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domingo, 25 de julho de 2021

 

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Digital Analys-influencer

ANÁLISE & POLÍTICA

(IPD) Bolsonaro cresce e Lula despenca na avaliação de preferência nas mídias

Em termos de popularidade digital, a última semana marcou a alta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), puxada pela internação hospitalar, e a queda do ex-presidente Lula (PT), motivada por opinião a favor de Cuba.

A evolução dos políticos nas redes sociais é medida diariamente pela consultoria Quaest por meio do Índice de Popularidade Digital (IPD). Em 12 de julho, Bolsonaro e Lula tinham IPD na casa dos 40 pontos, com 48,38 e 43,18 respectivamente. No dia seguinte, fala do petista crítica aos EUA e favorável à ditadura cubana derrubou seu índice para 29,35. Em 14 de julho, chegou ao piso: 27,48.

Nesse mesmo dia, em meio a dores e crise de soluço, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e foi transferido para São Paulo. Seu IDP subiu a 67,89 e seguiu em alta até 73,91

A métrica do IPD isola o máximo possível o efeito do uso de robôs nas redes e avalia o desempenho de personalidades da política nacional nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google. A performance é medida em uma escala de 0 a 100, em que o maior valor representa o máximo de popularidade.

Semi-presidencialismo...

Em declarações a imprensa , o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender o semi-presidencialismo, a partir de 2026. Se aprovada, a proposta de emenda à Constituição (PEC) altera o sistema de governo ao tirar poderes do presidente e redistribuí-los entre o novo cargo de primeiro-ministro e o Congresso Nacional.

"Acabou a época de projetos esquecidos nas gavetas. E o semipresidencialismo é mais um desses. Surgiu antes da crise atual. Não é invenção minha. Podemos, sim, discutir o semi-presidencialismo, que só valeria para as eleições de 2026, como qualquer outro projeto ou ideia que diminua a instabilidade crônica que o Brasil vive há muito tempo”, escreveu Lira no Twitter.

Com o projeto, Lira pretende arrefecer a pressão e desviar o foco que recai sobre os 126 pedidos de impeachment engavetados do presidente Jair Bolsonaro. O texto, de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB), já circula nos bastidores dos Três Poderes. A viabilidade, contudo, ainda é incerta: há cerca de 40 assinaturas — das 171 necessárias para começar a tramitar.

Joice Hasselmann: Agressão já tem dois suspeitos

A deputada federal em rejeitando a hipótese de ter sido agredida pelo marido Daniel Sanches. Segundo Joice Hasselmann, foi ele quem a socorreu após o ocorrido. Na quinta-feira (22/07), a parlamentar declarou na ocorrência no Ministério Público que "foi vítima de um atentado" no domingo (18/07). Ela estava em seu apartamento, em Brasília, e disse ter acordado em meio a uma poça de sangue no chão de seu closet, com cinco fraturas no rosto e uma na costela. Estava ainda com um dente quebrado e queixo cortado.

A parlamentar achou que poderia ter sido um desmaio, mas após constatar múltiplas fraturas na face e nas costelas, ela começou a trabalhar a hipótese de um atentado. Quem prestou o primeiro socorro foi o marido, após a deputada ligar para ele às 7h03 da manhã. A deputada falou por duas horas com o Ministério Público sobre o caso e citou nomes de dois possíveis suspeitos, que estão sob sigilo. O médico Daniel França prestou depoimento para a Depol no sábado (24) e disse que não ouviu nada naquela noite.

Fake news

É falso que o Estadão tenha publicado reportagem informando que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) teria sofrido um acidente de carro após dirigir sob efeito de álcool. Mensagem com esse teor circula em grupos públicos do Facebook e também em correntes de WhatsApp para atacar a parlamentar. A imagem que acompanha a nota falsificada foi altera da digitalmente a partir de uma fotografia publicada pelo Estadão no Instagram.

Versão...

As postagens afirmam que a deputada teria ido a uma festa e se envolvido em um acidente de carro de madrugada, ao voltar para casa. Também alega que ela "foi buscar atendimento médico e utilizou nome fictício para não ser reconhecida".

OAB gaúcha faz severas criticas ao TJRJ

A Seccional Gaúcha da OAB manifestou-se crítica, ontem (19), e de modo incisivo sobre “as constantes e persistentes ocorrências, desde 9 de julho, de instabilidade do sistema Themis, em utilização pelo TJRS”. A entidade advocatícia avalia que “há grande insegurança afetando os usuários do sistema” e teme pelo “prejuízo aos direitos postos nas causas em tramitação”.

Segundo nota assinada pelo presidente Ricardo Breier “não há como conviver com a falta de informações completas e transparentes sobre quais as exatas falhas do sistema e a sua extensão, a duração de possíveis instabilidades, o planejamento da correção dos problemas e o prognóstico de recuperação plena do sistema”.

Conforme a manifestação oficial, “tornou-se insustentável e inseguro o exercício profissional da advocacia gaúcha”. A nota aponta e deplora “haver mais de 2 milhões de processos físicos que estão praticamente sem andamento desde o início da pandemia (março de 2020), paralisando a vida de muitos cidadãos e de seus representantes”.

Marta se destaca na Olimpíada de Tóquio

Marta se tornou a primeira jogadora de futebol da História a marcar em cinco edições seguidas dos Jogos Olímpicos ao anotar na estréia do futebol feminino, duas vezes na goleada de 5 x 0 do Brasil sobre a China hoje (21/07) no Estádio de Miyagi, em Rifu.

Marta considerada a maior jogadora de futebol de todos os tempos, tendo sido eleita cinco vezes a melhor do mundo, marcou seu primeiro gol em uma Olimpíada em Atenas em 2004 e, após os gols de hoje (21), tem 12 anotados em Olimpíadas. 

Títulos verdes sinalizam como estratégia de investimentos na pandemia

A pandemia de Covid-19 está acelerando uma mudança de bancos centrais, fundos soberanos e fundos de pensão públicos para estratégias de investimentos mais verdes e ativistas, mostrou uma das maiores sondagens anuais sobre o comportamento dessas instituições.

A pesquisa Investidores Públicos Globais do think-tank OMFIF reuniu 102 instituições que supervisionam um total de US$ 7 trilhões neste ano para monitorar como a pandemia e outras tendências de longo prazo as estão afetando.

 “Definitivamente, houve uma aceleração (de fatores de ESG) devido à Covid”, disse a economista-chefe do OMFIF, Danae Kyriakopoulou.

Pela primeira vez desde que o OMFIF começou a perguntar sobre ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança), a maioria em todas as três categorias de GPIs (investidores públicos globais) disse que agora implementa esses pilares de alguma forma.

Os bancos centrais representaram cerca de 60% da amostra da pesquisa deste ano e, embora muitos não invistam em ações ou projetos de infra-estrutura, os títulos verdes  continuam sendo a opção ESG mais popular. Mais de um terço dos bancos consultados na pesquisa agora os detém, embora alguns também afirmem que a liquidez e a falta de oferta de títulos verdes, especialmente em dólar.

Dólar

O dólar “mareou” na sexta-feira (23/07), fazendo com que o mercado cambial voltasse para o ambiente interno, principalmente com os números da inflação acima do estimado. Ao final, o dólar ficou estável a R$5,210 para a venda. Na semana, a alta acumulada foi de 1,85%. O turismo ganhou 0,61% aos R$5,403 para a venda.

“O choque veio mesmo no setor de serviços, exatamente aquele que já era esperada uma aceleração como resultado da vacinação, juntamente com a reabertura econômica esperada para os próximos meses. É um setor que vai ditar os rumos da inflação, junto com as tarifas de energia”, disse o economista e sócio da BRA, João Beck.

Ele cita a cautela com a variante Delta. “Não descarto a possibilidade da variante Delta atrasar a retomada econômica. Com tudo isso, o mercado começa a consolidar a expectativa de alta em 1.00 bps na Selic. Por fim, o dólar se manteve até comportado frente aos números do IPCA. Entretanto, a disparada dos contratos de DIs ajudaram a segurar um pouco a saída de fluxo”, finalizou o economista

Ibovespa

O Ibovespa fechou na sexta-feira (23/07) em queda de 0,87%, e fica na marca 125.052 pontos, após uma semana marcada por volatilidade e baixo volume de negociação nas últimas duas sessões. Os preços do minério de ferro tiveram a maior desvalorização diária em 17 semanas, puxando para baixo as ações da Vale e a Bolsa, uma vez que os papéis da empresa têm IPCA-15grande peso no índice brasileiro.

Taxa Selic

A prévia da inflação de julho medida pelo  revelou alta de 0,72% nos preços ao consumidor no mês, de acordo com dados divulgados hoje (23) pelo IBGE (​​Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sob pressão, principalmente, dos preços da energia elétrica – foi o maior aumento para o mês desde 2004. Os dados reforçaram a leitura de analistas de que o Banco Central deve reajustar a taxa Selic em um ponto-percentual, atraindo investidores ao mercado de renda fixa em detrimento da Bolsa.

Wall Street

Wall Street teve mais um pregão positivo graças aos bons resultados vistos nos balanços do segundo trimestre divulgados até agora. O Dow Jones fechou a 35.061 pontos – primeira vez que o índice supera os 135 mil pontos – após subir 0,68%. O S&P 500 avançou 1,01%, a 4.411 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,04%, a 14.836 pontos.

​​”Enxergamos uma continuação dos últimos dias. É uma montanha-russa ao contrário. Primeiro caímos e desde então estamos avançando de volta ao topo”, disse Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Independent Advisor Alliance em Charlotte, Carolina do Norte, em referência às fortes perdas da segunda-feira (19/07) também vistas no Ibovespa. (Imagens: Grande Baia).

Por: Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI.