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domingo, 3 de novembro de 2019



ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Globo vai renovar a sua concessão?
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou na saída do hotel em que estava hospedado em Abu Dhabi que existe a possibilidade da Globo não renovar a concessão. Bolsonaro responsabilizou a mídia por notícias que tentaram 'desestabilizá-lo'.  O político acredita que empresas de comunicação podem ter problemas no processo de renovação, que acabará durante o seu mandato. 
"Tem empresa que vai renovar seu contrato brevemente, eu não vou perseguir ninguém. Quem estiver devendo, vai ter dificuldade. Então os órgãos de imprensa jogam pesado para ver se me tiram de combate para facilitar sua vida", comentou o presidente na manhã da segunda-feira (28). 
A pauta do julgamento da condenação na segunda instância
No dia 7 de novembro (quinta-feira) está marcada a continuação do julgamento que deve decidir se o cumprimento da prisão será logo após a confirmação da condenação em segunda instância ou apenas depois de esgotados os recursos. Antes o Supremo Tribunal Federal (STF) vai receber uma Carta Aberta do senador Lasier Martins (Podemos-RS) apoiando o cumprimento da pena logo após a segunda instância. Ele lembra que o Congresso Nacional está tratando do assunto por meio de propostas de emenda à Constituição (PEC).
Pelo Twitter, na quinta-feira (31), Lasier comemorou o apoio recebido por sua carta. — Já temos 37 assinaturas de senadoras e senadores que apoiam a carta aberta de minha autoria, que defende a manutenção da prisão em segunda instância. O documento deverá ser entregue na próxima semana ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli — registrou.
O tema interessa por demais ao PT
Em discurso no Plenário nessa quarta-feira (30), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou preocupação com o tema. Ele salientou que inviabilizar a prisão em segunda instância pode libertar muitos criminosos. Na terça-feira (29), a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) também disse apoiar o cumprimento da pena após a condenação ser confirmada.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) também já discursou para defender a segunda instância. Na visão do senador Elmano Férrer (Podemos-PI), a prisão em segunda instância não viola os direitos constitucionais. Na mesma linha, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE)  declarou esperar que a possibilidade de prisão após decisão judicial de segunda instância seja mantida pelo STF. (as informações estão no site do Senado).
As manchas de óleo nas praias do nordeste
A Fundação Oswaldo Cruz emitiu uma nota alertando sobre as manchas de óleo no litoral do Nordeste, que afetaram 94 municípios de 9 estados da região. A instituição também vai monitorar o impacto das manchas na saúde das populações locais. “Chama a atenção o fato de que os dados divulgados sobre os locais atingidos apontam para situações e níveis de contaminação diversos: diferentes grupos populacionais, como militares e defesa civil, pescadores e marisqueiras, voluntários, entre outros, estão expostos aos riscos de contaminação, seja pela inalação, pelo contato dérmico ou pela ingestão de alimentos contaminados”, escreveu a Fiocruz.
100 milhões de brasileiros não têm acesso ao Saneamento Básico  
O Plano Nacional de Saneamento Básico, que prevê a universalização da oferta de água potável e da coleta e tratamento de esgoto até 2033, está muito distante de ser atingido. O Brasil está mais de 30 anos atrasado em relação ao cumprimento de metas, apontam cálculos da entidade Trata Brasil.

Ao menos R$ 22 bilhões são necessários como investimento anual para atingir os compromissos firmados no plano, mas, o país investe valor inferior a R$ 10 bilhões, menos da metade da quantia necessária para que o saneamento básico seja estendido à toda população. Hoje, pelo menos 17%, ou 35 milhões de brasileiros, vivem sem acesso à rede de abastecimento de água, desassistência que aumenta em relação à coleta e tratamento de esgoto. Pelo menos 100 milhões de brasileiros não têm acesso a esses serviços, ou seja, quase metade da população do país.

Na Região Norte apenas 2% têm tratamento

A desigualdade cresce ainda mais em níveis geográficos. Enquanto que na região Sudeste quase 92% da população tem acesso à água potável, cerca de 79% do esgoto coletado e 51% dele tratado, na região Norte, a oferta de água chega a menos de 58% dos habitantes, onde ainda aproximadamente 10% do esgoto é coletado e somente 22% dele recebe tratamento. “Portanto, de todo o esgoto na região Norte, menos de 2% é tratado, ou seja, 98% dos esgotos são jogados em rios”, observa o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

Privatizações

Pesquisa realizada pela XP/Ipespe brasileiros aponta que 39%dos entrevistados são favoráveis a uma agenda de desestatizações. A consulta foi realizada entre 9 e 11 de outubro. O resultado representa um crescimento de 6 pontos percentuais em relação à pesquisa de julho. O grupo contrário a essa agenda oscilou negativamente de 58% para 55% no período analisado, mas mantém a dianteira. Já os que não responderam ao questionamento foram de 8% para 6% no mesmo intervalo.

Números

O levantamento ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas realizadas por operadores. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.  Para os consultores de mercado, a pauta das privatizações apontada como uma das prioridades do governo Jair Bolsonaro (PSL) na seara econômica. No primeiro ano de gestão, já foram arrecadados cerca de US$ 23,5 bilhões com vendas da participação da União em empresas estatais — montante superior à meta estabelecida pelo governo para o período, de US$ 20 bilhões.

Gigantismo estatal

Pelos cálculos do secretário, hoje a União detém 637 participações diretas ou indiretas em empresas. O levantamento contempla companhias diretamente controladas pelo governo subsidiárias, coligadas ou participações sem poder de decisão. A lista de privatizações do governo conta com 17 estatais. Muitas delas precisam do aval do Congresso Nacional — caso da Casa da Moeda, os Correios e a Eletrobras. Processos mais polêmicos, como da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil ou da Petrobras devem ficar de fora.