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segunda-feira, 20 de maio de 2019


DESEMPREGO, MISÉRIA, CONSTRANGIMENTO E DESESPERO. 13,5 MILHÕES SEM CARTEIRA ASSINADA. 48 MILHÕES SEM OCUPAÇÃO FORMAL. DISCUTIR GOVERNOS DE SARNEY A BOLSONARO É INÓCUO. A ESQUERDA QUE MARCA SUA POSIÇÃO COMO OPOSIÇÃO, NEGOCIA VIA CENTRÃO APOIO AO GOVERNO. NO BOLSO DOS FISIOLÓGICOS DO PT, PSOL E PCdoB, VERBAS E CARGOS. O PAÍS NÃO DÁ EMPREGO PARA JOVENS ATÉ 28 ANOS. O CAOS, A RUÍNA SOCIAL. UMA GERAÇÃO NO VÁCUO DOS OPORTUNISTAS QUE VENDERAM O BRASIL EM TROCA DOS HOLOFOTES DA MÍDIA INTERNACIONAL. CUBA, ÁFRICA, VENEZUELA, BOLÍVIA E ARGENTINA TODOS MAMARAM NAS TETAS DO BNDES
ROBERTO MONTEIRO PINHO
É preocupante saber que mais de 13 milhões de brasileiros estão desempregados. O que equivale subtraído esses números, 30% dos que estão na ativa formal, ou seja: com carteira assinada. É pouco no universo de uma população de 208 milhões de brasileiros, onde 92% padecem com renda abaixo do salário mínimo.
O primeiro emprego formal para o jovem brasileiro só é alcançado, em média, aos 28 anos e seis meses de idade. Entre 2006 e 2014, a idade média era 25. A pesquisa é do iDados, com base nas planilhas de informações do Ministério do Trabalho.
Para técnicos da área de Recursos Humanos, a crise econômica no país, devolveu no mercado um grande número de profissionais qualificados, que no desespero pela necessidade e de sua família de suprir seu alimento, aceitam trabalhar por salários menores e com isso concorrem com os jovens.
A inserção dos jovens no mercado de trabalho por ser um público mais vulnerável, enfrenta maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho e tende a encontrar ocupações mais precárias, situação agravada, em países como o Brasil. Isso se deve em parte pela baixa escolaridade e pela fragilidade da formação educacional de grande parte da população.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no mundo, pessoas com menos de 24 anos equivalem à quase metade dos sete bilhões da população total.
No Brasil, o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a população de 15 a 24 anos somava 34.236.064 pessoas, o que equivale a 18% do total de brasileiros, ou seja: mais da metade de sua população formal (ativa). 

A juventude brasileira é caracterizada por heterogeneidade e desigualdades. De acordo com o relatório Trabalho Decente e Juventude no Brasil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), "existem, na verdade, juventudes diversas, imersas em distintos cenários.
As mulheres jovens, os jovens negros de ambos os sexos, assim como os jovens das áreas metropolitanas de baixa renda, ou de determinadas zonas rurais, são afetados de forma mais severa pela exclusão social, pela falta de oportunidades e pelo déficit de emprego de qualidade.
Entre 2000 e 2011, o número de jovens participando ativamente do mercado de trabalho caiu de 52,9% para 48,7%, segundo o relatório A crise do emprego jovem: tempo de agir, da OIT.
O documento mostrava que houve um aumento no número de jovens nos sistemas educacionais, mas também que os dados refletem a crise econômica mundial. "No auge da crise, em 2009, a taxa de desemprego jovem alcançou o maior aumento anual desde que há registros. Num ano (entre 2008 e 2009) aumentou de 11,9% para 12,8%, representando o maior aumento anual nos últimos 20 anos."

No Brasil, os jovens foram mais afetados pelas mudanças econômicas e sociais das décadas de 1980 e 1990: "o cenário de recuperação do emprego formal e de redução da informalidade, característico dos anos 2004 a 2008, não beneficiou os jovens da mesma forma que os adultos", indica o documento da OIT.
A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), criada em 2005, tem como objetivo formular, coordenar, integrar e articular políticas públicas para essa parcela da população, além de promover programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados às políticas juvenis.
A SNJ coordena ainda a Política Nacional de Juventude (PNJ), que tem como função propor ações que insiram o jovem no debate da pauta nacional.
Porem o tema continua sendo um grande desafio para o país, especialmente quando considerada a juventude de origem popular e os fatores de gênero, cor, região de origem e moradia. Temas como o emprego, exposição à violência, formação escolar de qualidade continuam a demandar políticas públicas de grande envergadura.
Por mais que a realidade desse segmento jovem sinalize sua gravidade em relação o aceso ao mercado formal de trabalho, não detectamos ações objetivas e concretas para solucionar o problema. O programa do “jovem aprendiz”, que abriu espaço para adolescentes, ainda não sinalizou, ser o caminho estratégico para a solução.
Não de faz política pública, há muitos anos, sem levar em conta essas questões que fere a espinha dorsal da nação. Governos das últimas três décadas passaram ao largo dessa questão crucial.