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segunda-feira, 16 de março de 2020



 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

EUA perto de descobrir a vacina contra o coronavírus

Cientistas estadunidenses iniciaram nesta segunda-feira (16) o primeiro teste em seres humanos de uma possível vacina contra o novo coronavírus. De acordo com comunicado dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), órgãos vinculados ao governo dos Estados Unidos, a primeira fase da pesquisa clínica envolve 45 voluntários com idades entre 18 e 55 anos e o primeiro participante recebeu a dose hoje.

Testes em animais foram bons

O estudo está sendo conduzido em Seattle, no estado de Washington, um dos mais afetados pelo surto da Covid-19 nos EUA. Nessa primeira fase do estudo será avaliada a segurança do produto e sua habilidade de produzir uma resposta imunológica. Testes iniciais realizados em animais já tiveram bons resultados.

Depois desse etapa, a nova vacina, chamada mRNA-1273, ainda precisará passar por mais dois testes, que serão realizados em uma quantidade maior de pessoas. Ela foi desenvolvida pelos cientistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas na empresa de biotecnologia Moderna, em Cambridge, no Estado de Massachusetts.

Bolsonaro permanece no topo das pesquisas

O presidente Jair Bolsonaro inicia seu segundo ano de mandato registrando oscilações negativas de popularidade, tanto na avaliação de seu governo quanto na expectativa para o restante de seu mandato. Ambas caíram 3 pontos percentuais, dentro do limite da margem de erro da pesquisa XP/Ipespe de janeiro.

No primeiro mês de 2020, 32% avaliaram a administração federal como ótima ou boa (contra 35% em dezembro) e 40% disseram ter expectativa positiva para o restante do mandato (eram 43% em no fim de 2019) – é o mais baixo índice de expectativa positiva desde o início da série, em novembro de 2018.

A avaliação negativa se manteve estável em 39%, enquanto a expectativa ruim ou péssima para a continuidade do governo oscilou, também para baixo, de 34% para 33%. 
STF sem público

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu restringir o acesso à Corte, cujos julgamentos passarão a ser fechados ao público, em decorrência do risco de disseminação do novo coronavírus, o Covid-19.

De acordo com uma resolução editada no dia 12 de março, somente poderão ter acesso ao plenário e às salas das Turmas onde ocorrem os julgamentos as partes dos processos em pauta e seus respectivos advogados. Estão suspensos também o atendimento presencial para serviços que possam ser prestados de modo virtual, as visitações de turistas e o acesso do público externo ao restaurante que fica no Supremo.

A mesma resolução libera os servidores com mais de 60 anos e portadores de doenças crônicas, grupos considerados de risco, a trabalharem de casa, por meio do teletrabalho. Servidores que tenham viajado a países com casos de transmissão de coronavírus nos últimos 14 dias também devem procurar um serviço médico para testar contra a doença.

American Airlines suspende vôos

A companhia aérea American Airlines vai suspender as rotas que opera entre o Brasil e os Estados Unidos a partir de segunda-feira (16). A suspensão vai vigorar pelo menos até o dia 6 de maio. A companhia cortou 75% de seus vôos internacionais seguindo proibição do governo norte-americano decorrente da crise do novo coronavírus.

Entre os serviços atingidos estão as ligações realizadas de Miami e Nova York para o Rio de Janeiro e São Paulo. Também foi suspensa a rota entre Dallas e a capital paulista. Os voos entre Miami e Manaus e entre Miami e Brasília foram as outras suspensões anunciadas pela empresa dos Estados Unidos.
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Países latinos...

Além das cidades brasileiras, a companhia suspendeu vôos para outras metrópoles sul-americanas, como Lima (Peru), Santiago (Chile), Medellín, Cali e Bogotá, na Colômbia, e Guayaquil (Equador). Também foram canceladas viagens de ida para a Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.

As exceções são os voos de curta duração para o Caribe, o Canadá, o México e a América Central.  Os clientes atingidos, de acordo com a American Airlines , serão contactados e terão flexibilidade para remarcação de vôos sem qualquer taxa. Eles também terão a opção de reembolso do bilhete comprado.

O desemprego

Uma pesquisa divulgada no dia 12 de março, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e três meses, em média, sem ocupação formal.

levantamento ainda mostra que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades melhores quando se está empregado.

A informalidade

De acordo com o presidente da CNDLJosé César da Costa: "O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada ‘ gig economy ’, ou ‘ economia dos bicos ’ – aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de aplicativos, por exemplo.

Somente 15% dos desempregados possuem reserva financeira para se manter até conseguirem um emprego, ao passo em que 76% não possuem. Dentre os ainda têm alguma quantia guardada, 59% possuem dinheiro na poupança ou outro investimento, 33% mencionam o FGTS e 21% outras fontes. Com o dinheiro, 18% conseguiriam pagar todas as despesas e contas essenciais pelos próximos três meses, outros 18% pelos próximos seis meses, 11% apenas até o próximo mês e outros 11% durante um ano.

Mulheres...

O levantamento mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (24%).

Em relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados possui filhos (52%).