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domingo, 1 de março de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro decide travar a PC da reforma administrativa

A reforma administrativa - que altera regras sobre os novos servidores públicos -, pronta e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, não deve ser enviada ao Congresso até que ocorra a votação dos vetos presidenciais a trechos do Orçamento. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes,concordou e decidiu esperar uns dias para dar andamento dos projetos de seu interesse no Congresso. O impasse é reflexo da tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Legislativo nesta semana.

A saga das aposentarias para 60 mil servidores

A aprovação de novos concursos públicos federais virou moeda de troca do governo para pressionar o Congresso e conseguir aprovar a reforma administrativa. À espera da definição, pelo presidente Jair Bolsonaro, do melhor momento político para enviar a proposta de reforma ao Legislativo, a equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a nova proposta – que promete mexer com as carreiras do funcionalismo – receber o aval dos parlamentares.

A aposta do governo é de que o “estrangulamento” natural dos serviços públicos, decorrente de um grande número previsto de pedidos de aposentadoria neste e nos próximos anos, acabe fazendo com que as próprias categorias aceitem a reforma, para que voltem a contar com novas vagas nos órgãos federais. Outro fator que pesa nessa balança é o consequente aumento da carga de trabalho.

Desde o ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem chamado atenção para a quantidade de servidores que devem deixar os cargos nos quatro anos de governo Bolsonaro. De acordo com o Ministério da Economia, são 22 mil aposentadorias previstas no funcionalismo federal em 2020. Outras 16,7 mil são estimadas para 2021 e mais 20,8 mil em 2022, totalizando quase 60 mil servidores em três anos.

Presidente do PT é vaiada em hotel no Rio de Janeiro

A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Glelisi Hoffmann estava deixando um hotel no Rio de Janeiro com seus familiares,  e amigos quando foi hostilizada por hóspedes que estavam no local. Acompanhada de sua filha de 14 anos, Gleisi respondeu aos insultos dos homens, que seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, e quase foi atingida por uma garrafa arremessada em sua direção.

Redes sociais

Não foi a primeira vez que a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, enfrentou problemas em locais públicos. Desta vez, ela e alguns acompanhantes foram expulsos do Villa Galle, hotel que fica na Lapa, no RJ. A expulsão teria ocorrido por frequentadores do local. pic.twitter.com/bMK4vpT2te
— Jouberth Souza - 15/03 EU VOU (@Jouberth19) March 1, 2020
Presidenta @gleisi é insultada e enfrenta um grupo de bolsonaristas em saída de hotel no Rio.
China informa queda dos casos de Covid-19
O número de novos casos de Covid-19, a doença do novo coronavírus, estão em queda na China, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com o site da entidade de quinta-feira (27) para sexta (28), foram registrados 329 casos confirmados na China, o menor número em um mês. A informação foi dada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (28). No dia anterior, eram 439 novos casos do Covid-19.

Com a expansão de casos do novo coronavírus (Covid-19) fora da China, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou o alerta de risco de uma epidemia global para "muito alto", o maior da escala. Segundo o último boletim da instituição, divulgado nesta sexta-feira (28), ao menos 83.346 pessoas foram infectadas no mundo (95% delas na China) e 2.858 morreram.

Morte no Brasil

Casos da doença já são registrados em 49 países, incluindo o Brasil, que, na quarta-feira (26), quando confirmou a primeira ocorrência em São Paulo. O Ministério da Saúde monitora ainda 182 suspeitas.

Apesar do avanço, a OMS afirmou que não há evidências de que o vírus esteja se espalhando livremente e que os novos casos registrados pelo mundo nesta sexta-feira chegaram a esses países desde nações com maior incidência da doença, como Irã e Itália. É o caso do Brasil. Para a instituição, o Covid-19 ainda está na fase de contenção, quando a transmissão pode ser interrompida

A vacina contra o vírus...
Institutos de pesquisa em saúde de diversas partes do mundo já desenvolveram protótipos de vacinas e estão começando a testá-los em animais. Porém ela será, quase inevitavelmente, menos bem-sucedida entre as pessoas mais velhas. Isso não tem a ver com a vacina propriamente dita — é o sistema imunológico de pessoas idosas que nem sempre responde bem à imunização. Isso é algo que pode ser percebido todos os anos nas campanhas de vacinação contra a gripe.
Em São Diego, a cientista Kate Broderick, chefe de pesquisa do laboratório Inovio, conta que os testes em humanos devem começar em alguns meses. "Nós recebemos a sequência de DNA do vírus assim que as autoridades chinesas disponibilizaram online. A partir dele, desenvolvemos uma vacina e o próximo passo é colocá-la em produção", diz.
Na melhor das hipóteses, em meados de 2021.
Se os testes em animais forem bem-sucedidos, a próxima etapa deve acontecer com humanos ainda em 2020. Mas, mesmo que os cientistas consigam comemorar a criação de uma vacina até o Natal, ainda haverá um longo caminho até que ela seja produzida em larga escala.
Como tudo isso está acontecendo em uma velocidade sem precedentes e com o uso de novas técnicas, não se pode garantir que imprevistos não surjam no caminho. É importante lembrar que existem quatro versões do coronavírus que já circulam entre humanos. Elas causam resfriados comuns e nós não temos vacinas contra nenhuma delas. ((via BBC News).
Novo antibiótico no combate a bactérias
Um poderoso antibiótico capaz de matar algumas das bactérias mais resistentes e perigosas do mundo foi descoberto por uma equipe de pesquisadores que usa inteligência artificial. É a primeira vez que um antibiótico é encontrado dessa maneira e, de acordo com especialistas, a descoberta é um avanço na luta contra o crescente problema de bactérias resistentes a esse tipo de medicamento.
Para encontrá-lo, foi utilizado um poderoso algoritmo que analisou mais de 100 milhões de compostos químicos em questão de dias. O composto descoberto foi capaz de matar 35 tipos de bactérias capazes de matar, segundo os pesquisadores. "Em termos de descoberta de antibióticos, isso é absolutamente pioneiro", disse Regina Barzilay, pesquisadora principal do projeto do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Nos últimos anos, as infecções resistentes a antibióticos aumentaram. Estima-se que cerca de 700 mil pessoas morrem no mundo todos os anos por problemas diretamente relacionados a esse tipo de bactéria. Os pesquisadores acrescentam que o uso de máquinas para acelerar a descoberta de medicamentos pode ajudar a reduzir o custo de gerar novos antibióticos no futuro.
Testes...
O estudo foi publicado algumas semanas depois da descoberta de molécula por inteligência artificial — ela se tornou a primeira desse tipo a ser usada em testes com humanos. Ela será usada para tratar pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O uso da tecnologia de inteligência artificial no campo da assistência médica ainda está engatinhando, mas grandes avanços estão sendo feitos.
Recentemente, um estudo afirmou que a inteligência artificial é mais precisa do que os médicos ao diagnosticar o câncer de mama com mamografias. Uma equipe internacional, que inclui pesquisadores do Google Health (serviço centralizado de informações pessoais focado na saúde) e do Imperial College, de Londres, projetou e treinou um modelo de computador com raios-X de cerca de 29 mil mulheres. O algoritmo foi melhor que seis radiologistas na interpretação de mamografias.