ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
EUA perto de descobrir a vacina contra o coronavírus
Cientistas
estadunidenses iniciaram nesta segunda-feira (16) o primeiro teste em seres humanos de uma possível vacina contra o novo coronavírus. De acordo com
comunicado dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), órgãos
vinculados ao governo dos Estados Unidos, a primeira fase da pesquisa clínica
envolve 45 voluntários com idades entre 18 e 55 anos e o primeiro participante
recebeu a dose hoje.
Testes em animais foram bons
O estudo
está sendo conduzido em Seattle, no estado de Washington, um dos mais afetados
pelo surto da Covid-19 nos EUA. Nessa primeira fase do estudo será avaliada a
segurança do produto e sua habilidade de produzir uma resposta imunológica.
Testes iniciais realizados em animais já tiveram bons resultados.
Depois
desse etapa, a nova vacina, chamada mRNA-1273, ainda precisará passar por
mais dois testes, que serão realizados em uma quantidade maior de pessoas. Ela
foi desenvolvida pelos cientistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas na empresa de biotecnologia Moderna, em Cambridge, no Estado de
Massachusetts.
Bolsonaro permanece no topo das pesquisas
O
presidente Jair
Bolsonaro inicia seu segundo ano de mandato registrando oscilações negativas de
popularidade, tanto na avaliação de seu governo quanto na
expectativa para o restante de seu mandato. Ambas caíram 3 pontos percentuais,
dentro do limite da margem de erro da pesquisa XP/Ipespe de janeiro.
No
primeiro mês de 2020, 32% avaliaram a administração federal como ótima ou boa
(contra 35% em dezembro) e 40% disseram ter expectativa positiva para o
restante do mandato (eram 43% em no fim de 2019) – é o mais baixo índice de
expectativa positiva desde o início da série, em novembro de 2018.
A avaliação negativa se
manteve estável em 39%, enquanto a expectativa ruim ou péssima para a
continuidade do governo oscilou, também para baixo, de 34% para 33%.
STF sem
público
O
presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu restringir o
acesso à Corte, cujos julgamentos passarão a ser fechados ao público, em
decorrência do risco de disseminação do novo coronavírus, o Covid-19.
De acordo
com uma resolução editada no dia 12 de março, somente poderão ter acesso ao plenário e às salas das Turmas onde
ocorrem os julgamentos as partes dos processos em pauta e seus respectivos
advogados. Estão suspensos também o atendimento presencial para serviços que
possam ser prestados de modo virtual, as visitações de turistas e o acesso do
público externo ao restaurante que fica no Supremo.
A mesma
resolução libera os servidores com
mais de 60 anos e portadores de doenças crônicas, grupos considerados de risco,
a trabalharem de casa, por meio do teletrabalho. Servidores que tenham viajado
a países com casos de transmissão de coronavírus nos últimos 14 dias também
devem procurar um serviço médico para testar contra a doença.
American
Airlines suspende vôos
A companhia aérea American Airlines vai suspender as rotas que
opera entre o Brasil e os Estados Unidos a partir de segunda-feira (16). A
suspensão vai vigorar pelo menos até o dia 6 de maio. A companhia cortou 75% de
seus vôos internacionais seguindo proibição do governo norte-americano
decorrente da crise do novo coronavírus.
Entre
os serviços atingidos estão as ligações realizadas de Miami e Nova
York para o Rio de Janeiro e São Paulo. Também foi suspensa a rota entre Dallas
e a capital paulista. Os voos entre Miami e Manaus e entre Miami e Brasília
foram as outras suspensões anunciadas pela empresa dos Estados Unidos.
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Países latinos...
Além das
cidades brasileiras, a companhia suspendeu vôos para outras metrópoles sul-americanas, como Lima (Peru),
Santiago (Chile), Medellín, Cali e Bogotá, na Colômbia, e Guayaquil (Equador).
Também foram canceladas viagens de ida para a Europa, Ásia, Austrália e Nova
Zelândia.
As
exceções são os voos de curta duração para o Caribe, o Canadá, o México e a
América Central. Os clientes atingidos,
de acordo com a American Airlines ,
serão contactados e terão flexibilidade para remarcação de vôos sem qualquer
taxa. Eles também terão a opção de reembolso do bilhete comprado.
O desemprego
Uma
pesquisa divulgada no dia 12 de março, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem
trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e
três meses, em média, sem ocupação formal.
O levantamento ainda mostra que 51%
dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do
último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%).
Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego
para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar
oportunidades melhores quando se está empregado.
A informalidade
De acordo
com o presidente da CNDL, José César da Costa:
"O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para
constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada
‘ gig economy ’, ou
‘ economia dos bicos ’ – aquela que diz respeito aos motoristas e
entregadores de aplicativos, por exemplo.
Somente
15% dos desempregados possuem
reserva financeira para se manter até conseguirem um emprego, ao passo em que
76% não possuem. Dentre os ainda têm alguma quantia guardada, 59% possuem
dinheiro na poupança ou outro investimento, 33% mencionam o FGTS e 21% outras fontes. Com o
dinheiro, 18% conseguiriam pagar todas as despesas e contas essenciais pelos
próximos três meses, outros 18% pelos próximos seis meses, 11% apenas até o
próximo mês e outros 11% durante um ano.
Mulheres...
O
levantamento mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas
mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres
(61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a
maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25
a 34 anos (24%).
Em
relação à escolaridade, 59%
possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto,
ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8%
falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil,
55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos
entrevistados possui filhos (52%).