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domingo, 16 de maio de 2021

 ANÁLISE & POLÍTICA

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Digital Analys-influencer

Bolsonaro está sendo “fritado” na CPI e reflete nas redes sociais

O governo federal esta sendo “fritado” na CPI da Covid instalada há duas semanas no Senado Federal. Sem “poder de fogo” os quatro governistas estão reféns da pressão sobre duas peças principais focadas nos quatros interrogatórios com atores que atuaram a frente da pasta da Saúde no período da pandemia.

Não fosse o verbo “rancoroso” do relator Renan Calheiros, visado por ter “telhado de vidro”, devido processo em que foi acusado com práticas lesivas ao erário público, e por conta das denuncias envolvendo seu filho Renan Calheiros Filho (MDB-AL). Em suma: tudo indica que ara o relator a CPI é um palanque eleitoral.

Em 2016 o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito  da Operação Lava Jato. Diante disso plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)  decidiu torná-lo réu por peculato, no caso Mônica Veloso. Além desses dois casos, ele é alvo de mais dez investigações, que aquela altura não viraram denúncias ou processos.

Cloroquina e compra de vacinas

A cloroquina e a demora para aquisição de vacinas é o foco do momento, mas é provável que ao longo dos trabalhos vire na direção dos governadores e prefeitos. Os senadores pró-Bolsonaro na CPI argumentam que vários estados e municípios, fizeram uso indevido dos repasse da verba para o combate a pandemia. Eles citam o envio de recursos a estados e municípios que também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares, inclusive os membros da Comissão de oposição ao governo.

Existe uma “nebulosa” sobre os “hospitais de campanha”, compra de equipamentos e medicamentos. Uma delas é a que o filho do senador, foi envolvido numa compra malsucedida de respiradores investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).  O olhar ameno sem tirar a seriedade e usando meio tom na CPI o seu presidente senador Omar Azzis (PSD-AM) conduz os trabalhos de forma exemplar e têm salvado a imagem do Senado, aranhada pelas constantes agressões verbais do Relator Renan Calheiros.

Reflexo nas redes sociais

No ambiente virtual, onde bolsonaristas atuam com grande articulação, o resultado não é positivo. Informações da agência de análise de dados e mídias MAP mostram que de 27 de abril a 3 de maio, antes do início da CPI, o apoio manifestado ao presidente nas redes sociais estava em 43,2%. Na semana seguinte, de 4 a 10 de maio, foi para 27,7%. Já de 11 a 14 de maio (até as 8h), derreteu para 4,9%, em meio aos depoimentos do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Barra Torres, do ex-secretário de Comunicação da presidência Fabio Wajngarten e do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.

A queda no apoio, segundo a agência, “é ancorada por uma agenda negativa que os perfis de direita, entre manifestantes, políticos e influenciadores, não conseguiram reverter”. “Apesar da mobilização contrária da direita, que soma quase 41% do debate numa tentativa de blindar o presidente, o apoio à CPI é de 69%, o que demonstra que o público geral está favorável às investigações”, afirma a diretora-geral da MAP, Marilia Stabile. Até o momento, em maio, a CPI é o segundo tema, com 11,6% de participação, pouco atrás do Paulo Gustavo, que lidera com 11,9%.

Afinal como surgiu o vírus da Convid-19?

A resposta parece esclarecedora, ou intrigante. Mas o veterano editor da área científica do New York Post, que também já passou pelas revistas Science e Nature, Nicholas Wade, publicou um artigo no jornal Washington Post afirmando que há pouquíssimas dúvidas de que o vírus da Covid-19 realmente tenha surgido em um laboratório de Wuhan, província China.

No artigo, Wade expõe as ‘coincidências’ da pandemia que levam a crer que há uma espécie de conspiração global entre líderes, países, empresas e até a própria Organização Mundial da Saúde com o único interesse de esconder a verdadeira origem do vírus.

Uma das evidências é a de que há um laboratório em Wuhan que, antes da pandemia, fazia pesquisas sobre o coronavírus. Ao contrário do que foi informado na época, os primeiros infectados com a Covid-19 não estavam em um mercado em Wuhan consumindo sopa que tinha o morcego como ingrediente. Os primeiros infectados teriam sido trabalhadores do laboratório que conduzia pesquisas sobre o coronavírus – informação que os Estados Unidos já haviam divulgado no início da pandemia.

A nova Constituição do Chile

Os chilenos começaram a votar no sábado (14) a eleição que irá escolher prefeitos, governadores, conselheiros e, especialmente, os 155 homens e mulheres que irão elaborar a próxima Constituição do país.  Mudar a Constituição era uma demanda central presente nos turbulentos protestos sociais que emergiram questionando as desigualdades econômicas e o elitismo no país em outubro de 2019.

A Carta atual foi escrita durante o regime da ditadura Pinochet

Mais de 7,5 milhões de pessoas votaram no plebiscito do ano passado para descartar a atual constituição, que foi escrita em 1980 durante a ditadura de Augusto Pinochet.  As zonas eleitorais foram abertas às 8 horas (horário local) e na metade da manhã os eleitores chegaram de maneira moderada, porém constante, para marcar suas escolhas em quatro cédulas de papéis com cores diferentes.  

EUA suspende o uso obrigatório de máscaras

Nos Estados Unidos, os vacinados em duas doses já se aproximam da normalidade. Na quinta-feira (13), o CDC (Centro de Controle de Prevenção e Doenças) divulgou novas orientações sobre a Covid-19 e afirmou que pessoas 100% imunizadas não precisam mais usar máscaras depois de duas semanas da segunda dose, seja em ambientes abertos ou fechados. O distanciamento social também é dispensável.

Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte sem mortes

Na última segunda-feira (10), o primeiro dia sem mortes por Covid-19 na Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte desde julho, Johnson confirmou uma série de mudanças direcionadas a uma maior flexibilização das restrições. A terceira etapa do plano de afrouxamento do lockdown britânico demonstra uma maior confiança governamental na conjuntura sanitária do país e um olhar mais positivo sobre a vacinação em massa. Ainda assim, o líder britânico afirmou que o distanciamento social precisa continuar em locais de trabalho, lojas e restaurantes.

A soja dourada

O Brasil está a caminho de vender o maior volume de soja para os Estados Unidos desde 2014, de acordo com dados da agência marítima Cargonave, num momento em que o país ajuda os americanos a resolver uma lacuna de oferta. O aumento das vendas para os Estados Unidos mostra que a oferta restrita naquele país e os preços altos da oleaginosa estão forçando os compradores, entre eles esmagadores e produtores de carne, a buscar alternativas de fornecimento em em outro país.

Segundo a agência um total de 238.000 toneladas de soja brasileira foi embarcada para os Estados Unidos ou irá partir em breve, de acordo com dados da agência marítima e informações de uma fonte. Isso inclui pelo menos cinco navios que levarão 175 mil toneladas para os Estados Unidos nos próximos dias a partir dos portos de Barcarena, Itacoatiara e Belém, mostraram os dados da Cargonave.