ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Nova Previdência
deu fôlego para o governo
Uma das mudanças no texto-base da
reforma da Previdência foi aprovada nesta sexta-feira (12), com isso a idade
menor para a aposentadoria de professores que já são segurados pelo INSS e
forem se valer da regra de transição. Os deputados rejeitaram, entretanto, o
destaque que retirava o pedágio de 100% das regras de transição.
Aprovado por 465
votos a 25, o destaque nº 43, do PDT, favorece a aposentadoria de professores
em uma das regras de transição, que exige pedágio de 100% do tempo que ainda
falta para se aposentar. Havia acordo entre os parlamentares da base e da
oposição para aprovação dessa mudança.
Economia de R$ 900 bilhões
O ministro-chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, afirmou que, mesmo com os destaques aprovados, a reforma
garante R$ 900 bilhões de economia para a próxima década. Estimativa do governo
era de R$ 1,3 trilhão.
A idade mínima exigida nessa regra de transição, que pode ser seguida pelos trabalhadores da ativa, diminuiu. No caso das mulheres, passou de 55 anos para 52 e dos homens de 58 para 55 anos.
A idade mínima exigida nessa regra de transição, que pode ser seguida pelos trabalhadores da ativa, diminuiu. No caso das mulheres, passou de 55 anos para 52 e dos homens de 58 para 55 anos.
Mais cedo, o plenário rejeitou
por 387 votos a 103 o destaque nº 44, também do PDT, que mantinha apenas os
requisitos de idade e tempo de contribuição na reforma da Previdência,
retirando o pedágio de 100% da regra de transição.
O pedágio consiste no acréscimo
de um período de contribuição equivalente ao mesmo número de anos que faltará
para cumprir o tempo mínimo de contribuição – 30 anos (para mulheres) ou 35
(para homens) – na data em que a reforma entrar em vigor.
Dificuldade
para organizar a base de apoio adia reforma para agosto
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, suspendeu a
sessão no início da madrugada de sexta-feira (12), depois que parlamentares
começaram a deixar a Casa. A demora para concluir a votação reflete a
dificuldade do governo do presidente Jair Bolsonaro para organizar uma base de
apoio no Congresso, o que exigiu muitas horas de negociação na quinta antes da
votação ser iniciada, no meio da tarde.
Segundo
turno será conclusivo
Com isso, a expectativa agora é que a análise do texto
na Câmara só seja concluída em agosto, depois do recesso parlamentar de julho.
Por ser uma tentativa de alterar a Constituição, o texto ainda terá que ser
aprovado pelos deputados em segundo turno, antes de seguir para o Senado, onde
precisa ser aprovado de forma idêntica para entrar em vigor. Caso haja
alteração, a parte modificada terá que voltar à Câmara.
Por enquanto, o texto aprovado mantém a essência da
reforma proposta pelo governo - prevê que os brasileiros se aposentem mais
tarde e com benefícios menores, além de aumentar a contribuição dos servidores
federais de maior renda. Há regras de transição que suavizam as mudanças para
os atuais trabalhadores.
Moro será o vice de Bolsonaro em 2022?
Com excelente visibilidade, apesar do massacre dos mídias ativistas ligados a esquerda composta por petistas e aliados, o ex-juiz e Secretário de Justiça Sergio Moro, é por várias vozes do Planalto o potencial vice- na chapa presidencial de 2022
A
estratégia dos articulistas tem o aval do presidente Jair Bolsonaro. O sinal latente surgiu durante reunião realizada
no palácio no dia 5 de julho. O teste vital para isso, foi a presença dos dois
na final da Copa América no Maracanã, quando forma ovacionados por torcedores. No
Palácio do Planalto, auxiliares do presidente já falam abertamente sobre o que
classificam de chapa inexpugnável: Bolsonaro na cabeça e Sergio Moro de vice em
2022, com o coadjuvante Moro virando protagonista e sucessor do presidente
reeleito, em 2026.
1. O filho embaixador no EUA...
O presidente
dos Estados Unidos Donald Trump poderá
desinar Eric, um de seus cinco filhos, para assumir a embaixada americana em
Brasília. A pretensão foi revelada um dia após o presidente do Brasil, Jair
Bolsonaro (PSL), sugerir a possibilidade do filho Eduardo também ser embaixador
no país norte-americano.
2. O filho do presidente americano Donald
Trump
Segundo
fontes do governo brasileiro ouvidas pelo jornal O Globo, Eric Trump viria para
o Brasil caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acabe nomeado representante
em Washington DC. Por coincidência, ambos os filhos têm 35 anos, que, no
Brasil, é a idade mínima para atuar como embaixador.
3. Elogios...
O ex-estrategista da campanha de Trump, Steve Bannon,
comemorou ao saber da ideia do presidente Jair Bolsonaro de indicar o filho. Um
dos ideólogos da onda nacionalista de direita, Bannon considerou o movimento
como “muito inteligente” e, em seguida, disse que Eduardo vai chegar ao posto
já sabendo os atores, as questões e as oportunidades
Doria esvaziado...
Tidos
como invencíveis, Bolsonaro e Moro, desencorajariam
as pré-candidaturas de João Doria e Luciano Huck, que hoje trafegam em
semelhante espectro político. Atualmente, poucos entre os que orbitam em torno
do presidente ousam discordar da tese. Concretizada a coalizão, também seria
uma saída honrosa a Moro à eventual impossibilidade de ser guindado a ministro
do Supremo, para cujos apoios do mundo jurídico são questionados.
Deu ruim para deputado do PT
O senador pernambucano Humberto
Costa (PT) perdeu a linha, na noite de quinta-feira (11/7), em um bate-boca. O
acontecimento se deu durante um vôo, que saiu de Brasília para o Recife. Um passageiro provocou o petista dizendo que ele é
"uma vergonha para Pernambuco". O líder do PT no Senado rebateu: “Fui
eleito, seu babaca”, disse. Outros passageiros ouviram a discussão na aeronave.
Logo depois, o petista se conteve quando um acompanhante acalmou os ânimos.
Costa foi o senador mais votado de Pernambuco com mais de 1,7 milhão de votos,
o equivalente a 25,76%. Costa integrou a Frente Popular de Pernambuco, que
tinha como cabeça de chapa o governador Paulo Câmara (PSB), reeleito.