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domingo, 20 de outubro de 2019



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Pesquisa aponta Bolsonaro à frente de Lula em 2022

Uma pesquisa exclusiva da VEJA/FSB, realizada entre 11 e 14 de outubro, fez projeções de possíveis cenários das eleições presidenciais de 2022. Uma delas é sobre o confronto de segundo turno entre Jair Bolsonaro e alguns políticos de esquerda. 

Lula, por exemplo, perde por 46% a 38% (a margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos), mas se sai melhor que políticos de fora da cadeia. Para especialistas, continua a ser uma alternativa forte à esquerda porque soma a fidelidade da base petista à lembrança dos fugazes tempos de prosperidade de sua era no poder. Uma luta por estabilidade macroeconômica e inclusão social. 

Haddad e Ciro...

Fernando Had­dad, batido por  Bolsonaro na última eleição perderia novamente do atual presidente em 2022 por 47% a 34%. O pedetista Ciro Gomes repete o resultado de 2018 na pesquisa e não chegaria sequer ao segundo turno. 

A volta de Lula ao jogo político ainda depende do enorme caminho que ele precisa enfrentar na Justiça para limpar sua ficha. Mas essa trilha parece bem menos difícil de percorrer hoje do que há alguns meses.

Superando todos...

Na pesquisa VEJA/FSB, Bolsonaro aparece numericamente à frente em quase todos os cenários. Bolsonaro conseguiu manter estáveis os índices de avaliação de seu governo (33% de ótimo/bom), de sua maneira de administrar o país (43% aprovam) e das expectativas em relação ao fim de seu mandato (43% acham que será ótimo ou bom). 

Segundo a pesquisa VEJA/FSB, em simulações de segundo turno, o presidente perde para Moro (38% a 34%) e vence o apresentador Luciano Huck (43% a 39%), em ambos os casos no limite da margem de erro. 

O novo partido de Bolsonaro

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) afirmou na quinta-feira (17) que não está descartada a possibilidade da criação de um novo partido caso a crise interna do PSL não se resolva. A nova legenda seria criada para abrigar o presidente Jair Bolsonaro e a ala que o apóia.
– É complicada a criação de um novo partido, a gente precisa de milhões de assinaturas pelo Brasil. Mas isso está sendo preparado. A gente confia que algo de bom está para acontecer. Se o PSL não for refundado, com nova executiva, não restará outra saída – disse a deputada federal.
Waldir é descartado
A deputada confirmou que a saída de Bolsonaro não está descartada. A permanência ocorrerá com algumas condições como a saída do deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO) da liderança do partido na Câmara. – Para Bolsonaro ficar no partido, o PSL terá de atender algumas exigências do presidente (…) É preciso que o povo que apoiou o Waldir caia na real. Com o Waldir, não dá – declarou a parlamentar.
Expectativa de Lula e ser solto pelo STF

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser beneficiado por dois julgamentos no Supremo Tribunal Federal e já fala em trabalhar por uma unidade nacional. O petista tem dito aos aliados que, caso deixe a prisão, pretende rodar o Brasil na tentativa de ser um 'fio condutor da pacificação'. 

A possível liberdade de Lula passou a ser colocada em pauta quando o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento sobre a constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância. A Segunda Turma da corte se prepara para retomar a discussão sobre a suspeição de Sérgio Moro. Caso isso ocorra, vai à anulação a condenação de Lula no caso do triplex do Guarujá.

Mudança de discurso

O discurso adotado por Lula em conversas recentes na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, é que seria necessário trabalhar por uma unidade nacional e acabar com o clima hostil que cresceu no país desde as últimas eleições.
A aposta do ex-presidente Lula é a referenda da tese de falta de imparcialidade de Sérgio Moro no julgamento do caso do triplex. Assim, a sentença do caso poderia ser anulada, regressando aos estágios iniciais. Nesse ponto, Lula conseguiria sair da cadeia e teria os direitos políticos de volta. 

Terça (22) dia “D” da Reforma da Previdência no Senado

Oito meses depois de chegar ao Congresso, o texto principal da reforma da Previdência (PEC 6/2019) deve ter sua votação final na próxima terça-feira (22), dia em que o plenário do Senado deverá analisar a matéria em segundo turno. Para que seja aprovado e siga para promulgação, o projeto precisa alcançar o mínimo de 49 votos favoráveis.
Entre outros pontos, o texto aumenta o tempo para trabalhadores terem direito à aposentaria, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (atualmente em R$ 5.839) e estabelece regras de transição para os atuais assalariados. Com essa proposta, a economia está estimada em R$ 800 bilhões em 10 anos. Antes de ser votada em plenário, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai votar o parecer do relator do texto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre nove emendas de redação apresentadas após a votação da reforma em primeiro turno.
Sem consenso
Vários pontos polêmicos considerados importantes, mas que não têm consenso no Senado e na Câmara, integram uma proposta de emenda paralela à Constituição (PEC 133/19). Para que o assunto continue em discussão, Tasso apresentará o relatório sobre essa proposta na próxima quarta-feira, na Comissão de Constituição (CCJ) do Senado.
O principal ponto do texto busca incluir estados e municípios na reforma da Previdência. A proposta também prevê aumento de receitas para compensar parte das perdas referentes às concessões feitas pelos parlamentares no texto principal. Entre elas, está o fim da isenção de contribuições previdenciárias de entidades filantrópicas, do setor exportador, sobretudo do agronegócio e de empresas incluídas no Simples. Em 10 anos, essas medidas podem render aos cofres públicos R$ 155 bilhões.
Crianças e mulheres
Também estão na PEC Paralela ajustes em algumas regras previdenciárias, além da criação de um benefício para crianças em situação de pobreza. O relator, contudo, vem sendo pressionado por representantes de entidades filantrópicas para que não aceite a cobrança da contribuição previdenciária, ainda que seja gradual. Tasso estuda ampliar o prazo para a cobrança, definido inicialmente em 10 anos.
A pedido da bancada feminina, devem entrar ainda nessa discussão regras de transição atenuadas para mulheres cumprirem a exigência de idade para a aposentadoria, com mudanças para garantir mais recursos para as viúvas, pois as mulheres são mais de 80% dos beneficiários das pensões por morte.
A higiene e limpeza do povo japonês
Sentados nas carteiras, os alunos estão ansiosos para ir para casa depois de um longo dia de sete aulas de 50 minutos, mas ouvem pacientemente enquanto o professor faz alguns anúncios sobre o dia seguinte.
Então, como sempre, ele encerra da seguinte forma: "Ok, pessoal, lista das tarefas de limpeza de hoje. As fileiras um e dois limparão a sala de aula. Três e quatro, corredor e escada. Cinco, banheiros." Alguns sinais de insatisfação podem ser notados na fileira cinco, mas as crianças se levantam, pegam os esfregões, panos e baldes no armário e partem para os banheiros. Cenas assim estão acontecendo ao mesmo tempo em escolas de todo o Japão.
Visual impressiona os visitantes
A maioria das pessoas que visitam o país pela primeira vez ficam impressionadas com a limpeza das ruas. Então, percebem a ausência de lixeiras e de varredores e se perguntam: como é possível tudo estar tão limpo?

A resposta mais simples é que os próprios habitantes cuidam disso. "Durante os 12 anos de vida escolar, do ensino fundamental ao ensino médio, a limpeza faz parte da programação diária dos alunos", diz Maiko Awane, diretora-assistente do escritório em Tóquio da Província de Hiroshima. "Em nossa vida doméstica, os pais nos ensinam que é ruim não mantermos nossas coisas e espaços limpos."