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domingo, 14 de junho de 2020



ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Manifestações na Paulista teve público reduzido

Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro realizaram, no domingo (14), novo ato em São Paulo, pelo terceiro fim de semana seguido. Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Artes de São Paulo, e procuraram se manter distantes uns dos outros em pelo menos um metro. No início da tarde, começaram uma caminhada pela Paulista. A avenida foi fechada nos dois sentidos neste ponto.

Grupos bolsonaristas críticos ao governador João Doria (PSDB) e ao prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciaram manifestação no mesmo horário no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista. O ato reuniu algumas dezenas de pessoas, que levaram faixas com críticas a Doria.

Frente ampla sem o ex-presidente Lula

Políticos de diferentes partidos, alguns até adversários entre si, têm reunido forças pela criação de uma frente ampla pela democracia e contra ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um importante nome, no entanto, se mostra contra essa mobilização - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não posso aceitar com muita facilidade aquilo que as pessoas que ajudaram a destruir o país estão querendo fazer", afirmou Lula no dia 1º de junho. 

Rejeição ao PT

Na análise da cientista política Tathiana Chicarino, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, ela avalia que a frente ampla pode querer distância de Lula. "A frente ampla, não sendo nem de direita nem de esquerda , não queira se associar muitas vezes ao nome desse partido", avalia.

Chicarino explica que o PT "consta no imaginário coletivo como o grande agente de corrupção no Brasil" e – apesar de afirmar que não se pode "colocar toda a culpa pela corrupção no colo do PT" – isso pode afastá-lo de outros partidos.

Empresas latinas aprovam redução salarial na pandemia

Os executivos latino-americanos apontaram a redução de custos como medida prioritária para proteção do emprego durante a pandemia, com 52,7%. Na sequência apareceram auxílio financeiro da empresa (26,2%), redução salarial (7,1%), diminuição da jornada de trabalho (4,2%), redução de benefícios e licenças não-remuneradas (3,8%, cada) e trabalho em meio período (2,1%).

Brasil lidera

Ao avaliar o estudo por país, o Brasil lidera as intenções de reduções salarial (11,8%), de jornada de trabalho (7,8%) e trabalho em meio período (5,9%); enquanto o Chile aparece com mais simpatizantes na região para reduções de custos (55,6%) e benefícios (3,8%). O auxílio financeiro da empresa é a medida com mais adeptos na Argentina (36,7%) enquanto o México desponta na dianteira para adoção de licenças não-remuneradas (3,8%).

Quando questionados sobre uma possível redução significativa na folha de pagamento, os executivos brasileiros foram os únicos a obterem maioria favorável na região, com 50,9% de intenções de colocar o plano em prática. Nos demais países a opção foi rechaçada, em sua maioria, por argentinos (76,2%), colombianos (74,7%), mexicanos (65%), chilenos (61,5%) e peruanos (60,8%).

Assassino de Floyd poderá receber US$ 1 milhão

O ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd, pode receber mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em benefícios previdenciários durante seus anos de aposentadoria, mesmo que seja condenado. A informação é da emissora americana "CNN".
Chauvin é alvo de fúria nacional desde o mês passado, quando surgiram imagens dele ajoelhado por quase nove minutos no pescoço de Floyd, que repetia: "não consigo respirar". O policial foi demitido do departamento, em que trabalhava desde 2001, e, em meio a protestos nacionais, acabou sendo acusado de assassinato em segundo grau. Três outros agentes envolvidos na abordagem a Floyd também foram demitidos e enfrentam acusações criminais.
Aposentadoria
Mas Chauvin ainda pode se beneficiar de uma pensão parcialmente financiada pelos contribuintes americanos. Embora várias leis estaduais permitam o cancelamento de benefícios para funcionários condenados por crimes relacionados ao seu trabalho, esse não é o caso em Minnesota.
A Associação de Aposentadoria dos Funcionários Públicos do estado confirmou à "CNN" que Chauvin, de 44 anos, continuaria podendo solicitar sua pensão aos 50 anos, embora não tenha fornecido detalhes sobre o montante específico que ele receberia. O advogado dele se recusou a comentar
O bispo da Universal e a COVI-19
Após ser internado para tratamento do Covid-19, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, 75, recebeu alta na sexta-feira (12). De acordo com nota da Igreja Universal, ele estava internado desde segunda-feira (8) no hospital Moriah, em São Paulo, e fez tratamento com cloroquina -medicamento alvo de propaganda do presidente Jair Bolsonaro e cuja eficácia no combate à doença ainda não tem estudos conclusivos.
Segundo o médico Leandro Echenique, um dos responsáveis pelo atendimento, "ele evoluiu sem intercorrências, apresentou uma ótima evolução clínica e se recuperou totalmente". A declaração do médico consta da nota da Universal.