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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020



Eleitores não confiam em partido políticos

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Um estudo divulgado no dia 27 de Janeiro, chamado 'A Cara da Democracia', apontou que a população brasileira tem maior confiança em grupos de família no WhatsApp e nas igrejas do que em instituições como o STF, o Congresso Nacional e os partidos políticos. Mais a frente vamos falar lincado nessa questão, sobre o coronavirús.

O levantamento, foi divulgado pelo Valor Econômico, mostrou que as igrejas foram colocadas no grupo 'confia muito' por 32%, ficando atrás da Polícia Federal, que somou 33%, como a instituição mais confiável junto à população.

No Top 5 da pesquisa, ainda aparecem as Forças Armadas (29% de 'confia muito'), a Polícia Militar (20%) e os grupos de família no WhatsApp (15%). Na outra ponta, o Facebook e os partidos políticos foram os principais apontados no quesito 'não confia', com 54% e 71%, respectivamente.

Logo após a PF, aparecem no ranking de confiança dos brasileiros, as igrejas, as Forças Armadas e a Polícia Militar. Na seqüência, por mais exótico que isso possa parecer, os grupos de família no WhatsApp. Fechando a fila estão o Congresso Nacional, o Facebook e os partidos políticos.

Ainda segundo o levantamento, o sentimento de apoio à Democracia cresceu de 2018 para 2019. O número de pessoas que disse ver o sistema como o 'preferível' a qualquer outra forma de governo subiu de 56% para 64%.

A explosão social de 18 de outubro no Chile que combinou maciços protestos pacíficos com inéditos níveis de violência, o rechaço ao mundo político bateu recorde e arrasa com todos os setores. A desconfiança em relação às instituições aumentou drasticamente, segundo recente pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP). Apenas 7% da população confiam nas empresas, 6% no Ministério Público, 5% no Governo, 3% no Congresso e 2% nos partidos.

Por conta disso o Chile vive um ambiente crispado, tanto na esfera pública como privada. Dirigentes políticos de diferentes setores e personalidades têm sido vítimas das chamadas funas —manifestações maciças contra uma pessoa em particular, nas ruas e nas redes sociais.

Um de cada três cidadãos afirma que a explosão social provocou tensões nas famílias, segundo a pesquisa do CEP. Nesses três meses, inclusive o Parlamento foi palco de cenas que refletem a intolerância e a polarização da sociedade chilena.

As redes sociais, está em completo êxtase, fabricando mentiras (fake news) sobre o coronavirús. A epidemia causada pelo novo  coronavirús trouxe a difusão de mentiras, boatos e mesmo o uso político da situação por determinados grupos que se opõe ao atual regime chinês. Postagens dizendo que o governo perdeu o controle sobre a situação e que existem soluções mágicas para curar uma infecção pelo vírus estão entre os mais difundidos.

Por outro lado, a imprensa comercial também colabora com esse cenário caótico divulgando textos absolutamente especulativos, que auxiliam os criadores de boatos a dar um aspecto de realidade a suas postagens.

Olhando este cenário é fácil dimensionar como um fato desde o menos grave, ou até mesmo gravíssimo como é o caso do coronavirús, vem influenciar o setor econômico mundial, trazendo inquietação, instabilidade, agravado de que hoje a China é um dos países que mais importa produtos no planeta.

O regime chinês é ditatorial, de esquerda radical, comunista, mesmo assim a reação estatal não se prendeu a ideologia e sequer é explorado por esse viés, como já aconteceu em várias nações, quando a classe política aproveita o cenário pára ganhar foco e divulgar suas propostas lincadas em uma oposição intransigente.

Diria para finalizar que o silencia diante de crises, é o melhor remédio para aplacá-la.