SAÚDE: Sistema paralelo das vacinas, blindado pela omissão da CPI da Pandemia
No primeiro semestre de 2021, em abril, o Senado instalou a CPI da
Pandemia, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que o governo
federal fez e não fez para combater a pandemia de COVID-19.
Foram quase
seis meses, uma montanha de documentos, interrogatório de convidados depoentes.
O foco era desvendar as práticas criminosas eu ocorreram no curso da Pandemia,
envolvendo políticos, prefeitos e governadores. Povoada de intermediários, a
negociação na compra de vacinas, transcendeu o limite da natureza de transações
licitas e acabou mergulhada num dos maiores negócios escusos.
O sistema
paralelo e a negociação com entes públicos envolvendo (governadores e prefeitos)
ficou blindada mesmo após operações da Polícia Federal, apresentar provas com
indícios de corrupção na aquisição dos fármacos, onde políticos aparecem em
seus relatórios como fraudadores, e algozes do sistema de saúde. O motivo se
prende a legislação que não envolve mandatários estaduais e municipais.
Governadores e Prefeitos
O presidente da CPI da Covid,
senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, em maio de 2021por meio de rede social que
pelo menos 9 governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos devem ser convocados
para depor. Requerimento será votado nesta quarta-feira (26).
O senador publicou na sua rede social twitter: "Terminamos a reunião agora e vamos votar, na quarta, requerimentos para a convocação de pelo menos 9 governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos - Estados e capitais onde a PF investiga suspeitas de desvio de recursos de combate a COVID".
O ex-governador do Rio, Wilson Witzel, teve seu mandato cassado pela
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro no mês de abril de 2021, após
ter sido acusado de comandar mega esquema de corrupção na área da saúde durante
a construção de hospitais de campanha. Elel foi denunciado pela Polícia Federal
por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Uma operação da Policia Federal fez com que
dezenas de requerimentos fossem expedidos ara convocar governadores de 1o
estados e prefeitos e ex-prefeitos de 7 capitais.
A ordem de diligências foi definida pelos locais onde houve operações da
Polícia Federal para investigar mau uso do dinheiro destinado ao combate à
pandemia. Na lista preliminar estavam: Waldez Góes (PDT), do Amapá; Wilson Lima
(PSC), do Amazonas; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Cláudio Castro (PSC), do
Rio de Janeiro; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Marcos Rocha (PSL),
de Rondônia; Antonio Denarium (sem partido), de Roraima; Carlos Moisés (PSL),
de Santa Catarina e Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins. O governador do
Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também deve ser convocado, mas nesse
caso, a investigação foi deflagrada pelo Ministério Público do DF. Já as
capitais são: Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Recife (PE), Rio
Branco (AC), São Luís (MA) e São Paulo (SP).