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domingo, 21 de julho de 2019


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro e a critica aos nordestinos?

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, neste domingo, que não criticou o povo nordestino ao citar "governadores de paraíba” antes de início de café da manhã com correspondentes da imprensa estrangeira.

Pelo Twitter,   Bolsonaro aproveitou a mensagem para atacar o general Luiz Rocha Paiva , integrante da Comissão de Anistia do governo federal que o criticara pelo comentário. Chamou-o de "melancia" — termo pejorativo para definir quem seria "verde" (neste caso, verde oliva, de militar) por fora e "vermelho" (esquerdista) por dentro.

Redes sociais...

‘Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão'. Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos. Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, para me chamar de antipatriótico. Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI", escreveu o presidente na rede social.

Na sexta-feira (19), microfones captaram trecho de conversa do presidente com o ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni. "Daqueles governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara", afirmou ele ao aliado. Alvo de críticas de nordestinos, incluindo artistas e políticos, Bolsonaro destacou mais tarde que se referia apenas a Flávio Dino, governador do Maranhão, e João Azevêdo, da Paraíba.

Lula e a Operação Zelos em 2015

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Gilberto Carvalho e mais cinco pessoas por "venda" de uma medida provisória de 2009 ao setor automotivo. Os envolvidos são acusados de corrupção na elaboração e edição da MP 471, que prorrogou incentivos fiscais a montadoras instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. O caso foi revelado em outubro de 2015 e investigado na Operação Zelotes.

Na denúncia, enviada à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, os procuradores da República Frederico Paiva e Hebert Mesquita sustentam que representantes das montadoras prometeram o pagamento de "vantagens indevidas" a intermediários do esquema e a agentes políticos, entre eles Lula e Carvalho.

Os envolvidos

A Marcondes e Mautoni Empreendimentos - empresa do lobista Mauro Marcondes Machado, que representava a CAOA (Hyundai) e a MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil) - teria ofertado R$ 6 milhões a Lula e Carvalho. O destino do dinheiro, segundo o MPF, seria o custeio de campanhas eleitorais do PT.

"Diante de tal promessa, os agentes públicos, infringindo dever funcional, favoreceram as montadoras de veículo MMC e CAOA ao editarem, em celeridade e procedimento atípicos, a Medida Provisória nº 471, em 23/11/2009, exatamente nos termos encomendados, franqueando aos corruptores, inclusive, conhecimento do texto dela antes de ser publicada e sequer numerada, depois de feitos os ajustes encomendados", pontua em um dos trechos da denúncia.
O grupo...

Também estão entre os denunciados Mauro Marcondes, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) José Ricardo da Silva e os executivos de montadoras Carlos Alberto de Oliveira Andrade e Paulo Arantes Ferraz. O MPF pede que os acusados paguem R$ 12 milhões a título de ressarcimento ao erário e multa por danos morais coletivos. Além de garantir a edição e aprovação da MP no Congresso, os procuradores alegam que as propinas foram pagas também para comprar o cancelamento de um débito de R$ 265 milhões que era objeto de um recurso no Carf. Este caso, no entanto, é objeto de outra ação penal em tramitação na 10ª vara da Justiça Federal em Brasília.

De acordo com o MPF, a investida do grupo junto ao governo começou em junho de 2009, quando José Ricardo Silva recebeu do diretor jurídico da Marcondes e Mautoni duas cartas endereçadas ao então presidente da República com os pedidos de alteração legislativa. Os documentos foram elaborados pelo diretor jurídico da empresa, Ricardo Rett, e chegaram a sugerir que a mudança fosse efetivada por meio de MP, o que acabou ocorrendo.

O pagamento das propinas...

Os procuradores destacam uma mensagem em que Alexandre Paes dos Santos afirma que "colaboradores" de Mauro Marcondes teriam exigindo R$ 10 milhões e que o valor foi reduzido para R$ 6 milhões após "esforço de sensibilização de Mauro (Marcondes)". Para o MPF, "colaboradores" seriam o ex-presidente Lula e de Gilberto Carvalho.

Segundo o MPF, a mensagem endereçada aos responsáveis pela empresa SGR Assessoria, de propriedade de José Ricardo, foi elaborada após a empresa Caoa ter desistido de pagar a sua parte no combinado. A negociação inicial previa o pagamento de R$ 33 milhões. No entanto, recebeu só a metade, o que teria dificultado o pagamento das propinas.

Na denúncia, os procuradores enfatizam que documentos e depoimentos mostram que a MP teve um andamento atípico, passando por três ministérios em um único dia: 19 de novembro, quatro antes da publicação da norma no Diário Oficial. O farto material informativo foi publicado no Portal em.com.br

Ancine com os dias contados...

Um dia após decretar a transferência do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil, sob a tutela do ministro Onyx Lorenzoni, o presidente Jair Bolsonaro revelou a intenção de acabar com a Agência Nacional de Cinema (Ancine). Ao se encontrar com simpatizantes, no sábado (20), no Palácio do Planalto, Bolsonaro perguntou se deve ou não fechar a agência. Os apoiadores responderam positivamente ao questionamento do mandatário.
Bolsonaro afirmou que a agência reguladora pode ser privatizada ou extinta caso não seja possível usar filtros nas produções nacionais. – A cultura vem para Brasília e vai ter um filtro sim, já que é um órgão federal. Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos ou extinguiremos. Não pode dinheiro público ser usado para fins pornográfico.
Fim do movimento Escola Sem Partido

O movimento Escola Sem Partido terá as atividades encerradas em 1º de agosto. O anúncio foi feito pelas redes sociais. A instituição se dedica ao combate à “instrumentalização do ensino para fins políticos, ideológicos e partidários”. O coordenador do movimento, Miguel Nagib, se queixa de que o presidente Jair Bolsonaro “não tocou mais no assunto”.
– Tudo isso é muito frustrante para nós. A reforma da Previdência explica e justifica perfeitamente que o projeto Escola sem Partido não esteja tramitando no Legislativo. Mas e o Executivo? O Executivo poderia ao menos escutar as sugestões do nosso movimento. Mas nem isso.
Sem apoio institucional
Na visão de Nagib, a proposta tem “poucas chances de avançar sem o apoio político do presidente Jair Bolsonaro”, segundo a Gazeta do Povo.– Ele foi o único candidato que apoiou a proposta do movimento durante a campanha. Sem o apoio de Bolsonaro ‒ não me refiro ao governo, mas à liderança política do presidente ‒, o Escola Sem Partido dificilmente conseguirá avançar. Batemos no teto.
Entre as medidas sugeridas pelo grupo estava a afixação de um cartaz nas salas de aula informando seis deveres do professor, além da garantia de que as aulas pudessem ser gravadas e disponibilizadas aos pais de alunos.
O clima no planeta
Dia dos Oceanos, tradicionalmente celebrado no dia 8 de junho, se constitui em oportunidade para dar ênfase e refletir sobre a importância dos mares e os impactos sofridos por eles como consequência das nossas atividades. Além dos problemas mais conhecidos de acúmulo de resíduos, devido ao descarte inadequado de lixo, os oceanos são os principais afetados pelas Mudanças Climáticas – causadas pela emissão dos gases de efeito estufa (GEE), provenientes da queima de combustíveis fósseis e outras atividades como o desmatamento, a agricultura e pecuária e a decomposição do lixo.

Degelo começou em 1981

O efeito mais conhecido é o aumento do nível do mar pelo derretimento do gelo, consequência do aquecimento da atmosfera e da água, além da radiação solar. O derretimento é um fenômeno natural, mas nos últimos anos foi possível notar uma perda de gelo fora do normal. No Ártico, a cobertura de gelo tem registrado recordes consecutivos de menor extensão no verão. Imagens de satélites mostraram que os anos de 2012, 2007, 2011 e 2015 (o ano mais quente da história, segundo a Nasa e as principais agências climatológicas do mundo) registraram o maior degelo desde que as medições começaram, em 1981.