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domingo, 19 de novembro de 2023

 

 

ROBERTO MONTEIRO PINHO

ELEIÇÃO: Milei é eleito presidente da Argentina, derrota o peronismo, ignora Lula e exalta Bolsonaro

O economista Javier Milei (La Libertad Avanza) foi eleito presidente da Argentina neste domingo (19). O libertário reverteu a votação contra Sergio Massa, seu oponente, após ficar em segundo lugar no primeiro turno. Em 10 de dezembro, ele assume a Casa Rosada, que estará sob seu comando por quatro anos. Foi com esta frase que o candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, definiu sua surpreendente vitória nas eleições primárias do país em agosto. Aquele seria o primeiro passo da trajetória que levou à sua eleição para presidente.

No âmbito da política externa, Milei promete retirar a Argentina do Mercosul – bloco econômico criado em 1991, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Ele também é contrário à adesão do país aos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que em agosto anunciou sua expansão, com seis novos membros). Milei afirmou ainda, durante a campanha, que não manterá parcerias com a China e outros governos de esquerda – incluindo o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

"O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica seus membros", disse Milei em uma entrevista à Bloomberg.

 

Como parte de sua promessa de reformar o Estado argentino por meio de uma guinada liberal, Milei disse que pretende privatizar as empresas estatais que considera "deficitárias". Na mira do presidente eleito, estão companhias como a YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), maior petroleira do país. "Primeiro é preciso racionalizar a YPF e depois vendê-la", disse em entrevista. Milei já disse também que pretende fechar a Televisón Pública (TN), rede pública de televisão argentina, fundada em 1951. Ameaçou ainda pôr fim ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA), principal órgão responsável por fomentar o cinema na Argentina.

Alinhamento político com Bolsonaro e Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou Javier Milei (La Libertad Avanza) pela eleição na Argentina. Ele disse que a “esperança volta a brilhar” no país após a população escolher o novo representante. Bolsonaro ainda disse que deseja que o mesmo (eleição de personalidades de extrema direita) ocorra no Brasil e nos Estados Unidos. “Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós”.

Os EUA terão nova eleição presidencial em 2024 e, até o momento, o ex-presidente Donald Trump é tido como possível candidato favorito do partido Republican. Trump, Bolsonaro e Milei são comparados nas redes sociais. Há cartazes de desenhos dos três juntos circulando na web. Autodefinido como "libertário", Milei é frequentemente comparado com outros políticos da direita radical, como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro.

Lula se abate com a derrota do seu candidato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apesar de abalado com a derrota do seu candidato Sergio Massa, desejou neste domingo (19), uma mensagem lacônica, com apenas, boa sorte ao novo governo da Argentina sem citar o nome de Javier Milei.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, escreveu Lula no X (Twitter).

O petista também não pretende fazer uma ligação telefônica para Milei cumprimentando-o por sua eventual vitória, afirmaram à CNN auxiliares próximos do petista, que a ideia é não buscar proximidade imediata com o presidente eleito.

Para Milei Lula é comunista e corrupto”

Milei já chamou Lula de “comunista” e “corrupto”, além de ter declarado que não pretende se reunir com o presidente brasileiro durante seu mandato. Ele também defendeu, em entrevistas, a retirada da Argentina do Mercosul. No Palácio do Planalto, a ordem — em caso de vitória de Milei — é “não agir para desestabilizá-lo, mas tampouco agir proativamente” para construir pontes sem antes sentir a temperatura do tipo de relação que o ultraliberal gostaria de ter com o Brasil.

Para seguidores de Lula, ele se precipitou em criticar Milei e exaltara Massa, durante a campanha eleitoral na Argentina.

Novo pede o impeachment para os envolvidos no episódio “dama do tráfico”

O presidente nacional do partido Novo, Eduardo Ribeiro, manifestou na quarta-feira, (15/11), incredulidade com a permanência dos ministros da Justiça, Flávio Dino (PSB), e dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, em seus cargos. Após o jornal Estadão revelar que uma integrante do Comando Vermelho foi recebida no Palácio da Justiça, em Brasília, duas vezes neste ano. O editorial ainda destacou que, “em qualquer país sério, o governo inteiro já teria caído”.

As críticas do político, somam-se a um movimento de um grupo de Parlamentares que pedem o impeachment de Dino. E reação a informação, o governo tratou o episódio, afirmando que não tinha como saber da presença da ‘dama do tráfico’ nas reuniões e garantiu que o ministro não participou dos encontros.

Envolvidos

Conforme mostrou o Estadão, Luciane teve reuniões dentro do Ministério da Justiça com dois secretários e dois diretores da Pasta num período de três meses. Ela conversou com Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do ministério; Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, da Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária. O nome de Luciane não consta nas agendas oficiais das autoridades.

Silvio Almeida pagou as passagens e diárias a “dama do tráfico”

Um grupo de 46 deputados federais de oposição ao governo, liderados por Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), apresentaram, na quinta-feira (16), um pedido de impeachment do ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. O motivo é o fato de a pasta ter pago passagens e diárias para Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico amazonense”, para um evento sobre prevenção e combate à tortura nos dias 6 e 7 de novembro deste ano.

Luciane esteve reunida ao menos duas vezes com assessores do Ministério da Justiça e Segurança Pública de Flávio Dino, como representante da ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), presidida por ela. O caso foi revelado pelo Estadão.

Os nomes preferidos de Zema e Bolsonaro para a prefeitura de BH em 2024

Enquanto o governador Romeu Zema (Novo) enfrenta o desafio de se aproximar da base na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, surge na bancada governista: quem seria o candidato que Zema vai apoiar nas eleições para a Prefeitura de Belo Horizonte em 2024? O governador mantém o suspense, apesar das movimentações ao lado de Marcelo Aro, secretário da Casa Civil. Luiza Barreto (Novo), secretária de Planejamento e Gestão, surge como possível escolha, tendo demonstrado a amigos próximos sua vontade de concorrer. Existe ainda um impasse, já que todos vão precisar do apoio de Zema, o forte cabo eleitoral para 2024.

O segundo nome do governador é o do deputado estadual Bruno Engler (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que esteve presente em agendas ao lado de Zema. Contudo, o nome pode acarretar compromissos futuros, já que Engler está associado ao deputado federal Nikolas Ferreira, cogitado como candidato ao governo em 2026. Zema pretende lançar a candidatura de seu vice, Matheus Simões, ao Palácio Tiradentes.

Nomes, sem peso político para ocupar uma cobiçada vaga de prefeito de BH

O deputado federal Lucas Gonzalez (Novo), é apontado por muitos como um nome de pouco peso para concorrer. Segundo interlocutores do partido, sua candidatura solo não teria a força necessária para ganhar a disputa na Convenção. Para a legenda, a melhor escolha seria ainda, fazer uma coligação.

Opções menos polêmicas surgem para Zema. Destacam-se o jornalista Eduardo Costa (PSD), cotado para ser vice em 2022 e com bom relacionamento com o governador; o deputado federal Pedro Aihara (Patriota), que já manifestou interesse em aliança com o governo para o alto secretariado; e o também jornalista Mauro Tramonte (Republicanos). Este último, embora tenha afirmado a pessoas próximas que não tem real intenção de ser candidato, demonstra interesse em participar das negociações de alianças.

PEC 50/23: Senado pode aprovar leis que derrubam decisões autoritárias do STF

A PEC 50/23, é proposta tendo como âmago político e demonstra a inrresignação do Parlamento com decisões consideradas absolutas da Suprema Corte. São matérias que não passam pelo crivo da juridicidade, ante o teor do artigo 60, §4º, da Constituição Federal, correndo risco de ser julgada inconstitucional pelo STF, numa eventual ação direta perante a Corte.

O STF, Corte máxima da Justiça brasileira, tem sofrido arremetidas por parte de integrantes do Congresso Nacional: haveria 'invasão de competência' pelo fato de o Supremo Tribunal não respeitar as deliberações do Congresso Nacional, subtraindo-lhes a nobre função de legislar; conforme esse entendimento, as decisões da mais alta Corte do Judiciário estariam ceifando as 'escolhas legislativas' (leis), julgando-as sobremodo inconstitucionais, ou moldando-as aos preceitos considerados dignos pela própria Corte.

“Ocorre que as funções constitucionais do Executivo, do Legislativo e do Judiciário encontram-se imbricadas, submetidas ao sistema denominado freios e contrapesos, que fora idealizado, nos termos da ciência política, pelo barão de Montesquieu [Charles de Secondat Baron de La Brède et de Montesquieu], no conhecido livro O Espírito das leis” – sublinhada matéria do autor Heraldo Garcia Vitta.

As empresas privadas mais poderosas dos EUA

A SpaceX, empresa de foguetes fundada e dirigida por Elon Musk, conquistou bilhões de dólares em contratos governamentais recentemente, ajudando a mais do que dobrar suas receitas estimadas para recentes US$ 4,6 bilhões. Isso foi suficiente para impulsionar a empresa que controla 80% do mercado doméstico de lançamentos de foguetes e também opera o crescente negócio de satélites Starlink, para a lista das maiores empresas privadas dos Estados Unidos pela primeira vez, ocupando o 145º lugar na lista. Ela é uma das 11 estreantes deste ano.

Outra novata é a Sazerac, a empresa de bebidas alcoólicas de propriedade do bilionário William Goldring, que estreia na posição 207 com receita estimada de US$ 3 bilhões. Mais conhecida por bourbons como Buffalo Trace, Blanton’s e Pappy Van Winkle, a Sazerac, sediada em Nova Orleans, também vende vodka, gin, rum, conhaque e vinho do Porto. Uma de suas marcas mais populares é a Fireball, um uísque com sabor de canela, que representa 45% do mercado de uísques com sabor.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Cargill conquistou o primeiro lugar do ranking, sendo esta a 36ª vez em 39 anos que a empresa de agronegócios ocupa a posição mais alta. As receitas para o último ano fiscal da Cargill, encerrado em maio de 2023, atingiram um recorde de US$ 177 bilhões, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. (Por: forbes-money)

ROBERTO MONTEIRO PINHO - Jornalista, escritor, CEO em Jornalismo Investigativo, ambientalista, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, Associação Emancipacionista da Região da Barra da Tijuca - AEBAT. Membro da ALB - Federação das Academias de Letras do Brasil, Técnico em Arbitragem. (Lei 9307/1996).  Ex - Dirigente da Central Geral dos Trabalhadores – CGT, Observador para Assuntos sobre Liberdade de Imprensa no Parlamento Europeu.  Escreve para Portais, sites, titular de blog de notícias Nacionais e Internacionais, blog Análise & Política. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit. Topbooks), e dos livros: “Os inimigos do Poder”, e “Manual da Emancipação”.

"Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."

Contato: robertompinho@yahoo.com.br

@robertomonteiropinhooficial