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domingo, 14 de julho de 2019


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Nova Previdência deu fôlego para o governo

Uma das mudanças no texto-base da reforma da Previdência foi aprovada nesta sexta-feira (12), com isso a idade menor para a aposentadoria de professores que já são segurados pelo INSS e forem se valer da regra de transição. Os deputados rejeitaram, entretanto, o destaque que retirava o pedágio de 100% das regras de transição.

Aprovado por 465 votos a 25, o destaque nº 43, do PDT, favorece a aposentadoria de professores em uma das regras de transição, que exige pedágio de 100% do tempo que ainda falta para se aposentar. Havia acordo entre os parlamentares da base e da oposição para aprovação dessa mudança. 

Economia de R$ 900 bilhões

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que, mesmo com os destaques aprovados, a reforma garante R$ 900 bilhões de economia para a próxima década. Estimativa do governo era de R$ 1,3 trilhão.

A idade mínima exigida nessa regra de transição, que pode ser seguida pelos trabalhadores da ativa, diminuiu. No caso das mulheres, passou de 55 anos para 52 e dos homens de 58 para 55 anos.
Mais cedo, o plenário rejeitou por 387 votos a 103 o destaque nº 44, também do PDT, que mantinha apenas os requisitos de idade e tempo de contribuição na reforma da Previdência, retirando o pedágio de 100% da regra de transição. 

O pedágio consiste no acréscimo de um período de contribuição equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o tempo mínimo de contribuição – 30 anos (para mulheres) ou 35 (para homens) – na data em que a reforma entrar em vigor. 

Dificuldade para organizar a base de apoio adia reforma para agosto
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, suspendeu a sessão no início da madrugada de sexta-feira (12), depois que parlamentares começaram a deixar a Casa. A demora para concluir a votação reflete a dificuldade do governo do presidente Jair Bolsonaro para organizar uma base de apoio no Congresso, o que exigiu muitas horas de negociação na quinta antes da votação ser iniciada, no meio da tarde.
Segundo turno será conclusivo
Com isso, a expectativa agora é que a análise do texto na Câmara só seja concluída em agosto, depois do recesso parlamentar de julho. Por ser uma tentativa de alterar a Constituição, o texto ainda terá que ser aprovado pelos deputados em segundo turno, antes de seguir para o Senado, onde precisa ser aprovado de forma idêntica para entrar em vigor. Caso haja alteração, a parte modificada terá que voltar à Câmara.
Por enquanto, o texto aprovado mantém a essência da reforma proposta pelo governo - prevê que os brasileiros se aposentem mais tarde e com benefícios menores, além de aumentar a contribuição dos servidores federais de maior renda. Há regras de transição que suavizam as mudanças para os atuais trabalhadores.

Moro será o vice de Bolsonaro em 2022?

Com excelente visibilidade, apesar do massacre dos mídias ativistas ligados a esquerda composta por petistas e aliados, o ex-juiz e Secretário de Justiça Sergio Moro, é por várias vozes do Planalto o potencial vice- na chapa presidencial de 2022

A estratégia dos articulistas tem o aval do presidente Jair Bolsonaro.  O sinal latente surgiu durante reunião realizada no palácio no dia 5 de julho. O teste vital para isso, foi a presença dos dois na final da Copa América no Maracanã, quando forma ovacionados por torcedores. No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente já falam abertamente sobre o que classificam de chapa inexpugnável: Bolsonaro na cabeça e Sergio Moro de vice em 2022, com o coadjuvante Moro virando protagonista e sucessor do presidente reeleito, em 2026.

1. O filho embaixador no EUA...

O presidente dos Estados Unidos Donald  Trump poderá desinar Eric, um de seus cinco filhos, para assumir a embaixada americana em Brasília. A pretensão foi revelada um dia após o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), sugerir a possibilidade do filho Eduardo também ser embaixador no país norte-americano. 

2. O filho do presidente americano Donald Trump

Segundo fontes do governo brasileiro ouvidas pelo jornal O Globo, Eric Trump viria para o Brasil caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acabe nomeado representante em Washington DC. Por coincidência, ambos os filhos têm 35 anos, que, no Brasil, é a idade mínima para atuar como embaixador.

3. Elogios...

O ex-estrategista da campanha de Trump, Steve Bannon, comemorou ao saber da ideia do presidente Jair Bolsonaro de indicar o filho. Um dos ideólogos da onda nacionalista de direita, Bannon considerou o movimento como “muito inteligente” e, em seguida, disse que Eduardo vai chegar ao posto já sabendo os atores, as questões e as oportunidades

Doria esvaziado...

Tidos como invencíveis,  Bolsonaro e Moro, desencorajariam as pré-candidaturas de João Doria e Luciano Huck, que hoje trafegam em semelhante espectro político. Atualmente, poucos entre os que orbitam em torno do presidente ousam discordar da tese. Concretizada a coalizão, também seria uma saída honrosa a Moro à eventual impossibilidade de ser guindado a ministro do Supremo, para cujos apoios do mundo jurídico são questionados.

Deu ruim para deputado do PT

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) perdeu a linha, na noite de quinta-feira (11/7), em um bate-boca. O acontecimento se deu durante um vôo, que saiu de Brasília para o Recife. Um passageiro provocou o petista dizendo que ele é "uma vergonha para Pernambuco". O líder do PT no Senado rebateu: “Fui eleito, seu babaca”, disse. Outros passageiros ouviram a discussão na aeronave. Logo depois, o petista se conteve quando um acompanhante acalmou os ânimos. Costa foi o senador mais votado de Pernambuco com mais de 1,7 milhão de votos, o equivalente a 25,76%. Costa integrou a Frente Popular de Pernambuco, que tinha como cabeça de chapa o governador Paulo Câmara (PSB), reeleito.