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domingo, 26 de setembro de 2021

 ROBERTO MONTEIRO PINHO

Digital Analys-influencer

 

ANÁLISE & POLÍTICA

Pesquisa: 44% dos brasileiros não confiam no Congresso

 

Pesquisa do Datafolha divulgada na imprensa aponta que 44% dos brasileiros, o trabalho de deputados federais e senadores é ruim ou péssimo. É uma reprovação equivalente aos 45% que achavam o trabalho parlamentar ruim ou péssimo em dezembro de 2019, numericamente a pior marca da atual legislatura. Em relação ao mais recente levantamento, é uma piora: em julho, desaprovavam os congressistas 38%.

 Naquela rodada, 14% achavam o trabalho no Congresso bom ou ótimo, índice que oscilou negativamente para 13%. Consideram o trabalho regular 40%, ante 43% há dois meses. Não souberam opinar 3%. No período houve o desenrolar da crise do voto impresso, que opôs Bolsonaro ao Judiciário, mas também ao Congresso: por iniciativa de aliados seus, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) foi colocada a voto para reinserir o instrumento nas eleições.

A corrida eleitoral na OAB gaúcha

As eleições deste ano na Seccional da Ordem dos Advogados –OABRS ganhou densidade com a manifesta candidatura do advogado Paulo Torelly líder do Movimento Muda OAB.

Nas eleições já anunciadas, on line ocorrerão no mês de novembro. Em seu manifesto o candidato garante: “vamos priorizar a luta pela inviolabilidade da advocacia e a defesa das prerrogativas profissionais e de toda a sociedade neste trágico momento de pandemia”. Ele também defende que se faz, “urgente a instituição de eleições diretas e com proporcionalidade nos conselhos da Ordem”.

Representando a situação o advogado Leonardo Lamachia (irmão do ex-presidente nacional da OAB) Claudio Lamachia, conta com o apoio do grupo situacionista “OAB Mais, que está no poder desde 2007. Marcelo Bertoluci (2013/2015) e Ricardo Breier no sexto ano de presidência (2016/2021) pilotaram a OAB gaucha.  

Arizona confirma vitória de Bidem

Segundo o United Democracy Center,(movimento eleitoral nos EUA), Donald Trump perdeu a eleição presidencial de 2020 para Joe Biden no condado mais populoso do Arizona, reafirmou uma revisão dos resultados por aliados de Trump no Partido Republicano, de acordo com um relatório preliminar das conclusões visto pela Reuters nesta sexta-feira.

O relatório, motivado pelas falsas alegações de Trump de fraude eleitoral generalizada, mostrou que Biden, um democrata, venceu no condado de Maricopa, apesar das afirmações de Trump em contrário. A análise registrou 99 votos adicionais para Biden e 261 votos a menos para Trump.

"Esta foi a melhor chance de Donald Trump de provar suas hipóteses de eleições fraudulentas, e elas fracassaram", disse Ben Ginsberg, veterano advogado eleitoral republicano, em uma teleconferência com a mídia organizada pelo United Democracy Center, um grupo político apartidário. "É uma grande derrota para Donald Trump."

Tendo vencido no Arizona e derrotado Trump em termos nacionais, Biden se tornou presidente em 20 de janeiro, mas as afirmações infundadas de Trump persistem.

Governo subsidia custo do seguro para o produtor rural

Para as próximas três safras, os agricultores terão à disposição um montante de quase R$ 4 bilhões para o PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural), na qual o governo federal cobre uma parte dos sinistros pagos, tornando a ferramenta mais atrativa para o produtor. O valor não deve ser tomado como um tipo de esmola ou, pior, de subsídio. A subvenção tem como foco, justamente, os eventos climáticos, um imponderável fora das mãos de quem vive dos serviços da natureza.

O anúncio foi feito no final de junho, com o PAP (Plano Agrícola e Pecuário 2021/22), chamado de Plano Safra, e os valores do plano trienal do seguro rural estão projetados até 2024. Será R$ 1 bilhão em 2022, mais R$ 1,22 bilhão em 2023 e R$ 1,66 bilhão em 2024.

Os recursos para a subvenção têm previsão anual e não por safra. “É um instrumento indispensável, porque o valor segurado é a produção do agricultor. Com um sinistro, ele pode demorar até três safras para se recompor”, diz Joaquim Francisco Rodrigues Cesar Neto, superintendente de produtos agro da Tokio Marine Seguradora e presidente da comissão de seguro rural da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).

Servidores se mobilizam para não perder privilégio na reforma administrativo

Os Servidores públicos de todo o País estão engajados na luta contra a Proposta de Emenda à Constituição 32/2020. Na semana, os trabalhadores promoveram atos contra a PEC da reforma administrativa em Brasília (DF). O objetivo da mobilização foi pressionar deputados a não votarem favoráveis à proposta.

 

Segundo entidades representativas dos Servidores, a ideia da ocupação na Capital durante três dias vem da expectativa de análise da PEC pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Os trabalhadores denunciam que, caso seja aprovada a reforma administrativa, os prejuízos não serão apenas do funcionalismo, mas de toda a população que mais necessita da intervenção do estado.

 

Substitutivo – Segundo João Domingos Gomes dos Santos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), alerta que está em curso uma perigosa desinformação, que é o substitutivo do texto da reforma administrativa. João Domingos diz: “O texto preserva integralmente o Artigo 37 A, que é justamente o texto que acaba com o serviço público”. Segundo o dirigente, esse substitutivo é pior do que a PEC 32, porque tem potencial desmobilizador.

 

Semana da Conciliação na Justiça do Trabalho

A Justiça do Trabalho realizou até sexta-feira (24/09) a Semana Nacional de Conciliação e Execução Trabalhista, período em que empregados e empregadores que tenham intenção de resolver consensualmente um litígio trabalhista podem procurar os fóruns de todo país.

 

Neste ano, a campanha teve o slogan Cada solução, um começo e faz alusão às dificuldades impostas pela pandemia de covid-19. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST) a Justiça do Trabalho, a retomada gradual das atividades econômicas pode ser uma oportunidade para as empresas quitarem as pendências judiciais.

 

Criada em 2014, a semana nacional tem histórico de 873 mil pessoas atendidas e 113 mil acordos homologados. Desde a criação, foram movimentados mais de R$ 3,4 bilhões para pagamento de dívidas trabalhistas, R$ 129,4 milhões em recolhimentos previdenciários e R$ 18,5 milhões em recolhimentos fiscais. No ano passado, o evento não foi realizado devido à pandemia de covid-19.

 

O Brasil tem hoje um número recorde de 30,2 milhões de trabalhadores remunerados com até um salário mínimo (R$ 1,1 mil) por mês, o que equivale a 34,4% do total ocupado no país. O percentual também é o mais alto já apurado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2012.

O Estado da Califórnia-USA e a nova lei para uso da camisinha

O estado norte-americano da Califórnia aprovou uma lei que torna crime tirar a camisinha sem consentimento durante o sexo. A medida, aprovada de forma unânime entre os legisladores, agora deve ser sancionada pelo governador Gavin Newom. A nova lei é considerada uma modernização na atual legislação sobre consentimento sexual do estado.

A prática é conhecida nos Estados Unidos como “stealthing” e teve visibilidade nacional após a advogada Alexandra Brodsky realizar um estudo que revelou que esse era um ato comum no país. Nele, um dos parceiros retira a camisinha sem o consentimento da outra pessoa durante o ato sexual.

O projeto de lei é de autoria da deputada democrata Cristina Garcia. O texto autoriza a pessoa violada a processar o abusador pelo sistema judicial da Califórnia, mas não há uma pena estipulada para o crime.

Especialistas afirmam que o “stealthing” é um risco para transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada. Leis similares a essa já estão em vigor no Reino Unido, Suíça e Alemanha. Na Europa, a prática é enquadrada como abuso sexual.

No Brasil, não há uma legislação específica para este crime, mas é possível processar o abusar com base no Artigo 215 do Código Penal, no qual violação sexual é definida mediante fraude: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. A pena é de dois a seis anos de reclusão.

Banco popular da China proibiu operações com criptomoedas

O Banco Popular da China informou que todas as transações com criptomoedas são ilegais, reforçando a linha dura adotada pelo governo chinês. Outras dez agências governamentais assinaram comunicado emitido nesta quinta-feira a respeito das novas 'duras' medidas para conter o comércio de criptoativos. Instituições financeiras, empresas de pagamento e de internet também estão proibidas de facilitar as operações com criptomoedas. Com a medida, a cotação da bitcoin caiu 5%.

A decisão teria como objetivo manter a segurança nacional e a estabilidade social, segundo o comunicado. Em maio, a cúpula do governo chinês prometeu acabar com a mineração de bitcoin e as operações com a moeda, como parte dos esforços para reduzir riscos financeiros. Segundo o governo, as criptomoedas não devem circular em mercados como moedas tradicionais e que agências de câmbio internacionais estão proibidas de fornecer

Dólar

A moeda americana fechou na sexta-feira (24/09) em alta de 0,65%, cotada a R$ 5,3433, dando sequencia a terceira semana de valorização e chegando ao maior patamar em um mês.

Operadores tomaram a moeda como posição defensiva diante de incertezas no Brasil e do fortalecimento da divisa norte-americana no exterior, impulsionada pela perspectiva de alta de juros nos EUA. Em setembro, a cotação avança 3,33%, elevando os ganhos no ano para 2,95%.

Ibovespa

O Ibovespa fechou a semana em queda de 0,69%, a 113.282 sentindo o impacto de grande volatilidade marcada pelos temores de um eventual calote da gigante chinesa Evergrande e pelas reuniões dos bancos centrais norte-americano e brasileiro, que definiram a política monetária dos dois países para os próximos meses. O índice teve saldo positivo de 1,65% na semana depois de encadear três altas seguidas.

O pregão de sexta-feira (24/09) foi pautado pelo silêncio da incorporadora asiática sobre o não pagamento de juros de títulos que venceram ontem (23). Cresce a desconfiança dos investidores em relação ao plano do governo chinês de organizar a quebra controlada da empresa, que já soma US$ 300 bilhões em dívidas, para evitar contaminação dos setores imobiliário e financeiro. O medo de contágio global prevaleceu ditando vendas de ativos de risco. Índices de ações pelo mundo tiveram quedas moderadas.

Wall Street

Em Wall Street, os índices fecharam em leve alta, com exceção do Nasdaq, que cedeu 0,03%, a 15.047 pontos. As ações da Nike (NKE), que caíram 6,17%, foram o maior obstáculo para o Dow Jones e o S&P 500, que recuaram 0,10% e 0,15%, a 34.798 e 4.455 pontos, respectivamente. A companhia alertou sobre atrasos em entregas para a temporada de compras do Natal, culpando uma crise na cadeia de suprimentos. A varejista de calçados Foot Locker (FL) também registrou forte queda, de 7,16%.

Imagem: ClickGeo

Por: Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI.