ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Manifestações pró e contra Bolsonaro sem violência
Sob influência dos protestos iniciados nos Estados
Unidos após ao assassinato do negro George Floyd por um policial, em
Minneapolis, os protestos próprio e contra Bolsonaro no domingo (7) não
registrou atos de violência,
A mobilização foi liderada por movimentos de
periferia, ativistas negros, integrantes de torcidas organizadas, estudantes
secundaristas, grupos antifascistas e a frente Povo Sem Medo, da qual faz parte
o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e outras organizações.
Brasília...
Em Brasília, os atos a favor e contra o governo
ocorreram pela manhã. A Polícia Militar do Distrito Federal montou um bloqueio
para impedir o encontro entre grupos a favor e contra Bolsonaro. Apoiadores do
presidente vêm se reunindo aos domingos na Praça dos Três Poderes, com o
incentivo de Bolsonaro.
São Paulo...
Em São Paulo, manifestantes pró-democracia se
reuniram no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste. Ao final, um pequeno
grupo teve um desentendimento com a polícia, que os impedia de seguir em
direção à Avenida Paulista, onde se reuniram aqueles que foram às ruas em apoio
a Bolsonaro. Uma decisão judicial determinou que os dois grupos fizessem seus
atos em regiões diferentes para evitar confrontos, como os que ocorreram no
domingo passado.
Rio de
Janeiro...
No Rio, de Janeiro, o grupo caminhou pela Avenida
Presidente Vargas, importante via do centro da cidade, em direção à Igreja da
Candelária.
Laboratório anuncia a vacina
contra a COVID-19
A diretora médica do
laboratório Pfizer, Márjori Dulcine, disse que a empresa
estima fabricar milhões de doses da vacina contra a COVID-19 já a partir
de outubro deste ano.
Entretanto, segundo ela, a produção em larga escala só deve ocorrer em 2021.
“Se tudo correr bem nas pesquisas
que já estão em andamento, esperamos que em outubro ou novembro deste ano nós sejamos capazes de
disponibilizar algumas milhões de
doses para o mundo. (...) Nós estamos falando de uma vacina poder
ser produzida e estar disponível em meses, em menos de 1
ano. A Pfizer, junto com a BioNTech, começou essa pesquisa no final de
fevereiro.
Em março, houve a 1ª aplicação da
dose em 12 participantes na Alemanha. Agora, no início de maio, começou a
aplicação nos Estados Unidos”, disse Márjori Dulcine em entrevista ao
site Poder 360.
Não tem 100%
de eficácia...
A diretora afirmou, contudo, que este seria um tempo recorde, já que, normalmente, estudos e trabalhos para se criar uma vacina podem até 15 anos. Mas mesmo que a vacina contra a COVID-19 esteja disponível, ainda é necessário que tratamentos para a doença continuem a ser desenvolvidos. Isto porque, nenhuma vacina tem 100% de eficácia, segundo a diretora da Pfizer.
“É preciso ter tratamentos eficazes, porque a vacina não é 100% de
garantia. Nenhuma vacina vai ser. Não existe. Há pessoas que não vão
conseguir imunidade a partir da vacina. Então é importante que os tratamentos
continuem sendo desenvolvidos. Os antivirais, os medicamentos que vão agir em
fase ainda muito precoce, quando a pessoa teve os primeiros contatos com o
vírus e começa a ter uma febre, por exemplo. Antes de ir para o hospital,
quando entra no hospital. São fases diferentes da doença que precisam ter
tratamento”, explicou Márjori
.
Aumento nos
preços dos medicamentos...
Depois
de suspender por dois meses, o governo federal autorizou nesta segunda-feira,
dia 1º, reajuste de até 5,21% nos preços de medicamentos para 2020. O aval para
o aumento foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da
União (DOU), em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
(CMED) e as empresas já podem aplicá-lo. "As empresas produtoras de
medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de maio de
2020, nos termos desta resolução", diz o ato.
O reajuste dos preços dos remédios é definido pela CMED em março de cada ano, passando a valer a partir de 1º de abril. Neste ano, no entanto, governo e indústria farmacêutica fizeram um acordo para adiar a correção por 60 dias, dentro do conjunto de ações para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no País. A suspensão do reajuste foi formalizada pela Medida Provisória 933/2020, editada no fim de março e que aguarda votação no Congresso. A Câmara deve votar a MP ainda esta semana.
O reajuste dos preços dos remédios é definido pela CMED em março de cada ano, passando a valer a partir de 1º de abril. Neste ano, no entanto, governo e indústria farmacêutica fizeram um acordo para adiar a correção por 60 dias, dentro do conjunto de ações para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no País. A suspensão do reajuste foi formalizada pela Medida Provisória 933/2020, editada no fim de março e que aguarda votação no Congresso. A Câmara deve votar a MP ainda esta semana.
Percentuais de 3,23% à 5,21%
Pela resolução da CMED publicada no Diário Oficial, o reajuste máximo permitido para este ano será aplicado em três faixas, de 5,21%, 4,22% e 3,23%, a depender do tipo de medicamento. O teto do aumento autorizado para 2020 é superior ao do ano passado, que foi de 4,33%, e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 de março de 2020, que acumulou 4,01% no período entre março de 2019 e fevereiro de 2020.
Pela resolução da CMED publicada no Diário Oficial, o reajuste máximo permitido para este ano será aplicado em três faixas, de 5,21%, 4,22% e 3,23%, a depender do tipo de medicamento. O teto do aumento autorizado para 2020 é superior ao do ano passado, que foi de 4,33%, e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 de março de 2020, que acumulou 4,01% no período entre março de 2019 e fevereiro de 2020.
PL para suspender
reajustes de planos de saúde
Senadores aprovaram no dia 2 de junho, o projeto de lei que suspende
reajustes de preços de medicamentos e de mensalidades de planos de saúde e
seguros privados. O texto, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi
aprovado por 71 votos a favor e 2 contrários. Agora, o PL segue para análise
dos deputados.
Além da suspensão do reajuste anual de planos de saúde por 120 dias, o projeto também proíbe aumento de mensalidades por mudança de faixa etária do beneficiário. O texto abrange todos os tipos de planos de saúde: individual, familiar, e para os coletivos - aqueles contratados por meio de empresas ou sindicatos, por exemplo.
Além da suspensão do reajuste anual de planos de saúde por 120 dias, o projeto também proíbe aumento de mensalidades por mudança de faixa etária do beneficiário. O texto abrange todos os tipos de planos de saúde: individual, familiar, e para os coletivos - aqueles contratados por meio de empresas ou sindicatos, por exemplo.
Pandemia diminuiu o
poder aquisitivo dos consumidores
"O efeito econômico da pandemia reflete na diminuição do poder aquisitivo dos consumidores de medicamentos e planos de saúde, ao mesmo tempo que também, por conta do quadro epidemiológico, gera maior necessidade de acesso a medicamentos e a serviços de saúde", justificou o relator da matéria, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
O porcentual máximo de reajustes para planos individuais e familiares são divulgados anualmente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Já os valores aplicados para planos coletivos são estabelecidos pelas próprias operadoras, sem interferência do órgão regulador.
Medicamentos
O texto aprovado pelos senadores também determina o congelamento de preços de medicamentos por 60 dias. A medida, no entanto, só valerá se a proposta for aprovada pelos deputados e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, a indústria farmacêutica está autorizada a reajustar os valores em até 5,21%.
O porcentual foi divulgado pelo governo federal nessa segunda-feira, 1º. Tradicionalmente, o teto definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) passa a valer a partir de 1º de abril. Mas, por conta da pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro editou uma medida provisória para adiar esse prazo em 60 dias em 2020.
"O efeito econômico da pandemia reflete na diminuição do poder aquisitivo dos consumidores de medicamentos e planos de saúde, ao mesmo tempo que também, por conta do quadro epidemiológico, gera maior necessidade de acesso a medicamentos e a serviços de saúde", justificou o relator da matéria, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
O porcentual máximo de reajustes para planos individuais e familiares são divulgados anualmente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Já os valores aplicados para planos coletivos são estabelecidos pelas próprias operadoras, sem interferência do órgão regulador.
Medicamentos
O texto aprovado pelos senadores também determina o congelamento de preços de medicamentos por 60 dias. A medida, no entanto, só valerá se a proposta for aprovada pelos deputados e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, a indústria farmacêutica está autorizada a reajustar os valores em até 5,21%.
O porcentual foi divulgado pelo governo federal nessa segunda-feira, 1º. Tradicionalmente, o teto definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) passa a valer a partir de 1º de abril. Mas, por conta da pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro editou uma medida provisória para adiar esse prazo em 60 dias em 2020.
Encontro virtual do Fórum de Davos
debateu sustentabilidade e racismo
Nos
últimos anos, o Fórum de Davos focou em temas como sustentabilidade, a quarta
revolução industrial e globalização. Mas em 2021, de acordo com a organização,
o principal foco será nos problemas sociais de diversos países do mundo.
"É
necessário haver um novo contrato social focado na dignidade humana e na
justiça social, de forma que o progresso da sociedade não fique para trás do
desenvolvimento econômico", anunciou em nota a entidade que organiza o
fórum de Davos.
O
fundador e CEO do evento, Klaus Schwab disse, em encontro virtual, que a
pandemia atual deixou clara a falta de sustentabilidade do sistema antigo em
termos de coesão social, falta de oportunidades e inclusão. "Também não
podemos dar as costas para os males do racismo e da discriminação", disse.
Elite econômica mundial
O próprio evento é marcado por ser exclusivo apenas
para a elite econômica mundial, como bilionários e presidentes de países ricos.
Todo mês de janeiro, desde 1971 na cidade de Davos, cidade conhecida pelos seus
luxuosos e exclusivos resorts de esqui, recebe líderes mundiais, chefes das
maiores empresas do mundo e um punhado de celebridades.
A promessa de um "reinício" feita por
Schwab vem em um momento especial: além da pandemia, que expôs desigualdades de
acesso a saúde e a infraestrutura básica em todo mundo, como água potável e
habitação, uma série de protestos contra o racismo acontece em diversos países.
EUA –
George Floyd
Os Estados Unidos vivem a mais forte onde de
manifestações desde 1968, após o assassinato do líder de direitos civis Martin
Luther King Jr.. Desta vez, o estopim dos protestos foi a morte de George Floyd, um americano negro de
46 anos, que foi sufocado por um policial branco, que se ajoelhou sobre seu
pescoço por mais de 8 minutos.
O caso provocou manifestações em mais de 75
cidades. Em mais de 40 delas, as autoridades decretaram toque de recolher. A
Guarda Nacional (força militar que os EUA reservam para emergências) foi
acionada com 16 mil soldados despachados para 24 Estados e a capital,
Washington.
Produção
de veículos mergulhada na crise
Os efeitos da crise imposta pelo novo coronavírus ainda continuam afetando profundamente a produção de veículos no Brasil. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou seu relatório mensal informando que a produção de veículos (leves e pesados) em maio até cresceu em relação a abril, mas sofreu uma queda de 84% se comparada com o mesmo mês de 2019. Apesar da retomada gradual da produção na maioria das montadoras, o setor ainda reage com cautela, fazendo projeções pessimistas para o fechamento do ano.
De acordo com o relatório da Anfavea, foram produzidos em maio 43,1 mil veículos, volume que representa uma alta de 2.232,4% em relação a abril, quando foram fabricadas 1,8 mil unidades, o menor índice desde 1957. Mas quando comparado com a produção de maio de 2019, o volume representa uma queda de 84%. No acumulado do ano até maio, foram produzidas 630,8 mil unidades, o que significa uma redução de 49,2% sobre o mesmo
Números
desalentadores
A Anfavea informou ainda que foram vendidos 62,2
mil veículos em maio, uma alta de 11,6% sobre abril, mas quando comparado ao
mesmo mês de 2019, registra-se queda de 74,7%. No acumulado do ano, foram
licenciados 676 mil veículos, que representa queda de 37,7% em relação a igual
período de 2019. Já as exportações continuam em queda, com 3,9 mil unidades em
maio, 46,3% a menos que o número registrado em abril e 90,8% menor que em maio
de 2019. De janeiro a maio, foram exportados 100,1 mil veículos, queda de 44,9%
comparado a igual período do ano passado.