ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Manifestações
na Paulista teve público reduzido
Manifestantes
contrários ao presidente Jair
Bolsonaro realizaram, no domingo (14), novo ato em São Paulo, pelo terceiro
fim de semana seguido. Os manifestantes se
concentraram em frente ao Museu de
Artes de São Paulo, e procuraram se manter distantes uns dos
outros em pelo menos um metro. No início da tarde, começaram uma caminhada
pela Paulista. A
avenida foi fechada nos dois sentidos neste ponto.
Grupos bolsonaristas críticos ao
governador João Doria (PSDB)
e ao prefeito Bruno Covas (PSDB)
anunciaram manifestação no mesmo horário no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista.
O ato reuniu algumas dezenas de pessoas, que levaram faixas com críticas a
Doria.
Frente ampla sem o ex-presidente
Lula
Políticos
de diferentes partidos, alguns até adversários entre si, têm reunido forças
pela criação de uma frente ampla pela democracia e contra ações do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um importante nome, no entanto, se
mostra contra essa mobilização - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). “Não posso aceitar com muita facilidade aquilo que as pessoas que
ajudaram a destruir o país estão querendo fazer", afirmou Lula no dia
1º de junho.
Rejeição ao PT
Na
análise da cientista política Tathiana Chicarino, professora da Fundação Escola
de Sociologia e Política de São Paulo, ela avalia que a frente ampla pode
querer distância de Lula. "A frente ampla, não sendo nem de direita nem
de esquerda , não queira se associar muitas vezes ao nome
desse partido", avalia.
Chicarino
explica que o PT "consta no imaginário coletivo como o grande agente de
corrupção no Brasil" e – apesar de afirmar que não se pode "colocar
toda a culpa pela corrupção no colo do PT" – isso pode afastá-lo de outros
partidos.
Empresas latinas aprovam redução salarial na
pandemia
Os executivos latino-americanos
apontaram a redução de custos como medida prioritária para proteção do emprego
durante a pandemia, com 52,7%. Na sequência apareceram auxílio financeiro da empresa (26,2%), redução
salarial (7,1%), diminuição da jornada de trabalho (4,2%), redução de benefícios e licenças
não-remuneradas (3,8%, cada) e trabalho em meio período
(2,1%).
Brasil
lidera
Ao avaliar o estudo por país, o
Brasil lidera as intenções de reduções salarial (11,8%), de jornada de trabalho
(7,8%) e trabalho em meio período (5,9%); enquanto o Chile aparece com mais simpatizantes na região para reduções
de custos (55,6%) e benefícios (3,8%). O auxílio financeiro
da empresa é a medida com mais adeptos na Argentina (36,7%) enquanto o México
desponta na dianteira para adoção de licenças não-remuneradas (3,8%).
Quando
questionados sobre uma possível redução significativa na folha de pagamento, os executivos brasileiros foram os únicos a obterem maioria favorável na região, com
50,9% de intenções de colocar o plano em prática. Nos demais países a opção foi rechaçada, em
sua maioria, por argentinos (76,2%), colombianos (74,7%), mexicanos (65%),
chilenos (61,5%) e peruanos (60,8%).
Assassino de Floyd poderá receber US$ 1 milhão
O ex-policial de
Minneapolis Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd, pode receber mais de
US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em benefícios previdenciários durante seus
anos de aposentadoria, mesmo que seja condenado. A informação é da emissora
americana "CNN".
Chauvin é alvo de
fúria nacional desde o mês passado, quando surgiram imagens dele ajoelhado por
quase nove minutos no pescoço de Floyd, que repetia: "não consigo
respirar". O policial foi demitido do departamento, em que trabalhava
desde 2001, e, em meio a protestos nacionais, acabou sendo acusado de
assassinato em segundo grau. Três outros agentes envolvidos na abordagem a
Floyd também foram demitidos e enfrentam acusações criminais.
Aposentadoria
Mas Chauvin ainda
pode se beneficiar de uma pensão parcialmente financiada pelos contribuintes
americanos. Embora várias leis estaduais permitam o cancelamento de benefícios
para funcionários condenados por crimes relacionados ao seu trabalho, esse não
é o caso em Minnesota.
A Associação de
Aposentadoria dos Funcionários Públicos do estado confirmou à "CNN"
que Chauvin, de 44 anos, continuaria podendo solicitar sua pensão aos 50 anos,
embora não tenha fornecido detalhes sobre o montante específico que ele
receberia. O advogado dele se recusou a comentar
O bispo da Universal e a COVI-19
Após ser internado para tratamento do Covid-19, o líder da
Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, 75, recebeu alta na sexta-feira
(12). De acordo com nota da Igreja Universal, ele estava internado desde
segunda-feira (8) no hospital Moriah, em São Paulo, e fez tratamento com
cloroquina -medicamento alvo de propaganda do presidente Jair Bolsonaro e cuja
eficácia no combate à doença ainda não tem estudos conclusivos.
Segundo o médico Leandro Echenique, um dos responsáveis
pelo atendimento, "ele evoluiu sem intercorrências, apresentou uma ótima
evolução clínica e se recuperou totalmente". A declaração do médico consta
da nota da Universal.