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domingo, 9 de fevereiro de 2020




ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Partido de Bolsonaro já atingiu 60% de apoio

A cúpula do partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, o Aliança pelo Brasil, diz que ficou impossível saber quantas assinaturas de apoio o grupo arrecadou. Houve, nas últimas semanas uma alteração na forma como os apoios são recolhidos.
Quando a campanha para recolhimento de assinaturas começou, as fichas assinadas eram enviadas a uma única caixa postal, em São Paulo. Lá, era feita uma triagem e, depois, os documentos eram enviados para os respectivos cartórios eleitorais. Apoiadores locais sobem as informações para o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e levam as assinaturas ao cartório.
Meio milhão de assinaturas
O grupo de Bolsonaro precisa conseguir 492 mil assinaturas válidas para fundar o Aliança pelo Brasil. Partidos fundados recentemente precisaram arrecadar cerca de duas vezes mais apoios, pois vários eram invalidados. Os bolsonaristas tentam contornar a dificuldade solicitando que os apoiadores reconheçam firma das assinaturas.
A alteração faz parte de um plano para aumentar a estrutura de coleta. Ficou mais difícil monitorar os números. Para disputar as eleições de 2020, o Aliança pelo Brasil precisa de todas as 492 mil assinaturas arrecadadas e validadas até abril.  Estimativas não oficiais apontam que neste inicio do mês de fevereiro estaria em torno de 60%.
As criticas de Guedes ao serviço público

Os servidores já foram chamados de marajás, preguiçosos, incompetentes, improdutivos, elites, corporativistas, sangues-azuis e, agora, de “parasitas”. Todos os termos causaram indignação e revolta. Mas o último qualificativo, além do repúdio generalizado, teve o poder de aglutinar as diferentes categorias do serviço público, que estavam, aparentemente, sem o projeto definido para enfrentar o ímpeto governista na reforma administrativa.

De acordo com técnicos do próprio governo, Paulo Guedes, ao ofender o funcionalismo e criticar com veemência o reajuste anual de salários, privilégios e aposentadorias generosas, criou um clima de terra arrasada e derrubou todo o trabalho de divulgação que vem sendo levado a cabo. O governo já estava com uma campanha publicitária praticamente pronta para vender de forma efusiva a reforma na administração pública.

Coronavírus não avança
O novo coronavírus matou mais de 900 pessoas, quase todas na China, superando o balanço global da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), mas a OMS anunciou "boas notícias" na estabilização do número diário de infecções. O vírus 2019-nCoV, que apareceu em dezembro em um mercado em Wuhan (centro da China), matou 91 pessoas a mais na província de Hubei, a mais castigada pela epidemia, elevando o total de vítimas fatais a 902 em todo o país, superando o balanço da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), que matou 774 pessoas em todo o mundo em 2002-2003.
China...
Em sua atualização diária, a comissão de saúde de Hubei confirmou 2.618 novos casos nesta província central da China. Às mortes no país, que impôs uma quarentena a parte de seu território, se acrescenta uma morte em Hong Kong e outra nas Filipinas. Uma "missão internacional" de especialistas partiu para a China na noite deste domingo, anunciou o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. À frente da missão está Bruce Aylward, que esteve à frente de outras emergências sanitárias internacionais.
A OMS havia estimado no sábado que o número de casos de contaminação detectados diariamente na China tinha se estabilizado, mas que era cedo demais para afirmar que a epidemia havia superado seu auge. Com os 2.618 novos casos, agora há mais de 39.800 casos confirmados em toda a China, com base em cifras divulgadas anteriormente pelo governo. Este último número é significativamente menor que as quase 3.900 novas infecções anunciadas na quarta-feira pelas autoridades chinesas em seu relatório diário.
Risco de se alastrar...
Para o cientista americano Ian Lipkin, da Universidade Columbia, a epidemia pode atingir seu pico nas próximas duas semanas antes de retroceder acentuadamente, embora se espere um aumento pontual quando as pessoas retomarem maciçamente a atividade laboral. Por outro lado, o Banco Central chinês (PBOC) anunciou neste domingo que destinará 43 bilhões de dólares para ajudar empresas implicadas no combate à epidemia.
A epidemia continua a se espalhar pelo mundo. Mais de 320 casos de contaminação foram confirmados em cerca de trinta países e territórios. Cinco novos casos (quatro adultos e uma criança, todos de nacionalidade britânica) foram anunciados na França no sábado, elevando para 11 o total 11 no país.
Um novo mercado liderado pela iFood
Masironi havia criado a Montanha Burger em 2016 e viu a chance de prosperar a partir do serviço de entrega de comida iFood, que estava expandindo as suas operações na mesma época.
Foi uma decisão acertada: com "propaganda" garantida por parte do parceiro de delivery, a Montanha Burger, que tinha um pequeno salão próximo ao metrô São Judas, também na zona sul da capital, chegou a despachar 90 entregas por dia, metade da sua demanda diária, com uma média de R$ 55 por pedido. Nada mau para um negócio de pequeno porte.
Mas, no começo de 2019, algo começou a dar errado: os pedidos deixaram de aparecer de uma hora para outra. Não foi uma redução gradual, fruto de um possível aumento de competição. Nem uma mudança de cardápio ou receita, que permaneceram exatamente os mesmos.
Cozinha invisível
Masironi sequer teve a chance de sondar a clientela para saber o que estava acontecendo: no final de 2018, o iFood já havia deixado de fornecer o contato dos clientes aos restaurantes. A partir de então, o consumidor passou a ser do serviço de entrega — não importa quem faça a comida.
Com o tempo, o iFood mudou radicalmente o atendimento aos restaurantes", diz Masironi, que acabou fechando o salão em agosto do ano passado. Manteve apenas o delivery e enveredou pelos lanches mais baratos, vendidos a R$ 9,50. Mas seus produtos não eram exibidos na seção de comida barata do iFood, de até R$ 10. Questionou o aplicativo, mas não obteve resposta conclusiva. Sem pedidos, Masironi não suportou os custos e encerrou definitivamente a operação em novembro.