ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro decide travar a PC da reforma administrativa
A
reforma administrativa - que altera regras sobre os novos servidores públicos
-, pronta e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, não deve ser enviada ao
Congresso até que ocorra a votação dos vetos presidenciais a trechos do
Orçamento. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes,concordou e decidiu esperar uns dias para dar
andamento dos projetos de seu
interesse no Congresso. O
impasse é reflexo da tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Legislativo nesta
semana.
A saga das aposentarias para 60 mil servidores
A
aprovação de novos concursos públicos federais virou moeda de troca do governo
para pressionar o Congresso e conseguir aprovar a reforma administrativa. À
espera da definição, pelo presidente Jair Bolsonaro, do melhor momento político
para enviar a proposta de reforma ao Legislativo, a equipe econômica decidiu
segurar os processos seletivos até a nova proposta – que promete mexer com as
carreiras do funcionalismo – receber o aval dos parlamentares.
A aposta do governo é de que o “estrangulamento” natural dos serviços públicos, decorrente de um grande número previsto de pedidos de aposentadoria neste e nos próximos anos, acabe fazendo com que as próprias categorias aceitem a reforma, para que voltem a contar com novas vagas nos órgãos federais. Outro fator que pesa nessa balança é o consequente aumento da carga de trabalho.
Desde o ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem chamado atenção para a quantidade de servidores que devem deixar os cargos nos quatro anos de governo Bolsonaro. De acordo com o Ministério da Economia, são 22 mil aposentadorias previstas no funcionalismo federal em 2020. Outras 16,7 mil são estimadas para 2021 e mais 20,8 mil em 2022, totalizando quase 60 mil servidores em três anos.
A aposta do governo é de que o “estrangulamento” natural dos serviços públicos, decorrente de um grande número previsto de pedidos de aposentadoria neste e nos próximos anos, acabe fazendo com que as próprias categorias aceitem a reforma, para que voltem a contar com novas vagas nos órgãos federais. Outro fator que pesa nessa balança é o consequente aumento da carga de trabalho.
Desde o ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem chamado atenção para a quantidade de servidores que devem deixar os cargos nos quatro anos de governo Bolsonaro. De acordo com o Ministério da Economia, são 22 mil aposentadorias previstas no funcionalismo federal em 2020. Outras 16,7 mil são estimadas para 2021 e mais 20,8 mil em 2022, totalizando quase 60 mil servidores em três anos.
Presidente do PT é vaiada em hotel no Rio
de Janeiro
A deputada
federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Glelisi Hoffmann estava
deixando um hotel no Rio de Janeiro com seus familiares, e amigos quando foi hostilizada por hóspedes
que estavam no local. Acompanhada de sua filha de 14 anos, Gleisi respondeu aos
insultos dos homens, que seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, e
quase foi atingida por uma garrafa arremessada em sua direção.
Redes sociais
Não
foi a primeira vez que a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT,
enfrentou problemas em locais públicos. Desta vez, ela e alguns acompanhantes
foram expulsos do Villa Galle, hotel que fica na Lapa, no RJ. A expulsão teria
ocorrido por frequentadores do local. pic.twitter.com/bMK4vpT2te
— Jouberth Souza -
15/03 EU VOU (@Jouberth19) March 1, 2020
Presidenta @gleisi é
insultada e enfrenta um grupo de bolsonaristas em saída de hotel no Rio.
China informa queda dos casos de Covid-19
O número de novos
casos de Covid-19, a doença do novo coronavírus, estão em queda na China, de
acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo
com o site da entidade de quinta-feira (27) para sexta (28), foram registrados
329 casos confirmados na China, o menor número em um mês. A informação foi dada
durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (28). No dia anterior, eram 439
novos casos do Covid-19.
Com
a expansão de casos do novo coronavírus (Covid-19) fora da China, a OMS
(Organização Mundial de Saúde) elevou o alerta de risco de uma epidemia global
para "muito alto", o maior da escala. Segundo o último boletim da instituição, divulgado
nesta sexta-feira (28), ao menos 83.346 pessoas foram infectadas no mundo (95%
delas na China) e 2.858 morreram.
Morte no Brasil
Casos
da doença já são registrados em 49 países, incluindo o Brasil, que, na
quarta-feira (26), quando confirmou a primeira
ocorrência em São Paulo. O Ministério da Saúde monitora ainda
182 suspeitas.
Apesar
do avanço, a OMS afirmou que não há evidências de que o vírus esteja se
espalhando livremente e que os novos casos registrados pelo mundo nesta
sexta-feira chegaram a esses países desde nações com maior incidência da
doença, como Irã e Itália. É o caso do Brasil. Para a instituição, o Covid-19
ainda está na fase de contenção, quando a transmissão pode ser interrompida
A vacina contra o vírus...
Institutos
de pesquisa em saúde de diversas partes do mundo já desenvolveram protótipos de
vacinas e estão começando a testá-los em animais. Porém ela será, quase
inevitavelmente, menos bem-sucedida entre as pessoas mais velhas. Isso não tem
a ver com a vacina propriamente dita — é o sistema imunológico de pessoas
idosas que nem sempre responde bem à imunização. Isso é algo que pode ser
percebido todos os anos nas campanhas de vacinação contra a gripe.
Em
São Diego, a cientista Kate Broderick, chefe de pesquisa do laboratório Inovio,
conta que os testes em humanos devem começar em alguns meses. "Nós
recebemos a sequência de DNA do vírus assim que as autoridades chinesas
disponibilizaram online. A partir dele, desenvolvemos uma vacina e o próximo
passo é colocá-la em produção", diz.
Na melhor das hipóteses, em
meados de 2021.
Se
os testes em animais forem bem-sucedidos, a próxima etapa deve acontecer com
humanos ainda em 2020. Mas, mesmo que os cientistas consigam comemorar a
criação de uma vacina até o Natal, ainda haverá um longo caminho até que ela
seja produzida em larga escala.
Como
tudo isso está acontecendo em uma velocidade sem precedentes e com o uso de
novas técnicas, não se pode garantir que imprevistos não surjam no caminho. É
importante lembrar que existem quatro versões do coronavírus que já circulam
entre humanos. Elas causam resfriados comuns e nós não temos vacinas contra
nenhuma delas. ((via BBC News).
Novo antibiótico no combate
a bactérias
Um poderoso antibiótico
capaz de matar algumas das bactérias mais resistentes e perigosas do mundo foi
descoberto por uma equipe de pesquisadores que usa inteligência artificial. É a primeira vez que um antibiótico é encontrado
dessa maneira e, de acordo com especialistas, a descoberta é um avanço na luta
contra o crescente problema de bactérias resistentes a esse tipo de
medicamento.
Para encontrá-lo, foi utilizado um poderoso
algoritmo que analisou mais de 100 milhões de compostos químicos em questão de
dias. O composto descoberto foi capaz de matar 35 tipos de bactérias capazes de
matar, segundo os pesquisadores. "Em termos de descoberta de antibióticos, isso é
absolutamente pioneiro", disse Regina Barzilay, pesquisadora principal do
projeto do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Nos últimos anos, as infecções resistentes a
antibióticos aumentaram. Estima-se que cerca de 700 mil pessoas morrem no mundo
todos os anos por problemas diretamente relacionados a esse tipo de bactéria. Os pesquisadores acrescentam que o
uso de máquinas para acelerar a descoberta de medicamentos pode ajudar a
reduzir o custo de gerar novos antibióticos no futuro.
Testes...
O
estudo foi publicado algumas semanas depois da descoberta de molécula por
inteligência artificial — ela se tornou a primeira desse tipo a ser usada em
testes com humanos. Ela será usada para tratar pacientes com transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC). O uso da tecnologia de inteligência artificial no
campo da assistência médica ainda está engatinhando, mas grandes avanços estão
sendo feitos.
Recentemente,
um estudo afirmou que a inteligência artificial é mais precisa do que os
médicos ao diagnosticar o câncer de mama com mamografias. Uma equipe
internacional, que inclui pesquisadores do Google Health (serviço centralizado
de informações pessoais focado na saúde) e do Imperial College, de Londres,
projetou e treinou um modelo de computador com raios-X de cerca de 29 mil
mulheres. O algoritmo foi melhor que seis radiologistas na interpretação de
mamografias.