ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Partido de Bolsonaro já atingiu 60% de apoio
A cúpula do partido que o presidente Jair
Bolsonaro tenta criar, o Aliança pelo Brasil, diz que ficou impossível saber
quantas assinaturas de apoio o grupo arrecadou. Houve, nas últimas semanas uma
alteração na forma como os apoios são recolhidos.
Quando a campanha para recolhimento de
assinaturas começou, as fichas assinadas eram enviadas a uma única caixa
postal, em São Paulo. Lá, era feita uma triagem e, depois, os documentos eram
enviados para os respectivos cartórios eleitorais. Apoiadores locais sobem as
informações para o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e levam as
assinaturas ao cartório.
Meio
milhão de assinaturas
O grupo de Bolsonaro precisa conseguir 492
mil assinaturas válidas para fundar o Aliança pelo Brasil. Partidos fundados
recentemente precisaram arrecadar cerca de duas vezes mais apoios, pois vários
eram invalidados. Os bolsonaristas tentam contornar a dificuldade solicitando
que os apoiadores reconheçam firma das assinaturas.
A alteração faz parte de um plano para
aumentar a estrutura de coleta. Ficou mais difícil monitorar os números. Para
disputar as eleições de 2020, o Aliança pelo Brasil precisa de todas as 492 mil
assinaturas arrecadadas e validadas até abril.
Estimativas não oficiais apontam que neste inicio do mês de fevereiro
estaria em torno de 60%.
As criticas de Guedes
ao serviço público
Os servidores já foram chamados de marajás, preguiçosos,
incompetentes, improdutivos, elites, corporativistas, sangues-azuis e, agora,
de “parasitas”. Todos os termos
causaram indignação e revolta. Mas o último qualificativo, além do repúdio
generalizado, teve o poder de aglutinar as diferentes categorias do serviço
público, que estavam, aparentemente, sem o projeto definido para enfrentar o
ímpeto governista na reforma administrativa.
De acordo com técnicos do próprio governo, Paulo Guedes, ao ofender o funcionalismo e criticar com veemência o reajuste anual de salários, privilégios e aposentadorias generosas, criou um clima de terra arrasada e derrubou todo o trabalho de divulgação que vem sendo levado a cabo. O governo já estava com uma campanha publicitária praticamente pronta para vender de forma efusiva a reforma na administração pública.
De acordo com técnicos do próprio governo, Paulo Guedes, ao ofender o funcionalismo e criticar com veemência o reajuste anual de salários, privilégios e aposentadorias generosas, criou um clima de terra arrasada e derrubou todo o trabalho de divulgação que vem sendo levado a cabo. O governo já estava com uma campanha publicitária praticamente pronta para vender de forma efusiva a reforma na administração pública.
Coronavírus não avança
O novo coronavírus matou mais de 900 pessoas, quase todas na China,
superando o balanço global da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), mas a
OMS anunciou "boas notícias" na estabilização do número diário de
infecções. O vírus 2019-nCoV, que apareceu em dezembro em um mercado em Wuhan
(centro da China), matou 91 pessoas a mais na província de Hubei, a mais
castigada pela epidemia, elevando o total de vítimas fatais a 902 em todo o
país, superando o balanço da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), que
matou 774 pessoas em todo o mundo em 2002-2003.
China...
Em sua atualização diária, a comissão de saúde de Hubei confirmou 2.618
novos casos nesta província central da China. Às mortes no país, que impôs uma
quarentena a parte de seu território, se acrescenta uma morte em Hong Kong e
outra nas Filipinas. Uma "missão internacional" de especialistas
partiu para a China na noite deste domingo, anunciou o diretor da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. À frente da missão está
Bruce Aylward, que esteve à frente de outras emergências sanitárias
internacionais.
A OMS havia estimado no sábado que o número de casos de contaminação
detectados diariamente na China tinha se estabilizado, mas que era cedo demais
para afirmar que a epidemia havia superado seu auge. Com os 2.618 novos casos,
agora há mais de 39.800 casos confirmados em toda a China, com base em cifras
divulgadas anteriormente pelo governo. Este último número é significativamente
menor que as quase 3.900 novas infecções anunciadas na quarta-feira pelas
autoridades chinesas em seu relatório diário.
Risco de se alastrar...
Para o cientista americano Ian Lipkin, da Universidade Columbia, a
epidemia pode atingir seu pico nas próximas duas semanas antes de retroceder
acentuadamente, embora se espere um aumento pontual quando as pessoas retomarem
maciçamente a atividade laboral. Por outro lado, o Banco Central chinês (PBOC)
anunciou neste domingo que destinará 43 bilhões de dólares para ajudar empresas
implicadas no combate à epidemia.
A epidemia continua a se espalhar pelo mundo. Mais de 320 casos de
contaminação foram confirmados em cerca de trinta países e territórios. Cinco
novos casos (quatro adultos e uma criança, todos de nacionalidade britânica)
foram anunciados na França no sábado, elevando para 11 o total 11 no país.
Um novo mercado liderado pela iFood
Masironi
havia criado a Montanha Burger em 2016 e viu a chance de prosperar a partir do
serviço de entrega de comida iFood, que estava expandindo as suas operações na
mesma época.
Foi
uma decisão acertada: com "propaganda" garantida por parte do
parceiro de delivery, a Montanha Burger, que tinha um pequeno salão próximo ao
metrô São Judas, também na zona sul da capital, chegou a despachar 90 entregas
por dia, metade da sua demanda diária, com uma média de R$ 55 por pedido. Nada
mau para um negócio de pequeno porte.
Mas,
no começo de 2019, algo começou a dar errado: os pedidos deixaram de aparecer
de uma hora para outra. Não foi uma redução gradual, fruto de um possível
aumento de competição. Nem uma mudança de cardápio ou receita, que permaneceram
exatamente os mesmos.
Cozinha invisível
Masironi
sequer teve a chance de sondar a clientela para saber o que estava acontecendo:
no final de 2018, o iFood já havia deixado de fornecer o contato dos clientes
aos restaurantes. A partir de então, o consumidor passou a ser do serviço de
entrega — não importa quem faça a comida.
Com
o tempo, o iFood mudou radicalmente o atendimento aos restaurantes", diz
Masironi, que acabou fechando o salão em agosto do ano passado. Manteve apenas
o delivery e enveredou pelos lanches mais baratos, vendidos a R$ 9,50. Mas seus
produtos não eram exibidos na seção de comida barata do iFood, de até R$ 10.
Questionou o aplicativo, mas não obteve resposta conclusiva. Sem pedidos,
Masironi não suportou os custos e encerrou definitivamente a operação em
novembro.