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domingo, 7 de março de 2021

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Digital Analys-influencer

O criminoso esquema de corrupção no TRT do Rio

Quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), do Rio de Janeiro, foram presos na terça-feira (2) pela Policia Federal acusados de terem montado um esquema de corrupção dentro do Tribunal. A PGR apresentou denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 11 pessoas.

Na denúncia, a Procuradoria destaca que houve pagamento de R$ 8,5 milhões de propina aos desembargadores, ao grupo do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), e a advogados envolvidos no esquema.

De acordo com investigação da PGR, a “organização criminosa” desviava recursos destinados ao pagamento do salário de trabalhadores da saúde do Estado do Rio, arrecadava propina junto a empresas de ônibus e lavava o dinheiro contratando escritórios de advogados ligados a pessoas do esquema. Na Saúde o esquema envolve milhões.

Modus operandi

Em decisão, a ministra Nacy Andrighi, do STJ, descreveu o modo de operar do grupo:  “Desembargadores do TRT da 1a Região (Rio de Janeiro) teriam oferecido e recebido vantagens indevidas, se apropriado de bens públicos e lavado dinheiro com o intuito de participar de esquema criminoso capitaneado pelo governador afastado (Wilson Witzel) daquele Estado da Federação e que visava a inclusão de organizações sociais (OS's) que prestavam serviços de saúde para o Estado do Rio de Janeiro e empresas de transporte no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho (Plano Especial de Pagamento Trabalhista) e o sobrestamento do pagamento de parcelas desses planos especiais de execução em virtude da pandemia de Covid-19”.

Área da Saúde e empresas de ônibus

Na decisão, a ministra afirma que o desembargador Marcos Pinto da Cruz era o principal articulador da organização. Ele teria oferecido propina ao ex-secretário de Saúde Edmar Santos e recebido vantagens indevidas de Organizações Sociais da área da Saúde e de empresas de ônibus. O objetivo dos pagamentos era incluir as empresas no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho, o que aceleraria processos trabalhistas.

A conclusão das ações é importante para que as empresas consigam certidões negativas de débito e estejam aptas a fechar contratos com a administração pública. Em troca do benefício, os desembargadores recebiam propina através de advogados parceiros das empresas. De acordo com a PGR, além das contrapartidas, os desembargadores tinham como finalidade beneficiar integrantes do esquema criminoso supostamente instalado no governo Witzel, que no mês passado virou réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os envolvidos

Foram denunciados sob acusação de corrupção e outros crimes os desembargadores do TRT-1 Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins (ex-presidente do TRT), Fernando Antonio Zorzenon da Silva (ex-presidente do TRT) e Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues. Entre os denunciados também estão Wilson Witzel, Pastor Everaldo, o empresário Mario Peixoto e advogados envolvidos no esquema.

Em sua decisão, a ministra Nacy Andrighi justifica a necessidade das prisões preventivas do grupo, entre eles os quatro magistrados, alegando que o esquema de venda de decisões judiciais permanece, apesar do afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador do Rio.

Na quinta-feira (4/3) o TRT do Rio informou que a presidência do Tribunal por decisão do Órgão Especial afastou os acusados. E ratificou que está à disposição das autoridades no que for necessário para auxiliar nas investigações que levem ao total esclarecimento dos fatos.

Lula está liderando a disputa pela presidência em 2022 

Em pesquisa de opinião que mede o potencial de voto de dez possíveis candidatos nas eleições presidenciais em 2022, apenas o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva demonstra ter mais capital político que o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro.

Levantamento, feito pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), novo instituto de pesquisas da estatística Márcia Cavallari (ex-Ibope), 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência, e 44% afirmaram que não o escolheriam de jeito nenhum. Bolsonaro aparece com 12 pontos porcentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).

Não se trata de levantamento que avalia um possível confronto entre Lula, Bolsonaro ou outros concorrentes. Enquanto uma pesquisa de intenção de voto mostra como está a corrida eleitoral, a de potencial busca medir o piso e o teto de aceitação de cada um dos possíveis candidatos.

Condenações: Risco de não participar da eleição

Há outro fator determinante no caso do petista: Lula está impedido pela Lei da Ficha Limpa de concorrer em 2022, pois tem condenações penais proferidas por órgão colegiado. Seus advogados têm buscado anular as sentenças que envolve imóveis em Guarujá e Atibaia, mas, em entrevistas recentes, ele negou a intenção de se candidatar.

Na pesquisa de potencial, em vez de apresentar uma lista de candidatos e pedir ao entrevistado que aponte seu preferido, o instituto cita o nome de cada possível concorrente e pergunta se o eleitor votaria nele com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum ou se não o conhece suficientemente para responder. A soma das duas primeiras respostas - "votaria com certeza" e "poderia votar" - é o potencial de votos.

Rejeição com mais de 50% para: Marina, Huck, Doria, Ciro e Haddad

Atrás de Lula e Bolsonaro no ranking de potencial de voto estão Sergio Moro (31%), Luciano Huck (28%), Fernando Haddad (27%), Ciro Gomes (25%), Marina Silva (21%), Luiz Henrique Mandetta (15%), João Doria (15%) e Guilherme Boulos (10%).

Todos esses - com exceção de Moro, cuja taxa de rejeição é de 50% - são descartados como opção de voto pela maioria absoluta do eleitorado. Empatados tecnicamente com os 56% de Bolsonaro no quesito "não votaria de jeito nenhum" estão Marina (59%), Huck (57%), Doria (57%), Ciro (53%) e Haddad (52%).

A pesquisa do Ipec também mostra em quais segmentos do eleitorado os candidatos têm mais apoio. Bolsonaro encontra mais simpatizantes entre evangélicos (53% de potencial de voto), moradores da região Sul (46%) e na faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos (45%). As informações são do jornal O Estado de São Paulo. 

O mercado mundial das armas é controlado por cinco países

Relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês) aponta que Estados Unidos, Rússia, França, Alemanha e China responderam, nesta ordem, por 75% das exportações de armas no período entre 2014 e 2018.

Os Estados Unidos não apenas lideram a lista como estão bem à frente da Rússia, o segundo maior vendedor de armas do mundo. Entre 2009 e 2013, os números de vendas de armas americanas eram 12% maiores do que as dos russos. De acordo com o relatório do Sipri, entre 2014 e 2018, essa diferença alcançou 75%.

EUA responde por 36% das exportação

O Oriente Médio é o principal destino das armas. A região registrou um aumento das compras, enquanto foi identificada uma redução em outras partes do mundo se comparado o volume registrado nos períodos 2009-2013 e 2014-2018. 

"Por décadas, os Estados Unidos têm sido o principal exportador de armas do mundo. É impressionante como a diferença em relação aos outros países tem ficado cada vez mais notável", disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC News, Aude Fleurant, que é diretora do programa de gastos militares e armas do Sipri. 

Os Estados Unidos respondem por 36% das exportações mundiais, enquanto a França vende 6,8%, a Alemanha contribuiu com 6,4% e a China com 5,2% neste lucrativo mercado. Americanos, franceses e alemães aumentaram suas vendas se comparados os períodos 2009-2013 e 2014-2018. A Rússia, por sua vez, viu suas exportações despencarem 17%.

Distimia impacta a qualidade de vida

 

O transtorno depressivo persistente ou distimia é uma depressão crônica, caracterizada por sintomas que duram por até dois anos ou mais. A causa ainda é pouco conhecida pelos médicos, mas os especialistas acreditam que seja multifatorial.

Ela é menos comum, e o próprio paciente pode não reconhecê-la por achar que os sinais estão relacionados à personalidade.

"É a típica pessoa que reclama toda hora, que tem uma visão pessimista das coisas e vive em uma rotina de lamentações. O que dificulta o diagnóstico é que na grande maioria dos casos, familiares e amigos acham que é o 'jeito' dela e que vai passar com a idade", afirma Carvalho. No entanto, os sintomas podem evoluir para uma depressão mais grave. "O paciente demora a procurar ajuda porque acredita que não é nada e o quadro depressivo só piora”. 

Sintomas de mau humor e baixa auto-estima

"Às vezes, permanece com o problema por 20 anos, até ir ao médico. O distêmico está abaixo da linha da normalidade", reforça a especialista. Diferentemente da unipolar, na qual os neurotransmissores são afetados, a distimia não altera as funções biológicas do paciente.

 

"É uma pessoa funcional, que come, dorme, consegue trabalhar. O grande problema é que a doença provoca um impacto bem grande na qualidade de vida, já que o indivíduo reclama o tempo todo, está sempre de mau humor e sofre com baixa autoestima", diz Dickeman. O tratamento mais indicado é a combinação de medicamentos em doses geralmente mais altas do que os da depressão unipolar, além de psicoterapia.