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domingo, 8 de março de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO


Trump reitera o “bom relacionamento” com Bolsonaro

Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, se encontraram para um jantar na noite deste sábado em Mar-a-Lago, resort de propriedade do líder americano em Palm Beach, na Flórida.

Ainda antes do encontro, Trump disse que Bolsonaro estava fazendo um trabalho fantástico e que "o Brasil o ama, e os Estados Unidos também o amam". Bolsonaro respondeu que havia se inspirado em algumas coisas de Trump, o que levou o americano a dizer que "deu um presente para Bolsonaro".

“Nós temos um relacionamento muito bom. A amizade provavelmente está mais forte agora do que nunca", disse Trump, quando questionado sobre as tarifas. Após o repórter reiterar seu questionamento, o presidente respondeu: "eu não faço promessas".

O dia 15 de março...

O presidente Jair Bolsonaro convocou em vídeo a manifestação do próximo dia 15, eu terá como palco principal a Avenida Paulista em São Paulo. Citando ao Legislativo (Câmara e Senado) e o STF, instituições.  O assunto provocou desgaste desde que Bolsonaro compartilhou, por um aplicativo de celular, uma mensagem de convocação às manifestações.

No evento em Boa Vista, Bolsonaro discursou em defesa das manifestações e compartilhou o vídeo em suas redes sociais. "Dia 15 agora, tem um movimento de rua espontâneo e o político que tem medo de movimento de rua não serve para ser político. Então participem, não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário, é um movimento pró-Brasil. É um movimento que quer mostrar pra todos nós, presidente, Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, que quem dá o norte para o Brasil é a população", afirmou.

Em outro trecho, o presidente afirma que o movimento não é contra a democracia. "Quem disse que é um movimento contra a democracia está mentindo e tem medo de encarar o povo brasileiro", disse.
O Coronavirus...

As grandes economias do Ocidente têm colocado em marcha medidas para mitigar o impacto econômico do surto de novo coronavírus, à medida que o número de pessoas infectadas continua a avançar e desencadear quarentenas, fechamento de fábricas (sobretudo na China), rupturas em cadeias produtivas e restrições de viagens.

Os EUA registraram, até agora, sete mortes e mais de 90 casos do coronavírus, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs). Nova York registrou seu segundo caso, mas a maioria dos pacientes se concentra na Costa Oeste do país — muitos eram passageiros do cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena no Japão.
Itália e Irã lideram
Outros países fora da China, porém, vivem situação mais crítica. Na Itália, país com o maior número de mortes pelo novo coronavírus fora da China, são 79 mortes até agora, e cerca de 2,5 mil pessoas infectadas. No Irã, há oficialmente 77 mortos pela epidemia e 2,3 mil casos confirmados. A China, por sua vez, concentra 80 mil das 88 mil infecções globais pelo coronavírus, além de 2,9 mil mortes até segunda-feira (2/3).
EUA cortou suas taxas de juros
A medida mais recente foi tomada pelo Banco Central dos EUA (Federal Reserve, o Fed), que, em caráter emergencial, cortou nesta terça-feira (03/03) suas taxas básicas de juros em meio ponto percentual, para uma faixa entre 1% e 1,25%.
"O coronavírus traz riscos crescentes à atividade econômica. À luz desses riscos e em apoio aos objetivos de estabilidade de preços e máximo emprego, o comitê do Fed decidiu baixar a faixa da taxa (de juros) de fundos federais", afirmou a instituição em comunicado.
Cortes de juros costumam incentivar o consumo e, assim, a atividade econômica. Em reação à medida, bolsas nos EUA, na Europa e no Brasil subiram logo após a decisão, embora algumas tenham fechado em queda horas depois — diante da aparente percepção de que a redução nos juros não será suficiente para conter o impacto econômico do coronavírus.
No Brasil já são 25 casos
O Ministério da Saúde confirmou no dia 8 de março 25 casos de coronavírus (Sars-CoV-2) no país. Dois novos casos foram confirmados pela secretária de saúde do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois estados com mais casos da doença.

Atualmente, São Paulo tem 16 casos de coronavírus confirmados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 3, e Bahia, com 2. Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal tem apenas um caso cada. Além disso, no Rio, existem mais 111 casos suspeitos da doença. O terceiro caso confirmado é de uma mulher de 42 anos que esteve na Itália.

O Ministério da Saúde confirmou na tarde de hoje (8) 25 casos de coronavírus (Sars-CoV-2) no país. Dois novos casos foram confirmados pela secretária de saúde do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois estados com mais casos da doença. A maioria dos pacientes com a suspeita ou a confirmação da doença estão em quarentena domiciliar, sendo monitorados pelos órgãos de saúde. Atualmente, no mundo, existem 107.600 casos confirmados de coronavírus em 95 países e territórios.

O preço do petróleo em queda

Os preços do petróleo registraram queda de 30% no dia 8 de março (domingo) – uma das maiores da história – depois que a Rússia, de Vladimir Putin, se negou a conter sua produção para elevar os preços do barril. Antes cotado a US$ 45, ele agora é negociado ao redor de US$ 30 – o que afetará duramente as ações da Petrobrás, assim como de todas as commodities.

A ações, da Petrobrás, caminham para quedas recordes nos preços dos ativos na segunda-feira e deverá seguir a tendência nos dias subsequentes.

A tendência é de queda acentuada nos bolsas de todo mundo e de nova alta do dólar no Brasil – o que ampliará a pressão sobre Jair Bolsonaro, que entregou um PIB de 1,1% em seu primeiro ano e, o que complica o pano econômico defendido por Paulo Guedes.