitiba, ganhou novos contornos.
Agora deputados, senadores, dirigentes e militantes do PT discutem a
hipótese de denunciar a condenação do ex-presidente Lula da Silva à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
E foi fato, mais um devaneio que se perdeu na fumaça intencional de
articulistas, marqueteiros de plantão.
O assunto não é novo. Quando da condenação do corrupto do ex-ministro do
governo Lula, o condenado José Dirceu, a mesma proposta flutuou no meio petista.
Em 2016 um movimento ruidoso e de desencontrados petistas, mirou a
internacional OEA para denunciaram o que eles denominaram “golpe” contra a
ex-presidente Dilma Rousseff. A organização sequer se pronunciou. Dilma
caiu, ruidosamente, destrambelhada, descuidada e isolada, pelo próprio PT, com
quem se divorciou em meio ao mandato de presidente.
Tenho vaticinado aqui sobre algumas questões e todas com absoluta presteza
ocorreram. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a condenação do
ex-presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha, a “pizza do mensalão”, as
decisões maledicentes do STF na “Lava Jato”. E agora a mais PERNICIOSA e
CÍNICA absolvição de Lula.
Temos aqui um cenário, cujo radar foca a possibilidade de uma nova
proposta para as eleições de 2022. A “Quarta Via”.