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domingo, 6 de setembro de 2020

 

ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro lidera pesquisas para reeleição em 2022

Os opositores ao governo, não conseguiram desconstruir a popularidade do presidente. Jair Bolsonaro (sem partido) aparece na frente em todos os cenários para a eleição de 2022 levantados pela pesquisa Exame/IDEA, divulgada na sexta-feira, (4).

 

Em uma eventual disputa no primeiro turno, o atual chefe do governo federal aparece com 31% das intenções de voto, contra 17% do ex-presidente Luiz Inpácio Lula da Silva (ainda inelegível), e 13% do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Em um eventual segundo turno contra o petista, Bolsonaro também aparece à frente, com 42% dos votos, ante 31% do oponente. Já em uma disputa direta com Moro, o ex-capitão lidera com 38%, contra 31% do antigo aliado.

 

Distanciamento aos demais presidenciáveis

 

No levantamento para primeiro turno, Ciro Gome aparece com 6% da preferência do eleitorado, ante 5% do apresentador global Luciano Huck e 4% do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O governador de São Paulo, João Doria, tem 3% das intensões de voto, mesmo número de João Amoedo. Marina Silva aparece com 2% dos votos, e o governador do Maranhão, Flávio Dino, tem 1% da preferência. Eleitores que ainda não sabem em quem votarão somam 7%, a mesma quantia de quem afirmou que votará em branco ou nulo.

Funcionalismo público é o vilão da reforma

A reforma administrativa apresentada pelo governo federal na quinta feira (3 )cuja Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi entregue ao Congresso Nacional, prevê, dentre outras coisas, o fim da estabilidade imediata para os futuros funcionários públicos.

Parte das carreiras não têm mais o emprego garantido em momento algum, e outras precisam cumprir três anos do cargo para garantirem estabilidade. As medidas, que não valem para os atuais servidores, são detalhadas por integrantes do Ministério da Economia nesta manhã.

Além de alterar as regras do funcionalismo público, a reforma administrativa também aumenta o poder do presidente da República para mudar órgãos do governo. Todas as mudanças previstas no projeto precisam ser analisadas e aprovadas por deputados e senadores.

Padrões de remuneração extrapolam

Ficou para a segunda fase da reforma a proposta de mexer nos salários do funcionalismo público, um ponto defendido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Ambos consideram que os servidores — com destaque para carreiras exclusivas de Estado como gestão tributária, Justiça, diplomacia — já começam ganhando alto para padrões brasileiros e progridem rapidamente para o teto de remuneração de cada categoria. Nesse sentido, eles querem uma reforma que reduza os salários iniciais, torne mais gradativa a evolução na carreira e atrele a progressão a avaliações de desempenho.

Salários serão reduzidos em 40%

Segundo o secretário Gleisson Rubin, a sugestão do governo para redução dos salários iniciais será encaminhada por meio de projeto de lei conforme avance no Congresso a proposta de alteração da Constituição encaminhada nesta quinta. Rodrigo Maia, porém, apresentou na quarta-feira (02/09) uma proposta de reforma administrativa específica para os servidores da Câmara dos Deputados já prevendo redução dos salários iniciais dos concursados em até 40%.

Caso sua sugestão seja aprovada pelos deputados, a remuneração inicial de consultores legislativos na Câmara cairia de 32.844,88 para R$ 21.977,10, enquanto a dos analistas diminuiria de R$ 24.716,88 para R$ 13.849,10. A proposta também prevê que o servidor da Câmara só possa alcançar a maior faixa salarial da sua carreira em pelo menos 25 anos, com novos critérios de avaliação. Hoje, isso é possível em dez anos.

O foco de Trump para se reeleger

São nos Estados decisivos vencidos com boa vantagem por Trump em 2016 que sua campanha deve se focar. Sua margem vencedora em Iowa, Ohio e Texas foi de 8% a 10% naquela época, mas agora ele está bem próximo de Biden nas pesquisas nos três Estados.

Como Hillary Clinton descobriu em 2016, o número de votos conquistado é menos importante do que o lugar onde eles foram vencidos. A maioria dos Estados quase sempre vota da mesma forma, o que significa que só existe um grupo reduzido de Estados em que os dois candidatos têm chances de ganhar. É nesses lugares que a eleição é decidida.

Apostas dão vitória para Trump

Esses números podem ajudar a explicar a sua decisão de mudar seu diretor de campanha em julho e suas constantes referências a "pesquisas falsas. Mercados de aposta, no entanto, não descartam Trump. Algumas casas colocam as chances de uma vitória de Trump em um para três.

Efeito divisor da pandemia

A pandemia do coronavírus dominou as manchetes nos Estados Unidos desde o começo do ano, e as reações às medidas tomadas por Trump foram norteadas por diferenças partidárias. O apoio às medidas de Trump chegou ao auge em meados de março depois que ele declarou emergência nacional e anunciou um pacote de US$ 50 bilhões para que os Estados contivessem o vírus. Neste momento, 55% dos americanos aprovaram suas ações, de acordo com dados da Ipsos, uma empresa de pesquisas.

Fator decisivo para escolha é de 270 votos no colégio eleitoral dos estados

No sistema do colégio eleitoral usado pelos Estados Unidos para eleger seu presidente, cada Estado recebe um número de votos baseado no tamanho da sua população. Um total de 538 votos no colégio eleitoral, estão em disputa, então o candidato precisa de 270 para vencer.

Pandemia reduz uso de escritórios em 70%

Com o controle da pandemia de COVID-19 ainda distante, a volta aos escritórios no mundo corporativo está ficando para depois, mostra uma pesquisa da consultoria KPMG. Um quarto (26%) dos empresários entrevistados entre junho e julho acredita que a volta aos escritórios ficará mesmo para 2021. Na primeira edição do levantamento (abril e maio), apenas 9% apostavam numa volta só em 2021.

Na última semana, a diretoria da Dafiti, loja online de vestuário, tomou a decisão de marcar a volta aos escritórios apenas para o ano que vem. Até então, os cerca de mil funcionários colocados em home office - de um total de 2,8 mil - vinham sendo informados aos poucos sobre a continuidade do trabalho remoto.

Segundo Eduarda Perovano, diretora de recursos humanos, foram dois motivos principais para o adiamento: o home office está funcionando e houve adesão dos funcionários. Uma pesquisa interna mostrou que 90% deles se sentem confortáveis trabalhando de casa. 

Malha fina do IR atinge artistas da Globo

A Receita Federal vai dar mais um passo em seu processo de revisão dos impostos cobrados de atores e atrizes que trabalharam em produções da Rede Globo, segundo informações obtidas pelo portal UOL. Segundo o site, nos próximos 30 dias chegam as primeiras cobranças desses impostos retroativos. 

Segundo a Receita, as cobranças fazem parte de uma campanha contra a “PJotização” de trabalhadores, uma forma de esquivar dos tributos em regime CLT, mesmo em situações que se enquadrariam nesse tipo de contrato pela legislação trabalhista.

Segundo Leonardo Antonelli, advogado trabalhista que defende os 43 artistas na mira do fisco, os impostos retroativos podem totalizar mais do que os ganhos que os atores tiveram por seus trabalhos. “Se a cobrança retroativa pode ser superior aos ganhos do próprio ator, ele teria (e terá) que pagar para trabalhar, e isso não parece fazer o menor sentido tributário”, disse Antonelli em nota obtida pelo UOL. 

Entre os atores e atrizes listados no processo, estão integrantes do primeiro escalão artístico da Globo, participantes de novelas e séries de sucesso, como Reynaldo Gianecchini, Deborah Secco, Malvino Salvador e Maria Fernanda Cândido. A Receita afirma que a devassa não se limita à Globo, mas também a outras empresas que se valeram de contratos de pessoa jurídica.