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domingo, 30 de agosto de 2020

 

ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Eleições no EUA: Trump e Biden empatados

Uma pesquisa do instituto Rasmussen, um dos mais conceituados do EUA, divulgada na quarta (26), mostra o democrata Joe Biden com 46% das intenções de voto e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), com 45%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados.

Há uma semana, a diferença detectada pelo Rasmussen era de 4 pontos percentuais: Biden aparecia com 48% e Trump, 44%. Outras pesquisas seguem mostrando uma vantagem de Biden para Trump. Segundo a da Economist/Yougov, a dianteira do democrata é de 9 pontos percentuais. Na da CNBC/Change, a distância é de 8 pontos percentuais. Na da CNN, 4 pontos percentuais.

Em campanha para consolidar o voto conservador do norte do país

Buscando um segundo mandato, ele tem pela frente o comando de um país fortemente afetado pela pandemia de coronavírus, tanto na saúde quanto na economia, e um eleitorado com quatro anos de sua presidência para avaliar.

Sua principal proposta para a campanha de 2020 é recuperar a economia e os empregos, além de proteger os interesses comerciais dos EUA e continuar com sua postura linha-dura na imigração. Aqui, em detalhes, veja como Trump se coloca — e tem se colocado — nos oito temas-chave desta eleição.

E meio a pandemia sua aprovação caiu para 38%

Numa análise concisa  a BBC News, relata que “o desafio de Trump agora, no entanto, é maior do que o enfrentado em 2016. Se há quatro anos ele era visto como um outsider na política, um empresário e apresentador de reality show que vendia um projeto de retomada dos valores conservadores americanos - com foco em religião, família e trabalho -, agora ele é o presidente e apenas 38% dos americanos aprovam sua gestão, segundo pesquisa do Pew Research divulgada essa semana”.

A taxa de aprovação está abaixo da média histórica de popularidade ostentada por presidentes que obtiveram a reeleição. Os Estados Unidos foram duramente atingidos pela pandemia de coronavírus - com mais de 5,7 milhões de diagnósticos e 180 mil mortes - e a resposta de Trump ao problema sanitário tem sido considerada parte da explicação para os números tão altos pelos especialistas.

Discurso será modulado ao gosto do melhor americano

Na esteira da pandemia, a economia americana e mergulhou em uma recessão comparável à da Grande Depressão de 1929. E, em meados de 2020, protestos por justiça racial varreram todo o país. Em uma campanha atípica, em que comícios com milhares de apoiadores, como Trump gosta, estão fora de cogitação, os quatro dias de convenção servirão para que o presidente apresente uma espécie de "intensivão" do discurso que repetirá nos próximos dois meses para tentar vencer a eleição.

Bolsonaro defende proposta de quatro parcelas de 300, do auxílio emergencial

O governo deve prorrogar o auxílio emergencial até dezembro deste ano, com quatro parcelas de R$ 300, valor defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. O anúncio do Renda Brasil, programa social que substituirá Bolsa Família e será a marca social do governo Bolsonaro, ficará para um segundo momento para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha mais tempo para encontrar espaço para acomodar o novo gasto dentro do teto, que limita o avanço das despesas à inflação.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente quer um plano que não inclua a revisão ou a extinção de outros benefícios, como o abono salarial, uma espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira com salário até R$ 2.090 e que custa cerca de R$ 20 bilhões ao ano. O abono é considerado ineficiente pela equipe econômica, mas a proposta foi rejeitada pelo presidente em reunião na terça-feira, 25. No dia seguinte, em viagem a Minas Gerais, Bolsonaro avisou que não vai "tirar de pobres para dar a paupérrimos".

Witzel acusado de formar quadrilha no governo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, na sexta-feira, o afastamento imediato por 180  dias, do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades na saúde. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), existiam três grupos com grande influência no governo do estado.Witzel ficará pelo menos seis meses afastado do

Além de Witzel, foram denunciados pelo MPF a primeira-dama, Helena Witzel, e outras sete pessoas por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro. A denúncia apresentada ao ministro Benedito Gonçalves, do STJ, aponta que o governador utilizou-se do cargo para estruturar uma organização criminosa que movimentou R$ 554.236,50 em propinas pagas por empresários da saúde ao escritório de advocacia de sua esposa.

O casal foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na forma de crime continuado, reiterado por 25 vezes. Na petição, o MPF pede a condenação dos acusados, a decretação da perda do cargo público de Wilson Witzel e o pagamento de indenização mínima de R$ 1.108.473,00 aos cofres públicos.

Provas contundentes

De acordo com o órgão federal, na denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, o MPF apresenta provas de que o governador liderou, entre março e maio deste ano, três grupos empresariais - que representam quatro empresas - que disputavam o poder no governo do estado mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

Segundo o MPF, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas. Em troca do apoio do governador, os empresários firmavam contratos fictícios com o escritório de advocacia de Helena Witzel, o que permitia a transferência indireta de valores pagos por Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto a Wilson Witzel.

Câmara aprova criação do Tribunal Federal de Minas Gerais

A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira a criação de um Tribuna Regional Federal exclusivo para Minas Gerais, o TRF da Sexta Região (TRF-6). O Projeto de Lei nº 5.919/2019, apresentado pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, foi votado em turno único na Câmara e segue para apreciação do Senado.

A apreciação do projeto na Câmara causou debates acalorados. De um lado, PT, PSL, MDB, PV, PSDB, PDT e quase totalidade da bancada mineira, defendendo que a criação da nova corte beneficiará os mineiros, por trazer mais rapidez ao julgamento dos processos. Do outro, encabeçados pela pandemia de COVID -19 e que a criação no novo tribunal aumentará as despesas para um governo já em dificuldades.

A nota falsa de R$ 200,

No final do mês de agosto deve ocorrer o lançamento da nova nota de R$ 200, entretanto internautas afirmam que já há uma versão falsificada circulando no Rio de Janeiro, mais precisamente no comércio de Madureira, na zona norte.

A cópia falsificada, que é da cor laranja, não segue as cores semelhantes aprovadas pelo Banco Central, cinza com detalhes em marrom. Além disso, na foto aparece o animal escolhido pelo BC, o lobo-guará, contudo não foi divulgada qual será a imagem a ser utilizada nas notas oficiais.

Ainda de acordo com o BC, as opções da moeda ainda estão em fase final de testes.

falsificação de notas está prevista no artigo 289 do Código Penal, tendo uma pena que varia de 3 a 12 anos de prisão. O BC explica que quem coloca uma cédula falsa em circulação após tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo recebendo-a de boa fé, pode ser condenado a uma penalidade de 6 meses a 2 anos de detenção.