ROBERTO MONTEIRO PINHO
ELEIÇÃO: Milei é eleito presidente da Argentina, derrota
o peronismo, ignora Lula e exalta Bolsonaro
O economista Javier Milei (La Libertad Avanza)
foi eleito presidente da Argentina neste domingo (19). O libertário reverteu a
votação contra Sergio Massa, seu oponente, após ficar em segundo lugar no
primeiro turno. Em 10 de dezembro, ele assume a Casa Rosada, que estará sob seu comando
por quatro anos. Foi com esta frase que o candidato à
Presidência da Argentina Javier Milei, definiu sua surpreendente vitória nas
eleições primárias do país em agosto. Aquele seria o primeiro passo da
trajetória que levou à sua eleição para presidente.
No âmbito da política externa, Milei promete retirar a
Argentina do Mercosul – bloco econômico criado em 1991, que engloba Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai. Ele também é contrário à adesão do país aos
Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que em
agosto anunciou sua expansão, com seis novos membros). Milei afirmou ainda,
durante a campanha, que não manterá parcerias com a China e outros governos de
esquerda – incluindo o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que
cria distorções comerciais e prejudica seus membros", disse Milei em uma
entrevista à Bloomberg.
Como parte de sua promessa de reformar o Estado argentino por meio de uma guinada liberal, Milei disse que pretende privatizar as empresas estatais que considera "deficitárias". Na mira do presidente eleito, estão companhias como a YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), maior petroleira do país. "Primeiro é preciso racionalizar a YPF e depois vendê-la", disse em entrevista. Milei já disse também que pretende fechar a Televisón Pública (TN), rede pública de televisão argentina, fundada em 1951. Ameaçou ainda pôr fim ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA), principal órgão responsável por fomentar o cinema na Argentina.
Alinhamento político com
Bolsonaro e Trump
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
parabenizou Javier Milei (La Libertad Avanza) pela eleição na Argentina. Ele disse
que a “esperança volta a brilhar” no país após a população escolher o novo
representante. Bolsonaro ainda disse
que deseja que o mesmo (eleição de personalidades de extrema direita) ocorra no
Brasil e nos Estados Unidos. “Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos
e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos
nós”.
Os EUA
terão nova eleição presidencial em 2024 e, até o momento, o ex-presidente
Donald Trump é tido como possível candidato favorito do partido Republican. Trump,
Bolsonaro e Milei são comparados nas redes sociais. Há cartazes de desenhos dos
três juntos circulando na web. Autodefinido como
"libertário", Milei é frequentemente comparado com outros políticos
da direita radical, como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o
brasileiro Jair Bolsonaro.
Lula se abate com a derrota do seu candidato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apesar de abalado
com a derrota do seu candidato Sergio Massa, desejou neste domingo (19), uma mensagem
lacônica, com apenas, boa sorte ao novo governo da Argentina sem citar o nome
de Javier Milei.
“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um
grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição
para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, escreveu Lula no X
(Twitter).
O petista também
não pretende fazer uma ligação telefônica para Milei cumprimentando-o por sua
eventual vitória, afirmaram à CNN auxiliares próximos do petista, que a ideia é
não buscar proximidade imediata com o presidente eleito.
Para Milei Lula é comunista e corrupto”
Milei já chamou Lula de “comunista” e
“corrupto”, além de ter declarado que não pretende se reunir com o presidente
brasileiro durante seu mandato. Ele também defendeu, em entrevistas, a retirada
da Argentina do Mercosul. No Palácio do Planalto, a ordem — em caso de vitória
de Milei — é “não agir para desestabilizá-lo, mas tampouco agir proativamente” para
construir pontes sem antes sentir a temperatura do tipo de relação que o
ultraliberal gostaria de ter com o Brasil.
Para seguidores de Lula, ele se precipitou em criticar Milei
e exaltara Massa, durante a campanha eleitoral na Argentina.
Novo pede
o impeachment para os envolvidos no episódio “dama do tráfico”
O presidente nacional do partido Novo, Eduardo Ribeiro, manifestou
na quarta-feira, (15/11), incredulidade com a permanência dos ministros da
Justiça, Flávio Dino (PSB), e dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, em seus
cargos. Após o jornal Estadão revelar que uma integrante do Comando Vermelho
foi recebida no Palácio da Justiça, em Brasília, duas vezes neste ano. O
editorial ainda destacou que, “em qualquer país sério, o governo inteiro já
teria caído”.
As críticas do político, somam-se a um movimento de um grupo
de Parlamentares que pedem o impeachment de Dino. E reação a informação, o
governo tratou o episódio, afirmando que não tinha como saber da presença da
‘dama do tráfico’ nas reuniões e garantiu que o ministro não participou dos
encontros.
Envolvidos
Conforme mostrou o Estadão, Luciane teve reuniões dentro do
Ministério da Justiça com dois secretários e dois diretores da Pasta num
período de três meses. Ela conversou com Elias Vaz, secretário de Assuntos
Legislativos do ministério; Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria
Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, da
Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas,
diretor de Inteligência Penitenciária. O nome de Luciane não consta nas agendas
oficiais das autoridades.
Silvio
Almeida pagou as passagens e diárias a “dama do tráfico”
Um grupo de 46 deputados federais de oposição ao governo,
liderados por Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), apresentaram, na
quinta-feira (16), um pedido de impeachment do ministro dos Direitos Humanos
Silvio Almeida. O motivo é o fato de a pasta ter pago passagens e diárias para
Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico amazonense”, para um evento sobre
prevenção e combate à tortura nos dias 6 e 7 de novembro deste ano.
Luciane esteve reunida ao menos duas vezes com assessores do
Ministério da Justiça e Segurança Pública de Flávio Dino, como representante da
ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), presidida por ela. O caso foi
revelado pelo Estadão.
Os nomes preferidos
de Zema e Bolsonaro para a prefeitura de BH em 2024
Enquanto o governador Romeu Zema (Novo) enfrenta o desafio de
se aproximar da base na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, surge na
bancada governista: quem seria o candidato que Zema vai apoiar nas eleições
para a Prefeitura de Belo Horizonte em 2024? O governador mantém o suspense,
apesar das movimentações ao lado de Marcelo Aro, secretário da Casa Civil.
Luiza Barreto (Novo), secretária de Planejamento e Gestão, surge como possível
escolha, tendo demonstrado a amigos próximos sua vontade de concorrer. Existe
ainda um impasse, já que todos vão precisar do apoio de Zema, o forte cabo
eleitoral para 2024.
O segundo nome do governador é o do deputado estadual Bruno
Engler (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que esteve
presente em agendas ao lado de Zema. Contudo, o nome pode acarretar
compromissos futuros, já que Engler está associado ao deputado federal Nikolas
Ferreira, cogitado como candidato ao governo em 2026. Zema pretende lançar a
candidatura de seu vice, Matheus Simões, ao Palácio Tiradentes.
Nomes, sem
peso político para ocupar uma cobiçada vaga de prefeito de BH
O deputado federal Lucas Gonzalez (Novo), é apontado por
muitos como um nome de pouco peso para concorrer. Segundo interlocutores do
partido, sua candidatura solo não teria a força necessária para ganhar a
disputa na Convenção. Para a legenda, a melhor escolha seria ainda, fazer uma
coligação.
Opções menos polêmicas surgem para Zema. Destacam-se o
jornalista Eduardo Costa (PSD), cotado para ser vice em 2022 e com bom
relacionamento com o governador; o deputado federal Pedro Aihara (Patriota), que
já manifestou interesse em aliança com o governo para o alto secretariado; e o
também jornalista Mauro Tramonte (Republicanos). Este último, embora tenha
afirmado a pessoas próximas que não tem real intenção de ser candidato,
demonstra interesse em participar das negociações de alianças.
PEC 50/23: Senado pode
aprovar leis que derrubam decisões autoritárias do STF
A PEC 50/23, é proposta tendo como âmago político e
demonstra a inrresignação do Parlamento com decisões consideradas absolutas da
Suprema Corte. São matérias que não passam pelo crivo da juridicidade, ante o
teor do artigo 60, §4º, da Constituição Federal, correndo risco de ser julgada
inconstitucional pelo STF, numa eventual ação direta perante a Corte.
O STF, Corte máxima da Justiça brasileira, tem sofrido
arremetidas por parte de integrantes do Congresso Nacional: haveria 'invasão de
competência' pelo fato de o Supremo Tribunal não respeitar as deliberações do
Congresso Nacional, subtraindo-lhes a nobre função de legislar; conforme esse
entendimento, as decisões da mais alta Corte do Judiciário estariam ceifando as
'escolhas legislativas' (leis), julgando-as sobremodo inconstitucionais, ou
moldando-as aos preceitos considerados dignos pela própria Corte.
“Ocorre que as funções constitucionais do Executivo, do
Legislativo e do Judiciário encontram-se imbricadas, submetidas ao sistema
denominado freios e contrapesos, que fora idealizado, nos termos da ciência
política, pelo barão de Montesquieu [Charles de Secondat Baron de La Brède et
de Montesquieu], no conhecido livro O Espírito das leis” – sublinhada matéria
do autor Heraldo Garcia Vitta.
As
empresas privadas mais poderosas dos EUA
A SpaceX, empresa de foguetes fundada e dirigida por Elon
Musk, conquistou bilhões de dólares em contratos governamentais recentemente,
ajudando a mais do que dobrar suas receitas estimadas para recentes US$ 4,6
bilhões. Isso foi suficiente para impulsionar a empresa que controla 80% do
mercado doméstico de lançamentos de foguetes e também opera o crescente negócio
de satélites Starlink, para a lista das maiores empresas privadas dos Estados
Unidos pela primeira vez, ocupando o 145º lugar na lista. Ela é uma das 11
estreantes deste ano.
Outra novata é a Sazerac, a empresa de bebidas alcoólicas de
propriedade do bilionário William Goldring, que estreia na posição 207 com
receita estimada de US$ 3 bilhões. Mais conhecida por bourbons como Buffalo
Trace, Blanton’s e Pappy Van Winkle, a Sazerac, sediada em Nova Orleans,
também vende vodka, gin, rum, conhaque e vinho do Porto. Uma de suas marcas
mais populares é a Fireball, um uísque com sabor de canela, que representa 45%
do mercado de uísques com sabor.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Cargill conquistou o
primeiro lugar do ranking, sendo esta a 36ª vez em 39 anos que a empresa de
agronegócios ocupa a posição mais alta. As receitas para o último ano fiscal da
Cargill, encerrado em maio de 2023, atingiram um recorde de US$ 177 bilhões, um
aumento de 7% em relação ao ano anterior. (Por: forbes-money)
ROBERTO MONTEIRO PINHO - Jornalista, escritor, CEO em Jornalismo Investigativo, ambientalista, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, Associação Emancipacionista da Região da Barra da Tijuca - AEBAT. Membro da ALB - Federação das Academias de Letras do Brasil, Técnico em Arbitragem. (Lei 9307/1996). Ex - Dirigente da Central Geral dos Trabalhadores – CGT, Observador para Assuntos sobre Liberdade de Imprensa no Parlamento Europeu. Escreve para Portais, sites, titular de blog de notícias Nacionais e Internacionais, blog Análise & Política. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit. Topbooks), e dos livros: “Os inimigos do Poder”, e “Manual da Emancipação”.
"Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."
Contato: robertompinho@yahoo.com.br
@robertomonteiropinhooficial