ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Apoio a Bolsonaro reúne manifestantes em Brasília
Domingo (21) com manifestações em Brasília em apoio ao presidente
Jair Bolsonaro, internautas subiram as tags #FechadoComBolsonaroAte2026 e comentados do microblog. No Distrito Federal, o grupo se
concentrou na Esplanada dos Ministérios trajando as cores verde e amarela.
Contra o governo
O ato também teve presença de manifestantes contra o governo. A
Polícia Militar deu ordem para que os grupos se concentrem em pontos opostos
para evitar confusões. Protestos também acontecem em outras regiões do país,
como São Paulo e Rio de Janeiro.
O “QG Rural” de apoio a Bolsonaro
Antes
das manifestações pró e contra o governo Jair Bolsonaro em Brasília, a Polícia
Civil do Distrito Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em uma chácara
usada como base por um grupo bolsonarista que esteve acampado na cidade até a
última semana.
Segundo
informações do jornal o estado de São Paulo, a ação da Coordenação Especial de
Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) teve como alvo o chamado “QG
Rural”, grupo de militantes bolsonaristas que estiveram acampados em frente ao
Ministério da Agricultura.
Investigado...
O
grupo é alvo de investigação por atos como os ataques com fogos de artifício ao
edifício do Supremo Tribunal Federal (STF) em 13 de junho, depois que a Polícia
Militar do DF desmontou os acampamentos pró-Bolsonaro na Esplanada dos
Ministérios.
Os
integrantes do chamado “QG Rural” seguiram instalados em frente ao Ministério
da Agricultura, onde chegaram a receber a visita do ex-ministro da Educação
Abraham Weintraub, que reafirmou as declarações contra o STF e que levaram à
sua exoneração no último dia 18.
Governo prorroga entrada de
estrangeiros no Brasil
O governo
federal decidiu prorrogar por mais 15 dias a restrição da entrada de
estrangeiros de qualquer nacionalidade no Brasil por conta da pandemia da
Covid-19, seguindo recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A limitação vale para o ingresso por rodovias ou outros meios terrestres, por
via aérea ou por transporte aquaviário.
O ato foi
publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite deste sábado e
estende o prazo de 30 dias previsto em portaria publicada no dia 22 de maio. A
medida foi assinada pelos ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), André
Mendonça (Justiça e Segurança Pública), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e
Eduardo Pazuello (Saúde).
Exceções...
A
portaria estabelece que a restrição não se aplica ao brasileiro, nato ou
naturalizado; ao imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo
determinado ou indeterminado, no território brasileiro; ao profissional
estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional; ao passageiro em
trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e
que o país de destino admita o seu ingresso; e ao funcionário estrangeiro
acreditado junto ao Governo brasileiro.
Há também
exceções para estrangeiros que sejam cônjuges, companheiros, filhos, pais ou
curadores de brasileiros, que tenham a entrada autorizada especificamente pelo
governo brasileiro em vista do interesse público ou por questões humanitárias,
que sejam portadores de Registro Nacional Migratório. E também para o
transporte de cargas.
Espanha
reabre suas fronteiras
As fronteiras
espanholas foram reabertas no domingo (21) a todos os países da União Européia,
exceto Portugal, bem como a membros do espaço Schengen fora da região e ao
Reino Unido, em um impulso muito
necessário à indústria do turismo do país, que representa mais de
12% de sua economia.
Os
turistas britânicos poderão entrar
sem ter de passar por quarentena, anunciou o ministro das Relações Exteriores
do governo no sábado (20), embora continuem sujeitos a 14 dias de isolamento
após o retorno. Os espanhóis também foram autorizados a circular livremente pelo país a partir de
hoje e muitos devem visitar amigos, familiares e segundas residências em
outras regiões. Desde 14 de março, a população espanhola teve que permanecer
sem sair de seus estados.
Uso de máscaras
A
população ainda precisará usar
máscaras em espaços públicos quando as medidas de distanciamento social não
puderem ser respeitadas. No Aeroporto Internacional Adolfo Suárez
Madri-Barajas, havia uma sensação palpável de alívio para os passageiros, muitos dos quais viajavam para
ver seus entes queridos depois de meses separados.
Todos
os passageiros que
chegarem terão sua temperatura medida, eles serão solicitados a indicar de onde
vêm e a relatar seu paradeiro na Espanha, caso precisem ser localizados. A
fronteira da Espanha com o país vizinho, Portugal, será reaberta em 1º de julho. "É muito estranho, porque não estamos mais
acostumados a viajar", disse Martina, uma turista italiana que foi uma das
primeiras a chegar à Espanha em um vôo de Bergamo.
Em
relatório recente, o Banco Mundial alertou que a pandemia de Covid-19 vai
provocar a mais ampla turbulência econômica global desde pelo menos 1870 e
ameaça desencadear um aumento dramático nos níveis de pobreza em todo o mundo. Mas,
para 30 países, este ano será de crescimento - ainda que menor do que o esperado,
salvo raras exceções.
Guiana crescerá mais de 50%
Uma
dessas exceções é a Guiana, país vizinho ao Brasil, que deverá apresentar
crescimento superior a 50% neste ano, o maior do mundo, devido à descoberta do
petróleo - embora o preço da commodity tenha caído a um dos menores níveis da
história. A nação também será a única a crescer na América Latina e no Caribe.
Países emergentes e em desenvolvimento que
devem crescer em 2020 (em % do PIB):
Leste da Ásia e Pacífico
China
(1%), Laos (1%), Mianmar (1,5%) e Vietnã (2,8%)
Europa (com exceção da UE) e Ásia Central
Uzbequistão
(1,5%)
América Latina e Caribe
Guiana
(51,1%)
Oriente Médio e Norte da África
Djibuti
(1,3%), Egito (3%)
Sul da Ásia
Bangladesh
(1,6%), Butão (1,5%), Nepal (1,8%)
África Subsaariana
Benin
(3,2%), Burkina Faso (2%), Burundi (1%), República Centro-Africana (0,8%),
Costa do Marfim (2,7%), Etiópia (3,2%), Gâmbia (2,5%), Gana (1,5%), Guiné
(2,1%), Quênia (1,5%), Malauí (2%), Mali (0,9%), Moçambique (1,3%), Níger (1%),
Ruanda (2%), Senegal (1,3%), Tanzânia (2,5%), Togo (1%), Uganda (3,3%).