ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro lidera pesquisa para eleição de 2022 com 27%
O
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá se reeleger em 2022, mas com
dois rivais próximos na disputa eleitoral: o ex-ministro Sergio Moro e o
ex-presidente Lula, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná a pedido
da revista Veja.
O
levantamento, feito entre 26 e 29 de abril, apontou que Bolsonaro aparece com
27% das intenções de voto, contra 18,1% do ex-juiz da Operação Lava Jato, que
acusou o presidente de interferência política na Polícia Federal ao anunciar
sua demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Moro e Haddad empatados
Moro,
que prestou depoimento à PF no sábado (2), está tecnicamente empatado, no
limite da margem de erro, com o finalista do segundo turno presidencial de
2018, Fernando Haddad (PT). O ex-prefeito de São Paulo surge com 14,1%.Sem
Moro na disputa, Bolsonaro aumenta sua vantagem para 29,1%, contra 15,4% de
Haddad e 11,1% de Ciro Gomes (PDT).
Venceria Lula (que está inelegível)
Contra
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inelegível por se enquadrar na Lei da Ficha
Limpa, Bolsonaro tem sua disputa mais acirrada: 26,3% a 23,1%, configurando
empate técnico. Neste cenário, Moro surge em terceiro, com 17,5%. O
ex-presidente já declarou que não pretende se candidatar em 2022.
Sobre
avaliação do governo Bolsonaro, a pesquisa apontou que 44% dos entrevistados
aprovam, enquanto 51,7% desaprovam. Outro dado negativo para o presidente é que
apenas 31,8% do eleitorado consideram a sua administração ótima ou boa, contra
39,4% que a avaliam como ruim ou péssima. Outros 27,3% acreditam que seu
desempenho é regular.
Ramagem poderá ser renomeado
O presidente Jair Bolsonaro avalia
nomear novamente o delegado Alexandre Ramagem para diretor-geral
da Polícia Federal nesta segunda-feira (4) e também retirar do Comando
do Exército o general Edson Leal Pujol. As informações são de reportagem
do jornal "Folha de S.Paulo" e assinada pelo jornalista Igor
Gielow.
Uma segunda indicação de Ramagem pode aumentar a tensão entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a nomeação do delegado próximo à família Bolsonaro na semana passada. A decisão de impedir a posse de Ramagem foi do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Uma segunda indicação de Ramagem pode aumentar a tensão entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a nomeação do delegado próximo à família Bolsonaro na semana passada. A decisão de impedir a posse de Ramagem foi do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A
demissão do antigo diretor-geral da PF, Maurício Valeixo causou a saída do
então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do governo de
Bolsonaro. No seu discurso de demissão, Moro acusou Bolsonaro de tentar
interferir em investigações da PF.
Mudança no comando do Exército
Outra informação trazida pela reportagem da Folha de
S.Paulo é que Jair Bolsonaro estaria disposto a retirar o general Edson
Leal Pujol do comando do Exército. Pujol, diz a matéria, tem
divergências com Bolsonaro no desenvolvimento do combate à pandemia
da Covid-19.
O nome para assumir o comando do exército seria o do atual secretário de Governo general Luiz Eduardo Ramos, aliado fiel do presidente. No sábado (2) Bolsonaro se reuniu com a cúpula militar, incluindo os comandantes das forças armadas.
No domingo (3), Bolsonaro participou de uma manifestação de
apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. Em um vídeo divulgado em sua conta
no Twitter, o presidente afirmou que as forças armadas estão ao seu lado e
pediu a "Deus para não ter problema essa semana", disse.
"Chegamos no limite, não tem mais conversa" acrescentou.
STF decide manter válida a MP 927durante a Covid-19
Seis dos
11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram para manter a validade
dos principais pontos a medida Provisória 927, que flexibiliza
normas trabalhistas durante a epidemia do Covid-19. A MP dá ao acordo
individual entre patrão e empregado prevalência em relação a leis trabalhistas
e acordos coletivos.
A norma também prevê adiar o pagamento do adicional de um terço de férias até o recebimento do 13º salário, e a possibilidade de o trabalhador “vender” as férias para o patrão. Em liminar concedida em março, o relator de sete ações que questionam a MP, ministro Marco Aurélio Mello, manteve a validade da medida. Na semana passada, no julgamento em plenário, ele manteve seu entendimento. Nesta quarta-feira, a análise do caso foi retomada.
A norma também prevê adiar o pagamento do adicional de um terço de férias até o recebimento do 13º salário, e a possibilidade de o trabalhador “vender” as férias para o patrão. Em liminar concedida em março, o relator de sete ações que questionam a MP, ministro Marco Aurélio Mello, manteve a validade da medida. Na semana passada, no julgamento em plenário, ele manteve seu entendimento. Nesta quarta-feira, a análise do caso foi retomada.
Arquivamento do inquérito
eleitoral contra Flávio Bolsonaro
O inquérito eleitoral que investigava possíveis crimes de
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral do senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) está perto de ser finalizado. Mesmo sem quebrar o
sigilo do filho do presidente, a Polícia Federal do Rio de Janeiro encerrou as
apurações e encaminhou o processo para o Judiciário com um pedido de
arquivamento.
Segundo
informações divulgadas pelo jornal O Globo, tal pedido ocorreu ainda no mês de
março e seguiu análise divulgada anteriormente de que nenhum indício dos
supostos crimes haviam sido encontrados, mesmo que os sigilos fiscal e bancário
de Flávio Bolsonaro tenham sido quebrados. As investigações, que começaram após
notícia crime feita ainda em 2018, apuravam possíveis inconsistências na declaração
de bens do senador ao longo das eleições de 2014, 2016 e 2018, como o fato de
ele ser proprietário de um imóvel no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro,
mas ter atribuído valor diferente a cada divulgação.
Covid-19: Suécia adotou
isolamento respeitando a cidadania
Após adotar uma
estratégia polêmica de combate ao novo coronavírus, a Suécia foi citada por
Michael Ryan, diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e
especialista em saúde emergencial, como “modelo de combate [à covid-19].” A
matéria é da Agencia Brasil.
A Suécia se recusou,
no período entre março e abril, a implementar leis específicas para quarentena
e isolamento social. Em vez da regulamentação pesada de outros países da
Escandinávia (região do norte europeu que agrupa Dinamarca, Noruega e Suécia),
o governo sueco propôs uma política pública baseada em compreensão, cuidado e
segurança com o próximo - uma forma de isolamento social baseado em
cidadania, não em multas ou regulamentações severas.
Distanciamento voluntário
“Há uma percepção de
que a Suécia não criou medidas de controle e deixou a doença se disseminar, mas
isso não poderia estar mais longe da verdade”, afirmou Ryan.“[O país] criou uma
política pública muito dura de distanciamento social baseada em cuidar e
proteger pessoas internadas. O que houve de diferente foi a confiança na
cidadania e a habilidade individual dos cidadãos de se imporem o distanciamento
social e os devidos cuidados [contra a infecção]”, afirmou o médico em
coletiva.
A forma diferente de
lidar com a pandemia foi criticada por acadêmicos e intelectuais do país, que
escreveram uma carta aberta ao governo para solicitar um endurecimento das
medidas contra o novo coronavírus. O documento registrou mais de 2.300
assinaturas. A Suécia apresentou um número maior de casos em comparação com os
vizinhos, que adotaram medidas regulatórias por meio de decretos. Foram 20.300
casos e 2.462 mortes.
O dono do ZOON
Pela
primeira vez, Eric Yuan, fundador da empresa de videoconferência Zoom, entrou
na lista de bilionários da revista Forbes. Sua fortuna é estimada em US$ 7,8
bilhões de dólares (cerca de R$ 42,9 bilhões, na cotação atual). Filho de
engenheiros especializados em mineração, Yuan nasceu na província de Shandong,
na China. A matéria foi publicada no site da BBC News.
Depois
de estudar engenharia, ele foi trabalhar no Japão por quatro anos antes de
comprar uma passagem para os Estados Unidos. Aparentemente inspirado por uma
palestra de Bill Gates, fundador da Microsoft, o desafio de Yuan era chegar ao
país mais rico do mundo para se aproveitar da onda de inovação tecnológica que
florescia em meados da década de 1990 no Estado da Califórnia.
Ideia do aplicativo foi
rejeitada
Mas
as portas não estavam totalmente abertas para Yuan. Seu visto foi rejeitado
oito vezes antes de finalmente conseguir permissão para morar e trabalhar no
país. Foi assim que, em 1997, Yuan, com 27 anos, iniciou uma nova vida no Vale
do Silício. Embora não falasse bem inglês, não demorou muito para encontrar um
lugar onde pudesse desenvolver suas habilidades.
Começou
a trabalhar como programador na empresa WebEx. Uma década depois, a companhia
foi adquirida pela Cisco Systems, onde Yuan se tornou vice-presidente de
engenharia.
Segurança do usuário
Em
2011, o empresário apresentou aos executivos da Cisco seu projeto para criar um
aplicativo de videoconferência que não funcionaria apenas em desktops e
tablets, mas também em telefones celulares. A ideia foi rejeitada e Yuan
renunciou ao seu cargo na empresa para iniciar um próprio negócio: o Zoom.
Graham
Cluley, consultor britânico de segurança cibernética, disse à BBC News Mundo,
serviço em espanhol da BBC, que nas últimas semanas houve um intenso escrutínio
da empresa. "Um grande número de pesquisadores de segurança examinou seu
código", explica Cluley.
Concorrência...
"Alguns
desses pesquisadores encontraram falhas de segurança preocupantes." No
entanto, acrescenta, a empresa respondeu lançando atualizações de software e
outras medidas de segurança.
"O
Zoom ainda pode não ser a plataforma ideal para políticos de alto escalão
discutirem questões delicadas, mas para a grande maioria das pessoas, não é uma
má escolha", diz Cluley. Nas últimas semanas, empresas concorrentes começaram a implementar estratégias para ganhar mais
espaço no mercado.