A Globo à esquerda e o sindicalismo infiltrado
O
governo Bolsonaro criou uma comissão chamada GAET (Grupo de Altos Estudos do
Trabalho), sob a gerência do secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, para concluir a reforma trabalhista iniciada no governo Michel
Temer. Sua principal missão é o fim da unicidade sindical (sindicato único por
categoria) e a instituição da pluralidade sindical (criação indiscriminada de
sindicatos). Com isso a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e,
conseqüentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) mergulham de vez nas trevas
da ociosidade política e sindical.
Não
é segredo para ninguém no Brasil que a cúpula do PT e da CUT sempre defenderam
o fim da contribuição sindical compulsória, o fim do sistema Confederativo e a
pluralidade sindical. Essa foi à principal bandeira dos petistas na Assembleia
Nacional Constituinte em 1988 e a base da PEC 369/05, onde o PT, sob o governo
Lula, tentou impor as teses defendidas agora pelo governo Bolsonaro para
“modernizar” o sistema sindical brasileiro.
A
política brasileira nos últimos anos, sobretudo após a última eleição, está
polarizada entre extremos. Ambos em tese inviabilizados politicamente dependem
da ameaça do oposto para sobreviver.
O
bolsonarismo com discurso nacionalista é o anti PT e até perderia a eleição de
2016 para qualquer outra corrente política do país. Hoje manter o PT extremado,
acentua ainda mais essa diferença que é uma divisão de classes que engloba
elite-classe média e setores simpatizantes das forças armadas.
No
apoio a esses grupos o segmento evangélico faz sua parte. Hoje são 90 milhões
de eleitores ativos, é na verdade a principal alternativa da oposição para
enfrentar a esquerda no País.
Mas
voltando ao sindicalismo, vale informar que no Brasil existem cadastrados no
extinto Ministério do Trabalho 11.690 sindicatos laborais. Mas 80% são
sindicatos de trabalhadores rurais e de servidores públicos municipais nos
5.570 municípios brasileiros. Do total,
2.361 são filiados à CUT, o que representa 20,1%. Somadas, as demais centrais
sindicais possuem 54,2% dos sindicatos filiados e 24,8% sem filiação alguma.
Nesse
panorama mesclado de política partidária e o antagonismo de correntes
ideológicas, está a parcela do movimento sindical pragmático, ora alinhado
ideologicamente e politicamente ao conservadorismo, ora aliado ao interesse das
empresas, o que de certa forma dá no mesmo. Nos dois casos, quem perde é o
trabalhador.
Neste
cenário de embate entre grupos que dividem o país, está a Rede Globo, dito
pelos evangélicos “a encarnação do mal, o demônio eletrônico". O alvo
principal por ordem expressa dos donos da emissora é medir forças com
Bolsonaro. Neste contexto, vale tudo, de fake news a revelação de fatos
ocorridos antes mesmo de o presidente estar na política.
Não
podemos, por óbvio, nos deixar entorpecer por essa guerra entre as Organizações
Globo e o governo Bolsonaro. Vozes se levantam para sussurrar que nenhum dos
dois está a favor dos interesses do Brasil ou do povo brasileiro.
Não
podemos esquecer os ministros do STF (no caso de Gilmar Mendes) por exemplo:
tido nas redes sociais o próprio diabo em pessoa, ora um santo libertador do
Lula), com o MP, Forças Armadas e, o pior de tudo para um partido político, com
lideranças e parlamentares de outros partidos. O “Lula Livre”, um troféu do PT
explorado de forma estúpida e sem o menor pudor moral.
Grande
parte dos 57 milhões de votos em Bolsonaro no segundo turno foi no sentido de
se votar “porque não queria mais o PT”.