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segunda-feira, 4 de novembro de 2019



A Globo à esquerda e o sindicalismo infiltrado

O governo Bolsonaro criou uma comissão chamada GAET (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), sob a gerência do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para concluir a reforma trabalhista iniciada no governo Michel Temer. Sua principal missão é o fim da unicidade sindical (sindicato único por categoria) e a instituição da pluralidade sindical (criação indiscriminada de sindicatos). Com isso a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, conseqüentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) mergulham de vez nas trevas da ociosidade política e sindical.

Não é segredo para ninguém no Brasil que a cúpula do PT e da CUT sempre defenderam o fim da contribuição sindical compulsória, o fim do sistema Confederativo e a pluralidade sindical. Essa foi à principal bandeira dos petistas na Assembleia Nacional Constituinte em 1988 e a base da PEC 369/05, onde o PT, sob o governo Lula, tentou impor as teses defendidas agora pelo governo Bolsonaro para “modernizar” o sistema sindical brasileiro.

A política brasileira nos últimos anos, sobretudo após a última eleição, está polarizada entre extremos. Ambos em tese inviabilizados politicamente dependem da ameaça do oposto para sobreviver.

O bolsonarismo com discurso nacionalista é o anti PT e até perderia a eleição de 2016 para qualquer outra corrente política do país. Hoje manter o PT extremado, acentua ainda mais essa diferença que é uma divisão de classes que engloba elite-classe média e setores simpatizantes das forças armadas.

No apoio a esses grupos o segmento evangélico faz sua parte. Hoje são 90 milhões de eleitores ativos, é na verdade a principal alternativa da oposição para enfrentar a esquerda no País.

Mas voltando ao sindicalismo, vale informar que no Brasil existem cadastrados no extinto Ministério do Trabalho 11.690 sindicatos laborais. Mas 80% são sindicatos de trabalhadores rurais e de servidores públicos municipais nos 5.570 municípios brasileiros.  Do total, 2.361 são filiados à CUT, o que representa 20,1%. Somadas, as demais centrais sindicais possuem 54,2% dos sindicatos filiados e 24,8% sem filiação alguma.

Nesse panorama mesclado de política partidária e o antagonismo de correntes ideológicas, está a parcela do movimento sindical pragmático, ora alinhado ideologicamente e politicamente ao conservadorismo, ora aliado ao interesse das empresas, o que de certa forma dá no mesmo. Nos dois casos, quem perde é o trabalhador.

Neste cenário de embate entre grupos que dividem o país, está a Rede Globo, dito pelos evangélicos “a encarnação do mal, o demônio eletrônico". O alvo principal por ordem expressa dos donos da emissora é medir forças com Bolsonaro. Neste contexto, vale tudo, de fake news a revelação de fatos ocorridos antes mesmo de o presidente estar na política.
Não podemos, por óbvio, nos deixar entorpecer por essa guerra entre as Organizações Globo e o governo Bolsonaro. Vozes se levantam para sussurrar que nenhum dos dois está a favor dos interesses do Brasil ou do povo brasileiro.

Não podemos esquecer os ministros do STF (no caso de Gilmar Mendes) por exemplo: tido nas redes sociais o próprio diabo em pessoa, ora um santo libertador do Lula), com o MP, Forças Armadas e, o pior de tudo para um partido político, com lideranças e parlamentares de outros partidos. O “Lula Livre”, um troféu do PT explorado de forma estúpida e sem o menor pudor moral.

Grande parte dos 57 milhões de votos em Bolsonaro no segundo turno foi no sentido de se votar “porque não queria mais o PT”.